Além de ser vocacionado
e dispor das aptidões naturais, o professor
da Escola
Dominical deverá investir na qualificação necessária ao excelente desempenho
de sua função docente.
1.
Ter convicção de sua chamada específica para o ministério do ensino
Com o intuito de
edificar e aperfeiçoar sua Igreja, Cristo concedeu
vários dons aos homens e, dentre eles, o de mestre: “E ele deu uns como
apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como
pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos para a obra do
ministério, para a edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.11,12). Segundo o comentário
da Bíblia de Estudo Pentecostal, “mestres são aqueles que recebem de Deus um
dom especial para esclarecer, expor e proclamar a Palavra de Deus”. O mestre ou
professor
da Escola
Dominical precisa ter convicção de sua chamada para o ministério de ensino.
Muitos são frequentemente
colocados à frente de uma classe por seus líderes, mas não receberam de Deus a
confirmação de sua chamada. Não sabem o que estão fazendo. Como identificar os
professores chamados?
Os genuinamente
chamados, enquanto ensinam, sentem seus corações inflamarem pelo Espírito
Santo. Eles amam intensamente sua missão. Têm dedicação em sua praxe docente:
“...se é ensinar, haja esmero ao ensino”
(Rm 1 2.7b). E o que significa esmero? Significa integralidade de (empo no
ministério de ensino, ou seja, estar com a mente, o coração e a vida totalmente
voltados para esse mister. Ser ensinador cristão é diferente de ocupar o cargo
de professor. Envolve chamada específica e capacitação divina.
2.
Ter um relacionamento vital e real com o Senhor Jesus
O que representa este
relacionamento? Cristo é, em primeiro lugar, o seu salvador pessoal, salvou-o
de todo o pecado c c também Senhor e dono da sua vida. Há professores que não
têm certeza da própria salvação, como poderão ensinar Soteriologia? Outros não
oram, não leem a Bíblia e não tem vida devocional. No magistério cristão, de
nada adianta ensinar o que não sente e não vive. O professor não pode ensinar
aquilo que não está disposto a obedecer.
3.
Esforçar-se em seguir o exemplo de Jesus
Jesus foi o maior
pedagogo de todos os tempos; usou todos os métodos didáticos disponíveis para
ensinar: costumava, por exemplo, utilizar-se de perguntas para induzir a
audiência a dar a resposta correta que Ele buscava: “Que dizem os homens que eu
sou?” (Mc 8.27-30). Suas indagações indiretas exigiam que seus discípulos
comparassem, examinassem, relembrassem e avaliassem. Exemplificava com
parábolas, contava histórias e usava vários métodos criativos. Conforme
declarou LeBar, citado por Howard Hendricks no Manual de Ensino, CPAD, “Jesus
Cristo era o Mestre por excelência, porque ele mesmo encarnava perfeitamente a
verdade. (...) Ele entendia perfeitamente seus discípulos, e usava métodos
perfeitos para mudar as pessoas individualmente e sabia como era a natureza
humana e o que havia genericamente no homem (Jo 2.24,25).”
🔍 SAIBA MAIS:
Jesus ensinava
complexidades usando a linguagem simples das coisas do dia-a-dia. Sua linguagem
sempre era tangível à experiência das pessoas — emprego, problemas pessoais,
costumes, vida familiar, natureza, conceitos religiosos etc. Seus instrumentos
pedagógicos eram os campos, as montanhas, os pássaros, as tempestades, as
ovelhas. Em suma, qualquer coisa que estivesse ao seu alcance Ele usava como
ferramenta de ensino.
4. Disposição e
humildade para aprender
O homem é um ser
educável e nunca se cansa de aprender. Aprendemos com os livros, com nossos
alunos, com as crianças, com os idosos, com os iletrados, enfim, aprendemos
enquanto ensinamos.
Não há melhor maneira
de aprender do que tentar ensinar outra pessoa. O professor deve estar atento a
qualquer oportunidade de aprender. Quando não souber uma resposta, é melhor ser
honesto e dizer que não sabe. A ausência do orgulho diante da realidade de “não
saber”, facilita e promove a aprendizagem.
5. Liderança positiva
Tendo consciência ou
não, o professor sempre exerce liderança sobre seus alunos. Essa liderança,
será positiva ou negativa, dependendo da postura espiritual assumida pelo
professor. Os ensinamentos, conceitos, princípios e conselhos ministrados aos
seus discípulos, dificilmente deixarão de influenciá-los. De que modo pode o
professor evidenciar a liderança positiva? Eis algumas dicas:
a) Apoiando o pastor de sua igreja;
b) Dando assistência aos cultos;
c) Participando efetivamente no sustento
financeiro da obra de Deus (dízimos e ofertas);
d) Integrando-se à igreja: presença e
atividades nos cultos;
e) Mantendo-se distante dos “ventos de
doutrinas”;
f) Sendo eticamente correto;
g) Vivendo o que ensina (personificar a
lição);
h) Tendo um lar cristão exemplar;
i) Apoiando a missão e a visão da igreja
local;
j) Não usando a sala de aula para promover
revoltas e dissoluções.
l) Colocando como alvo o nascimento de uma
nova classe a cada ano.
m) Colocando como alvo a geração de novos
professores a cada ano.
6.
Reconhecer a envergadura da sua missão e encará-la com seriedade
Como
nos referimos em tópico anterior, o ministério de ensino exige dedicação
integral do professor: “E todos os dias, no templo e de casa em casa, não
cessavam de ensinar, e de pregar Jesus Cristo” (At 5.42). Cabe aos educadores
cristãos a responsabilidade de instruir, guiar e orientar o caminho de outros
servos de Deus. O professor precisa ser consciente de sua tarefa, não no
sentido de mera assistência, mas em suas atitudes e atos em relação a Cristo. O
resultado deste labor será energicamente cobrado. Chegará o dia cm que cada professor
dará contas de si mesmo a Deus: “...cada um de nós dará conta de si mesmo a
Deus” (Rm 14.12).
Artigo: Pr. Marcos Tuler
Divulgação: www.subsidiosdominical.com
Estudo
Publicado em Subsídios EBD –
Site de Auxílios Bíblicos e Teológicos para Professores e Alunos da Escola Dominical.