🕛 Data: 9 de abril de 2023
Revista: Do professor - CPAD
Trimestre: 2° de 2023
🎓 Título: Relacionamentos em Família: Superando
Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus
✍Comentarista: Elienai Cabral
📚 TEXTO ÁUREO
“E amava Isaque a Esaú, porque a caça
era do seu gosto, mas Rebeca amava a Jacó.” (Gn 25.28)
💡 VERDADE PRÁTICA
A preferência de filhos dentro do lar
gera divisão e promove o egoísmo na formação deles.
⏰ LEITURA DIÁRIA
Segunda – Rm 12.2 - A vontade de Deus sempre é perfeita
Terça – Gn 25.21 - Deus abre a madre da mulher estéril
Quarta – Sl 127.3-5 - Os filhos são herança para os pais
Quinta – Gn 49.3; Sl 78.51 A primazia do filho primogênito na família
Sexta – Ef 6.1-3 - Os filhos devem honrar e obedecer a seus pais
Sábado – Ef 6.4 - Os pais não devem provocar a ira aos filhos
Hinos Sugeridos: 175, 318, 426 da Harpa
Cristã
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 25.19-28
19 – E estas são as gerações de Isaque,
filho de Abraão: Abraão gerou a Isaque;
20 – e era Isaque da idade de quarenta
anos, quando tomou a Rebeca, filha de Betuel, arameu de Padã-Arã, irmã de
Labão, arameu, por sua mulher.
21 – E Isaque orou instantemente ao
Senhor por sua mulher, porquanto era estéril; e o Senhor ouviu as suas orações,
e Rebeca, sua mulher, concebeu.
22 – E os filhos lutavam dentro dela;
então disse: Se assim é, por que sou eu assim? E foi-se a perguntar ao Senhor.
23 – E o Senhor lhe disse: Duas nações
há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas: um povo será
mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor.
24 – E, cumprindo-se os seus dias para
dar à luz, eis gêmeos no seu ventre.
25 – E saiu o primeiro, ruivo e todo
com a uma veste cabeluda; por isso, chamaram o seu nome Esaú.
26 – E, depois, saiu o seu irmão,
agarrando sua mão ao calcanhar de Esaú; por isso, se chamou o seu nome Jacó. E
era Isaque da idade de sessenta anos quando os gerou.
27 – E cresceram os meninos. E Esaú foi
varão perito na caça, varão do campo; mas Jacó era varão simples, habitando em
tendas.
28 – E amava Isaque a Esaú, porque a
caça era do seu gosto; mas Rebeca amava a Jacó.
OBJETIVOS DA LIÇÃO:
I) Apresentar o plano de
Deus para a família de Isaque e Rebeca;
II) Apontar a predileção
dos filhos como uma das principais causas de conflito familiar;
III) Explicar os malefícios
da predileção na formação e desenvolvimento físico, emocional e espiritual dos
filhos.
VEJA Á ÁUDIO LIÇÃO
INTRODUÇÃO
A história de Isaque e Rebeca parece
uma infeliz repetição da de Abraão e Sara. Por algumas vezes, Abraão não soube
lidar com os sentimentos de sua esposa, cometendo erros pelos quais pagou um
alto preço. Nesta lição, estudaremos a respeito da predileção de filhos pelo
casal Isaque e Rebeca. Veremos que quando isso acontece na família, os
resultados são conflitos intermináveis que fazem do lar um ambiente hostil para
a criação dos filhos. Obviamente, essa não é a vontade de Deus para a família
cristã.
PALAVRA CHAVE: PREDILEÇÃO
I – O PLANO DE DEUS PARA A FAMÍLIA E SUA PRESCIÊNCIA
1. O Plano divino para a família de Isaque e Rebeca.
Isaque e Rebeca faziam parte de um
plano maior de Deus. Ao conhecer Rebeca e tomá-la por esposa, Isaque não
esperava o que viria pela frente. Quando ele descobre a esterilidade de Rebeca,
a Bíblia diz que o patriarca orou ao Senhor para que a mãe de sua esposa fosse
aberta (Gn 25.21). Somente 20 anos depois dessa oração, com 60 anos de idade,
Isaque recebeu a notícia de que Rebeca estava grávida (Gn 25.26; 25.20).
Portanto, nada pode impedir o plano de Deus, pois quando Ele opera, seus
desígnios se cumprem no tempo certo. Assim, no tempo perfeito de Deus, Rebeca
gerou dois meninos.
2. O propósito presciente de Deus.
Deus sabia antecipadamente o futuro de
Esaú e de Jacó. Ele sabia de antemão o que haveria de acontecer com os filhos
gêmeos de Isaque e Rebeca (Gn 25.23). Isso independia das circunstâncias que
envolvessem essa história. Por isso, o Senhor atendeu a oração de Isaque e
Rebeca concebeu filhos gêmeos (Gn 25.21). Entretanto, conforme as crianças se
desenvolviam, alguns meses depois os gêmeos já lutavam entre si no ventre da
esposa de Isaque (Gn 25.22).
No caso dos gêmeos, Esaú e Jacó, Deus
sabia que, criados como agentes livres, eles seriam rivais. Aqui, estamos
abordando a presciência de Deus, um atributo divino que indica o pré-conhecimento
de todas as coisas. Devemos ressaltar que esse atributo não é causativo, isto
é, ele não implica determinismo na vida do ser humano. Contudo, o Senhor tem um
propósito para a vida de cada pessoa; muitas vezes não o compreendemos, mas
sabemos que a vontade dEle é perfeita (Rm 12.2).
SINOPSE
I
Os desígnios de Deus se cumprem no
tempo certo.
AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
“ENTENDA
COMO SEUS FILHOS SE SENTEM
Para estabelecer os seus
filhos numa identidade forte e positiva, em primeiro lugar você precisa
entender como eles se sentem. Sempre que um filho diz ao seu pai: ‘Você não
entende’, sinais de alarme deveriam disparar na mente desse pai. Isso não quer
dizer que seus filhos tenham razão quanto ao que sentem. No entanto, o passo
essencial para ajudar uma pessoa a lidar com as suas percepções. A criança que
diz que o seu pai não a compreende pode estar desejando que a escutem – e
ouçam. Sempre que os nossos filhos nos dizem isso, a maioria de nós faz a coisa
mais fácil – fica zangado se afasta. Afinal, sempre é mais fácil reagir do que
compreender. […] Tiago deu o seguinte conselho: ‘Todo o homem seja pronto para
ouvir, tardio para falar, tardio para se irar’ (Tg 1.19). Acho que isso é
particularmente necessário para os pais. As crianças irão romper as suas regras
e o seu coração, mas quando você se comunicar com os sentimentos delas,
estabelecerá uma conexão que tornará a cura muito mais fácil” (YOUNG, Ed. Os 10
Mandamentos da Criação dos Filhos: O que fazer e o que não fazer para criar
ótimos filhos? Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.44).
II – O CONFLITO FAMILIAR
Na antiguidade, uma mulher estéril era
vista como uma pessoa amaldiçoada. Por serem impedidas de procriar, mulheres
inférteis eram consideradas inferiores a ponto de, num casamento, os maridos
terem o direito de repudiá-las. No caso de Isaque, ao perceber que Rebeca não
podia dar-lhe filhos, orou ao Senhor para que a esterilidade de Rebeca fosse
desfeita e ela pudesse gerar. Como vimos, Deus ouviu o clamor de Isaque (Gn
25.21).
2. O conflito: “E os filhos lutavam no
ventre dela” (Gn 25.22).
Naquele tempo, do ponto de vista
social, a geração de filhos herdeiros era importante para as famílias (Sl
127.3-5). Por isso, Abraão e Sara precipitaram-se na promessa de Deus com uma
substituta, a serva Agar, para gerar o filho desejado, e pagaram um preço alto.
Diferentemente de seu pai, Isaque buscou ajuda do alto para superar o problema
da esterilidade de Rebeca. Entretanto, uma vez grávida, para a felicidade do
casal, Rebeca começou a afligir-se por causa de um movimento excessivo dentro
do seu ventre. A esposa de Isaque orou ao Senhor a respeito da questão e ouviu
de Deus que havia dois povos no seu ventre, e que o menor dominaria sobre o
maior (Gn 25.23).
3. O favoritismo do casal pelos filhos.
Em termos de personalidade e de
temperamento, Esaú e Jacó cresceram como pessoas diferentes. Em Gênesis
25.25-28, Deus revela a Rebeca as diferenças entre os gêmeos. O ‘’menor’’
(Jacó) teria uma descendência forte e o ‘’maior’’ (o mais velho e, por isso,
primogênito, Esaú) servirá ao menor. No capítulo 27, já idoso e cego, Isaque
achava que logo morreria. Por isso, preocupava-se em abençoar a Esaú com a
bênção patriarcal do ‘’direito da primogenitura’’. Alicerçado nos padrões
legais do direito daquele tempo, dedicava-se a Esaú, pois este o satisfazia com
o prazer das caças que levava para o patriarca. Entretanto, sabendo que havia
um plano especial de Deus para o filho mais novo, Rebeca favorecia Jacó. Essa
predileção praticada pelos pais de Esaú e Jacó produziria um grande conflito na
família.
SINOPSE
II
A predileção dos filhos é uma das
causas de conflito na família.
AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
“AMANDO UNS AOS OUTROS
Maridos e esposas devem se
amar mutuamente. As Escrituras não deixam nenhuma dúvida sobre isso, e os
filhos sabem instintivamente que é a verdade (Ef 5-6). Portanto, se uma família
deseja desenvolver seus laços afetivos, é essencial que os filhos tenham a
certeza do amor recíproco de seus pais. Elton Trueblood se expressa dessa
maneira: ‘É Responsabilidade De todo pai fazer com que filho saiba que ele ama
profundamente a sua mãe.
Não existe nenhuma boa razão
para que todo afeto seja escondido ou praticado em segredo. Um filho que cresce
entendendo que seus pais se amam dispõe de uma maravilhosa base de
estabilidade. O verdadeiro amor entre os pais não pode ficar escondido. Os
filhos ouvirão o amor através das ternas palavras pronunciadas quando eles se
separam ou mesmo naquele tom de voz reprimido usado quando alguém está zangado.
Eles verão o amor em um toque
gentil, no amoroso encontro das mãos quando caminham pelo parque ou em uma
sub-reptícia troca de sorrisos. Os filhos precisam ver que os pais sentem afeto
um pelo outro.[…] Observar uma terna afeição física entre os pais irá aumentar
a segurança dos filhos e sutilmente os encorajar a prática do amor.
[…] Se desejarmos construir o
amor na família, a disciplina do afeto familiar exige começar com o óbvio: o
amor a Deus e o amor ao próximo. Se isso não existir, ou estiver em falta, vai
ser muito difícil construir o amor na família” (HUGHES, Kent & Bárbara.
Disciplinas da Família Cristã. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp. 34,35).
III – O PROBLEMA DA PREDILEÇÃO POR
FILHOS NA FAMÍLIA
1. Esaú, o filho predileto de Isaque.
Isaque demonstrou fraqueza ao receber o
agrado de Esaú, que lhe trazia a carne de caça do campo, ignorando, dessa
forma, a profecia divina de Gênesis 25.23. Por força dos padrões sociais da
época, o primogênito tinha a primazia no futuro da família (Gn 49-3;Sl
78-51). Por isso, Isaque pensava que deveria ministrar a bênção patriarcal com
direito de primogenitura a Esaú, o mais velho. Entretanto, ele não compreendeu
o propósito de Deus para seus filhos. Isaque não percebeu que havia algo
superior em relação aos dois filhos e que o Senhor agiria para que nenhum dos dois
filhos se sentissem prejudicados.
2. Jacó, o filho predileto de Rebeca.
Percebendo que a bênção patriarcal
poderia ser conferida a Esaú, o filho mais velho, Rebeca resolveu interferir na
ordem dos fatos e, sem consultar a Deus, antecipou a bênção patriarcal para o
mais novo. Embora soubesse que a bênção pertencia a Jacó, conforme Deus havia
revelado anteriormente, Rebeca colocou-se acima do plano divino e interferiu
nos acontecimentos com uma atitude mentirosa.
Sabedora de que Esaú quebrou princípios
da obediência e do respeito aos pais, casando-se com uma mulher estrangeira (Gn
26.34,35), Rebeca arquitetou um plano para que Isaque abençoasse a Jacó com a
benção da primogenitura. Assim, deu instruções precisas a Jacó.
O plano de Rebeca consistia em preparar
um cabrito assado, pegar um couro peludo de um bode e vesti-lo em Jacó. Este
deveria levar o assado ao pai e imitar a voz de seu irmão. Toda essa trapaça
revelava a fraqueza do caráter de Rebeca.
3. O problema da predileção pelos
filhos.
Além do conhecimento que os pais tinham
acerca do conflito entre os dois filhos, faltou a Isaque, como o líder da
família, a habilidade e a sabedoria para contornar o embate existente. Por
outro lado, Rebeca não avaliou os danos morais e espirituais nos seus filhos. O
presente relato bíblico nos ensina que é uma tragédia moral e espiritual quando
os pais preferem qualquer um dos filhos.
Estes são herança do Senhor (Sl 127.3)
e Deus concedeu esse privilégio para que os pais sejam uma bênção para a vida
de seus filhos. Portanto, quando os pais não fazem a predileção pelos filhos,
eles evitam um futuro de traumas e problemas emocionais. Nesse sentido, os pais
têm responsabilidades no desenvolvimento saudável e equilibrado do ponto de
vista físico, emocional e espiritual dos filhos (Ef 6.4).
SINOPSE
III
Os pais têm responsabilidades no
desenvolvimento saudável e equilibrado dos filhos.
CONCLUSÃO
Na Palavra de Deus, encontramos normas
que servem de convivência saudável e cristã para a vida familiar. No Novo
Testamento, o apóstolo Paulo admoesta aos pais quanto a criação dos filhos (Ef
6.1-4). Nessa orientação, os filhos devem ser obedientes a eles (Ef 6.1-3) e os
pais não devem provocar a ira aos filhos (Ef 6.4). Assim, quando o casal não
respeita a personalidade dos filhos, tratando-os com predileção, infelizmente,
o resultado é o conflito entre os membros da família.
REVISANDO O CONTEÚDO
1) O que Isaque não esperava que viria
pela frente?
A esterilidade de Rebeca
2) O que a presciência de Deus indica?
Indica o pré-conhecimento de todas as
coisas.
3) O que a predileção praticada pelos
pais de Esaú e Jacó produziu?
Produziu um grande conflito familiar.
4) O que Isaque ignorou? E que plano Rebeca arquitetou?
Isaque ignorou a profecia divina de
Gênesis 25.23. Rebeca arquitetou um plano para que Isaque abençoasse a Jacó com
a benção da primogenitura ao se passar pelo irmão.
5) Segundo a lição, o que o relato
bíblico da família de Isaque e Rebeca nos ensina?
O presente relato bíblico nos ensina
que é uma tragédia moral e espiritual quando os pais preferem qualquer um dos
filhos.
Classe: Adultos
Revista: Do professor - CPAD
Trimestre: 2° de 2023
🎓 Título: Relacionamentos em Família
✍ Subtítulo: Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus
✍Comentarista: Elienai Cabral
✍LIÇÕES:
Lição 1: Quando a Família Age por Conta Própria
Lição 2: A Predileção dos Pais por um dos Filhos
Lição 3: Ciúme, o Mal que Prejudica a Família
Lição 6: Pais Zelosos e Filhos Rebeldes
Lição 7: O Relacionamento entre Nora e Sogra
Lição 8: A Importância da Paternidade na Vida dos Filhos
Lição 9: Uma Família Nada Perfeita
Lição 10: Quando os Pais Sepultam seus Filhos
Lição 11: Os Prejuízos da Mentira na Família
Lição 12: Criando Filhos Saudáveis
Lição 13: A Amizade de Jesus com uma Família de Betânia
PUBLICAÇÕES INDICADAS
Este
E-book é uma verdadeira fonte informativa para os novos e os veteranos
professores de Escola Bíblica.