Na fertilização in vitro ou “artificial extra-corpórea”, o médico precisa retirar vários ovócitos de um dos ovários da mulher, os quais são levados ao laboratório. Lá, são colocados milhares de espermatozóides ao redor dos ovócitos, visando à obtenção de pré-embriões viáveis.
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Os espermatozoides,
em contato com os óvulos, procuram penetrá-los. São cerca de 50mil a 100 mil
espermatozoides para um óvulo. Mas apenas um consegue fundir-se ao óvulo e
dá-se a fecundação, quando começa um novo ser humano. A técnica já é comum,
desde 1978, quando foi produzido o embrião da menina Louise Brown, pelo Dr.
Edwards. No Brasil, o primeiro “bebê de proveta” foi produzido em 1984.
A questão, porém, que se coloca é se uma cristã pode submeter-se a esse
procedimento médico-tecnológico, sem ferir os princípios éticos da Palavra de
Deus.
Outro problema: o que fazer com os embriões que não vão ser colocados no
útero? Só terão dois destinos: serão destruídos ou congelados para futuras
experiências médicas. À luz da ética bíblica, um embrião já é um ser humano, em
seu estágio inicial; a rigor, já é uma pessoa em potencial. Não deve ser
destruído, nem congelado.
O salmista disse: “Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão
maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe
muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado
e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo
ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam
sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia” (SI 139.14-16).
O texto mostra que, a partir daquele momento
especial, do começo de um novo ser, Deus infunde o espírito dentro dele (Zc
12.1).
Assim, concluímos, respondemos que, à luz da
Palavra de Deus, não é aceitável o cristão aceitar a inseminação
artificial, ou in vitro, mesmo que seja “homóloga”. Se for
“heteróloga”, com gametas de doadores, de homem e de mulher, que não sejam os
cônjuges, pode ser considerado “adultério tecnológico”.
No caso da infertilidade
de uma mulher
cristã, é possível aceitar a “inseminação artificial
homóloga”, em que o esperma do marido é coletado, e introduzido por uma agulha
especial, para que chegue ao encontro do óvulo, dentro do útero. Nesse caso,
não há problema ético, pois a medicina estará apenas ajudando a natureza, sem
destruir embriões.
Artigo: Pr. Elinaldo Renovato