Quem Pode ser Um Professor da Escola Dominical? - Subsídios Dominical

DICAS:

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RESVISTA CRISTAO ALERTA
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Quem Pode ser Um Professor da Escola Dominical?

1. Como Identificar um Autêntico Candidato ao Magistério Cristão

A igreja que pensa na educação cristã relevante deverá destinar regularmente à Escola Dominical uma verba de seu orçamento a fim de que ela funcione plenamente e a contento. Deverá ainda providenciar materiais didáticos, mobílias e salas pedagogicamente planejadas. Isso é imprescindível! Mas, e quanto aos recursos humanos? A igreja sabe predispô-los, gerenciá-los? E justamente nesse ponto que a maioria dos líderes, superintendentes e dirigentes de escolas dominicais têm problemas importantes. A maior dificuldade, por incrível que pareça, reside na indisponibilidade dos recursos humanos ou na imperícia e insensibilidade para lidar com eles. Ou seja, não são tarefas fáceis, reciclar professores veteranos, ou recrutar e formar os novos para o magistério na Escola Dominical. Geralmente tal complexidade passa pelas seguintes questões: De que maneira os superintendentes alistam e selecionam os professores? Quais critérios utilizam?

Por estas e outras razões, tentarei, a partir de agora, sugerir algumas diretrizes e estabelecer critérios que justifiquem a escolha dos professores ideais para atuarem na Escola Dominical. Eles deverão ser escolhidos com base na vocação, aptidões específicas e na chamada divina para o magistério cristão.

🎯 Saiba Mais:

2. Como se Manifesta a Vocação Natural para o Magistério

Todas as vezes que preciso explicar o significado da palavra "vocação” me vêm à lembrança os tempos da minha infância. Naquela época as crianças inventavam seus próprios meios de divertimento. A criatividade fluía livre e docemente. Os brinquedos de fábrica, ainda sem o glamour da alta tecnologia, eram demasiadamente caros. Não nos restava outra opção senão inventar nossos próprios carrinhos, piões, pipas, cabanas; e as meninas, suas bonecas de pano, massinha ou papel. Criávamos nossos próprios entretenimentos e alguns, naturalmente, traziam em seu cerne uma forte tendência à futura vocação profissional.
Quando me refiro a esse assunto, viajo celeremente através dos meus pensamentos ao longínquo e inesquecível passado. Ouço nitidamente os brados de minha mãe em sua enésima reclamação: “Menino, você rabiscou todo o meu guarda-roupa!” Caro leitor, preciso contar-lhe os detalhes desse episódio. Quando criança costumava reunir meus irmãos e colegas em minha casa para brincar de escola. Eu era o professor. Como não havia quadro-de-giz, a única alternativa era utilizar as portas do guarda-roupa de minha mãe. O giz? O giz também era improvisado. Residíamos próximo a um gesseiro que nos cedia gentilmente alguns “pitocos” de gesso endurecido para brincarmos de escola. Era um “quase perfeito” pedaço de giz.

Lá estavam meus primeiros alunos, assentados no chão daquele pequeno quarto, estudando, não me lembro bem o que, e escrevendo, por horas a fio, seus indecifráveis garranchos em pedaços de papel de pão.

1. A vocação floresce no próprio cerne da personalidade.
A palavra vocação provém do latim vocatione e significa chamamento, tendência, disposição, aptidão, talento natural, inclinação. Segundo o catedrático em didática, professor Luiz Alves de Mattos, “vocação é a propensão fundamental do espírito, sua inclinação geral predominante para um determinado tipo de vida e de atividade, no qual se encontra plena satisfação e melhores possibilidades de auto-realização”. Em outras palavras, é a tendência natural para a realização de determinada atividade de modo excelente.

Em relação ao magistério, a vocação revela-se como um conjunto de predisposições; preferências afetivas, atitudes e ideais de cultura e de sociabilidade. Os professores vocacionados são facilmente identificados, pois, sem nenhum esforço, revelam suas várias habilidades, principalmente no que diz respeito ao relacionamento com seus semelhantes.

Há quatro características que podem ajudar a identificação de um professor vocacionado:

A. Sociabilidade

A educação e o ensino são fenômenos de interação psicológica e social, por isso, exigem comunicabilidade e dedicação à pessoa dos educandos e aos seus problemas. Jesus, Mestre por excelência, nos deu o maior exemplo de sociabilidade. Mesmo sofrendo ferrenhas críticas dos fariseus e, às vezes, dos seus discípulos, nunca deixou de interessar-se pelos problemas e padecimentos dos homens de sua época. Ele estava sempre em contato com as massas e indivíduos.

O interesse genuíno pelas pessoas e o desejo de servi-las e ajudá-las são, sem dúvida, elementos essenciais à qualificação de um professor.

B. Temperamento

“Pessoas de temperamentos egocêntricos, fechadas, incapazes de abrir e manter contatos sociais comuns com certo calor e entusiasmo, não estão talhadas para a função do magistério”. (Sumário de Didática Geral)

O professor deve entusiasmar-se com seu trabalho de modo que contagie positivamente seus alunos.

C. Amor paedagogicus[1]

Diz respeito ao amor sincero à pessoa do educando demonstrado pela simpatia, interesse natural e desejo de auxiliá-lo em seus problemas e anseios. O autêntico professor importa-se mais com a pessoa do aluno que com a frieza do conteúdo e currículo. Ninguém se importa pelo que temos a comunicar, a não ser que perceba que nosso interesse está centrado nele pessoalmente.

A prática docente nos mostra que a escolha de um professor favorito baseia-se num relacionamento pessoal e não na simples capacidade para ensinar. Os alunos facilmente se lembram dos professores que mostraram interesse especial e cuidaram deles, antes de se lembrarem daqueles que tinham bons dotes de oratória e apurada técnica. Lembra-se o estimado leitor de algum mestre especial em seus primeiros ciclos de estudo? Que motivo o faz recordar-se dele?

D. Apreço e interesse pelos valores da inteligência e da cultura.
O professor vocacionado para o magistério é, naturalmente, um estudioso, um leitor assíduo, com sede de novos conhecimentos, capaz de entusiasmar-se pelo progresso da ciência e da cultura.

🎯Veja também:

Práticas Pedagógicas para Professores EBDAcesse Aqui
Curso de Capacitação de Professores (as) da Escola DominicalAcesse Aqui

Artigo: Pr. Marcos Tuler



[1] educational

Estudo Publicado em Subsídios EBD – Site de Auxílios Bíblicos e Teológicos para Professores e Alunos da Escola Dominical.

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