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Lição 6 A Doutrina e o Amor pelo Senhor (Classe: Jovens)

🎓 Lições Jovens 1° Trimestre 2024 CPAD

Revista: O FUNDAMENTO DOS APÓSTOLOS E DOS PROFETAS - A Doutrina Bíblica como Base para uma Caminhada Cristã Vitoriosa

AUTOR: Pr. Elias Torralbo

Data da aula: 11 de Fevereiro de 2024

 

TEXTO PRINCIPAL

"E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos." (At 2.42,43)

 

RESUMO DA LIÇÃO

É necessário que haja doutrina e fervor espiritual para que os crentes tenham uma espiritualidade saudável.

 

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA — 1 Jo 4.8,8

O amor é uma evidência de que somos nascidos de Deus

TERÇA - Mt 22.37,38

O grande mandamento

QUARTA - Jo 15.12

E preciso amar como Ele nos amou

QUINTA - 1 Co 13.1-7

A suma do amor

SEXTA - 1 Pe 4.8

O amor ao próximo

SÁBADO - 1 Jo 3.14

Quem ama o irmão encontra vida

 

OBJETIVOS

 

■ MOSTRAR que a igreja de Éfeso era firme na doutrina;

■ CONSCIENTIZAR do perigo de se perder o primeiro amor pelo Senhor;

■ COMPREENDER que não há contradição entre doutrina e fervor espiritual.

 

INTERAÇÃO

Professor (a), nesta lição trataremos a respeito da igreja de Éfeso, pois ela é um exemplo de como os crentes podem se distanciar do amor de Deus e de sua vontade. Este é um perigo que cerca as igrejas na atualidade. Do ponto de vista comercial, Éfeso era a cidade mais importante da Ásia Menor e nos dias de Paulo, essa cidade abrigava o suntuoso templo da deusa Diana, que atraía turistas e peregrinos.

 

Em sua segunda viagem missionária, o apóstolo Paulo anunciou ali o Evangelho, mas não ficou muito tempo e somente em sua terceira viagem missionária é que ele pôde evangelizar efetivamente a cidade, tendo ficado três anos (At 19.1). A igreja de Éfeso foi pastoreada por Paulo que ensinou, com zelo e dedicação, “todo o conselho de Deus". Entretanto a igreja ouviu do Senhor Jesus a seguinte sentença: ‘tenho contra ti' (Ap 2.4). Esta parecia ser uma igreja perfeita, mas aquele que tudo sabe e tudo vê conhecia os crentes e sabia que eles abandonaram o primeiro amor (Ap 2.1-4). Seu exemplo, como igreja, serve de alerta para nós, principalmente no excesso de trabalho e zelo doutrinário, mas sem o genuíno amor.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor (a), para esta lição sugerimos que você converse com seus alunos explicando que ‘deixastes ao teu primeiro amor' (Ap 2.4) “se refere ao primeiro e profundo amor e dedicação que os efésios tinham por Cristo e sua Palavra (Jo 14.15).

(1) Esta advertência nos ensina que conhecer a doutrina correta, obedecer a alguns dos mandamentos e ir aos cultos na igreja não bastam. A igreja deve ter, acima de tudo, amor sincero a Jesus Cristo e a sua Palavra como um todo (2 Co 11.3; cf. Dt 10.12).

(2) O amor sincero a Cristo resulta em devoção sincera a Ele, em pureza de vida e em amor à verdade (2 Co 11.3)” (Bíblia dê Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD. p. 1982).

 

TEXTO BÍBLICO

Apocalipse 2.1-7

1 Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro.

2 Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e pusestes à prova os que dizem ser apóstolos e o não são e tu o achastes mentirosos.

3 E sofrestes e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome e não cansaste.

4 Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.

5 Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.

6 Tens, porém, isto: que aborreces as obras dos nicolaítas, as quais eu também aborreço.

7 Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus.

 

INTRODUÇÃO

A falta de doutrina produz muitos males e um deles é a mornidão espiritual. Quando não há ensino bíblico, a missão da igreja é comprometida. Utilizando a igreja de Éfeso como exemplo, nesta Lição, estudaremos a respeito de como os crentes se distanciaram do amor de Deus e de sua vontade. Veremos o perigo que cerca as igrejas na atualidade neste aspecto. Esta lição também ressaltará que é necessário que a igreja fundamente suas ações no zelo doutrinário e no amor fervoroso por Deus.

 

I - A IGREJA DE ÉFESO ERA FIRME NA DOUTRINA

1. A igreja de Éfeso.

Do ponto de vista comercial, Éfeso era a cidade mais importante da Ásia Menor. Nos dias de Paulo, essa cidade tinha cerca de 250 mil habitantes e abrigava o suntuoso templo da deusa Diana, o que atraia turistas e peregrinos, aquecendo assim a economia. Em sua segunda viagem missionária, o apóstolo Paulo anunciou o Evangelho ali, mas não ficou muito tempo (At 18.19-21).

 

Somente em sua terceira viagem missionária é que o apóstolo pôde evangelizar efetivamente a cidade, tendo ficado três anos ali (At 19.1). Provavelmente, Priscila e Áquila desempenharam importante papel na implantação dessa igreja e cederam a própria casa onde ela foi estabelecida (At 18.18,19; 1 Co 16.19). O casal também contribuiu com o desenvolvimento da vida cristã e do ministério de Apoio (At 18.24-28).

 

2. A igreja de Éfeso e os seus principais desafios.

A Carta aos Efésios indica os desafios que a igreja enfrentou no início. A deusa Diana era o centro da estrutura religiosa e econômica de Éfeso, que de acordo com a mitologia grega, era virgem, e contrária ao casamento, razão pela qual a estrutura familiar da sociedade efésia era fragilizada, tornando o divórcio algo comum e banalizado. Por isso, Paulo exortou os irmãos efésios a confiar na graça salvadora de Cristo, se preparar espiritualmente para a batalha, manter-se unidos na fé doutrinária, conservar a vida em santidade e a nutrirem uma família sadia.

 

3. A firmeza doutrinária da igreja de Éfeso. Historicamente, a igreja de Éfeso era uma das mais importantes e conhecidas da igreja do primeiro século. Isso não é mera casualidade, mas é fruto de seu vigor espiritual, de seu comprometimento doutrinário e de sua relação com alguns dos principais líderes, que fizeram dela um referencial.

 

A igreja de Éfeso foi pastoreada por Paulo que, além de ter ensinado “todo o conselho de Deus" (At 20.27), foi usado como instrumento para a realização de grandes milagres (At 19.11,12). Foi pastoreada também por Timóteo, tão elogiado por Paulo (Fp 2.19-23) e deixado em Éfeso justamente para “advertires a alguns que não ensinem outra doutrina” (1 Tm 1.3). Finalmente, essa igreja pôde desfrutar do pastoreio do apóstolo João que, de Éfeso, liderou as igrejas daquela região e de onde escreveu o Evangelho que leva o seu nome, além de suas Epístolas.

 

Certamente a igreja de Éfeso foi bem instruída e teve seus alicerces doutrinários bem estabelecidos.

 

SUBSÍDIO 1

“Éfeso, conhecida hoje como Selçuk, a antiga Éfeso está localizada na costa do mar Egeu da Ásia Menor, na foz do rio Castro. Paulo parou brevemente em Éfeso na sua segunda viagem missionária, deixando Priscila e Áquila. Mais tarde, encontraram e orientaram Apoio em Éfeso (At 18.19-26). Na sua terceira viagem. Paulo permaneceu em Éfeso por três anos, ensinando, realizando milagres e curando enfermos (At 19.1-22) até o tumulto incitado pelo ouvinte Demétrio (At 20.1). Ele escreveu 1 Coríntios em Éfeso (1 Co 16.8) e mais tarde, escreveu aos efésios da sua cela na prisão romana (Ef 3.1). bem como a Timóteo em Éfeso (1Tm 3.1). Em apocalipse 2.1-7, a igreja de Éfeso é elogiada pela sua presença, porém castigada por ter perdido o seu primeiro amor.

 

II - O PERIGO DE SE PERDER O PRIMEIRO AMOR PELO SENHOR

1. Boas obras, porém sem amor.

É trágico uma igreja ter de ouvir a seguinte sentença: “tenho contra ti". Foi o que a igreja em Éfeso ouviu do Senhor Jesus (Ap 2.4). Antes disso, essa igreja foi elogiada, pois era dedicada no trabalho, no combate à maldade, no zelo pela doutrina e na perseverança nas tribulações. Parecia ser uma igreja perfeita, mas havia abandonado o primeiro amor (Ap 2.1-4).

 

Além dos bons exemplos oferecidos por essa igreja, ela também nos serve de alerta para o excesso de trabalho e o zelo doutrinário, mas sem o genuíno amor. A igreja de Éfeso é uma prova de que é possível realizar grandes e boas obras sem amor. Por isso Jesus diz: “Lembra-te, pois de onde caístes, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei e tirarei do seu Lugar o teu castiçal, se não te arrependeres" (Ap 2.5).

 

2. O valor das boas lembranças.

A igreja de Éfeso foi orientada por Jesus a se Lembrar de onde caiu, a fim de que se arrependesse (Ap 2.5). A recomendação é: lembrar-se, arrepender-se e praticar. A igreja deveria se lembrar de onde havia caído, ou seja, deveria considerar o que havia perdido, advindo o arrependimento como demonstração de tristeza e voltar às primeiras obras, confirmando o arrependimento e a consciência transformada. A igreja de Éfeso recebeu a oportunidade de recomeçar e resgatar a sua saúde espiritual.

 

3. De volta ao primeiro amor.

O que Jesus quis dizer com “primeiro amor"? Deus é a fonte de todo amor, Ele é o próprio amor (1 Jo 4.8). Portanto, deixar o primeiro amor é o mesmo que se afastar de Deus, e isso implica que a igreja de Éfeso praticava boas obras, mas ao mesmo tempo, estava distante de Deus. O convite para que voltasse ao primeiro amor indica o interesse do Senhor de que a sua Igreja permaneça em sua presença. Paciência e trabalho não faltavam a igreja de Éfeso, mas ela foi orientada a voltar “às primeiras obras”, pois estas foram praticadas com o amor genuíno. Sendo assim, ela foi convidada a restaurar a sua comunhão com Deus.

 

SUBSÍDIO 2

Professor(a), explique que “Cristo elogiou a igreja em Éfeso por

(1) trabalhar com afinco,

(2) perseverar com paciência,

(3) não tolerar pessoas más,

(4) examinar com cuidado as alegações dos falsos apóstolos e

(5) sofrer sem desistir. Toda a igreja deveria ter essas características. Mas esses louváveis esforços devem nascer de nosso amor por Jesus Cristo. Tanto Jesus como João enfatizaram o amor ao próximo como uma autêntica prova das Boas Novas (Jo 13.34). Na batalha que enfrentamos para manter um ensino sadio e a pureza moral e doutrinária, é possível perder esse espirito amoroso. Um conflito prolongado pode enfraquecer ou destruir nossa paciência e nosso afeto. Ao defendera fé, procure proteger-se contra qualquer estrutura ou rigidez que possam enfraquecer o amor.

 

III - NÃO HÁ CONTRADIÇÃO ENTRE DOUTRINA E FERVOR ESPIRITUAL

 

1. O problema dos extremos.

A igreja de Éfeso valorizou a doutrina, mas não permaneceu no amor a Deus. A igreja de Corinto, que tinha vários dons espirituais (1 Co 1.7), negligenciou os ensinos bíblicos e Paulo afirmou que os crentes dali eram carnais (1 Co 3.1-3). Os extremos impedem o desenvolvimento saudável da vida espiritual da igreja.

 

2. A importância do equilíbrio.

Ao criar o homem, Deus o constituiu de espírito, alma e corpo. Não por acaso, Paulo rogou aos irmãos da igreja em Roma que apresentassem a Deus os seus “corpos" (externo e visível) e renovassem o “entendimento" (interno e invisível), e isso é evidência de que o ser humano integral tem valor para Deus. Equilíbrio, e não os extremos, reflete o caráter de Deus e é o que Ele espera de seus filhos (Dt 5.32; Js 1.7; Pv 4.27).

 

O Senhor não disse à igreja de Éfeso que 0 “primeiro amor" é mais importante que o zelo doutrinário, mas que o problema consistia no fato de ter deixado o primeiro em função do segundo. O desejo de Jesus é o equilíbrio.

3. Doutrina e fervor espiritual, a combinação perfeita.

Uma vida cristã genuína se define pelo equilíbrio entre a compreensão do significado das Escrituras e a sua prática. A compreensão da doutrina bíblica e a sua prática permite ao crente desfrutar de uma relação real e pessoal com o Senhor, que é o que faltou à igreja de Éfeso, embora ela tenha sido bem instruída pelos seus Líderes.

 

Uma igreja que valoriza, busca e trabalha pelo equilíbrio entre a doutrina e o fervor espiritual se protege de uma falsa religiosidade.

 

CONCLUSÃO

O exemplo da igreja de Éfeso reafirma que, por mais bem estruturada que possa ser, a igreja sempre terá problemas e pendências a serem corrigidos. Essa igreja incorreu no erro da falta de equilíbrio entre o compromisso com a doutrina e o fervor espiritual, causado pelo abandono do “primeiro amor” e o afastamento de Deus. Sendo assim, vimos os perigos que a igreja corre quando lhe falta equilíbrio entre o preparo intelectual e o fervor espiritual.

 

HORA DA REVISÃO

1. Qual era a cidade mais importante da Ásia Menor?

Éfeso era a cidade mais importante da Ásia Menor.

 

2. O que atraía os peregrinos à cidade de Éfeso?

O suntuoso templo da deusa Diana.

 

3. Qual casal contribuiu para o desenvolvimento de Apoio?

O casal Priscila e Áquila.

4. Qual a exortação do Senhor Jesus para a igreja de Éfeso? A igreja de Éfeso foi exortada por Jesus a se lembrar de onde caiu, a fim de que se arrependesse (Ap 2.5).

 

5. O que a igreja de Éfeso havia abandonado?

Às primeiras obras, pois estas foram praticadas com o amor genuíno.

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Lição 3 O Verdadeiro Discípulo de Cristo exerce o seu chamado em Amor (Editora Betel)

Lição 3 O Verdadeiro Discípulo de Cristo exerce o seu chamado em Amor (Editora Betel )
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Lições Bíblicas BETEL: 4° Trimestre de 2023 | REVISTA: TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO: Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade cristã.

TEXTO ÁUREO

“Que em presença da igreja testificaram da tua caridade; aos quais, se conduzires como é digno para com Deus, bem farás.” 3 João 6

VERDADE APLICADA

Como discípulos de Cristo, busquemos abundar em amor, pois os últimos dias são marcados pelo egoísmo e a indiferença.

 

OBJETIVOS DA LIÇÃO

1. Mostrar o poder do amor.

2. Ressaltar que o amor é o maior bem.

3. Ensinar que sem amor não existe discipulado.

 

TEXTOS DE REFERÊNCIA

1 CORÍNTIOS 13

1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria

3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria.

4 A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece.

  

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA – Jo 3.16 O amor deve motivar o coração do discípulo.

TERÇA – 1Co 16.14 Tudo deve ser feito em amor.

QUARTA – Hb 13.1 O amor deve ser permanente.

QUINTA – 1Pe 4.8 O amor deve ter mão dupla

SEXTA– 1 Jo 4.8 Deus é amor

SÁBADO – 1 Jo 4.16 Quem está em amor está em Deus.

HINOS SUGERIDOS: 35, 227, 430

 

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que o amor de Deus seja manifesto na vida e no ministério dos líderes.

 

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução

1– O amor de Deus

2– O dom do amor

3 – Manifestações de amor

Conclusão

 

INTRODUÇÃO

O apóstolo João adverte que quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor [1Jo 4.8]. Ele não apenas sente amor, Ele é o próprio amor, esta é a sua natureza, por isso Seus filhos também devem amar [1Jo 4.20].

  

1. O AMOR DE DEUS

João mostra que o amor é mais que um sentimento, é uma Pessoa: Deus. Nele reside toda benevolência [Sl 136], misericórdia [Lc 1.50], perdão [Mq 7.18]. O termo usado em 1 João 4.8 para amor é ágape (grego), o mesmo que Paulo utiliza em 1 Coríntios 13, onde diz que esse amor deve mover o uso de qualquer dom espiritual e o cultivo da piedade humana, bem como estar acima dos próprios interesses. Esse “tipo” de amor nos faz servir aos nossos irmãos [GI 5.14], manifestando bondade, misericórdia e perdão, como o Senhor faz conosco [Jl 2.13].

 

1.1. Fruto do Espírito.

Em Gálatas 5.22, o amor “ágape” aparece como Fruto do Espírito Santo. Ou seja, é o amor divino, “produzido” pela Terceira Pessoa da Trindade. Sendo assim, podemos adquirir esse amor e manifestá-lo graciosamente quando estamos em Jesus [Jo 15.5]. O termo fruto vem do grego karpos, alguns significados são: “aquele que se origina ou vem de algo” ou “aquilo que é produzido pela energia inerente de um organismo vivo”. Os filhos de Deus só podem produzir o que vem dele.

 

Em Tiago 2.14-26, lemos que a fé é evidenciada por obras. Aquele que é filho de Deus manifestará o amor de Deus em forma de obras: amando, cuidando, ajudando. E pelo Espírito Santo que esse fruto é gerado, o amor “ágape”, tendo como exemplo o próprio Filho de Deus [Rm 8.16]. Não foi à toa que, ao enumerar as nove características do Fruto do Espírito, Paulo começa pelo amor.

 

O amor é o número 1! O apóstolo mesmo diz em 1 Coríntios 13 que podemos ter qualquer outro dom, mas se não tivermos amor, de nada serve! É esse amor que um cristão deve expressar. Robert Murray M’ Cheyne diz: “Um homem não pode ser um verdadeiro ministro, até que pregue a Cristo por amor de Cristo. Até que ele desista de lutar para atrair pessoas para si mesmo e busque apenas atraí-las para Cristo (…)”.

 

1.2. Jamais acaba.

Deus é eterno [Is 40.28], sendo assim, o amor de Deus não pode ter fim. Paulo destaca essa característica do amor divino, ao dizer que ele nunca perece [1Co 13.8]. Isso significa que não há o que possa nos tirar do coração de Deus, como Paulo mesmo nos mostra em Romanos 8.35a: “Quem nos separará do amor de Cristo?”. O salmista deixa essa ideia clara ao repetir 26 vezes: “…porque o seu amor dura para sempre: O amor de Deus também é traduzido por “misericórdia”, termo do latim composto por misere, “sentir piedade, sentir compaixão”, mais cor, “coração”. Quando Jeremias diz: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim” [Lm 3.22], entendemos a eternidade do amor de Deus. Em João 15, Jesus deixou um mandamento: que Seus discípulos amem uns aos outros, como Ele ama a todos [Jo 15.12) e falou que é esta característica do Fruto do Espírito que deve permanecer [Jo 15.16].

 

Quando Paulo fala sobre o amor, ele diz que os dons cessarão e o conhecimento desaparecerá, mas o amor, permanecerá. Jamais acabará. O verbo acabar [1Co 13.8] é ekpipto, que significa “desmoronar, perecer, cair sem forças, estar sem vigor”. Então, o amor de Deus, que Ele entregou a nós e pede que entreguemos aos nossos irmãos, deverá ter essa qualidade. Não ser temporário, não ser condicional, não ser débil.

 

1.3. É destinado a todos.

Gaio amava aos irmãos e aos estranhos [3 Jo 5]. deixando esse amor visível por suas atitudes, como a de recebê-los e cuidar deles. Isso era claro para a igreja [3 Jo 6], como deve ser [Jo 13.35]. Um discípulo de Cristo que não ama a todos não conhece a Deus [1 Jo 4.8], que ama indistintamente. A força de um verdadeiro discípulo não está na função que ocupa, mas no amor que demonstra sem acepções.

 

Devemos amar a todos, o bom discípulo para alcançar o êxito ministerial, precisa ser exemplo dos fiéis [1 Tm 4.12]. O exemplo é o mais valioso tesouro de um discipulador de vital importância que todo discípulo de Cristo viva o que valoriza, pois, ações falam mais que palavras. Pr. Gerson Elias Torrezan: “Sem o amor, a soberba torna-se inevitável e o poder uma força monstruosa e destruidora. As duas únicas condições em que o homem não se rende à fascinação do poder são quando ele se mantém crucificado com Cristo, morrendo para si mesmo a cada dia, ou quando se encontra no caixão Infelizmente, muitos amam o poder, mas não têm o poder de amar!

EU ENSINEI QUE:

Aquele que ama deve amar a todos como Deus ensina, manda e faz. O amor é mais do que um sentimento, é uma ação e deve nascer do Espírito Santo. Quem ama nessa medida, obedece a fonte do amor Deus.

 

2. O DOM DO AMOR

O termo dom em grego é dorea que significa “dádiva, presente: O maior presente que o homem recebeu foi Jesus. João diz que o Filho de Deus foi dado (de presente) ao mundo por um amor divino cuja dimensão é indefinida, sendo descrito como “de tal maneira” [Jo 3.16]. Jesus é esse dom, o presente do amor de Deus que recebemos sem merecer [Rm 5.8]. Sua missão foi nos resgatar do pecado e da morte [1Jo 4.10], demonstrando o amor do Pai.

  

2.1. Liberta o homem do pecado.

O amor de Deus foi a razão para que o pecador recebesse um presente diretamente do céu: Jesus. Ele foi prometido tão logo houve a queda no Éden [Gn 3.15] e a promessa salvadora foi cumprida com o anúncio do anjo à jovem Maria: “E dará à luz um filho e chamarás o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” [Mt 1.21]. Jesus subiu em uma cruz para nós não descemos ao inferno. A melhor definição de amor não está nos dicionários, e sim no Calvário!

 

Deus nos amou quando ainda éramos pecadores, ou seja, cegos para a santidade. Não há pecado insignificante. Todo deslize moral afeta a relação entre o homem e Deus e deixa uma névoa no caráter. Por isso, todo pecador, sem exceção, precisa desesperadamente de Jesus, o presente de Deus, para ser liberto. Corrie Ten Boom, uma missionária holandesa que salvou a vida de centenas de judeus do nazismo, escreveu: “Não há poço tão profundo, que o amor de Deus não seja ainda mais profundo”. Foi conversando com uma samaritana em um poço, que Jesus se declarou como presente de Deus pelos pecadores: “Se tu conheceras o dom de Deus” [Jo 4.10].

 

2.2. Constrange o homem à santidade.

Paulo diz que o amor de Deus constrange o homem [2 Co 5.14]. Etimologicamente, a palavra “constranger” no grego significa “pressionar por todos os lados” e no latim “apertar, ligar, estar fortemente unido”. Assim, entendemos que se trata de um amor dado a nós para nos proteger, corrigir e nos fazer viver em novidade de vida porque o passado de pecado ficou para trás [2 Co 5.17]. Diótrefes não apresentava transformação de caráter. Suas acusações feitas contra João não eram apenas tolices sem base, mas premeditadamente maliciosas e malignas [3 Jo 10). Por não praticar o amor, em vez de reproduzir o caráter de Deus, ele manifestava a face de Satanás

 

Receber o presente, o perdão de Deus, deve mudar a perspectiva que temos de nossa própria vida, mas isso não ocorreu com Diótrefes, pois era insensível. O dom de Deus nos faz santos e irrepreensíveis, e precisamos permanecer assim. Só existe mudança verdadeira mediante arrependimento genuíno. O arrependimento autêntico leva ao abandono das velhas práticas, O amor de Deus nos constrange à santidade e essa conduta deve ser manifestada por todo aquele que é chamado por Deus. “Santos sem santidade são a tragédia do Cristianismo”, diz A. W. Tozer, pastor e escritor americano.

 

2.3. Ordena-nos a amar.

É por causa do amor que devemos amar, porque o amor procede de Deus [1Jo 4.7], Paulo termina 1 Coríntios 13 dizendo que apenas a fé, a esperança e o amor permanecerão, mas o maior destes é o amor. Jesus diz que, depois de amar a Deus sobre todas as coisas, devemos amar ao nosso próximo [Jo 15.17]. Há uma ordem divina para amar e a todos os discípulos de Cristo não resta outra opção, pois como Cristo amou, devemos amar dando a vida pelas suas ovelhas [Jo 10.11]. Foi o amor manifesto por Gaio e Demétrio que chamou a atenção do apóstolo João, em contraste com a atitude desleixada de Diótrefes, que só pensava em si.

 

Quem ama, como Deus ordenou, mostra obediência a Ele. O pregador das ruas, John Wesley, disse: “Faça todo o bem que puder, por todos os meios que puder, de todas as maneiras que puder, em todos os lugares que puder, em todos os momentos que puder, a todas as pessoas que puder, enquanto puder. Eis um clássico exemplo de amor manifesto!

 

EU ENSINEI QUE:

O amor de Deus é um presente que nos liberta do pecado, nos protege e nos estimula a compartilhar o mesmo sentimento

 

3. MANIFESTAÇÕES DE AMOR

João exalta a atitude de amor manifestada por Gaio, que serviu como testemunho perante aquela igreja local. Essa verdade diz respeito ao próprio Deus para conosco [Jo 3.16], ao enviar Seu Filho para entregar a vida por amor dos homens [Jo 15.13].

 

3.1. Discipulando em amor.

O discipulador precisa amar seus discípulos, ensinando e zelando pelo rebanho de Cristo [Hb 13.17]. É necessário conduzir os discípulos no caminho de Cristo. Paulo diz que sem amor nada mais importa [1Co 13]. Foi o amor de Deus pelo mundo que trouxe Jesus a esta terra [Jo 3.16]. O dever é amar a igreja como Jesus a amou, tornando-se o exemplo de amor sacrificial a ser seguido: “…ame como eu vos amei a vós” [Jo 13.34].

 

O perigo da ausência do amor é a presença da indiferença. Quando um “pseudo” discipulador não exerce o discipulado pastoral no amor, este comete erro e jamais pode ser um verdadeiro discípulo de Cristo.

 

3.2. Perdoando por amor.

Uma grande demonstração de amor é o perdão [Lc 7.47]. Ainda que tenha sido traído, cabe ao discípulo perdoar os que lhe fizeram mal, a exemplo do Salvador, nossa maior referência [Lc 23.34]. Um discípulo verdadeiro deve se espelhar na conduta de Jesus, amando e perdoando [Ef 5.1-2]. Através de Cristo descobrimos que Sua graça é suficiente para cobrir uma vida inteira de pecados [Jo 8.11]. No encontro com o Cristo ressuscitado, o qual ele havia negado anteriormente, Pedro ouviu do Senhor: “Tu me amas?”. Após a resposta positiva do apóstolo, Jesus lhe disse: “Apascenta as minhas ovelhas” [Jo 21.17].

 

Jesus exercia amor e misericórdia para com os pecadores e marginalizados, mas não tolerava a hipocrisia dos religiosos e arrogantes de sua época [Mt 12.34]. Com eles, Jesus se mostrava completamente avesso. Por se considerarem sujas e indignas, as prostitutas estão mais perto do Salvador do que aqueles que se julgam merecedores da sua graça. Deus aceita o sujo que reconhece que é sujo, mas abomina o sujo que quer se passar por limpo. O poder do perdão nasce no amor e se fortalece na prática de perdoar [Mt 18.21-35]. O teólogo Lewis B. Smedes diz: “Você saberá que o perdão começou quando se lembrar daqueles que o feriram e sentir o poder de desejar-lhes o bem”.

 

3.3. Entregando-se por amor.

O pastor deve proteger suas ovelhas, arriscar-se por elas [Jo 10.4], ir atrás da perdida [Lc 15.4-7]. Deus chamou os pastores segundo o Seu coração [Jr 3.15]. Para amar o rebanho de Cristo como Ele o amou, devemos ser homens de genuína humildade, “mansos e humildes de coração” [Mt 11.29]. O discipulador não vive mais como uma pessoa comum, mas sua vida manifesta a vida de Jesus, marcada por amor e entrega [Gl 2.20].

 

O escritor Ted Christman ressalta: “Para ter um coração segundo o coração de Deus é preciso, entre outras coisas, ter um coração de amor. As implicações de não ter um coração de amor são mais que óbvias. Uma vez que os pastores são dádivas para a igreja (Ef 4.11). O mesmo Salvador que amou os seus até o fim (Jo 13.1), implanta uma porção de seu DNA espiritual no coração de cada verdadeiro pastor.”

 

EU ENSINEI QUE:

O discipulador que ama conduz o rebanho de Deus em amor, manifestando atitudes de amor, como o perdão, e entregando-se pelas ovelhas, a exemplo de Cristo.

 

CONCLUSÃO

Quando alguém ama a Igreja, ele não apenas prega o amor, mas vive e manifesta este sentimento com atitudes que o próprio Deus manifestou aos homens, como perdão, misericórdia, benevolência. O verdadeiro poder de um cristão está em imitar Jesus, a fonte e o modelo do perfeito amor de Deus.

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Lição 1 O Verdadeiro Discípulo anda na verdade (Editora Betel )

Lições Bíblicas BETEL: 4°Trimestre de 2023 | REVISTA: TERCEIRA EPÍSTOLA DE JOÃO: Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor e fortalecendo os laços da fraternidade cristã.

TEXTO ÁUREO

“Porque muito me alegrei quando os irmãos vieram e testificaram da tua verdade, como tu andas na verdade.” 3João 3

VERDADE APLICADA

Nossa conduta, em todas as áreas, deve refletir o comprometimento pessoal com a Palavra da verdade que recebemos.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

1. Mostrar que quem anda na verdade anda em santidade

2. Ressaltar a importância de falar e andar na verdade.

3. Revelar o padrão de Deus recomendado a seus discípulos.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

JOÃO 17

15 Não peço que os tires do mundo, mas que os livre do mal.

17 Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.

18 Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.

19 E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.

20 E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela sua palavra, hão de crer em mim

21 Para que todos sejam um, como tu, o Pai, o és em mim, e eu, em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.

LEITURAS COMPLEMENTARES

SEGUNDA – SI 54.5 A verdade divina destrói os inimigos.

TERÇA – Sl 119.30 A verdade é o caminho de Deus

QUARTA – PV 12.19 A verdade subsiste; a mentira desaparece.

QUINTA – PV 22.21 A verdade deve ser aprendida e ensinada.

SEXTA – JO 4.24 A verdade faz parte da adoração a Deus.

SÁBADO – Jo 8.32 A verdade liberta.

 

HINOS SUGERIDOS: 88, 141, 306

MOTIVO DE ORAÇÃO

Ore para que os discípulos de Cristo valorizem a verdade e vivam nela e por ela.


ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução

1– João, Gaio, Demétrio e Diótrefes

2– O que é a verdade

3– O poder de um autêntico discípulo

Conclusão


INTRODUÇÃO

Verdade é o termo mais destacado no livro de João e citado por Jesus ao falar sobre unidade e santidade. Esse caráter é exaltado por João na vida de Gaio e Demétrio, em contraponto ao engano produzido por Diótrefes.


Ponto de Partida – Deus nos chamou para viver na verdade

1. JOÃO, GAIO, DEMÉTRIO E DIÓTREFES

A Terceira Carta de João, com apenas 15 versículos, é personalista e foi endereçada ao presbítero Gaio. No entanto, outros dois personagens são mencionados pelo autor, que faz comparações de comportamento e caráter de três obreiros: Gaio, Demétrio e Diótrefes. Tratado como “amado” e “filho”, Gaio é reconhecido por ser um verdadeiro discípulo e uma liderança exemplar que “anda na verdade” [3 Jo 3]. Da mesma forma. Demétrio [3 Jo 12]. Em contraponto, Diótrefes ignora a verdade e despreza seu líder.

 

1.1. Quem foi João.

Filho de Zebedeu, fazia parte do “círculo íntimo” de Jesus, composto por três discípulos, participando, junto com seu irmão Tiago e com Pedro, de ocasiões especiais [Mc 5.36-37; 9.2; 14.33). João era pescador e denominado o discípulo amado” [Jo 21.20]. Autor do Evangelho segundo João, de três cartas que também levam o seu nome – sendo a última endereçada a Gaio, e do livro de Apocalipse. Morreu de velhice, perto de 98 d.C.

 

João foi um dos primeiros seguidores de Jesus. Sempre fiel, registrou inúmeras passagens da vida e do ministério do Mestre, o que certamente contribuiu para formar seu caráter de discípulo. João se concentra na divindade de Cristo: revela Jesus como sendo o Verbo, o Filho de Deus e o próprio Deus [Jo 1.1-3].

 

Sua apreciação pela “verdade”, que destaca no caráter de Gaio, pode ser entendida pelo fato de ele ter sido o evangelista a registrar que Jesus era a Verdade e único Caminho para Deus [Jo 14.6]. Barclay, ao falar da importância do ensino sobre a verdade, feito por Jesus, diz: “Nenhum professor foi jamais a encarnação de seus ensinos, com exceção de Jesus” O termo “verdade” aparece 74 vezes no Evangelho de João, em grande parte pela boca de Jesus: “Em verdade, em verdade...

 

1.2. Quem foram Gaio e Demétrio.

Gaio e Demétrio são apresentados por João como cristãos fiéis [3 Jo 3-6, 12].

1) Gaio era líder de uma das igrejas da Ásia Menor (da qual João se tornou bispo), um obreiro generoso e hospitaleiro que oferecia abrigo aos missionários em sua casa [3]o 3-8].

 

Em sua Terceira Carta, João elogia e incentiva o amado irmão em Cristo por seu ministério de hospitalidade aos mensageiros itinerantes que iam de um lugar a outro para pregar o Evangelho de Cristo.

2) Demétrio era o tipo de cristão que, ao contrário de Diótrefes, procurava construir, em vez de destruir, procurava manter Deus no centro de sua vida, em oposição a si mesmo. Era um homem de boa reputação e leal à verdade, reconhecido por seu testemunho cristão [3Jo 12]. Gaio e Demétrio foram grandes colaboradores de João. Eles ajudavam o apóstolo no cuidado da igreja local.

 

O texto de 3 João parece indicar que Gaio e Demétrio foram fiéis auxiliares de João em uma igreja local, reconhecidos pela verdade e fidelidade ao ministério e à liderança. A conduta deles era referência. Esse reconhecimento vinha da igreja e chegou até João. Como estamos sendo conhecidos? A verdade e a fidelidade podem ser vistas em nosso ministério e vida pessoal? Jesus mostra que a Palavra de Deus é a verdade e quem está sob a verdade é santificado [Jo 17.17].

 

1.3. Quem foi Diótrefes.

Ao contrário de Gaio e Demétrio [3 Jo 1-6, 12], Diótrefes não obedecia nem respeitava o apóstolo João. Era obstinado e falava o que não devia, causando mágoas e conflitos no seio da comunidade. Ele queria ter a primazia entre os irmãos, ou seja, o primeiro lugar [3]o 9-14]. Diótrefes era um mau discípulo, ambicioso e caluniador, portanto, indigno de servir na Igreja.

 

A arrogância de Diótrefes assume patamares estratosféricos, a ponto de ele se recusar a reconhecer a autoridade de João e não receber seus mensageiros em sua igreja local. Ele estava completamente desconectado do “Corpo”, assumindo, com essa postura desleal, o papel de “cabeça”. Paulo nos ensina: “Recomendo-lhes, irmãos, que tomem cuidado com aqueles que causam divisões e colocam obstáculos ao ensino que vocês têm recebido. Afastem-se deles.” [Rm 16.17 – NVI]. Em vez de andar na verdade, Diótrefes andava na arrogância, contrariando a postura do Senhor da Igreja!

 

EU ENSINEI QUE:

O que temos por precioso é o que marcará nosso caráter e o que passaremos adiante. Um discípulo é reconhecido, bem ou mal, por aquilo que está evidenciado em sua vida. No caso de Gaio e Demétrio, era a “verdade”.

 

2. O QUE É A VERDADE

A verdade é um dos atributos divinos. A Bíblia é chamada de “palavra da verdade” [Ef 1.13]. Jesus disse em João 17.17 que a Palavra de Deus é a verdade e, ainda, em João 14.6 que Ele é “o caminho, a verdade e a vida”. A verdade, no contexto cristão e bíblico, não é simplesmente o contrário da mentira, mas a base em que os homens devem andar e a palavra que devem falar [Ef 4.25]. A verdade é absoluta. A verdade liberta [Jo 8.32].

 

2.1. Andar na verdade.

Jesus disse que o diabo é o “pai da mentira” [Jo 8.44], ensinando não só que o inimigo criou a mentira, mas que os filhos de Deus devem andar na verdade, seguindo o caráter de Deus. “Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque sabeis, e porque nenhuma mentira vem da verdade” [1 Jo 2.21]. Quem anda na verdade prega e vive o que ensinam as Escrituras, e está em unidade com Jesus [Jo 17.21].

 

O verbo “andar” dá o sentido de continuidade. Significa que andar na verdade deve ser uma ação contínua na vida cristã, não apenas um determinado percurso, mas todo o trajeto! Outro entendimento é que andamos sobre uma base, geralmente, sólida. Jesus nos mostra que a Palavra de Deus é a verdade, portanto, a base sólida sobre a qual devemos caminhar durante toda a nossa vida. Era assim que Gaio e Demétrio viviam, principalmente no ministério, onde eram reconhecidos pela igreja por essa característica [3 Jo 3]. Sobre a verdade, cito novamente Barclay, que diz: “Há muitos que nos disseram a verdade, mas nenhum foi a encarnação da verdade”.

 

2.2. Defender a verdade.

Na versão NTLH de Provérbios 22.12, lemos: “O Senhor Deus está alerta para defender a verdade e atrapalhar os planos dos mentirosos”. Um dos papéis da igreja, portanto, dos crentes, é realizar aquilo que agrada a Deus. E defender a verdade está nesse plano. João combateu Diótrefes exatamente por ele estar do lado oposto da verdade [3 Jo 10]. Por isso ele diz a Gaio: “Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de Deus; mas quem faz o mal não tem visto a Deus” [3Jo 11]. Os apóstolos tinham como principal tarefa em seus ministérios defender a verdade. Pedro foi claro ao dizer: “Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido ” [At 4.20].

 

Ao defender Gaio, o apóstolo João estava defendendo a verdade, uma vez que era esse o comportamento refletido por aquele destacado irmão. Defender o Evangelho, que é a verdade, conforme Jesus ensinou, é defender os valores que Deus deixou em sua Palavra, pelos quais devemos nos guiar [Sl 119.105]. Defender a verdade é defender a revelação dada por Deus. Parafraseando Barclay, muitos homens podem ensinar a verdade, mas só Jesus é a verdade.

 

2.3. Amar a verdade.

João era conhecido como “o apóstolo do amor”. Em sua Terceira Carta, ele demonstra amar a verdade e se alegra com Gaio e Demétrio, que “andam na verdade” [3 Jo 3, 12]. Assim como a verdade, o amor é um dos atributos de Deus. João relata a oração de Jesus, onde Ele declara: “E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lhe farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja” [Jo 17.26].

 

Paulo, ensinando sobre o amor, diz: “O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade”. Aqui vemos o estilo de vida cristã exibido por Gaio e Demétrio em oposição ao de Diótrefes [3 Jo 11].

Quem ama a verdade ama a Jesus e a Sua Palavra. Gaio e Demétrio eram homens comprometidos com a verdade, humildes, que amavam a obra e o povo de Deus. Um discípulo cheio de si não pode representar o Cristo que se esvaziou [Fp 2.7].

 

EU ENSINEI QUE:

O verdadeiro discípulo de Cristo deve conhecer, pregar, viver, defender e amar a verdade. Mais que um valor, a verdade é um atributo de Deus.

 

3. O PODER DE UM DISCÍPULO DE CRISTO

O poder de um autêntico discípulo está relacionado 100% ao Evangelho. Paulo diz que este “é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” [Rm 1.16]. A fonte deste poder é o Espírito Santo [At 2.1] e nunca o homem ou alguma instituição humana.

 

3.1. O poder para ensinar.

Aquele que tem poder deve aprender primeiro a ter poder sobre si mesmo – só assim terá poder para discipular, com base nas Escrituras. A Bíblia é única fonte de poder: “Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra” [2Tm 3.16-17]. Jesus orou agradecendo a Deus pelo poder que recebeu sobre toda a carne [Jo 17.2], com o qual tinha autoridade para ensinar as verdades espirituais e eternas. Ele era chamado de “Rabi”, que quer dizer Mestre [Jo 1.38], aquele que tem como atribuição o ensino.

 

Por mais preparado que um discípulo esteja – e isso é bom e importante – o seu poder para ensinar deve estar baseado na Palavra de Deus, tendo como referência a doutrina de Cristo [Mt 7.29]. Para ensinar com autoridade a Palavra de Deus em uma igreja local ou um Seminário que se propõe a contribuir na formação de obreiros, o primeiro requisito não é a formação acadêmica, mas ter nascido da água e do Espírito, como Jesus disse a Nicodemos [Jo 3.10].

 

3.2. O poder para liderar.

Parece que Gaio era um servo de Deus que se destacava na igreja local por sua conduta. Apesar de ter alcançado tal patamar, diferentemente de Diótrefes, que se achava autossuficiente, Gaio mantinha a submissão ao seu líder João. Seu coração era de servo, procedendo fielmente em tudo [3 Jo 8]. Daí vinha seu poder para liderar. Já Diótrefes exigia das pessoas o que ele próprio não tinha: obediência e submissão à liderança. Era insubmisso e opunha-se abertamente às ordens de João [3Jo 9-10].

 

Os discípulos que se inspiram em Jesus constroem relacionamentos.com base no amor e no respeito [Jo 10.11]. No entanto, Diótrefes era desrespeitoso em relação ao seu líder João. O verdadeiro discípulo reconhece suas limitações, não é soberbo diante de suas virtudes, busca respeitar autoridades que Deus instituiu, reconhecendo e submetendo o seu chamado em humildade. Onde há arrogância, há falta de humildade! Todo poder sem limites não pode ser legítimo, pois quanto maior o poder, tanto mais perigoso é o abuso. Ter poder significa estar submisso Aquele que é o Cabeça da Igreja [Cl 1.18]. Ser discípulo de Cristo é negar-se a si mesmo, libertar-se do ego [Lc 9.23].

 

3.3. O poder para servir.

Jesus recomendou aos Seus discípulos que aguardassem em oração até que fossem revestidos de poder do alto [At 1.8]. Em Atos 2, todos eles foram cheios do Espírito Santo, recebendo a unção que lhes daria poder para servirem como Igreja do Senhor. Esse poder foi claro no ministério apostólico [At 4.7-10]. Gaio servia os irmãos ao hospedá-los em sua casa, mesmo sem conhecê-los, uma marca do poder de um servo fiel ao seu chamado.

 

Ministério é serviço e não ser visto. Diótrefes buscavam poder humano, fama e status. Sua busca por primazia não tinha limites. No coração do homem carnal existe o anseio de ser grande, ser reconhecido, afamado. Para quem trabalha na obra de Deus, isso é um grande perigo. O carnal não compreende as coisas do Espírito, porque lhe parecem loucura [1Co 2.14a]. C. S. Lewis, escritor irlandês, diz que “tudo o que não é eterno, é eternamente inútil”. O discípulo aprovado é aquele que serve e o seu serviço terá repercussão na eternidade!

 

EU ENSINEI QUE:

O poder humano não subsiste ante aos desafios ministeriais. O poder que devemos buscar com todo o nosso coração é o poder de Deus, derramado pelo Espírito Santo. Este é o poder essencial para ensinar aos irmãos a servir aos irmãos a servir Igreja de Cristo!

 

CONCLUSÃO

Deus não se agrada daqueles que andam na soberba, como ocorreu com Diótrefes. Mas, quem anda na verdade entende que dela fazem parte a humildade, o serviço, o amor, a submissão, como aconteceu com Gaio e Demétrio, discípulos segundo o que ensinam as Escrituras.

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