Lições
Bíblicas Adolescentes - Professor: 4º Trimestre 2023
Revista: Amor na Vida Cristã – CPAD
Comentarista: Daniele Soares
LEITURA
BÍBLICA
Mateus
18.21-33
A MENSAGEM
Você não deve perdoar sete vezes, mas setenta
e sete vezes. Mateus 18.22b
DEVOCIONAL
Segunda » Gn 45.4-8
Terça » Dt 32.34,35
Quarta » Lc 17.3,4
Quinta » Mt 5.38-42
Sexta » Rm 12.17-21
Sábado » Hb 10.29-31
Objetivos
1. APONTAR
o que as Escrituras Sagradas ensinam sobre o perdão;
2. ENSINAR
que o perdão exige o arrependimento sincero;
3. EXPLICAR
que o cristão vive neste mundo conforme a perspectiva do Reino dos Céus.
EI PROFESSOR!
Uma das maiores lições que o Evangelho ensina para a nossa vida
cristã é a respeito do perdão. Não é fácil para qualquer pessoa, inclusive,
para dos seus alunos que estão na adolescência, perdoar quando são ofendidos ou
maltratados.
No entanto, a Bíblia nos ensina que nutrir mágoas e
ressentimentos são ações prejudiciais para a saúde espiritual e emocional.
Nesta lição, enfatize aos seus alunos que o exercício da misericórdia, bem como
do perdão são decisões que tomamos por amor ao Evangelho. Como cristãos, fomos
perdoados sem merecer e amados quando nem sequer perguntávamos pelo Senhor.
Logo, como nascidos do Espírito, amamos porque Deus nos amou primeiro. Mostre
aos seus alunos que eles pertencem a um Reino que pensa diferente da maneira
como pensa este mundo.
PONTO DE PARTIDA
Professor (a), nesta lição, seus alunos aprenderão sobre a prática
do perdão ensinada por Cristo várias vezes ao longo de seu ministério terreno.
Perdoar não é uma tarefa fácil, mas à medida que conhecemos o Senhor,
experimentamos da sua graça que regenera as nossas emoções e nos capacita a
amar. Inicie a aula de hoje, perguntando aos alunos como eles fazem para
perdoar quando são ofendidos ou passam por alguma situação que lhes causa mágoa.
Pergunte se eles têm mais ou menos dificuldade em perdoar.
Aproveite este momento para conceituar o que é e o que não é o perdão. Permita
que os alunos participem dessa proveitosa conversa e, em seguida, prossiga com
os tópicos da lição. Boa aula!
VAMOS DESCOBRIR
Alguém já fez alguma coisa contra você de
modo que o seu coração ficou muito magoado? Certamente, foi uma péssima
experiência. Agora, pense na situação contrária em que você ofendeu a outra
pessoa. Ela também deve ter experimentado uma situação muito amarga. À medida
que nos relacionamos com o próximo, é muito comum sofrermos decepções ou mesmo
decepcionarmos pessoas. Por essa razão, o Senhor Jesus ensinou aos seus
discípulos o dever de liberar o perdão.
HORA DE APRENDER
Já vimos anteriormente que o maior problema
da humanidade é o pecado. Ele atrapalha nosso relacionamento com Deus e, também
, com as outras pessoas. A solução para o pecado é a restauração da comunhão
com Deus que só pode ser alcançada mediante o perdão. Nesse sentido, o ato sacrificial
de Jesus sobre a cruz foi o meio que Deus usou para nos perdoar e reconciliar
com Ele. Assim sendo, como pertencentes ao Reino dos Céus, temos o dever de
estender esse mesmo perdão às demais pessoas.
I - APRENDENDO A PERDOAR
Os seres humanos têm alguns comportamentos
que aparecem em qualquer lugar e época. Agir com amor e vingança estão entre
eles. A vingança ou a retribuição na mesma medida, por exemplo, eram práticas
comuns nos tempos antigos (Nm 35.9-34; Gn 34.25; Jz 16.28; Mt 5.38-42; Lc
6.29-30). Você já ouviu falar de “olho por olho, dente por dente”? Então, essa
é uma lei muito antiga e famosa que faz parte do Código de Hamurabi e
representa a tradição de retaliar o que as pessoas fazem. Jesus, porém, nos
ensinou um novo conceito de perdão.
1.1. O perdão é um dever cristão.
Jesus tratou sobre esse assunto, rejeitando o
pensamento de vingança quando ensinou sobre o perdão. Em Mateus 18.21-33
(NTLH), lemos que, certa vez, Jesus contou uma história para ilustrar o caso.
Um empregado tinha uma dívida de milhões de moedas de prata com o rei. Era
impagável! Nesse caso, ele e sua família precisariam ser vendidos como
escravos, bem como tudo o que tinha e nem assim a dívida seria paga. Diante
dessa situação delicada, o empregado pediu misericórdia.
O rei ficou tocado com a situação e
perdoou-lhe a dívida. Depois disso, esse mesmo empregado encontrou um colega
que lhe devia cem moedas de prata, muito menos do que ele devia ao rei. Com
ameaças e violência, o empregado exigiu que a dívida fosse paga imediatamente.
O colega pediu misericórdia, mas não
adiantou, o credor o colocou na cadeia. Esse ocorrido chegou aos ouvidos do rei
que, indignado pela atitude do empregado, mandou prendê-lo até que ele pagasse
tudo o que lhe devia anteriormente. Jesus disse que Deus fará o mesmo com
aquelas pessoas que não perdoarem seus irmãos (Mt 11.35).
1.2. O perdão deve ser sincero.
Na história que Jesus narrou o empregado
havia acabado de ser perdoado por uma dívida muito maior, impagável, porém não
quis perdoar o seu companheiro por muito menos.
Em razão disso, o rei voltou atrás da sua
decisão e anulou o perdão. Semelhantemente, Deus fará para com aqueles que já
provaram do perdão divino, porém, insistem em não perdoar o próximo (Mc 11.25,26).
É da vontade de Deus que nós pratiquemos o perdão. O sentido de perdoar setenta
vezes sete vezes, que Jesus ensinou a Pedro, não tinha como finalidade
estipular um limite para perdoar, e sim para dizer que sempre se deve perdoar
(Mt 18.21,22). Logo, o perdão deve ser uma decisão sincera.
I - AUXÍLIO DIDÁTICO
“Preparação de aulas em conjunto com outros professores. Muitos
professores estudam a lição por conta própria. Embora estudar sozinho seja
necessário e benéfico, há muitas ocasiões em que os professores podem fazer um
trabalho melhor planejando seus métodos em conjunto com outros professores do
departamento que ensina [adolescentes] da mesma faixa etária, ou que utilizam
os mesmos materiais de aula. Se houver um professor substituto ou um professor
assistente (deve haver), planeje em conjunto com eles.
Procedimentos:
1. Avaliem a lição do domingo anterior;
2. Leiam juntos a passagem bíblica que será ensinada no domingo
seguinte;
3. Orem juntos;
4. Conversem e especifiquem o propósito da aula;
5. Compartilhem os resultados do estudo individual feito em
casa;
6. Preparem uma lista de atividades de aprendizado; – 7.
Considerem incluir atividades sugeridas pelos [adolescentes];
8. Ensaiem canções;
9. Tenham comunhão um com o outro.
Todos os professores devem estudar a lição antes da sessão de
planejamento. […] Cada professor deve trazer uma lista de músicas, versículos
bíblicos, tópicos para discussão, atividades relacionadas, e trabalhos manuais
a serem utilizados” (texto adaptado — TOWNS, Elmer L. Enciclopédia da Escola
Dominical. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp. 505, 506).
II - O
PROBLEMA DO PECADO
A pessoa que busca o perdão deseja isentar-se
de algo, ou seja, ficar livre de culpa, pena, ofensa ou dívida. Perdoar, então,
significa deixar de punir, não culpar, mas tratar com piedade o pecador.
2.1. O perdão se alcança pela confissão.
Se confessarmos os nossos pecados, Jesus é
fiel e justo para nos perdoar e purificar (1 Jo 1.7; 2.1). Merecíamos a morte
pela nossa culpa diante de Deus, mas, pela sua graça, não somos mais culpados.
Por isso, é necessário se reconhecer como pecador e pedir perdão. Nosso Deus é
justo, sim, mas também já aprendemos que Ele é amoroso, compassivo e
misericordioso. Por isso, apesar da nossa culpa diante dEle, quando aceitamos a
Jesus e confessamos os nossos pecados, somos perdoados e recebemos a vida
eterna.
2.2. O perdão exige o arrependimento sincero.
O amor do Pai não está naqueles que amam o
pecado (1 Jo 2.15). Isso não significa que Deus não ama o pecador (Rm 5.8), e
sim que não aceita que ele viva na prática do pecado. A falta de arrependimento
impede que o amor e a obediência floresçam. Por isso, toda a humanidade precisa
se arrepender sinceramente dos seus pecados para experimentar a salvação (Rm
3.23; 1 Jo 1.8). Você entende, agora, por que há tanta confusão no mundo em que
vivemos? É porque o pecado atrapalha o trabalho do amor.
II -
AUXÍLIO TEOLÓGICO
“A reconciliação remove a inimizade que se coloca entre Deus e a
humanidade por causa do pecado e a substitui pela paz” (Rm 5.10-12; Ef
2.13-15). É o aspecto mais importante da redenção de Deus: remove a alienação,
nos restaura ao favor de Deus, e nos leva à sua presença (Ef 2.16-19). A
realização disto exige uma solução do pecado, não imputando aos homens as suas
transgressões (2 Co 5.19), isto é, através do perdão (cf. Rm 3.6-8). Paulo
deixa claro que longe de ser uma parte passiva nesta transação, o próprio Deus
é o autor e o iniciador da reconciliação. Foi Ele que nos reconciliou consigo
mesmo através da instrumentalidade pessoal de seu Filho.
A unidade do propósito divino entre o Pai e o Filho é tal que
Paulo pode dizer, ‘Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo’ (v.
19). Isto é, Cristo estava unido a Deus, o Pai, nesta obra divina de
reconciliação; foi Ele que nos deu o ministério da reconciliação’ (v. 18) e
‘pôs em nós a palavra da reconciliação’ (v. 19). Da provisão até a proclamação,
Deus é o autor, o arquiteto, e a força motora da reconciliação.
[…] O que permite a Deus fazer tal oferta graciosa de reconciliação
e salvação (6.2) é sua própria provisão de expiação. Deus tomou o Cristo sem
pecado (cf. também Rm 8.3; Hb 4.15; 7.26; 1 Pe 1.19; 1 Jo 3.5) e o fez ‘pecado
por nós”’ (Comentário Bíblico Pentecostal — Novo Testamento:
Romanos-Apocalipse. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 293, 294).
III - PERTENCERÃO REINO DOS CÉUS
A vida que temos em Cristo se reflete em
nossos relacionamentos. Da mesma forma que fomos perdoados por Deus, devemos
perdoar quando alguém faz algo contra nós. Pode parecer que essa ideia de
vingança é só “de antigamente’’, mas, na verdade, é algo da natureza humana. É
um sentimento que brota no coração de qualquer pessoa, mas Jesus nos ensina,
por meio dos Evangelhos, que seremos castigados se não perdoarmos o próximo.
3.1. Vivendo de acordo com o Reino de Deus.
O Mestre nos ensinou que o Reino dos Céus já
está entre nós e, por isso, devemos viver de modo que a vontade de Deus seja
feita. Que não sejamos como o empregador ingrato e possamos reconhecer o grande
perdão que recebemos do Senhor. Viver de modo que a vontade de Deus seja feita
neste mundo como é feita nos céus significa estender o mesmo perdão que
recebemos às pessoas que nos ofenderam. Isso agrada ao coração de Deus.
3.2. Temos o auxílio do Espírito Santo.
Você tem dificuldade para perdoar as pessoas?
Muitos adolescentes responderão que sim. Saiba, porém, que você pode contar com
a ajuda do Espírito Santo que habita em você. Ele pode ajudá-lo (a) a superar
essa dificuldade. Entenda que é natural que o sentimento ferido o condicione a
não querer perdoar.
Entretanto, perdoar trata-se de uma decisão e
essa escolha nos traz cura e saúde espiritual. Uma vida de oração também nos
ajuda a praticar o perdão. No modelo da oração do Pai Nosso, Jesus ensinou que
devemos dizer: “Perdoa as nossas ofensas como também nós perdoamos as pessoas
que nos ofenderam ” (Mt 6.12). Você sente que precisar perdoar alguém ? Ou está
precisando pedir perdão por algo que fez? Ore para que o Senhor lhe ajude a
lidar com essa situação.
III - AUXÍLIO DIDÁTICO
“O período de conceituação abstrata.
Muitas tensões e ajustes reais acontecem durante este período
enquanto a criança atravessa a fase de transição para a maioridade. Suas
atitudes, habilidades e personalidades continuam em formação e sua imaginação
assume nova vivacidade e criatividade. Ela pensa abstratamente e pode
argumentar por si mesma com mais persuasão íntima. Ela deseja tomar suas
próprias decisões e, tanto quanto possível, deve ser orientada a fazê-lo.
Pensar com nitidez e lógica torna-se importante no processo de tomada de
decisão na transição para a maioridade.
O Espírito de Deus começa a se mover na vida da criança para
convencer, confortar e guiar. Neste período, os pais ajudam-nas a formar
padrões, ideias e ideais de hábitos cristãos. Contribuições parentais cruciais,
como por exemplo, a oração e o aconselhamento pessoal, podem causar grande
impacto nesta fase de desenvolvimento. Os pais proporcionam ao adolescente em
desenvolvimento segurança quando comunicam com amor, confiança e apoio. Eles
também precisam perceber que Deus revela seu plano para a vida da criança.
O plano do Senhor nem sempre é exatamente o que os pais tinham
em mente, e a sensibilidade deles ao modo como Deus conduz a criança durante
este período é extremamente importante” (HENDRICKS, Howard G.; GANGEL, Kenneth
O. (Eds). Manual de Ensino para o Educador Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 1999,
pp. 338, 339).
CONCLUSÃO
Em nosso dia a dia temos a escolha de não
pecar, mas quando isso acontece devemos recorrer a Jesus e pedir perdão. Da
mesma forma, somos ensinados, como bons cristãos, a perdoar aqueles que nos
ofenderam. Só entende a grandeza do perdão quem já precisou ser perdoado. Será
que estamos vivendo conforme a vontade de Deus e praticando o amor e o perdão
ou estamos guardando ressentimento das pessoas? É uma pergunta que devemos nos
fazer diariamente se quisermos viver de acordo com o Reino dos Céus.
PENSE
NISSO
Provérbios 15.13 diz que “a alegria embeleza o rosto, mas a
tristeza deixa a pessoa abatida”. Carregar mágoa ou ódio no coração faz mal
para a saúde espiritual e física. Isso se torna um peso na vida da pessoa,
impedindo a ação do amor de Deus. Por isso, aprenda a praticar o perdão para
viver de maneira leve e abundante.
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