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Lição 7 O Ministério da Igreja

Lições Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD

REVISTA: O CORPO DE CRISTO - Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo

Comentarista: Pr. José Gonçalves

Data da aula: 18 de Fevereiro de 2024

TEXTO ÁUREO

“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores.” (Ef 4.11)

VERDADE PRÁTICA

Os dons ministeriais foram dados com o objetivo de edificar a Igreja e promover a maturidade de seus membros.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - 1 Tm 3.1

A excelência do chamado ministerial

Terça - 1 Pe 2.9

O sacerdócio universal de todos os crentes

Quarta - Ef 4.11

O ministério quíntuplo da Igreja

Quinta - At 6.1-7

A instituição do diaconato

Sexta - 1 Tm 3.2-7

As qualificações morais do ministério

Sábado - Tt 1.7

Qualificações de natureza social do ministério

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Efésios 4.11-16

11 - E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,

12 - querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo,

13 - até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,

14   - para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.

15   - Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,

16   - do qual todo o corpo, bem-ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo ajusta operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.


Hinos Sugeridos: 93,115,132 da Harpa Cristã


PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Prezado (o) professor(a), nesta lição, veremos a natureza do ministério sacerdotal praticado entre os hebreus na Antiga Aliança, bem como do exercício ministerial na Nova Aliança. De modo geral, todo crente é chamado a exercer o sacerdócio universal conforme o propósito divino predeterminado para sua Igreja. Em contrapartida, quanto aos ofícios ministeriais, o Senhor escolheu pessoas específicas para edificar a igreja por meio dos dons ministeriais, visando o aperfeiçoamento dos santos.


2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Apresentar a doutrina bíblica do ministério sacerdotal observada na Antiga Aliança e praticada pelos crentes na Nova Aliança;

II) Elencar os cargos ministeriais instituídos na Igreja Primitiva;

III) Explicar as qualificações de natureza moral e social exigidas para o exercício ministerial.


B)    Motivação: O crente foi chamado por Deus para exercer o sacerdócio real e, como nação santa, anunciar as virtudes do Reino Celestial. Como sacerdote da Nova Aliança, o crente oferece a Deus sacrifícios agradáveis, isto é, a própria vida em serviço santo e o louvor como fruto dos lábios. Além disso, o crente intercede pelos salvos e proclama a salvação aos que precisam ser alcançados.


C)    Sugestão de Método: Nesta lição, a classe estudará a natureza dos dons ministeriais e suas respectivas características. Para verificar o nível de conhecimento dos seus alunos acerca dos dons ministeriais, solicite que a classe registre em uma folha de papel à parte quais são as qualificações exigidas para o exercício ministerial, conforme estão registradas nas Cartas Pastorais de Timóteo, 2 Timóteo e Tito.


3 - CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: A multiforme sabedoria de Deus encarregou a cada crente com qualificações específicas para o exercício de dons ministeriais e espirituais específicos. Cabe ao crente buscar o discernimento para identificar a natureza do seu chamado espiritual.


4 - SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 96, p. 39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.


B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:

1) O texto “‘A Geração Eleita, o Sacerdócio Real’ (1 Pe 2.9,10)”, localizado depois do primeiro tópico, aponta para a natureza do chamado sacerdotal da Igreja e sua missão como anunciadora das virtudes do Reino de Deus;

2) O texto “O chamado para o Ministério”, ao final do terceiro tópico, destaca a rica diversidade, produzida pela obra do Espírito Santo, dentro da admirável unidade do Corpo de Cristo.

Palavra-Chave: Ministério


INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos o ministério em suas diferentes funções e ofícios, bem como as qualificações que, biblicamente, são exigidas para o seu exercício. Primeiramente, mostraremos que, de modo bíblico, todo cristão exerce um ministério sacerdotal que o habilita a ministrar diante de Deus. Nesse sentido, não há diferença entre o membro e a liderança. Todos são sacerdotes de Deus. Por outro lado, as Escrituras mostram claramente que Deus escolheu determinadas pessoas para funções e ofícios específicos. Esses ministros chamados por Deus têm a função de servir à Igreja de Cristo e trabalhar no aperfeiçoamento dos santos.

I - O MINISTÉRIO SACERDOTAL DE TODO CRENTE

1. O Sacerdócio no Antigo Testamento.

A prática do sacerdócio é bem antiga entre os hebreus. Ela saiu da esfera familiar para se tornar uma complexa prática cerimonialista. Dessa forma, a evolução do sacerdócio na Antiga Aliança é como segue:

(1) no princípio, quando surgiu a necessidade de se oferecer sacrifícios, os cabeças das famílias eram seus próprios sacerdotes (Gn 4.3; Jó 1.5);

(2) Assim, na era dos patriarcas, encontramos 0 chefe da família exercendo essa função (Gn 12.8);

(3)   Israel, como nação, foi posta como sacerdote para outros povos (Êx 19.6);

(4) no Monte Sinai, 0 Senhor limitou a prática sacerdotal à família de Arão e à tribo de Levi (Êx 28.1; Nm 3-5-9).


2. Uma doutrina bíblica confirmada no Novo Testamento.

O Novo Testamento apresenta 0 sacerdócio da Antiga Aliança como um tipo de Cristo (Hb 8.1) que operou o derradeiro sacrifício pelos pecados do povo. Assim, não mais uma família, tribo ou nação é detentora do sistema sacerdotal. Agora, é a Igreja que constitui o sacerdócio universal de todos os crentes (1 Pe 2.5; Ap 5.10; cf. Jr 31.34). Logo, se debaixo da Antiga Aliança o sacerdote era um ministro do culto, agora, sob a Nova Aliança, como sacerdotes, oferecemos o próprio corpo em sacrifício vivo (Rm 12.1,2); ministramos o louvor como fruto de nossos lábios (Hb 13.15); intercedemos pelos outros (1 Tm 2.1; Hb 10.19,20); proclamamos as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1 Pe 2.9); e mantemos comunhão direta com Deus (2 Co 13.13).


3. Uma doutrina bíblica resgatada na Reforma Protestante.

No catolicismo romano, o sacerdócio é limitado à figura dos padres. Não há a função sacerdotal para os membros da igreja. Nesse caso, o Papa é considerado o vigário de Cristo na Terra. Por isso, cabe destacar aqui que o resgate da doutrina bíblica do sacerdócio universal dos crentes, tal qual se encontra no Novo Testamento, foi uma obra da Reforma Luterana do século 16. Para o reformador alemão, “qualquer cristão verdadeiro participa dos benefícios de Cristo e da Igreja”. A Reforma pregou um retorno radical às Escrituras, como bem definiu seu slogan no Sola Scriptura (somente a Escritura). Nas páginas das Escrituras Sagradas, podemos ver a grandeza dessa preciosa doutrina.


SINOPSE I

A doutrina bíblica do sacerdócio universal do crente é um fato na Nova Aliança. A Igreja constitui o sacerdócio universal de todos os crentes.


AMPLIANDO O CONHECIMENTO

SACERDÓCIO UNIVERSAL DO CRENTE

“A Igreja, no decurso dos séculos, sempre tendeu a dividir-se em duas categorias gerais: o clero (gr. klêros - ‘sorte, porção’, isto é, porção que Deus separou para si) e o laicato (gr. laos - povo). O Novo Testamento, no entanto, não faz uma distinção tão marcante. Pelo contrário, a ‘porção’ ou klêros de Deus, sua própria possessão, refere-se a todos os crentes nascidos de novo, e não somente a um grupo seleto.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a obra Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, Editora CPAD, p.564.


AUXÍLIO DEVOCIONAL

A GERAÇÃO ELEITA, O SACERDÓCIO REAL’ (1 PE 2.9,10)

É simplesmente correto que nós decidamos viver de acordo com os valores de Deus, pois Ele nos escolheu. No Antigo Testamento, os sacerdotes oficiavam em sacrifícios e lideravam a adoração a Deus. Na cultura romana do século I, os sacerdotes pagãos também lideravam os adoradores na oferta de sacrifícios e louvores aos deuses. Em ambos os contextos, servir como sacerdote era considerado uma grande honra. Assim, a imagem de sacerdócio real cristão era clara e poderosa. Nós, que, por causa do pecado, nem mesmo éramos um povo de Deus, fomos chamados das trevas e recebemos a posição mais elevada!


Nos tempos antigos, a pedra de esquina era a âncora do alicerce de um edifício. Os textos de Salmos 118.22 e Isaías 28.16, que se referem a pedras de esquina, foram interpretados, por rabinos de Israel, como tendo implicações messiânicas e são aplicados a Jesus nos Evangelhos (Mt 24.42; Mc 12.10; Lc 20.17), por Paulo (Rm 9.33; Ef 2.20) e por Pedro. Jesus Cristo é 0 alicerce da nossa fé, como também da igreja; nEle, os crentes são pedras vivas (1 Pe 2.4-7). É simplesmente apropriados, então, que sirvamos como sacerdotes e ‘anunciemos as virtudes’ daquele que nos chamou das trevas para a luz” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.965).

II - A ESTRUTURA MINISTERIAL DO NOVO TESTAMENTO


1. O ministério quíntuplo.

O texto de Efésios 4.11 diz que Deus pôs na Igreja apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres. Essa relação é descrita comumente como “ministério quíntuplo” da Igreja.

a)    Apóstolo. Alguém enviado em uma missão (Mt 10.2; Lc 22.14; At 13.2). Alguns requisitos podem ser destacados para alguém ser um apóstolo: Ter estado com 0 Senhor Jesus (At 1.21,22); ter sido uma testemunha da ressurreição de Jesus (At 1.22); ter visto o Senhor (At 9.1-5); ter operado sinais e maravilhas (2 Co 12.1-5). Assim, no Novo Testamento, o apostolado pode ser visto mais como uma função do que um ofício.


b)    Profeta. O profeta era alguém inspirado e autorizado para falar em nome de Deus. Nesse aspecto, ele era um porta-voz de Deus. No Novo Testamento, o profeta exortava e consolava (At 15.32) e trazia revelação do futuro (At 11.27-29). Contudo, a Escritura distingue o ministério de profeta do dom da profecia. Assim, somente alguns eram chamados para ser profetas (Ef 4.11) enquanto todos poderiam exercer o dom da profecia (1 Co 14.5,31).

c) Evangelista. É alguém cujo ministério é centrado na salvação de almas (At 8.5; 21.8).

d) Pastores e mestres. O pastor possui a função de apascentar (Jo 21.16) enquanto o mestre, a de ensinar (Rm 12.7).


2. O serviço de diáconos e presbíteros.

O Novo Testamento mostra como o diaconato foi instituído (At 6.1-7). O sentido do verbo grego diakoneo é “servir” e ocorre 37 vezes ao longo do Novo Testamento. Esse significado aparece em Atos 6.2. Da mesma forma, o substantivo grego diakonia, ocorre 34 vezes no texto neotestamentário. Ele também aparece com esse sentido de “servir” em Atos 6.1. À luz do contexto de Atos 6, observamos que o diaconato era um serviço dedicado mais à esfera social da igreja. Por outro lado, o presbyteros, traduzido como “presbíteros”, ocorre 66 vezes no texto grego do Novo Testamento. 

Em Atos 14.23, o termo é usado para se referir aos anciãos que presidiam as igrejas. Esse mesmo sentido é usado por Lucas em Atos 20.17, quando Paulo se encontra com os presbíteros de Éfeso. Dessa forma, o presbítero era alguém que supervisionava, presidia ou ainda exercia alguma função pastoral.


SINOPSE II

Deus pôs na Igreja apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres.

III - AS QUALIFICAÇÕES PARA O MINISTÉRIO

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1. Qualificações de natureza moral.

O apóstolo Paulo expõe as qualificações para o exercício ministerial nas suas cartas pastorais (1 Tm 3-1-15; Tt 1.5-9). Aqui listamos apenas algumas delas: Não apegado ao dinheiro, ou seja, não avarento (1 Tm 3.3); ser irrepreensível (1 Tm 3.2; Tt 1.6), ou seja, alguém que não possua nenhuma acusação válida (1 Tm 3.10), o que não significa ausência de pecado, mas uma vida pessoal ilibada, acima de qualquer acusação legítima e de algum escândalo público.


2. Qualificações de natureza social.

Ao longo das cartas pastorais, verificamos também a necessidade de qualificações de natureza social, tais como: o aspirante ao ministério não pode ser soberbo, isto é, arrogante e orgulhoso (Tt 1.7), uma pessoa de difícil convívio social, alguém que, devido a sua soberba, mantém-se obstinado em sua própria opinião, age com teimosia e arrogância; o aspirante também não pode ser irascível (Tt 1.7), truculento, violento, aquele que possui um temperamento mais colérico, uma pessoa que não pensa duas vezes antes de agir de forma descontrolada contra outro, desqualificando-o para ser ministro do Senhor.


3. Qualificados para o ministério.

De acordo com as cartas pastorais, podemos afirmar que há qualificações claras para o exercício do ministério da Igreja de Cristo. Nesse sentido, os ministros do Corpo de Cristo têm como requisitos inegociáveis para o exercício do ministério as qualificações morais e sociais conforme estudados aqui.


SINOPSE III

Há qualificações claras para o exercício do ministério na Igreja de Cristo.


O CHAMADO PARA O MINISTÉRIO

Paulo salientou, com muito critério, uma importante verdade concernente à diversidade de ministérios (Rm 12.3-8; 1 Co 12.1-30). Dentro da admirável unidade do Corpo de Cristo, produzida pela obra do Espírito Santo, há uma rica diversidade. Nem todos os ministérios têm a mesma função, o mesmo dom ou o mesmo ofício. Assim como o corpo humano tem uma grande variedade de órgãos a fim de funcionar apropriadamente, o Corpo de Cristo requer diversidade de ministérios para que a Igreja possa cumprir com eficiência as ordens de Cristo. Na ‘diversidade da unidade’, brilha o interesse de Deus pelo indivíduo.


A despeito de função, dom ou ofício: a despeito de quão atraente, ou oculta, seja a tarefa confiada a alguém, todos, aos olhos de Deus, são importantes. Cada crente será recompensado de acordo com a sua fidelidade” (MENZIES, Willian W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Fé Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.153).


CONCLUSÃO

Nesta lição, vimos o ministério sob diferentes aspectos. Vimos que a doutrina do sacerdócio universal dos crentes é inteiramente bíblica. Todo crente tem o privilégio de apresentar a si mesmo e a outros diante de Deus, sem a necessidade de mediadores terrenos. Vimos também que Deus pôs na Igreja alguns para 0 exercício de determinadas funções específicas. Esses ministérios devem ser vistos como dons de Deus à Igreja.


REVISANDO O CONTEÚDO

1. Como o Novo Testamento apresenta o sacerdócio da Antiga Aliança?

O Novo Testamento apresenta o sacerdócio da Antiga Aliança como um tipo de Cristo (Hb 8.1) que operou o derradeiro sacrifício pelos pecados do povo.


2.    Qual movimento histórico fez o resgate da doutrina bíblica do sacerdócio universal de todos os crentes?

Foi uma obra da Reforma Luterana do século 16.


3. Cite os cinco ministérios de Efésios 4.11.

O texto de Efésios 4.11 diz que Deus pôs na Igreja apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres.


4.    Segundo a lição, qual é a distinção entre 0 ministério de Profeta e o dom da profecia?

A Escritura distingue o ministério de profeta do dom da profecia. Assim, somente alguns eram chamados para ser profetas (Ef 4.11) enquanto todos poderiam exercer O dom da profecia (1 Co 14.5,31).


5. Quais as naturezas da qualificação ministerial?

São duas: qualificação de natureza moral e qualificação de natureza social.


VOCABULÁRIO

Derradeiro: O último, não é sucedido por nenhum outro.

Veterotestamentário: Relativo ao Antigo Testamento. Neotestamentário: Relativo ao Novo Testamento.

Vigário: Religioso que, investido de autoridade, exerce em seu nome suas funções.

Lições Bíblicas Adultos 1° trimestre 2024 CPAD

REVISTAO CORPO DE CRISTO Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo

Comentarista: Pr. José Gonçalves

Temas das Lições - Clique e leia

Lição 1- A origem da igreja

Lição 2 - Imagens bíblicas da igreja

Lição 3 - A natureza da igreja

Lição 4 - A igreja e o reino de Deus

Lição 5 - A missão da igreja de Cristo

Lição 6 - Igreja: organismo ou organização?

Lição 7 - O ministério da igreja

Lição 8 - A primeira ordenança da igreja: o batismo

Lição 9 - A segunda ordenança da igreja: a ceia do Senhor

Lição 10 - O poder de Deus na missão da igreja

Lição 11 - O culto da igreja cristã

Lição 12 - O papel da pregação no culto

Lição 13 - Sendo o templo do Espírito

***
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Classe: Juvenis} Lição 9 Os Dons do Espírito Santo

Lições Bíblicas Juvenis 4º Trimestre 2023, CPAD Professor | REVISTA: O Espírito Santo em Nós.

Comentarista: Carlos Alexandre 

“Mas a manifestação do Espirito é dada a cada um para o que for útil." (1 Co 12.7)

LEITURA DIÁRIA

1 Co 12.1 Não podemos ignorar os dons

1 Co 12.4 Existe uma diversidade de dons

1 Co 12.11 O Espírito distribui os dons

1 Co 14.1 Devemos desejar os dons

1 Co 12.30 Não possuímos todos os dons

1 Co 14.39 Devemos buscar profetizar

Leia também

Lição 4 - O Espírito Santo no Antigo Testamento

Lição 5 - O Espírito Santo no novo testamento

Lição 6 - O Espírito atuante em Cristo

Lição 7- O Espírito Santo atuando no crente

Lição 8 O Batismo no Espírito Santo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Romanos 12.4-8

4 Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação,

5 assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.

6 De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé:

7 se é ministério, seja em ministrar: se é ensinar, haja dedicação ao ensino;

8 ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.

1 Coríntios 12.1,4-11

1 Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.

4 Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.

5 E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.

6 E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.

7 Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil.

8 Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;

9 e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;

10 e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.

11 Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.


CONECTADO COM DEUS

Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes..." (1 Co 12.1). O apóstolo Paulo tinha uma legítima preocupação sobre este assunto, por isso buscou orientar os crentes em Corinto. Esse assunto também deve interessar, atualmente, a todo crente, pois o batismo no Espírito Santo e os dons espirituais são ainda uma realidade em nossos dias, não ficando só restrita à época de Paulo.


O Espírito Santo atua na vida da Igreja de modo bem peculiar. A prova de que Ele veio no dia de Pentecoste, para dar início à Igreja, não se limita à experiência das línguas que falaram e nem mesmo aos sinais que presenciaram, mas à continuidade do seu trabalho, atuando de modo poderoso através dos dons. Por meio dEle, o Senhor os reparte a cada um como quer.

 

OBJETIVOS

EXPLICAR o significado e o propósito dos dons;

DIFERENCIAR os dons ministeriais dos dons espirituais;

ENTENDER a maneira como o Espirito Santo distribui os dons.


ANTES DA AULA

O professor da Escola Dominical é um líder do processo dinâmico de ensino e aprendizagem, mas essa tarefa de educar não é exercida sozinha. É preciso contar com outros agentes. Dialogar com vizinhos, pais, irmãos de outros departamentos da igreja se faz muito necessário para conhecer a realidade e experiências vividas pelos alunos. Trazer essas realidades para a sala de aula na contextualização e aplicação do conteúdo pode fazer a diferença na aprendizagem. Ter uma visão ampliada sobre a realidade do aluno pode ajudar no planejamento do conteúdo para que se torne relevante para ele. Estabelecer pontes de diálogos com outras pessoas e instituições ajudem a ampliar o horizonte de alunos e professores, além de poder mudar uma classe.


1. SIGNIFICADO DOS DONS

1.1. O que são dons?

A palavra “dom" significa presente, dádiva, donativo ou também se refere ao dote natural de cada pessoa. Os dons espirituais significam dádivas de Deus concedidas à sua igreja para edificação da mesma. Existe uma variedade de dons e, quanto mais a Igreja possuí-los, mais operações do Espírito acontecerão. Ninguém recebe os dons por merecimento e a Bíblia diz que o Espírito concede a cada um como lhe apraz.


1.2. Classificação dos dons

O Espírito Santo atua de diferentes modos na Igreja de Cristo, distribuindo dons que são classificados pelos estudiosos como dons ministeriais (são os dons que se relacionam com o serviço da igreja) e espirituais (são os dons relacionados à vida espiritual da igreja).


1.3. Os propósitos dos dons

Muitas pessoas recebem os dons do Espírito com propósitos divinos específicos. Dentre eles, podemos destacar:

a) Revelar ao mundo que a igreja é o Corpo de Cristo, e, assim, no nome de Jesus será glorificado;

b) Confirmar a Palavra de Deus através da operação de milagre (Mc 16.15-20);

c) Edificar o crente em particular e, a igreja de um modo geral (1 Co 14.12).

2. OS DONS MINISTERIAIS

Em Romanos 12.4-8, Paulo falou da importância que cada crente tem na Igreja de Jesus. Ele usou a figura de um corpo e seus respectivos membros, distinguindo a importância de cada um (Rm 12.5), Em seguida, o apóstolo passou a descrever os dons ministeriais, mostrando que todos podem estar ocupados na obra de Deus, desempenhando um trabalho importante com muito zelo e amor.


a) Profecia. A profecia é o único dom que aparece também na outra lista (1 Co 12.7-11). É importante destacar que pronunciar alguma palavra da parte de Deus aos homens é algo que demanda fé e responsabilidade.

b) Ministério. O sentido que Paulo emprega aqui, “ministrar” ou “servir”, é a disposição, capacidade e poder, dados por Deus, para alguém servir e prestar assistência prática aos membros e aos líderes da igreja, a fim de ajudá-Los a cumprir suas responsabilidades para com Deus (At 6,2,3).


c) Ensino. Ensinar requer dedicação e é uma tarefa de implicações sérias. Deus deu à Igreja esse ministério levantando pessoas qualificadas para isso (Ef 4.11), pois apenas o Espírito Santo pode sustentá-lo.


d) Exortação. A ideia de exortar, aqui, é diferente de falar duro com alguém, mas consolar as pessoas, encorajando-as.


e) Assistencial. A Igreja tem um tipo de serviço que é repartir com os necessitados. Hoje essa tarefa é mais conhecida como “assistência social” e para esse tipo de serviço a recomendação bíblica é a liberalidade. Esse dom caminha junto com a misericórdia, que é compaixão pelos necessitados.


Não podemos ser indiferentes com os que sofrem, e também não podemos ajudar alguém para “ficarmos bem com a nossa consciência". Devemos exercer compaixão com alegria no coração, sendo misericordiosos como no exemplo da parábola do Bom Samaritano (Lc 10.30-37).


f) Administração. Nem todos estão no posto de liderança. Existe uma hierarquia que deve ser respeitada, pois ela foi constituída por Deus para o bom andamento da sua obra na Terra. Por isso a exigência que a Bíblia faz para quem preside, é muito alta: “com cuidado". Dessa forma, devemos fazer o que a Bíblia manda: obedecer aos nossos pastores (Hb 13.7.17). pois muito é exigido também deles.


INTERAÇÃO

O corpo humano é uma das figuras que representa a organicidade da Igreja de Cristo, em que a existência de diversos órgãos, contribuem juntamente para um mesmo corpo. Para ajudar na compreensão desta aula, selecione uma imagem, corte-a em alguns pedaços e distribua para os seus alunos. Depois peça para que cada um venha a frente para encaixar o pedaço e remontar a imagem. Explique que os dons espirituais são recursos que Deus concede individualmente a cada crente com objetivo de edificação de toda a igreja. Cada um contribui com o dom recebido e todos são edificados.

Enfatize que os dons espirituais têm grande significado para nós. É por intermédio deles que vivificamos a nossa fé.

3. OS DONS ESPIRITUAIS

Os dons Espirituais são descritos em 1 Coríntios 12.7-11. Para fins didáticos, dividiremos essa lista em três grupos: dons de revelação, dons de locução e dons de poder.


3.1. Dons de revelação

Esse grupo de dons espirituais tem como grande característica a revelação de verdades ou situações que não são possíveis de acessar apenas com a racionalidade ou os recursos do intelecto humano.


a) Palavra de Sabedoria (1 Co 12.8). Esse dom é extremamente prático e útil para a vida orgânica da igreja e para cada um de seus membros, pois ele orienta a prática da fé, auxiliando no que falar e como agir em meio às desafiantes situações que surgem inesperadamente na dinâmica vida da igreja (At 6.10).


b) Palavra da Ciência. Esse dom tem a ver com um conhecimento mais apurado de Deus, do evangelho e da aplicação do evangelho no viver cristão (1 Co 2,12).


c) Discernimento de Espíritos. Num tempo de grande apostasia dentro do círculo do cristianismo, muitos estão sendo ludibriados por falsos profetas e nesse contexto, o dom de discernimento de espíritos é extremamente necessário.


3.2. Dons de Locução

Os dons de locução estão ligados diretamente à manifestação extraordinária de mensagens da parte de Deus para a igreja.


a) Variedade de Línguas (1 Co 12.4)

É a capacidade dada pelo Espírito Santo para falar línguas desconhecidas de quem fala, mas podem ser conhecidas de quem as ouve (At 2.6) Segundo o Pr. Antônio Gilberto, o falar em línguas como evidência do Batismo no Espírito Santo é diferente do dom de variedade de línguas. No primeiro caso, todos os crentes batizados no Espírito falarão línguas como confirmação, mas nem todos receberão o dom de variedade de línguas.


b) Interpretação de Línguas (1 Co 12.10)

O dom de interpretação de Línguas é um complemento do dom de variedade de Línguas. Por intermédio desse dom, a igreja é edificada com uma mensagem compreensível aos ouvintes.


c) Profecia.

Este dom é o que tem mais importância nos escritos de Paulo (1 Co 14.5). É bom destacar que é preciso submeter o conteúdo das profecias às Escrituras Sagradas (1 Co 14.29) pois Deus nunca irá contradizer o texto bíblico (Jr 23.28).


3.3. Dons de Poder

Esse grupo de dons está relacionado aos eventos extraordinários no seio da igreja. Eles ocorrem quando o Espírito Santo inverte a lógica humana da realidade levando a Igreja a experimentar o extraordinário.


a) Fé (1 Co 13.2). Nesse caso não se trata da fé salvífica (Rm 10.17) nem da fé como fruto do Espírito (Gl 5.22), mas é a capacidade que o Espírito Santo concede ao crente para este realizar coisas que vão além da esfera natural da vida, e tem como propósito a edificação da igreja.


b) Dons de curar. Dispomos deste maravilhoso dom que pode trazer alívio aos que sofrem enfermidades, bem como glorificar a Deus por meio da cura divina.


c) Dons de operar maravilhas.

Há milagres que não estão relacionados às curas, mas marcados por atos extraordinários (Êx 14.21; 15.25; 16.15; 1 Rs 17.22; 2 Rs 6.6) que continuaram durante o ministério de Jesus e dos Apóstolos (Jo 2.9,10; 11.43; Mt 14.29; 15.36,37; At 16.25,26; 27.22,44) e esses atos milagrosos podem ser testemunhados hoje, como disse Jesus (Mc 16.17).


SUBSÍDIO

O apóstolo Pedro exortou a igreja sobre como o dom de Deus deve ser administrado. E usou a figura do despenseiro, que, antigamente, era o homem que cuidava da despensa. Tinha que ser homem de total confiança do Patrão. Ele cuidava da aquisição de mantimentos; zelava pela sua guarda, para que não se estragassem e distribuía-os para a alimentação da família. Ele tinha a chave da despensa. Dessa forma, os despenseiros de Deus, ministros ou membros da igreja, que é a “família de Deus" (Ef 2.19), precisam ter muito cuidado no uso dos dons concedidos pelo Senhor para a provisão, alimentação espiritual e edificação.


Diz Pedro: “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus, Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre. Amém" (1 Pe 410,11). (RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais. Rio de Janeiro: CPAD, p, 31)


PARA CONCLUIR

Os Dons do Espírito Santo são “ferramentas" úteis para a Igreja cumprir a sua missão. Nós devemos reafirmar a atualidade dos Dons e buscar fervorosamente por eles para a nossa própria edificação e enriquecimento espiritual. Os dons não salvam, mas ajudam a Igreja a levar a mensagem da salvação em Jesus Cristo.


CONHEÇA OS SEUS ALUNOS

"Seu aluno busca um mentor, não um guru. Ele busca um amigo, não um transmissor de fatos. A aprendizagem acontece melhor quando há confiança, e a confiança vem do relacionamento. Passe tempo construindo pontes de comunicação com seus alunos. Decerto, alguns limites profissionais devem ser estabelecidos. Mas aprender a falar ‘com’ seus alunos é melhor do que continuar falando 'a' eles. Procure conhecê-los. Quais são os seus sonhos? O que os motiva? Como você pode tocar o interesse deles? Permita que eles o conheçam. Transparência o ajudará a partilhar conhecimento de modo eficaz e pessoal.” (TOLER, Stan. Minutos de Motivação para Professores. Rio de Janeiro: CPAD, p. 17)


HORA DA REVISÃO

1. Para fins didáticos, em relação aos dons espirituais, qual a divisão abordada nessa lição?

Dons de Revelação, dons de Locução e dons de poder.

2. Releia o texto de 1 Coríntios 12.1-11 e cite, nominalmente, os 9 dons presentes no texto.

Dom da palavra de sabedoria, palavra do conhecimento, discernimento de espíritos, dom da fé, dons de curar, dons de operar maravilhas, dom de variedade de línguas, dom de interpretação de Línguas e dom de profecia.

3. Quais dons são considerados “dons de revelação”?

Dom da palavra de sabedoria, palavra da ciência, discernimento de espíritos.

4. Quais dons são considerados “dons de poder"?

Dom da fé, dons de curar, dons de operar maravilhas.

5. Quais dons são considerados dons de locução?

Dom de variedade de línguas, dom de interpretação de línguas e dom de profecia.


 

Lições Bíblicas Juvenis 4º Trimestre 2023 | Professor - CPAD

REVISTA: O Espírito Santo em Nós.

LIÇÕES

Lição 1- A natureza do Espírito Santo

Lição 2- Os nomes do Espírito Santo

Lição 3- Os símbolos do Espírito Santo

Lição 4- O Espírito Santo no antigo testamento

Lição 5- O Espírito Santo no Novo Testamento

Lição 6- O Espírito atuante em Cristo

Lição 7-O Espírito Santo atuando no crente

Lição 8- O batismo no Espírito Santo

Lição 9- Os dons do Espírito Santo

Lição 10- Conservando o poder

Lição 11- O fruto do Espírito Santo

Lição 12- Pecando contra o Espírito Santo

Lição 13- Buscando o Espírito Santo

Lição 14- O Espírito Santo e a obra Missionária

DICAS DE LEITURAS

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