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Lição 5 - Cristo nos ensinou o perdão {Adolescentes}

Lições Bíblicas Adolescentes - Professor: 4º Trimestre 2023

Revista: Amor na Vida Cristã – CPAD

Comentarista: Daniele Soares

LEITURA BÍBLICA

Mateus 18.21-33

A MENSAGEM

Você não deve perdoar sete vezes, mas setenta e sete vezes. Mateus 18.22b

DEVOCIONAL

Segunda » Gn 45.4-8

Terça » Dt 32.34,35

Quarta » Lc 17.3,4

Quinta » Mt 5.38-42

Sexta » Rm 12.17-21

Sábado » Hb 10.29-31

Objetivos

1. APONTAR o que as Escrituras Sagradas ensinam sobre o perdão;

2. ENSINAR que o perdão exige o arrependimento sincero;

3. EXPLICAR que o cristão vive neste mundo conforme a perspectiva do Reino dos Céus.


EI PROFESSOR!

Uma das maiores lições que o Evangelho ensina para a nossa vida cristã é a respeito do perdão. Não é fácil para qualquer pessoa, inclusive, para dos seus alunos que estão na adolescência, perdoar quando são ofendidos ou maltratados.


No entanto, a Bíblia nos ensina que nutrir mágoas e ressentimentos são ações prejudiciais para a saúde espiritual e emocional. Nesta lição, enfatize aos seus alunos que o exercício da misericórdia, bem como do perdão são decisões que tomamos por amor ao Evangelho. Como cristãos, fomos perdoados sem merecer e amados quando nem sequer perguntávamos pelo Senhor. Logo, como nascidos do Espírito, amamos porque Deus nos amou primeiro. Mostre aos seus alunos que eles pertencem a um Reino que pensa diferente da maneira como pensa este mundo.

PONTO DE PARTIDA

Professor (a), nesta lição, seus alunos aprenderão sobre a prática do perdão ensinada por Cristo várias vezes ao longo de seu ministério terreno. Perdoar não é uma tarefa fácil, mas à medida que conhecemos o Senhor, experimentamos da sua graça que regenera as nossas emoções e nos capacita a amar. Inicie a aula de hoje, perguntando aos alunos como eles fazem para perdoar quando são ofendidos ou passam por alguma situação que lhes causa mágoa.


Pergunte se eles têm mais ou menos dificuldade em perdoar. Aproveite este momento para conceituar o que é e o que não é o perdão. Permita que os alunos participem dessa proveitosa conversa e, em seguida, prossiga com os tópicos da lição. Boa aula!


VAMOS DESCOBRIR

Alguém já fez alguma coisa contra você de modo que o seu coração ficou muito magoado? Certamente, foi uma péssima experiência. Agora, pense na situação contrária em que você ofendeu a outra pessoa. Ela também deve ter experimentado uma situação muito amarga. À medida que nos relacionamos com o próximo, é muito comum sofrermos decepções ou mesmo decepcionarmos pessoas. Por essa razão, o Senhor Jesus ensinou aos seus discípulos o dever de liberar o perdão.

HORA DE APRENDER

Já vimos anteriormente que o maior problema da humanidade é o pecado. Ele atrapalha nosso relacionamento com Deus e, também , com as outras pessoas. A solução para o pecado é a restauração da comunhão com Deus que só pode ser alcançada mediante o perdão. Nesse sentido, o ato sacrificial de Jesus sobre a cruz foi o meio que Deus usou para nos perdoar e reconciliar com Ele. Assim sendo, como pertencentes ao Reino dos Céus, temos o dever de estender esse mesmo perdão às demais pessoas.

 

I - APRENDENDO A PERDOAR

Os seres humanos têm alguns comportamentos que aparecem em qualquer lugar e época. Agir com amor e vingança estão entre eles. A vingança ou a retribuição na mesma medida, por exemplo, eram práticas comuns nos tempos antigos (Nm 35.9-34; Gn 34.25; Jz 16.28; Mt 5.38-42; Lc 6.29-30). Você já ouviu falar de “olho por olho, dente por dente”? Então, essa é uma lei muito antiga e famosa que faz parte do Código de Hamurabi e representa a tradição de retaliar o que as pessoas fazem. Jesus, porém, nos ensinou um novo conceito de perdão.

1.1. O perdão é um dever cristão.

Jesus tratou sobre esse assunto, rejeitando o pensamento de vingança quando ensinou sobre o perdão. Em Mateus 18.21-33 (NTLH), lemos que, certa vez, Jesus contou uma história para ilustrar o caso. Um empregado tinha uma dívida de milhões de moedas de prata com o rei. Era impagável! Nesse caso, ele e sua família precisariam ser vendidos como escravos, bem como tudo o que tinha e nem assim a dívida seria paga. Diante dessa situação delicada, o empregado pediu misericórdia.

 

O rei ficou tocado com a situação e perdoou-lhe a dívida. Depois disso, esse mesmo empregado encontrou um colega que lhe devia cem moedas de prata, muito menos do que ele devia ao rei. Com ameaças e violência, o empregado exigiu que a dívida fosse paga imediatamente.

 

O colega pediu misericórdia, mas não adiantou, o credor o colocou na cadeia. Esse ocorrido chegou aos ouvidos do rei que, indignado pela atitude do empregado, mandou prendê-lo até que ele pagasse tudo o que lhe devia anteriormente. Jesus disse que Deus fará o mesmo com aquelas pessoas que não perdoarem seus irmãos (Mt 11.35).

 

1.2. O perdão deve ser sincero.

Na história que Jesus narrou o empregado havia acabado de ser perdoado por uma dívida muito maior, impagável, porém não quis perdoar o seu companheiro por muito menos.

 

Em razão disso, o rei voltou atrás da sua decisão e anulou o perdão. Semelhantemente, Deus fará para com aqueles que já provaram do perdão divino, porém, insistem em não perdoar o próximo (Mc 11.25,26). É da vontade de Deus que nós pratiquemos o perdão. O sentido de perdoar setenta vezes sete vezes, que Jesus ensinou a Pedro, não tinha como finalidade estipular um limite para perdoar, e sim para dizer que sempre se deve perdoar (Mt 18.21,22). Logo, o perdão deve ser uma decisão sincera.

 

I - AUXÍLIO DIDÁTICO

“Preparação de aulas em conjunto com outros professores. Muitos professores estudam a lição por conta própria. Embora estudar sozinho seja necessário e benéfico, há muitas ocasiões em que os professores podem fazer um trabalho melhor planejando seus métodos em conjunto com outros professores do departamento que ensina [adolescentes] da mesma faixa etária, ou que utilizam os mesmos materiais de aula. Se houver um professor substituto ou um professor assistente (deve haver), planeje em conjunto com eles.

 

Procedimentos:

1. Avaliem a lição do domingo anterior;

2. Leiam juntos a passagem bíblica que será ensinada no domingo seguinte;

3. Orem juntos;

4. Conversem e especifiquem o propósito da aula;

5. Compartilhem os resultados do estudo individual feito em casa;

6. Preparem uma lista de atividades de aprendizado; – 7. Considerem incluir atividades sugeridas pelos [adolescentes];

8. Ensaiem canções;

9. Tenham comunhão um com o outro.

 

Todos os professores devem estudar a lição antes da sessão de planejamento. […] Cada professor deve trazer uma lista de músicas, versículos bíblicos, tópicos para discussão, atividades relacionadas, e trabalhos manuais a serem utilizados” (texto adaptado — TOWNS, Elmer L. Enciclopédia da Escola Dominical. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 505, 506).

 

II - O PROBLEMA DO PECADO

A pessoa que busca o perdão deseja isentar-se de algo, ou seja, ficar livre de culpa, pena, ofensa ou dívida. Perdoar, então, significa deixar de punir, não culpar, mas tratar com piedade o pecador.

 

2.1. O perdão se alcança pela confissão.

Se confessarmos os nossos pecados, Jesus é fiel e justo para nos perdoar e purificar (1 Jo 1.7; 2.1). Merecíamos a morte pela nossa culpa diante de Deus, mas, pela sua graça, não somos mais culpados. Por isso, é necessário se reconhecer como pecador e pedir perdão. Nosso Deus é justo, sim, mas também já aprendemos que Ele é amoroso, compassivo e misericordioso. Por isso, apesar da nossa culpa diante dEle, quando aceitamos a Jesus e confessamos os nossos pecados, somos perdoados e recebemos a vida eterna.

 

2.2. O perdão exige o arrependimento sincero.

O amor do Pai não está naqueles que amam o pecado (1 Jo 2.15). Isso não significa que Deus não ama o pecador (Rm 5.8), e sim que não aceita que ele viva na prática do pecado. A falta de arrependimento impede que o amor e a obediência floresçam. Por isso, toda a humanidade precisa se arrepender sinceramente dos seus pecados para experimentar a salvação (Rm 3.23; 1 Jo 1.8). Você entende, agora, por que há tanta confusão no mundo em que vivemos? É porque o pecado atrapalha o trabalho do amor.

 

II - AUXÍLIO TEOLÓGICO

“A reconciliação remove a inimizade que se coloca entre Deus e a humanidade por causa do pecado e a substitui pela paz” (Rm 5.10-12; Ef 2.13-15). É o aspecto mais importante da redenção de Deus: remove a alienação, nos restaura ao favor de Deus, e nos leva à sua presença (Ef 2.16-19). A realização disto exige uma solução do pecado, não imputando aos homens as suas transgressões (2 Co 5.19), isto é, através do perdão (cf. Rm 3.6-8). Paulo deixa claro que longe de ser uma parte passiva nesta transação, o próprio Deus é o autor e o iniciador da reconciliação. Foi Ele que nos reconciliou consigo mesmo através da instrumentalidade pessoal de seu Filho.


A unidade do propósito divino entre o Pai e o Filho é tal que Paulo pode dizer, ‘Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo’ (v. 19). Isto é, Cristo estava unido a Deus, o Pai, nesta obra divina de reconciliação; foi Ele que nos deu o ministério da reconciliação’ (v. 18) e ‘pôs em nós a palavra da reconciliação’ (v. 19). Da provisão até a proclamação, Deus é o autor, o arquiteto, e a força motora da reconciliação.


[…] O que permite a Deus fazer tal oferta graciosa de reconciliação e salvação (6.2) é sua própria provisão de expiação. Deus tomou o Cristo sem pecado (cf. também Rm 8.3; Hb 4.15; 7.26; 1 Pe 1.19; 1 Jo 3.5) e o fez ‘pecado por nós”’ (Comentário Bíblico Pentecostal — Novo Testamento: Romanos-Apocalipse. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 293, 294).

 

III - PERTENCERÃO REINO DOS CÉUS

A vida que temos em Cristo se reflete em nossos relacionamentos. Da mesma forma que fomos perdoados por Deus, devemos perdoar quando alguém faz algo contra nós. Pode parecer que essa ideia de vingança é só “de antigamente’’, mas, na verdade, é algo da natureza humana. É um sentimento que brota no coração de qualquer pessoa, mas Jesus nos ensina, por meio dos Evangelhos, que seremos castigados se não perdoarmos o próximo.

 

3.1. Vivendo de acordo com o Reino de Deus.

O Mestre nos ensinou que o Reino dos Céus já está entre nós e, por isso, devemos viver de modo que a vontade de Deus seja feita. Que não sejamos como o empregador ingrato e possamos reconhecer o grande perdão que recebemos do Senhor. Viver de modo que a vontade de Deus seja feita neste mundo como é feita nos céus significa estender o mesmo perdão que recebemos às pessoas que nos ofenderam. Isso agrada ao coração de Deus.

 

3.2. Temos o auxílio do Espírito Santo.

Você tem dificuldade para perdoar as pessoas? Muitos adolescentes responderão que sim. Saiba, porém, que você pode contar com a ajuda do Espírito Santo que habita em você. Ele pode ajudá-lo (a) a superar essa dificuldade. Entenda que é natural que o sentimento ferido o condicione a não querer perdoar.

 

Entretanto, perdoar trata-se de uma decisão e essa escolha nos traz cura e saúde espiritual. Uma vida de oração também nos ajuda a praticar o perdão. No modelo da oração do Pai Nosso, Jesus ensinou que devemos dizer: “Perdoa as nossas ofensas como também nós perdoamos as pessoas que nos ofenderam ” (Mt 6.12). Você sente que precisar perdoar alguém ? Ou está precisando pedir perdão por algo que fez? Ore para que o Senhor lhe ajude a lidar com essa situação.

 

III - AUXÍLIO DIDÁTICO

“O período de conceituação abstrata.

Muitas tensões e ajustes reais acontecem durante este período enquanto a criança atravessa a fase de transição para a maioridade. Suas atitudes, habilidades e personalidades continuam em formação e sua imaginação assume nova vivacidade e criatividade. Ela pensa abstratamente e pode argumentar por si mesma com mais persuasão íntima. Ela deseja tomar suas próprias decisões e, tanto quanto possível, deve ser orientada a fazê-lo. Pensar com nitidez e lógica torna-se importante no processo de tomada de decisão na transição para a maioridade.


O Espírito de Deus começa a se mover na vida da criança para convencer, confortar e guiar. Neste período, os pais ajudam-nas a formar padrões, ideias e ideais de hábitos cristãos. Contribuições parentais cruciais, como por exemplo, a oração e o aconselhamento pessoal, podem causar grande impacto nesta fase de desenvolvimento. Os pais proporcionam ao adolescente em desenvolvimento segurança quando comunicam com amor, confiança e apoio. Eles também precisam perceber que Deus revela seu plano para a vida da criança.


O plano do Senhor nem sempre é exatamente o que os pais tinham em mente, e a sensibilidade deles ao modo como Deus conduz a criança durante este período é extremamente importante” (HENDRICKS, Howard G.; GANGEL, Kenneth O. (Eds). Manual de Ensino para o Educador Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, pp. 338, 339).


CONCLUSÃO

Em nosso dia a dia temos a escolha de não pecar, mas quando isso acontece devemos recorrer a Jesus e pedir perdão. Da mesma forma, somos ensinados, como bons cristãos, a perdoar aqueles que nos ofenderam. Só entende a grandeza do perdão quem já precisou ser perdoado. Será que estamos vivendo conforme a vontade de Deus e praticando o amor e o perdão ou estamos guardando ressentimento das pessoas? É uma pergunta que devemos nos fazer diariamente se quisermos viver de acordo com o Reino dos Céus.


PENSE NISSO

Provérbios 15.13 diz que “a alegria embeleza o rosto, mas a tristeza deixa a pessoa abatida”. Carregar mágoa ou ódio no coração faz mal para a saúde espiritual e física. Isso se torna um peso na vida da pessoa, impedindo a ação do amor de Deus. Por isso, aprenda a praticar o perdão para viver de maneira leve e abundante.

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Lição 8 Posso perdoar e amar (Classe: Juvenis)

Lições Bíblicas Juvenis 2º Trimestre 2023 – CPAD

Revista: O que Cristo fez por nós e o que podemos fazer pelo Reino de Deus


LEITURA DIÁRIA

★SEG. Mt 18.21,22 Quantas vezes perdoar?

★TER. Mc 11.25,26 Perdoar, condição para receber o perdão

★QUA. Cl 3.13 Perdoem-se uns aos outros

★QUI. Ef 4.32 Perdão mútuo

★SEX. Mc 12.31 O amor ao próximo

★SÁB. Jo 15.12 Amar como Cristo nos amou

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Mateus 18.31-35

31 Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara.

32 Então, o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste.

33 Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?

34 E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia.

35 Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.

 

CONECTADO COM DEUS

Você tem dificuldade de perdoar e amar as pessoas? Espero que não. Essa será a temática da lição que estudaremos neste domingo: perdão e amor. Veremos que os cinco versículos da Leitura Bíblica em Classe apresentam grandes ensinamentos a respeito do perdão e do amor de Jesus Cristo.

O Mestre oferece, em forma de parábola (história), instruções acerca do perdão que devemos oferecer àqueles que. de alguma forma, pecaram contra nós e a respeito do perdão que recebemos do Pai e do Filho (Mt 1831-35). A parábola do credor incompassivo, tão rica em ensinamentos só é encontrada no Evangelho de Mateus, pois o propósito dele era apresentar Jesus como Rei.

 

OBJETIVOS

1. APRESENTAR a parábola do credor incompassível;

2. EXPLICAR que jamais poderíamos pagar pela nossa dívida com Deus;

3. CONSCIENTIZAR do amor de Jesus por nós.

 

1. UMA HISTÓRIA A RESPEITO DE PERDÃO

1.1. Uma parábola sobre perdão

Olhando com cuidado o contexto da história do credor incompassivo, veremos que Jesus ensinou, de forma detalhada, primeiramente para Pedro acerca do perdão (Mt 18.21,22). O Mestre trata com o apóstolo de forma clara e objetiva a respeito da “frequência" com que devemos perdoar.

 

Vivemos em um século em que podemos ver e experimentar o avanço da ciência e das novas tecnologias onde o homem já pode contar com robôs cirurgiões para realizarem procedimentos de alta complexidade e com alta precisão. Contamos também com a chamada inteligência artificial. Contudo, todos estes avanços científicos e tecnológicos não foram capazes de tornar o ser humano melhor, mais generoso, compassivo, amoroso e disposto a perdoar. Sabe por quê? Só Jesus Cristo tem poder para transformar nossa velha natureza pecaminosa e nos fazer amar e perdoar o próximo.

 

Vivemos mais de dois mil anos de Cristianismo, mas infelizmente a bondade humana continua limitadíssima. E o que é pior: temos visto o aumento da violência, do ódio, do desejo de vingança, da amargura e do rancor. Tudo aquilo que fere, machuca e mancha a imagem e semelhança de Deus nos homens.

 

1.2. O aumento da maldade

Certa vez, Jesus afirmou que “por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará" (Mt 24.12). Mais uma vez temos visto as Escrituras Sagradas se cumprindo: a maldade tem tomado lugar nos corações de muitos, inclusive de pessoas que se denominam crentes.

 

Para amar e perdoar é preciso experimentar da graça salvadora que somente Jesus Cristo, o Filho de Deus, pode oferecer. Somente aqueles que um dia já passaram pela experiência do novo nascimento conseguem liberar perdão e amor. Lembrando que somente o Espírito Santo tem poder para transformar o homem, e a sua obra começa de dentro para fora. Nunca o contrário.

 

1.3. A condição do ser humano diante de Deus

Ao narrar a parábola do credor in- compassivo (Mt 18.23-27), Jesus Cristo revela a nossa miserável condição: éramos todos devedores de um débito impossível de ser saldado.

 

Por isso, pelo fato de Deus perdoar todos os pecados que cometemos, não devemos negar o perdão aos nossos semelhantes, À medida que entendemos o completo perdão de Cristo em nossa vida, devemos demonstrar uma atitude de perdão em relação aos outros.

2. NÃO PODERÍAMOS PAGAR

2.1. Qual era a nossa condição?

Éramos escravos do pecado e as Escrituras Sagradas revelam que, por nossos méritos, jamais conseguiríamos romper a escravidão e saudar a nossa dívida com Deus. Entretanto, pela bondade do nosso Salvador, demonstrada na cruz do Calvário, conseguimos vencer a cegueira espiritual que nos leva a desejar o mal.

 

O amor e o perdão precisam ser uma prática diária em nossas vidas, pois somos novas criaturas e tomamos a decisão de seguir a Jesus Cristo. Vivemos tempos difíceis, mas que venhamos a permanecer firmes nos ensinamentos de Jesus Cristo, fazendo e falando tudo que é bom; revelando ao mundo o amor do Pai.

 

2.2. A dúvida de Pedro quanto ao perdão

Jesus trata com Pedro a respeito do perdão, pois o Mestre sabia que o apóstolo acreditava no ensino dos rabinos de sua época, os quais ensinavam que era necessário perdoar os ofensores apenas três vezes. Pedro tentando ser especialmente generoso, perguntou ao Mestre quantas vezes era necessário perdoar o próximo, se deveríamos perdoar sete vezes. Então, o Senhor, de forma enfática, responde: “Setenta vezes sete" (Mt 18.22). Isso indica que não devemos nem nos lembrar de quantas vezes perdoamos alguém. Jesus ensina que para ser seu discípulo é preciso perdoar sempre, todos os dias. Devemos sempre perdoar aqueles que verdadeiramente se arrependem, a despeito de quantas vezes nos tenham pedido perdão.

 

Na sequência, Jesus narra a parábola do Credor Incompassivo (Mt 18.23-35). Nessa parábola, o servo nunca teria o suficiente para pagar a sua dívida. Era uma situação desesperadora, pois no tempo de Jesus o homem poderia, juntamente com sua família, ser vendido como escravo para saldar o que devia.

 

O devedor também poderia ser preso e, enquanto isso, as suas terras seriam vendidas ou seus parentes pagariam a dívida em seu lugar. Caso contrário, o devedor permaneceria na prisão por toda a vida.

 

Então, o rei compassivo perdoa e cancela a quantia devida. Aquele servo, depois de passar por uma situação tão difícil e ter experimentado da misericórdia e da bondade do seu rei, deveria ter aprendido uma importante lição. Contudo, a leitura do texto bíblico nos revela que ele não aprendeu nada a respeito do perdão e da misericórdia.

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3. AMAR COMO ELE NOS AMOU

3.1. Um amor real

Jesus veio anunciar ao mundo o amor de Deus (Jo 3.16). A sua vida terrena foi marcada por amor, misericórdia e perdão. O Filho de Deus amou a todos sem distinção. Ele “morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8). Já imaginou o tamanho do amor dEle por você?

 

Ao morrer na cruz, Jesus demonstrou todo o seu amor por nós, pois Ele tomou sobre si os nossos pecados. Sendo santo, Ele se fez pecado por nós; Ele também foi ferido para nos dar uma vida plena (Jo 10.10).

 

3.2. Vivendo em amor

Mas o que temos feito com a vida que Jesus nos deu? Estamos vivendo com os corações amargurados, cheio de raiva e dizendo a todo instante que não perdoamos? Ou estamos oferecendo às pessoas que estão próximas de nós amor, misericórdia e compaixão, mesmo que elas não mereçam?

 

A vida cristã não é como nas redes sociais que bloqueamos alguém ou simplesmente “deletamos" a pessoa. Vida com Jesus exige de nós amor e perdão. Como súditos do Reino, precisamos viver e testemunhar a vida completa que o Salvador conquistou para nós. Jesus Cristo deseja que vivamos de modo pleno e que venhamos a anunciar a vida abundante que Ele nos oferece diariamente (Jo 10.10).

 

3.3. Graça e perdão

Deus nos ama e nos concede a sua graça e perdão. Foi para nos resgatar do pecado e dos seus efeitos maléficos que Jesus Cristo veio ao mundo, morreu na cruz em nosso lugar, e ao terceiro dia ressuscitou, ascendeu aos céus e de lá voltará novamente para buscar seus discípulos. Podemos afirmar que o perdão é parte da nossa salvação e da obra redentora de Jesus Cristo.

 

O Mestre mostrou que um dos princípios do Reino de Deus é o perdão, a misericórdia e o amor. Como seguidores de Jesus Cristo precisamos seguir seus passos de amor e misericórdia.

 

SUBSIDIO

“Perdão é a remissão de pecados. Indulto. Meio da graça através do qual o pecador arrependido tem as suas faltas perdoadas mediante os méritos de Cristo. O perdão, sendo uma das bem-aventuranças do Evangelho (Rm 4.7), é-nos concedido através da justiça do Filho de Deus (1 Jo 1.19). Nem sempre, porém, o perdão livra o ofensor das consequências de sua ofensa. Haja vista o caso de Davi. Embora prontamente perdoado, teve de arcar com os amargos frutos de seu crime. A dívida do rei para com Deus foi imediata quitada. Mas para com a sociedade, a questão era outra. Exigia pública reparação" (ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. 13.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p. 297).

 

PARA CONCLUIR

A parábola do credor incompassivo, que estudamos nesta lição, é uma advertência a todos os seguidores de Cristo. Pela misericórdia do Pai, recebemos o perdão de uma dívida impagável: os nossos pecados. Temos o dever de perdoar da mesma forma que um dia fomos perdoados, deixando de lado todo o rancor e ressentimento. Pois esses sentimentos fazem a nossa alma adoecer e nos impedem de ser imitadores de Jesus Cristo e de vivermos para a glória do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

 

HORA DA REVISÃO

1. Qual a parábola que Jesus utilizou para falar a respeito do perdão?

2. Qual apóstolo perguntou a Jesus quantas vezes devemos perdoar?

3. Qual era a nossa miserável condição revelada por Jesus?

4. Quantas vezes devemos perdoar?

5. Você tem amado e perdoado como Jesus? Tem seguido seu exemplo?

Este E-book é uma verdadeira fonte informativa para os novos e os veteranos professores de Escola Bíblica.


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Lição 7: Perdoe-me Senhor

🎓 Classe: JOVENS

Revista: Do professor - CPAD

Trimestre: 2° de 2023

Título: Encorajamento, Instrução e Conselho: Alcance uma vida cristã feliz com os ensinos dos Salmos

Comentarista: Marcelo Oliveira

TEXTO PRINCIPAL

"Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias." (Sl 51.1)

 

RESUMO DA LIÇÃO

Para viver um processo de restauração espiritual é preciso reconhecer a benignidade e a misericórdia de Deus, bem como confessar o pecado praticado e abandoná-lo.

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA - SI 136.1

A benignidade do Senhor

TERÇA - Lm 3.22,23

As misericórdias do Senhor

QUARTA - SI 51.3-5

Confessando o pecado

QUINTA - Rm 3.9-12

Todos estão debaixo do pecado

SEXTA-Tg 1.14,15

A prática do pecado

SÁBADO - Jo 16.8

O Espírito Santo apela para a consciência

OBJETIVOS

1. COMPREENDER que o Salmo 51 é um clamor por misericórdia e confissão;

2. MOSTRAR o anelo do salmista pela restauração;

3. EXPLICAR que depois da confissão e restauração da comunhão com o Senhor, estamos prontos para adorá-lo.

INTERAÇÃO

Professor (a), continuaremos nossos estudos do Livro de Salmos. Na lição deste domingo estudaremos o Salmo 51 Veremos que ele está na categoria dos Salmos penitenciais. Esses nos ensinam a respeito da importância da confissão e busca pelo perdão de Deus, Este Salmo foi escrito por Davi quando ele foi confrontado pelo profeta Natã por ocasião do adultério com Bate-Seba e o assassinato de Urias (cf. 2 Sm 12.1-14)-

O estudo do Salmo 51 nos revela importantes preceitos divinos para uma vida cristã abençoada, como por exemplo: a natureza misericordiosa de Deus, a necessidade de confessar o pecado para ser restaurado, a disposição de viver o processo de restauração e viver a adoração pública de maneira restaurada.

Como crentes recebemos uma nova natureza e não somos mais escravos do pecado, entretanto enquanto vivermos neste mundo estamos vulneráveis ao pecado. Mas, agora não mais pecamos de forma deliberada. O erro é um acidente.

É importante que no decorrer da lição você ressalte que é tempo de humilhar- -se e de confessar toda iniquidade, ainda é tempo de ser restaurado (a) por Deus!

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor (a), reproduza a tabela abaixo no quadro. Sugerimos que você a utilize-a para explicar aos alunos a estrutura do Salmo 51. Conhecer e analisar a estrutura nos ajuda a ter uma compreensão melhor do texto bíblico que será estudado.

1. Reconhecimento da natureza misericordiosa de Deus (vv. 1,2).

2 Confissão de pecados (vv. 3-5).

3. Busca por restauração (vv. 6,13)

4. A adoração verdadeira (vv. 14-17).

 

TEXTO BÍBLICO

Salmos 51.1-17

1 TEM misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.

2 Lava-me completamente da minha iniquidade, e purifica-me do meu pecado.

3 Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.

4 Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista, para que sejas justificado quando falares, e puro quando julgares.

5 Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.

6 Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria.

7 Purifica-me com hissope, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve.

8 Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que gozem os ossos que tu quebraste.

9 Esconde a tua face dos meus pecados, e apaga todas as minhas iniquidades.

10 Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto.

11 Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo.

12 Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário.

13 Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão.

14 Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua louvará altamente a tua justiça.

15 Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca entoará o teu louvor.

16 Pois não desejas sacrifícios, senão eu os daria; tu não te deleitas em holocaustos.

 

INTRODUÇÃO

O Salmo 51 está na categoria dos Salmos penitenciais. Esses Salmos trazem a ideia de confissão e busca pelo perdão de Deus. Outros Salmos podem ser classificados nessa categoria: 6,37,142, dentre outros. De acordo com essa categoria, o Salmo 51 remonta o contexto em que o rei Davi foi confrontado pelo profeta Natã por ocasião do seu adultério com Bate-Seba e o consequente assassinato do esposo dela, Urias (cf. 2 Sm 12.1-14), ordenado e planejado pelo rei.

Por isso, o Salmo 51 está estruturado da seguinte forma:

1) Reconhecimento da natureza misericordiosa de Deus (vv.1,2);

2) Confissão de pecados (vv.3-5);

3) Busca por restauração (vv.6,13);

4) Adoração verdadeira (vv. 14-17);

5) O bem a Sião (vv.18,19). Assim, nesta lição, estudaremos sobre a natureza misericordiosa de Deus, a necessidade de confessar o pecado para ser restaurado, a disposição de viver o processo de restauração e, finalmente, viver a adoração pública de maneira restaurada.

I - MISERICÓRDIA E CONFISSÃO (vv.1-5)

1. Um clamor por misericórdia.

Nos dois primeiros versículos, chama a atenção as expressões "tem misericórdia" e “benignidade”; “apaga minhas transgressões” e “tua misericórdia"; “lava-me" e “purifica-me". O salmista tem uma clara noção de que Deus é benigno e misericordioso.

 

A benignidade do Senhor dura para sempre (Sl 136.1), e suas misericórdias não têm fim (Lm 3.22,23). Por isso, só Deus pode ‘'lavar” e “purificar" a alma do salmista. Assim, o rei Davi tem plena certeza de que se dirigir diretamente a Deus é a melhor decisão. Ele é benigno e misericordioso. Só Ele pode lavar e purificar sua alma.


2. Confessando o pecado.

O salmista se dirige a Deus de maneira humilde, confessando e especificando o seu pecado (vv.3,4). Este estava tão patente diante dele que a expressão “em pecado me concebeu a minha mãe” (v.5) revela que o salmista reconhece a inclinação humana para o pecado desde o início da existência humana. Dois pontos estão bem claros nos versículos 3-5:

1) o pecado específico praticado (vv.3,4) e

2) a consciência da inclinação humana ao pecado desde o início da existência (v.5; cf. Rm 3.9-12).


3. Deus é quem remove o pecado.

Contra a prática do pecado só há um antídoto: voltar-se ao Deus misericordioso, por intermédio de Jesus Cristo, e confessar o pecado (vv.1-5; 1 Jo 1.8-10). Todo pecado é contra Deus somente. Embora Davi tivesse adulterado com Bate-Seba e ordenado a execução de Urias, foi “contra ti, contra ti somente pequei”. Davi havia violado vários mandamentos do Decálogo (Êx 20.13-17) e, por isso, seu pecado era exclusivamente contra Deus. Logo, quem peca contra Deus só pode ser lavado, bem como ter purificado o coração, por Ele mesmo por intermédio do Senhor Jesus (1 Jo 2.1,2). Assim, o caminho para a restauração do jovem cristão, de maneira humilde, é se dirigir ao Deus misericordioso, confessando especificamente o pecado praticado, tendo a consciência de que somente Deus pode remover a mancha deletéria do pecado por meio do Senhor Jesus.

 

SUBSÍDIO 1

Salmo de Davi, Professor(a), explique que “conforme se lê no título, este salmo de confissão é atribuído a Davi, alusivo ao momento em que o profeta Natã revelou seus pecados de adultério e de homicídio. Note-se que este salmo foi escrito por um crente que voluntariamente pecou contra Deus e de modo tão grave que foi privado da comunhão e da presença de Deus (v. 11). Provavelmente, Davi escreveu este salmo já arrependido, após Natã declarar-lhe o perdão divino (2 Sm 12.13). Davi roga contritamente a plena restauração da sua salvação, a pureza, a presença de Deus, a vitalidade espiritual e a alegria.

II - BUSCANDO A RESTAURAÇÃO (vv. 6-13)

1. Purificando a vida interior.

A prática do pecado nasce de dentro do ser humano (Tg 1.14,15). Isso devido à corrupção total da natureza humana como consequência do advento do pecado (Gn 3.1,19; Rm 3-20). Nesse sentido, contemplamos o pedido do salmista: “purifica-me”, “lava-me", “apaga", “cria em mim [...] um coração puro” (Sl 51.6-11).

 

O salmista sabia que Deus aprecia a verdade de nossa vida interior, pois diante dEle tudo está patente (v.6). Somente Deus pode criar um coração puro, não mais sujo pelo pecado (v.10); um espírito reto, não uma vida torta (v.10).

 

A nossa vida interior precisa ser purificada para que a presença do Espírito Santo seja uma realidade e, assim, tenhamos de volta a alegria da salvação e um espírito voluntário nas coisas de Deus (v.12).

 

2. Restituindo a alegria e o júbilo.

Com a vida interior purificada, o salmista espera ouvir júbilos e alegrias (v.8) no lugar de tristeza e angústia pelo pecado praticado. Sim, o salmista sabia que o pecado apaga a alegria de viver. O processo de restauração do pecador perpassa pela confissão, humilhação diante de Deus e, finalmente, o fato de tornar a sentir a presença do Espírito Santo. Neste Salmo, uma das verdades mais contundentes é a de que o pecado tira a presença de Deus do salmista (cf. Ef 4.30). Sem esta presença não há alegria nem júbilo, mas sobra tristeza, angústia, frustração e consciência pesada.


3. A restauração começa pela renovação interior.

Precisamos lembrar de que a obra de restauração de uma vida que caiu no pecado é de Deus e não meramente uma decisão humana. Ele pode dar um coração puro e um espírito reto (Sl 51.10).

 

Outrossim, o Espírito Santo sempre apelará para nossa consciência a fim de que não fiquemos imersos na prática do pecado, pois é Ele quem nos convence do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). E, finalmente, há uma vida plena no Espírito, de alegria e júbilo para servir a Deus em sua obra e na vida. Entretanto, tudo começa pela purificação do coração e o estabelecimento de um espírito reto; tudo começa pela renovação interior do jovem cristão.

 

SUBSÍDIO 2

“Professor (a), explique que “todos que pecaram gravemente e que estão opressos por sentimento de culpa podem obter o perdão, a purificação do pecado e a restauração diante de Deus, se o buscarem conforme a natureza e a mensagem deste salmo. A súplica de Davi, por perdão e restauração, baseia-se na graça, misericórdia, benignidade e compaixão de Deus (v. 1), num coração verdadeiramente quebrantado e arrependido (v. 17) e, em sentido pleno, na morte vicária de Cristo pelos nossos pecados (1 Jo 2.1,2).

Às vezes, a certeza do perdão e restauração da bênção divina não ocorrem facilmente. A pessoa que antes desfrutava a alegria da salvação desce às profundezas da imoralidade poderá passar por um período de arrependimento e de conflitos interiores antes de receber a certeza do perdão e a plena restauração ao favor de Deus. A experiência de Davi revela quão terrível é ofender a um Deus santo depois de alguém ter sido tão ricamente abençoado por Ele".

 

III - PRONTOS PARA ADORAR (vv. 14-17)

1. O desejo de participar da adoração pública. Lembre-se de que os Salmos são canções para adorar, principalmente, no Templo. O salmista tem o desejo, aqui, de louvar a justiça divina (Sl 51.14). Por isso, o pedido de livrá-lo dos "crimes de sangue", certamente, uma alusão ao assassinato de Urias (v.14). Assim, uma vez perdoado, o salmista estaria pronto para adorar publicamente no Templo do Senhor de acordo com a justiça divina (v.15). A adoração pública, congregacional, tem a ver com o real estado interior da vida do salmista.

 

2. Quebrantamento e contrição.

Os versículos 16 e 17 aprofundam mais ainda a questão do estado interior para a adoração pública. Note as expressões “espírito quebrantado" e “coração quebrantado e contrito". Essas expressões não substituíram o sistema de sacrifício levítico, pois ele é retomado no versículo 19.

A ideia é a de que não podemos nos apresentar para adoração pública de maneira mecânica, superficial. Nesse sentido, o salmista entende que todo o seu ser deve estar presente no ato de adoração, isto é, espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23).

Espírito e coração quebrantados e contritos são a prova de que a vida inteira do adorador está ali diante de Deus.

3. Fazendo o bem para outros.

A nossa experiência de restauração nos permite “ensinar aos transgressores os teus caminhos” (Sl 51.13). É isso o que Deus quer fazer conosco. Que os nossos gestos exteriores reflitam a nossa vida interior, pois se o nosso coração for puro e nosso espírito for reto, consequentemente, nossas ações serão puras e retas (Mc 7.18-22). Com o advento do sacrifício de Jesus Cristo, nós, almas restauradas, corpos posicionados, somos o sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm 12.1).

SUBSÍDIO 3

Professor (a), explique aos alunos que “todos os crentes precisam que o Espírito Santo crie neles um coração puro que aborreça a iniquidade e um espírito renovado e disposto a fazer a vontade de Deus. Somente Deus pode nos fazer novas criaturas e nos restaurar à verdadeira santidade (Jo 33; 2 Co 517).

Davi sabe que se Deus abolir da sua vida a obra do Espírito Santo, que convence e repreende o pecador face aos seus pecados, não haverá qualquer esperança de salvação.’

 

CONCLUSÃO

Todos nós estamos vulneráveis ao pecado. Por isso, a Palavra de Deus nos ensina a vigiar e a cuidar de nossa vida espiritual. Entretanto, quando acontece um "acidente de percurso" na vida do jovem cristão, é importante que ele não deixe de perceber que Deus é misericórdia, que é necessário confessar especificamente o pecado praticado, primeiramente a Deus. em seguida, ao pastor da igreja e, finalmente, viver o processo de restauração espiritual. O Espírito Santo nunca deixará de apelar às consciências dos que temem a Deus. É tempo de humilhar-se! É tempo de confessar! É tempo de ser restaurado(a) por Deus!

 

HORA DA REVISÃO

1. Qual noção o salmista tem a respeito de Deus?

Ele tem uma clara noção de que Deus é benigno e misericordioso.

2. Qual o único antídoto contra a prática do pecado?

Contra a prática do pecado só há um antídoto: voltar-se ao Deus misericordioso, por intermédio de Jesus Cristo, e confessar o pecado.

3. Quem é que pode criar um coração puro?

Somente Deus pode criar um coração puro, não mais sujo pelo pecado; um espírito reto, não uma vida torta.

4. Segundo a lição, a adoração pública, congregacional tem a ver com o quê?

A adoração pública, congregacional, tem a ver com o real estado interior da vida do salmista.

5. O que a nossa experiência de restauração nos permite?

A nossa experiência de restauração nos permite “ensinar aos transgressores os teus caminhos” (Sl 51.13).

Este E-book é uma verdadeira fonte informativa para os novos e os veteranos professores de Escola Bíblica.


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