A Escola Dominical
deve ser estruturada de tal forma que possa ser ao mesmo tempo dinâmica e
agradável para todos os alunos. Daí a importância de se separar as classes de
alunos por faixas etárias. Tomar-se-ia inviável atender a todas as exigências
de todos os alunos, em sua heterogeneidade (crianças, adolescentes, jovens
e adultos), em uma classe única. Mas é possível organizar e desenvolver uma
ED que seja interessante e relevante para as diversas classes.
Além do dinamismo,
a ED precisa valorizar a contextualização do processo ensino-aprendizagem. Sem
esse cuidado, a Escola pode tornar-se um lugar onde se ensinam muitas coisas
que não são relevantes para a vida prática das pessoas ou da igreja local.
Torna-se teórica, filosófica, erudita ou técnica, a ponto de desmotivar os
alunos e esvaziar a frequência ao ambiente escolar.
O Mestre Jesus
atraía multidões porque seus ensinos faziam sentido para a vida das pessoas.
Desse modo, a ED pode muito cumprir sua missão, apresentando um currículo
relevante, com a valorização de sua aplicabilidade à realidade em que seus
alunos vivem.
1.
O Ensino agradável, dinâmico e contextualizado
O que é um ensino
dinâmico? "Um ensino dinâmico e produtivo é aquele que provoca nos alunos
uma sensação de intensa vontade de aprender". Uma vez que tenha convicção
de que está no lugar certo - o de professor - e se dedica ao ensino, com o
preparo adequado, o professor precisa levar a efeito a tarefa de ensinar, com a
missão de facilitar o aprendizado por parte dos alunos. O ensino dinâmico,
agradável e produtivo pode ser visto em três tempos: antes, durante, e depois
da ministração das aulas.
O ensino produtivo
e dinâmico deve ser precedido de um Planejamento bem feito. Para efeito de
situar o planejamento da aula, deve ser lembrado que o planejamento do ensino
envolve o que ensinar, para que ensinar, a quem ensinar, como ensinar, com que
meios ensinar e quais os resultados que se esperam do ensino.
Na ED, muitas
vezes, ou na maioria das vezes, essas questões fundamentais do planejamento do
ensino não são levadas em conta. Por diversas razões. Uma delas é a ideia de que
a ED é tem caráter puramente espiritual e não necessita de cuidados de ordem
técnica. Basta o professor orar e as aulas serão produtivas e alcançarão seus
objetivos.
Mas a realidade
demonstra que, sem o devido interesse, motivação, e dedicação, que inclui o
lado espiritual, mas também a parte pedagógica, didática e de recursos humanos
e materiais, a ED tende a ocupar tempo, energias e espaço, que são
desperdiçados. Uma das maiores necessidades, no planejamento e na execução do
ensino-aprendizado, na ED, é o da contextualização do que é ensinado.
Por
contextualização do ensino deve-se entender o sentido da palavra contexto:
"(Do latim, contextu). S. m. 1. Encadeamento de ideias dum escrito 2.
Aquilo que constitui o texto no seu todo; composição; 3. Conjunto, todo,
totalidade..." (Dic. Aurélio). Os pregadores cuidadosos, bem como os
estudiosos e intérpretes da Bíblia entendem bem esse assunto. E orientam que
não se deve "pregar um texto fora do contexto".
2.
A Contextualização do Ensino na ED
De Andrade diz que
contextualização ["Do lat. Contextus] Labor teológico que consiste em
apresentar os enunciados da fé cristã de tal maneira que sejam plenamente
entendidos, assimilados e vividos pelas mais diversas gerações e
culturas". Com base nesse entendimento, do que significa contexto e
contextualização, pode-se dizer que o ensino na ED deve levar em conta não só a
realidade espiritual do seu público alvo, mas também a realidade social, de na
cultural e ambiental daqueles a quem se destina o ensino.
A ED é por excelência o ambiente ou a escola
em que se transmite a educação cristã, e que tem caráter formativo, contribuindo
para a construção personalidade e do caráter dos seus alunos. Assim, deve-se
levar em conta o ensino, adaptado e contextualizado em relação às diversas
faixas etárias. Em grande parte das igrejas, no mundo, esse modelo foi deixado
de lado. Mas ainda é de grande valor e relevância para o ensino -aprendizado,
nas igrejas cristãs.
Por: Elinaldo
Renovato de Lima – Divulgação: blog Subsídios
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