🕛 Data: 30 de abril de 2023
Revista: Do professor - CPAD
Trimestre: 2° de 2023
🎓 Título: Relacionamentos em Família: Superando
Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus
✍Comentarista: Elienai Cabral
📚 TEXTO ÁUREO
“Fazei todas as
coisas sem murmurações nem contendas.”
(Fp 2.14)
💡 VERDADE PRÁTICA
Das murmurações derivam as contendas.
Por isso, devemos evitá-las em nossa família.
⏰ LEITURA DIÁRIA
Segunda – 1 Sm 15.23
A rebelião é como o pecado de feitiçaria
Terça – 1 Co 10.10
A murmuração faz a família perecer
Quarta – Sl 31.13
A murmuração é o combustível do conluio
Quinta – At 6.1
A murmuração nos primórdios da Igreja
Sexta – Fp 2.14
Fazendo todas as coisas sem murmuração
Sábado – 1 Co 3.3
Paulo repreendeu a inveja entre os
irmãos
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Números 11.1-7; 12.1-8
Números 11
1 – E aconteceu que, queixando-se o
povo, era mal aos ouvidos do Senhor; porque o Senhor ouviu-o, e a sua ira se
acendeu, e o fogo do Senhor ardeu entre eles e consumiu os que estavam na
última parte do arraial.
2 – Então o povo clamou a Moisés, e
Moisés orou ao Senhor, e o fogo se apagou.
3 – Pelo que chamou aquele lugar
Taberá, porquanto o fogo do Senhor se acendera entre eles.
4 – E o vulgo, que estava no meio
deles, veio a ter grande desejo; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar
e disseram: Quem nos dará carne a comer?
5 - Lembramo-nos dos peixes que, no
Egito, comíamos de graça; e dos pepinos, e dos melões, e dos porros,
e das cebolas, e dos alhos.
6 – Mas agora a nossa alma se
seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos.
7 – E era o maná como semente de
coentro, e a sua cor como a cor de bdélio.
Números
12
1 – E falaram Miriã e Arão contra
Moisés, por causa da mulher cuxita, que tomara; porquanto tinha tomado a mulher
cuxita.
2 – E disseram: Porventura, falou o
Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós? E o Senhor o ouviu.
3 - E era o varão Moisés mui manso,
mais do que todos os homens que havia sobre a terra.
4- E logo o SENHOR disse a Moisés, e a
Arão, e a Miriã: Vós três saí à tenda da congregação. E saíram eles três.
5 – Então, o SENHOR desceu na coluna de
nuvem e se pôs à porta da tenda; depois, chamou a Arão e a Miriã, e eles saíram
ambos.
6 – E disse: Ouvi agora as minhas
palavras; se entre vós houver profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me farei
conhecer ou em sonhos falarei com ele.
7 – Não é assim com o meu servo Moisés,
que é fiel em toda a minha casa.
8 - Boca a boca falo com ele, e de
vista, e não por figuras; pois, ele vê a semelhança do Senhor; por que, pois,
não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés?
HINOS SUGERIDOS: 121, 232, 474 da Harpa Cristã
Objetivos
da Lição:
I) APRESENTAR as raízes e
danos causados pela murmuração entre o povo de Deus;
II) IDENTIFICAR o real motivo
que culminou a rebelião dos irmãos contra Moisés;
III) CONSCIENTIZAR de que Deus honra o líder manso e humilde, punindo os que lhe intentam o mal.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos o motim formado por Miriã e Arão contra a liderança de Moisés. Veremos que esse motim foi em família, pois Moisés, Miriã e Arão eram irmãos. A presente lição nos exorta a respeito do cuidado com as murmurações e as contendas na família, que contribuem com a desarmonia familiar. Por isso, aprenderemos que é prudente evitar as contendas familiares para que a paz e a harmonia reinem entre os santos.
PALAVRA-CHAVE: Murmuração
I – A INFLUÊNCIA NEGATIVA DA MURMURAÇÃO
1. Assim nasce um motim.
A palavra “motim” refere-se aos atos
explícitos de desobediência ou a uma reação negativa contra as regras e as
ordens estabelecidas num grupo social. É o que vemos em Números 11 e 12. Nesses
capítulos há uma descrição de murmurações que culminaram na rebelião familiar
contra a liderança de Moisés. Vejamos agora três queixas que remontam a
rebelião na família do legislador de Israel.
2. A primeira queixa.
Israel havia saído da região ao redor
do Sinai, no qual havia relativa fertilidade para a produção de grãos e água.
De repente, depois de andarem para além do Sinai e depararem-se com o inóspito
deserto, os israelitas começaram a reclamar de que Moisés os havia trazido para
morrerem naquele lugar, quando poderiam ter ficado no Egito. Aquela murmuração
não só entristeceu a Moisés, mas a Deus, que havia libertado o povo do
cativeiro egípcio. Por isso, Ele operou um juízo de fogo, destruindo um grupo
de israelitas que vivia reclamando. O Senhor chamou aquele lugar de “Taberá”
que significa “queimar” (Nm 11.1-3).
3. A segunda queixa (Nm 11.4-7).
Após experimentar o juízo de fogo, no
lugar de se humilhar diante de Deus, o povo começou a murmurar contra o “maná”
que a cada manhã Deus enviava, e a lembrar com saudades dos alimentos do Egito
(Nm 11.4-6). Facilmente esqueceu-se de todas as privações experimentadas como
escravos no Egito. Esse povo esqueceu-se também dos milagres operados pelo
Senhor, quando abriu o Mar Vermelho, quando transformou a água amarga em água
doce e outros muitos milagres. A murmuração nos faz esquecer das boas coisas
vivenciadas com Deus.
4. A terceira queixa (Nm 12.1-3).
No capítulo 12, após todo um contexto
de murmuração apresentado no capítulo 11, temos a rebelião de Miriã e Arão
contra a liderança de Moisés. Trata-se de uma rebelião na família de Moisés,
Arão e Miriã. Em primeiro lugar, Miriã e Arão não aceitavam o casamento de
Moisés com uma mulher cuxita, que por não ser
de nenhuma família hebreia, mas da descendência de Cam, filho de Noé,
teve muita resistência de aceitação, pois esse povo era considerado vil e
desprezível. Porém, essa murmuração ia mais longe. Por serem mais velhos que
Moisés, Miriã e Arão queriam ter um tratamento protagonista como o de Moisés
(Nm 12.2). A inveja na família é um sentimento perigoso.
SINÓPSE I
Os episódios de murmuração estão na
origem do motim produzido pelos irmãos de Moisés.
Auxílio teológico
O PECADO DE MIRIÃ E ARÃO
“Pelo que deduzimos, a
murmuração e a reclamação eram incontroláveis, pouco importando a severidade
com que Deus as tratasse. Neste ponto, surgem nos escalões mais altos do
acampamento, em Miriã, a profetisa (Êx 15.20), e Arão, o sacerdote. A passagem
é bastante clara em mostrar que foi Miriã quem iniciou a crítica e que Arão,
como sempre, foi mero porta-voz. A crítica que fizeram de Moisés era dupla: o
desgosto por ele escolher uma esposa e a questão sobre porque Miriã e Arão não
deveriam ser reconhecidos, ao lado de Moisés, como competentes para receber as
mensagens de Deus” (MULDER, Chester O. et al. Comentário Bíblico Beacon –
Volume 1: Gênesis a Deutoronômio. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.347).
II – O MOTIVO DA REBELIÃO DE MIRIÃ E ARÃO
1. A inveja.
Os dois alimentaram a ideia de que a
liderança de Israel teria de ser compartilhada com eles. Miriã era uma
profetisa e Arão, um sumo-sacerdote. Por isso, eles julgaram ter a mesma
autoridade que Moisés, o irmão mais novo. Veja que a liderança era de Moisés,
mas Miriã e Arão achavam-se no direito de liderar o povo. Ora, o papel deles
era de cooperar na liderança de Moisés. Esse questionamento diz muita coisa:
“Porventura, falou o Senhor somente por Moisés? Não falou também por nós?” (Nm
12.2). Uma inveja instalou-se no coração de Miriã e Arão, levando-os a um
sentimento corrosivo, advindo do desejo de querer o lugar do outro. Tudo isso
contra o próprio irmão. Esse mesmo sentimento é muito perigoso nos dias de
hoje. Quando a inveja se instala no centro da família, as consequências podem
ser trágicas.
2. O motim familiar promove dissabores
e ofensas. Embora Miriã exercesse um papel
importante entre o povo como profetisa e conselheira (Êx 15.20,21), ela não
poderia voltar-se contra Moisés. Embora Arão fosse um sumo-sacerdote, ele não
poderia arder em ciúme contra o seu próprio irmão. Infelizmente, essa atitude
de Miriã e Arão influenciou o povo contra a liderança de Moisés. Deus haveria
de tratar com os dois irmãos. Devemos, portanto, lembrar de que um dos segredos
para manter a família espiritualmente equilibrada é a prática do respeito mútuo
entre os familiares.
SINÓPSE II
A
inveja de Arão e Miriã obteve severo tratamento do Senhor.
Auxílio teológico
A INVEJA CAUSA A REBELIÃO
“Os irmãos de José tiveram
inveja do favor de seu pai Jacó, e cobiçavam o papel de filho favorito. Certo
ou errado, Jacó escolheu José para um lugar especial na família. Deus, por sua
presciência, deu sonhos a José, que estava sendo preparado, sem saber, para
sofrimentos e triunfos futuros.
A inveja é geralmente baseada
no temor — medo de perder algo. A inveja é sempre uma emoção egoísta. Deus deu
sonhos a José, e então seus irmãos perderam o prestígio. Quando Jacó presenteou
José com uma túnica multicolorida, o orgulho e a autoestima dos irmãos foram
feridos, produzindo a necessidade de retaliação. Muitos dos nossos problemas
são resultado direto de um coração invejoso. Devemos nos observar
cuidadosamente” (DORTH, Richard W. Orgulho Fatal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
1996, pp.68,69,75).
III – MOISÉS: UM HOMEM MANSO E HUMILDE
1. O mais manso que havia na Terra.
A Bíblia declara que Moisés era um
homem humilde e manso em atitudes (Nm 12.3). Ele não revidou a atitude de seus
irmãos. Sua mansidão era uma qualidade de caráter que o distinguia dentre
outros homens. No Sermão do Monte, Jesus disse: “Bem-aventurados os mansos,
porque eles herdarão a terra” (Mt 5.5).
Mais à frente, no mesmo sermão, nosso Senhor disse: “Bem-aventurados os
pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mt 5.9). Essas duas
atitudes, enfatizadas pelo nosso Senhor, estavam presentes na liderança de
Moisés para com o povo de Deus. Na mentalidade mundana, ser manso pode
significar “fraqueza e covardia”, mas no ensinamento bíblico, implica
capacidade de exercer o autocontrole, o domínio de si mesmo. Assim, a mansidão
é uma das qualidades do Fruto do Espírito (Gl 5.23).
Moisés teve essa serenidade para agir
com firmeza sem se deixar arrebatar pela ira. Mesmo sabendo da murmuração e da
sedição de Miriã e Arão contra a sua liderança, ele não teve atitude vingativa
para com seus irmãos. Pelo contrário, orou para que Deus os perdoasse. Nesse
sentido, a mansidão e a pacificação são virtudes que a família cristã não pode
deixar de rogar a Deus e praticar. São duas virtudes indispensáveis ao
equilíbrio da família cristã.
2. O fardo de uma liderança.
No capítulo 11 de Números, após a
segunda queixa do povo de Israel, Moisés desabafou com Deus a respeito do peso
de sua liderança com os hebreus (Nm 11.11-15). Houve um momento em sua vida, em
que o peso da liderança o deixou sem ânimo para continuar a missão de conduzir
Israel à Terra Prometida. Então, recebeu a orientação direta de Deus para
separar 70 anciãos dentre os príncipes de Israel (Nm 11.16).
Ao escolher os 70 anciãos, o Espírito
de Deus repousou sobre eles e começaram a profetizar (Nm 11.25). Esse episódio
remonta o contexto da rebelião dos dois irmãos contra Moisés. Outrossim, é uma
bênção quando o Espírito Santo é derramado sobre a família; no lugar do ódio,
há amor; no lugar do ciúme e da inveja, há parceria e comunhão. Que o Espírito
Santo opere o caráter de Cristo em nossa família!
3. A punição de Miriã e Arão (Nm
12.4-7).
A rebelião provocada pela inveja de
Miriã e de Arão contra a liderança de Moisés acendeu a ira do Senhor. Por isso,
eles foram convocados, juntamente com Moisés, para fora da tenda (Nm 12.4). O
Senhor desceu na coluna de nuvem, uma demonstração de sua presença, e falou
diretamente com os dois revoltosos, mostrando-lhes a sua soberania divina. Ele
deixou claro que, com Moisés, diferentemente do que fazia com eles, falava face
a face, não por figura. Por causa da gravidade do pecado de Miriã em instigar
seu irmão, Arão, a compactuar com ela contra Moisés, a punição foi imediata
contra ela.
Miriã ficou leprosa no mesmo instante e
foi separada do arraial de Israel por sete dias (Nm 12.10,15). Assim, o texto
mostra que todo motim no centro da família tem consequência trágica. Por isso,
devemos pedir sabedoria a Deus para agir em nossa família. É preciso evitar as
falsas acusações, as palavras atravessadas, a destruição de reputação de
familiares. Esse não é um comportamento de quem manifesta o Fruto do Espírito
(Gl 5.22-24). A vontade de Deus é que a paz e a harmonia estejam sobre a
família cristã, pois é o Espírito Santo que opera o caráter de Cristo na
família.
SINÓPSE
III
Moisés
é um exemplo de líder fiel, manso e
humilde.
CONCLUSÃO
O motim levantado por Miriã e Arão
tinha como causa a inveja da autoridade delegada por Deus a Moisés. Logo, as
consequências de atitudes como essas produzem grandes prejuízos morais e
espirituais na família. Por isso, o apóstolo Paulo aconselha que andemos no
Espírito para que as obras da carne não dominem as nossas atitudes (Gl
5.25,26). É tempo de muita prudência.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. A que se refere a palavra “motim”?
Refere-se aos atos explícitos de
desobediência ou a uma reação negativa contra as regras e as ordens estabelecidas
num grupo social.
Classe: Adultos
Revista: Do professor - CPAD
Trimestre: 2° de 2023
🎓 Título: Relacionamentos em Família
✍ Subtítulo: Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus
✍Comentarista: Elienai Cabral
✍LIÇÕES:
Lição 1: Quando a Família Age por Conta Própria
Lição 2: A Predileção dos Pais por um dos Filhos
Lição 3: Ciúme, o Mal que Prejudica a Família
Lição 6: Pais Zelosos e Filhos Rebeldes
Lição 7: O Relacionamento entre Nora e Sogra
Lição 8: A Importância da Paternidade na Vida dos Filhos
Lição 9: Uma Família Nada Perfeita
Lição 10: Quando os Pais Sepultam seus Filhos
Lição 11: Os Prejuízos da Mentira na Família
Lição 12: Criando Filhos Saudáveis
Lição 13: A Amizade de Jesus com uma Família de Betânia
2. Segundo a lição, por que Miriã e
Arão não aceitavam o casamento de Moisés com uma mulher cuxita?
Por ela ser descendente de Cão, povo
considerado vil. Porém, o real motivo era ciúme, pois queriam ter o mesmo protagonismo
de Moisés.
3. O que acontece quando o sentimento
do ciúme se instala na família?
Consequências trágicas.
4. O que a Bíblia declara a respeito de
Moisés?
Que Moisés era um homem humilde e manso
em atitudes (Nm 12.3).
5. Dentre muitos comportamentos, quais
precisamos evitar na família?
O ciúme, o motim e as obras da carne
(Gl 5.25,26).
PUBLICAÇÕES INDICADAS
Este
E-book é uma verdadeira fonte informativa para os novos e os veteranos
professores de Escola Bíblica.