Lição: 7 – Ética Cristã e Doação de Órgãos - Subsídios Dominical

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A Carreira Que Nos Está Proposta [ Revista Digital Cristão Alerta - 2° Trimestre 2024

Lição: 7 – Ética Cristã e Doação de Órgãos

Este artigo é UMA PARTE do subsídio para a lição bíblica da classe de Adultos. Para a continuação este subsídio Clique Aqui

Introdução
As Escrituras ainda revelam que Deus equipou a Igreja com os dons de curar visando ao bem-estar espiritual e físico do seu povo (1 Co 12.9). O Novo Testamento ensina a oração em favor dos enfermos como uma prática e dever cristão (Tg 5.14,15). Em face dos avanços médicos e científicos, a igreja posiciona-se favoravelmente à medicina, e isso não significa falta de fé (Mt 9.12). Portanto, a oração pelos enfermos não entra em divergência com o tratamento médico Nesse sentido, não há conflito entre a soberania de Deus e a liberdade humana em fazer a doação de órgãos, pois a última palavra sempre será do Senhor que tem poder sobre a vida e a morte (Jo 10.17,18).
I – CONCEITOS RELATIVOS À DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

CONCEITO
INFORMAÇÕES


Transplante
O termo é o termo empregado no sentido de retirada ou remoção de órgãos, tecidos ou partes do corpo de um ser, vivo ou morto, para aproveitamento com finalidade terapêutica, ou seja, o tratamento de doenças com a finalidade de conseguir curar, tratar ou minimizar os sintomas.


Tipos de transplantes
1) Coração,
2) o fígado,
3) o pâncreas,
4) os rins,
5) os pulmões,
6) medula óssea,
7) tecidos e outros.
Tipo mais comum de transplante
É a transfusão de sangue.
A transfusão de sangue é um dos cinco procedimentos médicos mais realizados em todo o mundo.

Células-tronco
O corpo humano possui dois tipos de células-tronco: as embrionárias e as adultas. O transplante de células-tronco em órgãos lesados seria capaz de dar origem a células saudáveis, regenerar tecidos e curar as lesões.
Tipo de transplante reprovado pela ética cristã
A Bíblia ensina que a vida tem início na fecundação (Jr 1.5), portanto a ética cristã desaprova o uso das células-tronco embrionárias, pois este procedimento interrompe a vida do embrião.


Pensamentos Cristãos sobre a doação de órgãos
1 – A doação de órgãos, bem como a de tecidos humanos, expressa o verdadeiro amor cristão (1Jo 3.16). Doar órgãos para salvar outras vidas é um sublime ato de amor.

2- A doação de órgãos é um ato voluntário de prover o bem-estar ao próximo.

3- A doação de órgãos em vida, ou depois de morto, é um elevado gesto de amor. Entretanto, ninguém deve ser forçado à prática de tão nobre gesto. O ser humano não pode ser "coisificado" e nem sua vontade pode ser desrespeitada.

4- Doar ao necessitado é uma forma de colocar a fé em prática (Tg 2.14-17).

I - O QUE É DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

A doação de órgãos é a concordância expressa, ou presumida, por parte de uma pessoa, consentindo que seus órgãos sejam retirados após sua morte para serem aproveitados por pessoas portadoras de doenças crônicas, visando aumentar-lhes sua sobrevida.

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1. Transplantes de órgãos.

 a) Transplantes comuns. 

As pessoas, evangélicas ou não, já se acostumaram a ouvir falar em transplante de rins. Não há grande questionamento a respeito dessa prática médica quando um doente renal crônico tem sua vida normalizada, ao receber o transplante de um rim, de uma pessoa viva, às vezes um parente, ou de pessoa amiga. O rim é um órgão par que permite ao doador viver bem mesmo tendo cedido um deles. Outra doação que também não causa controvérsia é a de sangue, elemento de importância vital para o funcionamento do corpo.

b) Argumentação contrária à doação de sangue. 



Há quem pense que a transfusão de sangue é uma forma de “comer” sangue, o que é proibido pela Palavra de Deus. Este tipo de argumentação contrária à doação não tem consistência, visto que o processo de absorção do sangue, diretamente nas veias do receptor, não é o mesmo que ocorre quando da ingestão de algo através do aparelho digestivo. É ignorância de quem pensa diferente.

O transplante de parte do fígado, de igual modo, tem sido realizado com relativo sucesso, pois é um órgão que se regenera completamente. Quanto ao transplante de órgãos, por doação, entre pessoas vivas, não vemos qualquer implicação ética, à luz da Bíblia, caso a consciência de ambos, doador e recebedor, esteja em paz e sem dúvidas. Ler Rm 14.1-23; 1 Co 8.7-13; 10.23-33. A nossa consciência para atuar corretamente precisa estar alinhada e sintonizada com a Palavra de Deus. A consciência em si mesma não é juiz. Muitos servos de Deus têm sido salvos de morte certa, beneficiados por um transplante bem sucedido.

2. Doação após a morte. 
Há uma lei brasileira que torna disponíveis órgãos para transplantes extraídos de pessoas mortas.

Em 04 de fevereiro de 1997, após muitas discussões, com argumentos pró e contra, foi publicada a Lei 9.434, referente à “doação presumida” de órgãos humanos. De acordo com essa norma, todo brasileiro que não registre em sua carteira de identidade ou de motorista, a observação não doador, é considerado doador presumido. Com ou sem a autorização da família, o médico pode declarar a “morte cerebral” do paciente, e, nesse caso, os órgãos deste são retirados para serem implantados no corpo de algum doente crônico, visando restituir-lhe a saúde.

II - POSICIONAMENTO CRISTÃO

1. Fazer aos outros o que se quer para si mesmo. 
Se um pai tem um filho que sofre de problema cardíaco crônico, irreversível, a quem os médicos dão poucas chances de sobrevida, certamente deseja ansiosamente que os médicos encontrem um coração de alguém, que dê esperanças de sobrevida ao doente. Isto se enquadra no que a Bíblia diz: “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7.12).

2. A doação de órgãos como expressão de amor. 
Salvar a vida de alguém é, sem dúvida, uma demonstração de elevado sentido espiritual e moral. Nosso Senhor Jesus Cristo não apenas doou algum órgão por nós, mas deu toda sua vida em nosso lugar, na cruz do Calvário. Ele se doou, de corpo e alma, para que não morrêssemos. O apóstolo João nos exorta: “Conhecemos a caridade nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos. Quem, pois, tiver bens do mundo e, vendo seu irmão necessitado, lhe cerrar o seu coração, como estará nele a caridade de Deus?” (1 Jo 3.16,17). Nesse texto, vemos o apóstolo do amor ensinar que devemos “dar a vida pelos irmãos” e que os proprietários de “bens” no mundo que fecham o coração para o irmão necessitado não têm a caridade de Deus. Podemos entender que um órgão a ser doado é um “bem” do mais alto valor para a salvação da vida orgânica de um doente.

III - TREANSPLETES COM CÉLULAS-TRONCOS

1. O que são células-tronco?
"São células mestras quê têm a capacidade de se transformar em outros tipos de células, incluindo as do cérebro, coração, ossos, músculos e peles". São também chamadas de células-mães ou stem cells.

a) De onde procedem as células-tronco?

Elas podem ser encontradas em vários tecidos humanos, ainda que em quantidades muito pequenas; no sangue do cordão umbilical, na placenta, na medula e em outros órgãos; e nos embriões, nos seus primeiros dias de vida (parte interna do blastócito) são as células embrionárias. "Os cientistas geralmente obtêm essas células de embriões descartados em clínicas de fertilidade. Os embriões criados pelo espermatozóide e óvulo de um casal - e que não são implantados no útero nem destruídos pela clínica - podem servir como fontes de células-tronco". Esses embriões, descartados e mantidos congelados, são objeto da lei brasileira que aprovou seu uso em pesquisas.

2. Classificando as células-tronco

a) Células-tronco adultas.

São aquelas que se encontram nos tecidos maduros, tanto no corpo de adulto, quanto no corpo de crianças. São encontradas na medula, e também no coração umbilical.

b) Células-tronco embrionárias.

"São aquelas encontradas em embriões. Essas têm capacidade de se transformar em praticamente qualquer célula do corpo". São as totipotentes. É objeto de pesquisas, visto que têm a capacidade de transformar-se em quaisquer tecidos do corpo, e são consideradas mais eficientes no tratamento de doenças ainda sem cura pela Medicina.

Essa questão diz respeito aos possíveis usos médicos das células-tronco. De acordo com a Medicina, as células-tronco podem ser usadas para o tratamento de doenças incuráveis. "Por exemplo, uma injeção de células-tronco no cérebro de um portador de Mal de Parkinson pode regenerar as funções dos neurônios do paciente e levar à cura. Outras terapias podem incluir diabetes, mal de Alzheimer, enfartes, doenças sanguíneas ou na espinha e câncer".
A visão ética sobre Células-tronco embrionárias

a) A vida começa na concepção.

A Ciência confirma. "Quando a vida começa e o feto é uma pessoa? Essa é uma questão intrigante e desafiadora... Seria no momento em que a criança nasce ou recebe o fôlego da vida”?
Ou seria no momento já da concepção, quando do encontro entre o espermatozóide a o óvulo, formando o zigoto? [“...] Cientificamente falando, um ovo fecundado tem a vida completa de um homem, as únicas coisas que lhe faltam são o tempo e a nutrição” (D'Araújo, pág. 17).

b) O embrião já é uma pessoa.

Davi teve a revelação profunda sobre a concepção, quando escreveu uma das mais belas páginas da Bíblia, ao afirmar, em sua oração a Deus: "Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe", SI 139.16.

Quando o espermatozóide penetra no óvulo, o seu núcleo se funde com o núcleo do óvulo. Nasce a primeira célula de um novo ser humano! Chegando ao útero, o ovo se liga à mucosa uterina. Nela penetra, fazendo um verdadeiro "ninho", onde se desenvolverá durante nove meses, alimentando-se e crescendo. A vida e a estrutura de um homem ou de uma mulher estão definidas no lugar sagrado do útero materno: "No oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra".

Segundo o doutor Jerôme Lejeune, Doutor em Ciências e Medicina, responsável pela Clínica e pelo Laboratório de Genética, e professor de Genética Fundamental na Universidade René Descartes, o ser humano começa com a fecundação, “pois é da fertilização da célula feminina (óvulo) pela célula masculina (espermatozóide) que emerge um novo indivíduo da espécie humana”.



A vida tem uma longa história, mas cada indivíduo tem o seu início muito preciso, o momento de sua conceição (...) desde que os 23 cromossomos do pai se juntam aos 23 cromossomos da mãe, está coletada toda a informação genética necessária e suficiente para exprimir todas as características inatas do novo indivíduo.

Aceitar o fato de que, após a fecundação, um novo indivíduo começou a existir, já não é questão de gosto ou de opinião. A natureza humana do ser humano, desde a conceição até à velhice, não é uma hipótese metafísica, mas sim uma evidência experimental (Pergunta e responderemos, pág. 89).
Cientistas respeitados entendem que se pode buscar a cura de doenças a partir da pesquisa e uso das células-tronco adultas (não das embrionárias), obtidas no cordão umbilical, na medula e em outros órgãos, sem que se cometa o ato médico ilícito de assassinar seres que, à luz da Bíblia, são consideradas pessoas em potencial, com todas as características de um indivíduo único, cuja vida é só sua, e não do pai nem da mãe, e que deve ser respeitado como ser humano em formação.

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