🕛 Data: 4 de junho de 2023
Revista: Do professor - CPAD
Trimestre: 2° de 2023
🎓 Título: Relacionamentos em Família: Superando
Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus
✍Comentarista: Elienai Cabral
📚 TEXTO ÁUREO
Em tudo somos atribulados, mas não
angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados;
abatidos, mas não destruídos [...].” (2 Co 4.8,9)
💡 VERDADE PRÁTICA
Não devemos ser indiferentes à morte
inesperada, mas também não podemos nos desesperar como quem não tem esperança.
⏰ LEITURA DIÁRIA
SEGUNDA – 1 Co 15.55,56
A morte foi cravada no lenho da cruz
TERÇA – Jo 5.24
A morte do justo é uma passagem para
adentrar à vida eterna
QUARTA – Ec 3.4
Na morte é tempo de chorar
QUINTA – Dt 29.29; 1 Co 13.12
Nem sempre sabemos a causa do
sofrimento
SEXTA – Jo 11.35
Jesus se comoveu com a morte de um
amigo
SÁBADO – 1 Ts 4.14-18
Brevemente nos encontraremos com quem
partiu em Cristo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Jó 1.13,16-19
13 – E sucedeu um dia, em que seus
filhos e suas filhas comiam e bebiam vinho na casa de seu irmão primogênito,
16 – Estando este ainda falando, veio
outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os moços, e os
consumiu; e só eu escapei, para te trazer a nova.
17 – Estando ainda este falando, veio
outro e disse: Ordenando os caldeus três bandos, deram sobre os camelos, e os
tomaram, e aos moços feriram ao fio da espada; e só eu escapei, par te trazer a
nova.
18 – Ainda este falando veio outro e
disse: Estando teus filhos e tua filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu
irmão primogênito,
19 – eis que um grande vento sobreveio
dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os jovens,
e morreram; e só eu escapei, para te trazer a nova.
Hinos Sugeridos: 152, 361, 463 da Harpa
Cristã
Objetivos da Lição:
I) Descrever a família de Jó;
II) Refletir a respeito de como lidar com a morte na família;
III) Conscientizar de como os cristãos devem enfrentar a perda na família.
INTRODUÇÃO
O patriarca Jó era um homem próspero,
tinha uma família feliz e desfrutava de razoável segurança. Sua esposa era
mulher dedicada à sua casa e tudo parecia dentro da normalidade, até que a
tragédia familiar se abateu sobre a sua casa. Nesta lição, estudaremos a
respeito da morte dos filhos de Jó e como a família do patriarca passou por
essa tragédia. Veremos que a experiência de os pais sepultarem os filhos talvez
seja o experiência mais dolorosa da vida humana e, ao mesmo tempo, como podemos
encontrar na Bíblia, a Palavra de Deus, consolo diante desse quadro.
PALAVRA-CHAVE: Sepultar
I – A FAMÍLIA DE JÓ
1. Quem era Jó?
O patriarca Jó nasceu no Norte da
Arábia, na terra de Uz. As pesquisas dizem que ele viveu numa época anterior a
de Moisés, antes mesmo de Abraão, entre os séculos 25 e 28 a.C. Naquele tempo,
a longevidade humana era maior que a atual, o que explica a sobrevida de 140
anos do patriarca (Jó 42.16). Mais especificamente, ele nasceu depois do
dilúvio (Jó 22.16) e tornou-se um homem rico e próspero (Jó 1.3; 42.12). Seu
caráter santo foi testemunhado pelo próprio Deus: homem sincero, reto, justo,
temente a Deus e, por isso, “se desviava do mal” (Jó 1.8).
2. A esposa de Jó.
Tudo o que se sabe a respeito da esposa
de Jó é o que está registrado no capítulo 2 do livro. Ela ganhou a fama de uma
mulher insana e ambiciosa por causa da perda de todos os bens materiais e dos
filhos que foram mortos por uma tragédia.
Ainda, Jó foi vítima de feridas
purulentas, das quais ela teve repugnância. Todavia, fazia o seu papel de
esposa, não abandonando o patriarca. Indiscutivelmente, a esposa de Jó foi
perdendo a paciência diante da provação do seu esposo. Seu desespero afetou sua
fé, a ponto de levá-la a declarar para o seu marido: amaldiçoa a Deus e morre
(Jó 2.9). Ela teve 10 filhos com Jó, e como não se deixou influenciar pela
proposta desesperada de sua esposa, o patriarca suportou tudo até que Deus
virasse a sua sorte e transformasse o mal em bênção.
3. Os filhos de Jó.
Jó estava atento ao modo de viver de
seus filhos. Estes tinham uma rotina social de banquetes, muita comida e
bebida. A Bíblia mostra que o pai apresentava sacrifícios a Deus por seus
filhos, e orava por eles todos os dias, ou seja, havia zelo e cuidado do
patriarca para o bem-estar espiritual de seus filhos (Jó 1.4,5).
SINÓPSE
I
Jó
era um homem bem-sucedido, era casado e tinha muitos filhos. Em todas as áreas
o patriarca era próspero.
II – LIDANDO COM A MORTE DENTRO DA
FAMÍLIA
1. Jó e sua esposa foram surpreendidos
pela morte dos filhos.
Os versículos 18 e 19 relatam o momento
em que a notícia da morte de seus filhos chega à casa de Jó. Quando tudo
parecia normal, a morte os surpreendeu. Todos os seus filhos morreram. Deus não
nos criou para morrer, mas a morte é uma maldição advinda do Pecado e só o
Senhor Jesus foi capaz de cravar essa maldição no lenho de sua cruz no Calvário
(1 Co 15.55,56). Assim, todos ficamos perplexos diante da morte e,
principalmente, quando envolve alguém próximo a nós. Por isso, a Palavra de
Deus nos mostra que devemos estar conscientes quanto à realidade da morte. Não
temos domínio nenhum sobre ela.
Entretanto, a nossa confiança está em Cristo e, por causa de sua ressurreição,
podemos afirmar que a morte não nos reterá na sepultura, mas servirá de meio
para adentrar à vida eterna com o nosso Salvador (Jo 5.24).
2. Razões para a tristeza do luto de Jó
e de sua mulher.
De certo modo, Jó tinha uma família
feliz (Jó 1.1-5). Nesse contexto, Satanás desafiou a fidelidade dele e o atacou
frontalmente com a morte de seus filhos (1.13-18; 2.1-6). A Bíblia não fala do
sepultamento dos filhos de Jó, mas certamente ele aconteceu. É importante
ressaltar que uma perda como essa traz uma tristeza imensa. A Palavra de Deus
diz que há tempo para tudo: Há tempo de sorrir e há tempo de chorar (Ec 3.4). A
tristeza e o choro passaram a fazer parte da família de Jó, outrora feliz e
próspera.
3. Fidelidade ao Senhor em meio à dor.
O capítulo 1 de Jó mostra a reação do patriarca
diante da notícia trágica da morte de seus filhos: Jó rasgou o manto, rapou a
cabeça, lançou-se em terra e adorou ao Senhor (Jó 1.20). Isso mesmo: Jó adorou
a Deus. Aqui, ele iniciou o processo de aceitação do ocorrido diante do Senhor
da vida. Essa passagem bíblica nos mostra que a dor da perda não passa, mas o
processo de aceitação torna o luto mais digno. Por isso, o patriarca pôde dizer
em atitude de adoração: “Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o
Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1.21).
Ainda, o texto bíblico diz que Jó em tudo não pecou nem atribuiu a Deus falta
alguma (Jó 1.22).
SINÓPSE
II
Jó
e sua esposa foram surpreendidos pela morte de seus filhos e tiveram que viver
esse momento de dor.
AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
O SOFRIMENTO IMERECIDO
“Jó desejava que um árbitro
decidisse sobre o golpe que ele levara, mas ele não encontrou nenhum (9.33). Os
bens levados e os filhos mortos, Jó não fez nada para merecer o que recebeu. O
primeiro versículo do livro de Jó declara que Jó era um bom homem que tinha uma
boa vida. Os dois primeiros capítulos explicam que a pergunta por quê? só é
respondida no céu. Jó chamava a Deus apenas para ouvir o eco de suas palavras.
Seu brado no capítulo 3 é o brado de todo ser humano: o que eu fiz para merecer
isso?
O sofrimento imerecido é a
principal razão pela qual muitos rejeitam a crença a Deus. Se Jó é o livro mais
antigo da Bíblia (como muitos estudiosos afirmam), então Deus abordou o
problema cedo e de frente” (Bíblia Além do Sofrimento: Onde as Lutas parecem
Intermináveis a Esperança em Deus é Infinita. Rio de Janeiro: CPAD, 2020,
p.727).
III – OS CRISTÃOS E O LUTO
1. Não culpe a Deus.
Não é muito difícil de, nos momentos de
perdas inesperadas, o ser humano se desesperar e passar a blasfemar contra
Deus. Não é isso que aprendemos com Jó (cf. Jó 1.21,22). O antigo patriarca nos
ensina a viver a confiança em Deus mesmo no momento delicado da morte
inesperada de um ente querido. Nem sempre saberemos o motivo da morte de uma
pessoa amada ou de um determinado sofrimento. Há mistérios na vida que não
conseguimos desvendar na Terra (Dt 29.29). O próprio livro de Jó não revela por
que os seres humanos sofrem. O que o livro nos ensina e encoraja é suportar o
sofrimento com paciência, achando-se fiel nos caminhos do Senhor diante do
processo de um sofrimento imerecido. Haverá um dia que tudo estará patente
diante de nossos olhos (1 Co 13.12).
2. Vivendo o luto.
Com o patriarca Jó, aprendemos que o
crente em Jesus não deve ser indiferente ao luto, pois, psicologicamente, isso
não é saudável. Como seres humanos, devemos manifestar as emoções próprias de
um momento de luto, tais como: o choro, o silêncio, a compenetração. Diante da
dor da família de Lázaro, nosso Senhor agitou-se no espírito, comoveu-se e
chorou (Jo 11.35 - NAA).
É preciso levar em conta que o período
do luto dura em média seis meses. Se após esse período, a pessoa não consegue
voltar às atividades normais é preciso buscar ajuda especializada.”
3. Mantenha a esperança.
Vimos que é saudável manifestar emoções
próprias do período de luto, mas também é verdade que o crente não deve se
desesperar como quem não tem esperança (1 Ts 4.13). É preciso levar em conta
que o período do luto dura em média seis meses. Se após esse período, a pessoa
não consegue voltar às atividades normais é preciso buscar ajuda especializada,
pois isso não é saudável. Esse cuidado é coerente com a fé cristã que proclama
a esperança de vida porque nosso Senhor ressuscitou no terceiro dia, vencendo a
morte. Portanto, a Palavra de Deus traz consolo e conforto para a alma enlutada
(2 Co 1.3-5). Um dia, brevemente, estaremos para sempre com a pessoa querida
que partiu em Cristo (1 Ts 4.14-18).
SINÓPSE
III
No
período do luto, o cristão não deve culpar a Deus, mas, em Cristo, manter viva
a esperança
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AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
A FÉ SOBREVIVE AO SOFRIMENTO
“Muitos pensam que, por
crerem em Deus, Ele os livra dos problemas. Assim, quando ocorrem as
calamidades, questionam a bondade e a justiça divinas. Mas a mensagem de Jó é
que não desistamos de Deus quando Ele permite que tenhamos experiências ruins.
A fé em Deus não garante
prosperidade pessoal, e a falta de fé não é sinônimo de problemas nesta vida.
Se assim fosse, as pessoas creriam em Deus apenas para enriquecimento próprio.
Deus é capaz de nos resgatar do sofrimento, mas pode também permitir que o
sofrimento ocorra por motivos além da nossa compreensão. A estratégia de
Satanás é fazer com que duvidemos de Deus neste exato momento. Aqui Jó mostra
uma perspectiva maior que a busca de seu conforto pessoal. Se sempre soubermos
os motivos de nossos sofrimentos, nossa fé não terá espaço para crescer”
(Bíblia de Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2020, p.703).
CONCLUSÃO
Sem dúvida, a morte é uma experiência
muito dolorosa para o ser humano. A de um filho, então, tem uma sobrecarga
psicológica imensa. A dimensão da dor da perda de um pai e de uma mãe é
incalculável. Por isso, é importante que levemos em conta esta declaração do
salmista: “Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a
fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre” (Sl 73.26 - NAA). No
processo do luto, não devemos culpar a Deus, mas manter firme a nossa esperança
nEle. O Senhor Jesus venceu a morte e ressuscitou ao terceiro dia. Essa é uma
verdade consoladora e, ao mesmo tempo, esperançosa. Portanto, nesse momento, é
tempo de confiar em Deus.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Descreva a característica espiritual
de Jó, testemunhada pelo próprio Deus.
Homem sincero, reto, justo, temente a
Deus e, por isso, “se desviava do mal” (Jó 1.8).
2. O que a Bíblia mostra a respeito de
Jó em relação aos seus filhos?
A Bíblia mostra que o pai apresentava
sacrifícios a Deus por seus filhos, e orava por eles todos os dias, ou seja,
havia zelo e cuidado do patriarca para o bem-estar espiritual de seus filhos
(Jó 1.4,5).
3. Que reação de Jó o capítulo 1
mostra?
O capítulo 1 de Jó mostra a reação do
patriarca diante da notícia trágica da morte de seus filhos: Jó rasgou o manto,
rapou a cabeça, lançou-se em terra e adorou ao Senhor (Jó 1.20).
4. Segundo a lição, o que patriarca Jó
nos ensina a respeito da morte inesperada de um ente querido?
O antigo patriarca nos ensina a viver a
confiança em Deus mesmo no momento delicado da morte inesperada de um ente
querido.
5. Qual foi a reação do Senhor Jesus
diante da dor da família de Lázaro?
Diante da dor da família de Lázaro,
nosso Senhor agitou-se no espírito, comoveu-se e chorou (Jo 11.35 - NAA).
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