Dons de Deus para os Homens
EBD - Lição 10: O Ministério de Mestre ou Doutor
🎯 Lições
Bíblicas Adultos 2º trimestre de 2021, CPAD
🎯 Assunto:
Dons Espirituais e Ministeriais — Servindo a Deus e aos homens com poder
extraordinário
🎯 Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
EBD - Lição 8: O Ministério de Evangelista
🎯 Lições
Bíblicas Adultos 2º trimestre de 2021, CPAD
🎯 Assunto:
Dons Espirituais e Ministeriais — Servindo a Deus e aos homens com poder
extraordinário
🎯 Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
TEXTO ÁUREO
"Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério" (2 Tm 4.5).
EBD - Lição 6: O Ministério de Apóstolo
🎯 Lições
Bíblicas Adultos 2º trimestre de 2021, CPAD
🎯 Assunto:
Dons Espirituais e Ministeriais — Servindo a Deus e aos homens com poder
extraordinário
🎯 Comentarista:
Elinaldo Renovato de Lima
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TEXTO ÁUREO
"E ele mesmo deu uns
para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros
para pastores e doutores" (Ef 4.11).
VERDADE PRÁTICA
O dom do apostolado foi
concedido por Deus à igreja com o propósito de expandir o Evangelho de Cristo.
HINOS SUGERIDOS 96, 149, 355
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Hb 3.1
Jesus, o apóstolo por
excelência
Terça – 2 Co 12.12
Sinais do apostolado
Quarta – At 2.42
A doutrina dos apóstolos
Quinta – 1 Tm 1.1
Paulo, apóstolo de Jesus
Cristo
Sexta – 1 Co 4.9
Apóstolo, uma missão
sacrifical
Sábado – Lc 6.12-16
Os doze apóstolos de
Cristo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 4.7-16
INTERAÇÃO
Prezado
professor, já estudamos nas lições anteriores os dons espirituais de poder, de
elocução e de revelação. A partir da
lição desta semana você terá a oportunidade ímpar de estudar e ensinar a
respeito dos dons ministeriais. Estes dons se encontram relacionados em Efésios
4.11. Estas dádivas divinas são igualmente importantes e necessárias para que a
igreja cumpra a sua missão neste mundo e os crentes cresçam "na graça e
conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo" (2 Pe 3.18).
Sabemos que o ministério apostólico, segundo os moldes do colégio dos doze, não
existe mais, todavia o dom ministerial descrito em Efésios 4.11 continua.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno
deverá estar apto a:
I. Analisar biblicamente o colégio
apostólico.
II. Descrever o ministério apostólico de Paulo.
III. Conscientizar-se a respeito da
apostolicidade atual.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para
introduzir a lição de forma dinâmica, faça a seguinte indagação: "Quais
são os dons ministeriais?" Ouça os alunos com atenção e em seguida leia a
relação descrita em Efésios 4.11. Depois, utilizando o quadro abaixo, explique
a respeito do termo apóstolo e faça um pequeno resumo a respeito deste dom.
Enfatize que Deus continua levantando apóstolos em nosso tempo. Conclua orando
para que o Senhor distribua este dom entre os seus alunos.
DOM APOSTÓLICO – Efésios 4.11
Apóstolo - “Aquele que é enviado”.
O verdadeiro apóstolo - Baseia-se na pessoa e obra de Jesus Cristo,
o Apóstolo por excelência (Hb 3.1).
O Colégio Apostólico - O grupo dos doze primeiros discípulos enviados por Jesus
Os apóstolos atuais - Missionários
enviados pela Igreja do Senhor
INTRODUÇÃO
A partir da lição desta
semana estudaremos os Dons Ministeriais distribuídos por Deus à sua Igreja,
objetivando desenvolver o caráter cristão da comunidade dos santos, tornando-o
semelhante ao de Cristo (Ef 4.13). De acordo com as epístolas aos Efésios e aos
Coríntios, são cinco os dons ministeriais concedidos por Deus à Igreja:
apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores (1 Co 12.27-29). Veremos
o quanto esses ministérios são necessários a vida da igreja local para cumprir
a missão ordenada pelo Senhor ante o mundo e, simultaneamente, crescer "na
graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo" (2 Pe 3.18).
Mostrando a sequência de Efésios 4.11, iniciaremos o estudo pelo dom
ministerial de apóstolo.
I. O COLÉGIO APOSTÓLICO
1. O termo
"apóstolo".
O Dicionário Bíblico
Wycliffe informa que o termo grego apostolos origina-se do verbo apostellein,
que significa "enviar", "remeter". A palavra apóstolo,
portanto, significa "aquele que é enviado", "mensageiro", "oficialmente
comissionado por Cristo". Ao longo do Novo Testamento, o verdadeiro
apóstolo é enviado por Cristo igualmente como o Filho foi enviado pelo Pai com
a missão de salvar o pecador com
autoridade, poder, graça e amor. O verdadeiro apostolado baseia-se na pessoa e
obra de Jesus, o Apóstolo por excelência (Hb 3.1).
2. O colégio apostólico.
Entende-se por colégio
apostólico o grupo dos doze primeiros discípulos de Jesus convidados por Ele a
auxiliarem o seu ministério terreno. O Salvador os separou e nomeou. Os
primeiros escolhidos não eram homens perfeitos, mas foram vocacionados a levar
a mensagem do Evangelho a todo o mundo (Mt 28.19,20; Mc 16.15-20). De acordo
com Stanley Horton, eles foram habilitados a exercer "o ministério quando
do estabelecimento da Igreja (At 1.20,25,26)". Em outras palavras, os doze
apóstolos constituíram a base ministerial para o desenvolvimento e a expansão
da Igreja no mundo. Mas antes, como nos mostra a Palavra de Deus, receberam o
batismo com o Espírito Santo (Lc 24.49; At 1.8; 2.1-46).
3. A singularidade dos
doze.
Aqui é importante
ressaltar que o apostolado dos doze tem uma conotação bem singular em relação
aos demais encontrados em Atos e também nas epístolas paulinas.
a) Eles foram convocados
pessoalmente pelo Senhor. Multidões seguiam Jesus por onde Ele passava (Mt 4.25), e
muitos se tornavam seguidores do Mestre. Mas para iniciar o trabalho da Grande
Comissão, apenas doze foram convocados pessoalmente por Ele (Mt 10.1; Lc 6.13).
b) Andaram com Jesus
durante todo o seu ministério.
Desde o batismo do Senhor
até a crucificação, os doze andaram com o Mestre, aprenderam e conviveram com
Ele (Mc 6.7; Jo 6.66-71; At 1.21-23).
c) Receberam autoridade do
Senhor (Jo 20.21-23). Os doze receberam de Jesus um mandato especial para
prosseguirem com a obra de evangelização. Eles foram revestidos de autoridade
de Deus para expulsar os demônios, curar os enfermos e pregar o Evangelho à
humanidade (Mc 16.17,18; cf. At 2.4).
SINOPSE DO TÓPICO (1)
O verdadeiro apostolado é centrado única
e exclusivamente em Jesus Cristo, pois Ele é o Apóstolo enviado pelo Pai.
II. O APÓSTOLO PAULO
1. Saulo e sua conversão.
Saulo foi um judeu de
cidadania romana, educado "aos pés de Gamaliel", e também um
importante mestre do judaísmo (At 22.3,25). Ele era intelectual, fariseu e foi
perseguidor dos cristãos. Entretanto, a caminho de Damasco, em busca dos
cristãos que haviam fugido devido à perseguição em Jerusalém, e com carta de
autorização para prendê-los, Saulo teve uma experiência com o Cristo ressurreto
(At 9.1-22). A sua vida foi inteiramente transformada a partir desse encontro
pessoal com Jesus. De perseguidor, passou a perseguido; de Saulo, o fariseu, a
Paulo, o apóstolo dos gentios.
2. Um homem preparado para
servir.
Dos vinte sete livros do
Novo Testamento, treze foram escritos pelo apóstolo Paulo. Quão grande tratado
teológico encontramos em sua Epístola aos Romanos! O seu legado teológico foi
grandioso para o cristianismo. Mas para além da intelectualidade teológica, o
apóstolo dos gentios levou uma vida de sofrimento por causa da pregação do
Cristo ressurreto. Eis a declaração apostólica que denota tal verdade:
"Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé" (2 Tm 4.7).
3. "O menor dos
apóstolos".
O apóstolo Paulo não
pertencia ao colégio dos doze. Ele não andou com Jesus em seu ministério
terreno nem testemunhou a ressurreição do Senhor - requisitos indispensáveis
para o grupo dos doze (At 1.21-23). Humildemente, o apóstolo reconheceu que não
merecia ser assim chamado, pois considerava-se um "abortivo", como
que nascido fora de tempo, o menor de todos (1 Co 15.8,9). Entretanto, o Senhor
se revelou a ele ressurreto (At 9.4,5) e ensinou-lhe todas as coisas. O
apóstolo recebeu o Evangelho diretamente do Senhor (Gl 1.6-24; 1 Co 11.23).
Embora o colégio apostólico tenha reconhecido o apostolado paulino (Gl 2.6-10;
2 Pe 3.14-16), as igrejas plantadas por ele eram o selo do seu ministério
apostólico (1 Co 9.2).
SINOPSE DO TÓPICO (2)
Paulo viu o Cristo ressurreto. Esta era a
sua credencial apostólica.
III. APOSTOLICIDADE ATUAL
(Ef 4.11)
1. Ainda há apóstolos?
No sentido estrito do
termo, e de acordo com a sua singularidade, apóstolos como os doze não mais
existem. A Palavra de Deus diz que durante o milênio, os doze se assentarão
sobre tronos para julgar as doze tribos de Israel (Mt 19.28). Os seus nomes
também estarão registrados nos doze fundamentos da cidade santa (Ap 21.12-14).
Logo, o colégio apostólico foi formado por um grupo limitado de discípulos, não
havendo, portanto, uma sucessão apostólica.
2. Apóstolos fora dos
doze.
A carta aos Efésios
apresenta a vigência do dom ministerial de apóstolo. O teólogo Stanley Horton
informa-nos que "o Novo Testamento indica que havia outros apóstolos que
também haviam sido dados como dons à Igreja. Entre estes se acham Paulo e
Barnabé (At 14.4,14, bem como os parentes de Paulo, Andrônico e Júnia (Rm
16.7)". Ao longo do Novo Testamento, e no primeiro século da Igreja, o
termo apóstolo recebeu um significado mais amplo, de um dom ministerial
distribuído à igreja local (Dicionário Vine).
3. O ministério apostólico
atual.
Não há sucessão
apostólica. Esta é uma doutrina formada pela igreja romana e, infelizmente,
copiada por algumas evangélicas para justificar a existência do poder papal. O
ministério dos doze não se repete mais. O que há é o ministério de caráter
apostólico. Atualmente, missionários enviados para evangelizar povos não
alcançados pelo Evangelho são dignos de serem reconhecidos como verdadeiros
apóstolos de Cristo. Homens como John Wesley, William Carey (cognominado
"pai das missões modernas"), Hudson Taylor, D. L. Moody, Gunnar Vingren, Daniel Berg,
"irmão André" e tantos outros, em tempos recentes, foram verdadeiros
desbravadores apostólicos. Cidades e até países foram impactados pela
instrumentalidade desses servos de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (3)
Segundo Efésios 4.11 o dom ministerial de
apóstolo está em plena vigência na igreja atual.
CONCLUSÃO
Nos moldes do colégio dos
doze, o ministério apostólico não existe atualmente. Entretanto, o dom
ministerial de apóstolo citado por Paulo em Efésios 4.11 está em plena
vigência. Pastores experimentados, evangelistas e missionários que desbravaram
os rincões do nosso país ou em países inimigos do Evangelho, são pessoas
portadoras desse dom ministerial. São os verdadeiros apóstolos da Igreja de
Cristo hoje.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - I
"Jesus é o supremo
Sumo Sacerdote e Apóstolo (Hb 3.1).
A palavra
apóstolo era usada, no entanto, para qualquer mensageiro nomeado e comissionado
a algum propósito. Epafrodito foi um mensageiro (apóstolo) nomeado pela igreja
em Filipos e enviado a Paulo (Fp 2.25). Os companheiros de Paulo eram os
mensageiros (apóstolos) enviados pelas igrejas e por elas comissionados (2 Co
8.23).
Os doze, apenas,
eram apóstolos específicos. Depois de uma noite em oração, Jesus os escolheu do
meio de um grupo de discípulos e os chamou apóstolos (Lc 6.13). Pedro
recomendou que os doze tinham um ministério e supervisão especiais (At 2.
20,25,26), provavelmente tendo em mente a promessa de que eles futuramente
julgariam (governariam) as 12 tribos de Israel (Mt 19.28). Sendo assim, nenhum
apóstolo foi escolhido, depois de Matias, para estar entre os doze. Nem foram
nomeados substitutos, quando estes foram martirizados. Na Nova Jerusalém há
apenas 12 alicerces, com os nomes dos 12 apóstolos inscritos neles (Ap 21.14).
Os doze,
portanto, eram um grupo limitado, e realizavam uma função especial na pregação,
no ensino e no estabelecimento da Igreja, além de testificar da ressurreição de
Cristo, com poder. Ninguém mais pode ser um apóstolo no sentido em que eles
foram" (HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento.
12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.287).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - II
"APÓSTOLO
Os apóstolos
foram testemunhas oculares das atividades de Jesus na terra e consequentemente
testificaram que Jesus era o Senhor ressurrecto (Lc 24.45-48; 1 Jo 1.1-3). Os
pré-requisitos para a substituição apostólica nesta função única são dados em
At 1.21,22. A lista de apóstolos de Lucas (Lc 6.14-16; At 1.13) corresponde à
lista dos doze dadas em Mateus 10.2-4 e Marcos 3.16-19. Mateus lista os
discípulos aos pares, supostamente como enviados por Jesus. Tadeu (em Mateus e
Marcos) era idêntico a Judas o filho de Tiago (em Lucas). Pedro, Tiago e João
formavam um círculo íntimo dentre os doze, e estavam presentes no episódio da
transfiguração (Mt 17.1-9; Mc 9.2-10; Lc 9.28-36) e no Getsêmani (Mt 26.36-46;
Mc 14.32-42; Lc 22.39-46). Os doze foram selecionados para ser os companheiros
de Jesus e proclamar o Evangelho (Mc 3.14). Durante o ministério de Jesus, os
doze serviram como seus representantes, uma função compartilhada por outros (Lc
10.1).
Aparentemente, a
posição dos apóstolos não foi fixada permanentemente antes da ressurreição (Mt
19.28-30; Lc 22.28-34; cf. Jo 21.15-18). O Cristo ressurrecto fez deste grupo
seleto de testemunhas do seu ministério e ressurreição, apóstolos e testemunhas
permanentes de que Ele é o Senhor, os comissionou como missionários, os
instruiu a ensinar e batizar (Mt 28.18-20; Mc 16.15-18; Lc 24.46-48), e
completou o processo com o envio do Espírito Santo no Pentecostes (Lc 24.49; At
1.1-8; 2.1-13). No período inicial, os 12 apóstolos eram os únicos ensinadores
e líderes da igreja, e outros ofícios foram derivados deles (At 6.1-6; 15.4). O
apostolado não implicava em uma liderança permanente. Embora Pedro tenha
iniciado missões aos judeus (Atos 2) e aos gentios (At 10.11 1.18), Tiago o
substituiu como líder entre os judeus, e Paulo como líder entre os gentios.
Os membros da
igreja são sacerdotes, reis, servos de Deus e santos que usam seus dons para a
edificação da igreja como um todo (1 Co 12.1-11; 1 Pe 2.9; Ap 1.6; 5.8,10; 7.3)
e, como os apóstolos, são mediadores de Cristo (Mt 25.40,45; Mc 9.37; Lc 9.48)
e reinarão com Ele (Ap 3.21).
EXERCÍCIOS
1. Segundo as epístolas
aos Efésios e aos Coríntios, quantos e quais são os dons ministeriais?
R. São cinco dons:
Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores.
2. De acordo com o
Dicionário Bíblico Wycliffe, defina o termo grego apóstolos.
R. Apóstolos origina do
verbo apostellein que diz respeito a "enviar", "remeter".
3. Qual era a cidadania do
apóstolo Paulo?
R. Ele era judeu de
cidadania romana.
4. De acordo com a lição,
ainda existem apóstolos?
R. Nos moldes do colégio
dos doze, o ministério apostólico não existe mais. Todavia o dom ministerial de
apóstolo citado em Efésios 4.11 está em plena vigência.
5. Na atualidade, quem são
os verdadeiros apóstolos?
R. Os missionários.
EBD - Lição 5: Dons de Elocução
🎯 Lições
Bíblicas Adultos 2º
trimestre de 2021, CPAD
🎯
Assunto: Dons Espirituais e Ministeriais — Servindo a Deus e aos homens
com poder extraordinário
🎯
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
TEXTO ÁUREO
"Se alguém falar, fale segundo as
palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus
dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a
glória e o poder para todo o sempre. Amém!" (1 Pe 4.11).
VERDADE PRÁTICA
Os dons de profecia, de variedades de
línguas e de interpretação das línguas são para edificar, exortar e consolar a
Igreja de Cristo
HINOS SUGERIDOS 33, 77, 185
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Jo
17.17
A Palavra de Deus é a
verdade
Terça – 1 Tm
4.14
Não despreze o dom de
Deus
Quarta – 1
Co 14.3
Os objetivos do dom de
profecia
Quinta – 1
Co 14.32
Equilíbrio e bom-senso
quanto aos dons
Sexta – 1 Co
14.22-25
Sinais para os fiéis e
para os infiéis
Sábado – 1
Co 12.31
Buscar os dons com zelo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios 12.7,10-12; 14.26-32
INTERAÇÃO
Prezado professor, na lição de
hoje estudaremos a respeito dos três dons de elocução: profecia, variedade de
línguas e interpretação. Qual o propósito destes dons? Atualmente temos visto
muita confusão e falta de sabedoria no uso destes dons, em especial o de
profecia, por isso, precisamos estudar com afinco este tema a fim de que não
sejamos enganados pelos falsos profetas.
Paulo exortou os crentes de
Corinto para que eles procurassem com zelo os dons espirituais e em especial o
dom de profecia, pois aquele que profetiza edifica toda a igreja. Por isso, ao
preparar a lição, ore e peça que o Senhor conceda a você e aos seus alunos os
dons de profecia, de falar em línguas estranhas e o de interpretá-las.
OBJETIVOS
Após a aula, o aluno deverá estar apto
a:
I. Analisar biblicamente o dom de profecia.
II. Compreender o dom de variedade de línguas.
III. Valorizar o dom de interpretação de línguas.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para introduzir o
primeiro tópico da lição, faça as seguintes indagações: "O que é ser
profeta?" "Qual é a função do profeta?" Depois de ouvir os
alunos, explique que o profeta é aquele que fala em lugar de outrem. Sua função
é proclamar os oráculos de Deus a fim de que a Igreja seja edificada, exortada
e consolada. A Palavra de Deus nos exorta a não desprezarmos as profecias,
todavia precisamos examiná-las com sabedoria, de acordo com a Palavra de Deus,
pois muitos falsos profetas têm se levantado atualmente. Leia, juntamente com
os alunos 1 Tessalonicenses 5.20,21. Ressalte que a Igreja não pode deixar de
julgar as profecias e discernir os espíritos.
INTRODUÇÃO
O estudo da lição desta semana
concentrar-se-á nos três dons classificados como os de elocução: profecia,
variedade de línguas e interpretação das línguas. Os propósitos destes dons
especiais são os de edificar, exortar e consolar a Igreja de Cristo (1 Co
14.3). Isso porque os dons de elocução são manifestações sobrenaturais vindas
de Deus, e não podem ser utilizadas na igreja de forma incorreta. Assim,
devemos estudar estes dons com diligência, reverência e temor de Deus, para não
sermos enganados pelas falsas manifestações.
I. DOM DE PROFECIA (1 Co 12.10)
1. O que é o dom de profecia?
De acordo com Stanley Horton, o dom de
profecia relatado por Paulo em 1 Coríntios 14 refere-se a mensagens
espontâneas, inspiradas pelo Espírito, em uma língua conhecida para quem fala e
também para quem ouve, objetivando edificar, exortar ou consolar a pessoa
destinatária da mensagem. Profetizar não é desejar uma bênção a uma pessoa,
pois essa não é a finalidade da profecia. Infelizmente, por falta de ensino da
Palavra de Deus nas igrejas, aparecem várias aberrações concernentes ao uso
incorreto deste dom. Não poucos crentes e igrejas locais sofrem com as
consequências das falsas profecias. Apesar de exortar-nos a não desprezar ou
sufocar as profecias na igreja local (1 Ts 5.20), as Escrituras orientam-nos a
que examinemos "tudo", julgando e discernindo, pelo Espírito, o que
está por trás das mensagens. Toda profecia espontânea deve ser julgada (1 Co
14.29-33).
2. A relevância do dom de profecia.
O dom de profecia é tão importante para
a Igreja de Cristo que o apóstolo Paulo exortou a sua busca (1 Co 14.1). Não
obstante, ele igualmente recomendou que o exercício desse dom fosse observado
pela ordem e cuidado nos cultos (1 Co 14.40). Os crentes de Corinto deveriam
julgar as profecias quanto ao seu conteúdo e a origem de onde elas procedem (1
Co 14.29), pois elas possuem três fontes distintas: Deus, o homem ou o Diabo.
Devemos nos cuidar, pois a Bíblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento,
mostra ações dos falsos profetas. O Senhor Jesus nos alertou:
"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como
ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores" (Mt 7.15). Vigiemos!
3. Propósitos da profecia.
A profecia contribui para a edificação
do crente. Porém, ainda existe muita confusão a respeito do uso dos dons de
elocução, e em especial ao de profecia e sua função. Há líderes permitindo que
as igrejas que lideram sejam guiadas por supostos profetas. A Igreja de Jesus
Cristo deve ser conduzida segundo as Escrituras, pois esta é a inerrante
Palavra de Deus. A Bíblia Sagrada, a Profecia por excelência, deve ser o manual
do líder cristão. Outros líderes, também erroneamente, não tomam decisão alguma
sem antes consultar um "profeta" ou uma "profetisa". Estes profetizam aquilo que as pessoas querem
ouvir e não o que o Senhor realmente quer falar. Todavia, a Palavra de Deus
alerta-nos a que não ouçamos a tais falsários (Jr 23.9-22).
SINOPSE DO TÓPICO (1)
O propósito do dom de profecia é
edificar, exortar e consolar a Igreja (1 Co 14.3).
II. VARIEDADE DE LÍNGUAS (1 Co 12.10)
1. O que é o dom de variedades de
línguas?
acordo com o teólogo pentecostal Thomas
Hoover, o dom de línguas é "a habilidade de falar uma língua que o próprio
falante não entende, para fins de louvor, oração ou transmissão de uma mensagem
divina". Segundo Stanley Horton, "alguns ensinam que, por estarem
alistados em último lugar, estes dons são os de menor importância". Ele
acrescenta que tal "conclusão é insustentável", pois as "cinco
listas de dons encontradas no Novo Testamento colocam os dons em ordens
diferentes". O dom de variedades de línguas é tão importante para a igreja
quanto os demais apresentados em 1 Coríntios 12.
2. Qual é a finalidade do dom de
variedade de línguas?
O primeiro propósito é a edificação da
vida espiritual do crente (1 Co 14.4). As línguas, ao contrário da profecia,
não edificam ou exortam a igreja. Elas são para a devoção espiritual do crente
que recebe este dom. À medida que o servo de Deus fala em línguas estranhas vai
sendo também edificado, pois o Espírito
Santo o toca e renova diretamente (1 Co 14.2).
3. Atualidade do dom.
É preciso deixar claro que a variedade
de línguas não é um fenômeno exclusivo do período apostólico. O Senhor continua
abençoando os crentes com este dom e cremos que assim o fará até a sua vinda.
No Dia de Pentecostes, todos os crentes reunidos no cenáculo foram batizados
com o Espírito Santo e falaram noutras línguas pelo Espírito (At 1.4,5; 2.1-4).
É um dom tão útil à vida pessoal do crente em nossos dias quanto o foi nos dias
da igreja primitiva.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
O dom de línguas é tão importante para a
igreja quanto os demais apresentados em 1 Coríntios 12.
III. INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS (1 Co
12.10)
1. Definição do dom.
Thomas Hoover ensina que a interpretação
das línguas é "a habilidade de interpretar, no próprio vernáculo, aquilo
que foi pronunciado em línguas". Na igreja de Corinto havia certa desordem
no culto com relação aos dons espirituais, por isso, Paulo os advertiu dizendo:
"E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando
muito, três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete,
esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus" (1 Co 14.27,28).
2. Há diferença entre dom de
interpretação e o de profecia?
Embora haja semelhança são dons
distintos. O dom de interpretação de línguas necessita de outra pessoa, também
capacitada pelo Espírito Santo, para que interprete a mensagem e a igreja seja
edificada. Do contrário, os crentes ficarão sem entender nada. Já no caso da
profecia não existe a necessidade de um intérprete. Estêvam Ângelo de Souza
definiu bem essa questão quando disse que "não haverá interpretação se não
houver quem fale em línguas estranhas, ao passo que a profecia não depende de
outro dom".
SINOPSE DO TÓPICO (3)
O dom de línguas é tão importante para a
igreja quanto os demais apresentados em 1 Coríntios 12.
CONCLUSÃO
Ainda que haja muitas pessoas em
diversas igrejas que não aceitem a atualidade do batismo com o Espírito Santo e
dos dons espirituais - os chamados "cessacionistas" - Deus continua
abençoando os crentes com suas dádivas. Portanto, não podemos desprezar o dom
de profecia, o de falar em línguas estranhas e o de interpretá-las. Porém,
façamos tudo conforme a Bíblia: com sabedoria, decência e ordem (1 Co 14.39,40).
Agindo dessa forma, Deus usará os seus filhos para que sejam portadores das
manifestações gloriosas dos céus.
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - I
"Paulo era grato a Deus por falar
em línguas, e mais do que todos os coríntios. Na igreja, porém, diz que
preferiria falar cinco palavras com seu entendimento, a fim de que pudesse,
pela sua voz ensinar aos outros, do que dez mil palavras em línguas (1 Co 14.18,19).
Mas não deseja com isso excluir as línguas. É parte legítima de sua adoração (1
Co 14.26).
Paulo lhes adverte para que cessem de
proibir o falar em línguas. Segundo parece, alguns não gostavam da confusão
causada pelo uso exagerado das línguas. Procuravam solucionar o problema por
meio da proibição total do falar em línguas. Mas a experiência era preciosa, e
a bênção excelente, para a maioria dos coríntios aceitar essa proibição. Alguns
dizem hoje: 'Há problemas envolvidos no falar em línguas; vamos evitá-las,
portanto'. Mas não foi essa a solução de Paulo para si, nem para a Igreja. Até
mesmo os limites que Paulo impõe não tinham a intenção de impedir as línguas.
Tratava-se, apenas, de dar mais oportunidade, para maior edificação a outros
dons" (HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo
Testamento. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.242).
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - II
"Natureza
Encarnacional dos Dons
Os crentes desempenham um
papel vital no ministério dos dons. Romanos 12.1-3 nos diz para apresentarmos
nosso corpo e mente como adoração espiritual e que testemos e aprovemos o que
for a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Semelhantemente, 1 Coríntios
12.1-3 nos adverte a não perdermos o controle do corpo e a não sermos enganados
pela falsa doutrina, mas deixar Jesus ser Senhor. E Efésios 4.1-3 nos recomenda
um viver digno da vocação divina, tomar a atitude correta e manter a unidade do
Espírito.
Nosso corpo é o templo do
Espírito Santo e, portanto, deve estar envolvido na adoração. Muitas religiões
pagãs ensinam um dualismo entre o corpo e o espírito. Para elas, o corpo é mau,
uma prisão, ao passo que o espírito é bom e precisa ser liberto. Essa opinião
era comum no pensamento grego.
Paulo conclama os coríntios a
não se deixarem influenciar pelo passado pagão. Antes, perdiam o controle; como
consequência, podiam dizer qualquer coisa e alegar que provinha do Espírito de
Deus. O contexto bíblico dos dons não indica nenhuma perda de controle. Pelo
contrário, à medida que o Espírito opera através de nós, temos mais controle do
que nunca. Entregamos nosso corpo e mente a Deus como instrumentos a seu
serviço" (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.469).
EXERCÍCIOS
1. Quais são os propósitos da profecia?
R. Exortar, consolar e edificar.
2. Quais são as três fontes de onde
podem proceder as profecias?
R. Deus, o homem ou o Diabo.
3. Segundo o teólogo Thomas Hoover, o
que é o dom de línguas?
R. "É a habilidade de falar uma
língua que o próprio falante não entende, para fins de louvor, oração ou
transmissão de uma mensagem divina".
4. Qual é a finalidade principal do dom
de variedade de línguas?
R. É a edificação da vida espiritual do
crente.
5. Defina, de acordo com a lição, o dom
de interpretação de línguas.
R. "É a habilidade de interpretar
no próprio vernáculo, aquilo que foi pronunciado em línguas".
EBD - Lição 4: Dons de Poder
🎯 Lições
Bíblicas Adultos 2º
trimestre de 2021, CPAD
🎯
Assunto: Dons Espirituais e Ministeriais — Servindo a Deus e aos homens
com poder extraordinário
🎯 Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima
TEXTO ÁUREO
"A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus" (1 Co 2.4,5).