🕛 Data: 27 de agosto de 2023
Lições Bíblicas do 3° Trimestre de 2023,
Adultos - CPAD
🎓 Revista: A igreja de Cristo e o Império do Mal:
como viver neste mundo dominado pelo Espirito da Babilônia
✍COMENTARISTA: Pr. Douglas Baptista
📚 TEXTO ÁUREO
“Mas o corpo não é para a prostituição,
senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo.” (1 Co 6.13b)
💡 VERDADE PRÁTICA
O corpo é o templo do Espírito Santo e, por isso,
deve ser conservado em santificação até a volta de Cristo.
⏰ LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 2.7
O homem recebeu o fôlego da vida
diretamente de Deus
Terça - 1 Ts 5.23
O ser humano é constituído de espírito,
alma e corpo
Quarta - 1 Co 6.20
Devemos glorificar a Deus em nosso
corpo
Quinta - 1 Co 6.19; Ef 1.13
O corpo do crente salvo é templo e
morada do Espírito Santo
Sexta - Rm 8.23; Fp 3.21
A transformação do corpo mortal
conforme o corpo glorioso de Cristo
Sábado - Ec 12.14
Todos os nossos atos estarão sob o
juízo divino
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Coríntios 6.12-20
12 - Todas as coisas
me são lícitas, mas nem
todas as coisas convêm; todas
as coisas me são lícitas, mas eu
não me deixarei dominar por nenhuma.
13 Os manjares são para o ventre, e o
ventre, para os manjares; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas
o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor, e o
Senhor para o corpo.
14 - Ora, Deus, que também
ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará a
nós pelo seu poder.
15 - Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei,
pois, os membros de Cristo e fá-los-ei membros de uma meretriz? Não, por
certo.
16 - Ou não sabeis que o que se ajunta
com a meretriz faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só
carne.
17 - Mas o que se ajunta com o Senhor é
um mesmo espírito.
18 - Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do
corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo.
19 - Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito
Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois
de vós mesmos?
20 - Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a
Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.
Hinos Sugeridos: : 5, 159, 581 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Uma visão materialista do
corpo despreza a perspectiva bíblica que eleve o corpo ao propósito da vontade
de Deus. Na Bíblia, a doutrina bíblica da glorificação final do corpo do crente
tem muito a nos dizer a respeito do corpo terreno. Há um propósito divino no
corpo para vivermos de acordo com a Palavra de Deus diante de uma cultura que
tende a descartá-lo e desvalorizá-lo. Que o Senhor nos ensine a como servi-Lo
por meio do nosso corpo.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Ensinar a criação do ser humano;
II) Expor a visão bíblica do corpo;
III) Contrapor a visão secular do corpo.
B) Motivação: A Bíblia
usa a imagem do templo para se referir ao corpo como uma habitação do Espírito
Santo. Essa imagem revela o propósito de Deus para o corpo do cristão e o
quanto se deve levar em conta o cuidado com ele. Esta lição nos estimula a
cultivar uma visão bíblica e elevada a respeito do nosso corpo.
C) Sugestão de Método:
Introduza o segundo tópico com a seguinte pergunta: O que é glorificação final
do corpo? Deixe que os alunos respondam. Ouça-os com atenção. Em seguida
exponha o segundo tópico, enfatizando o subtópico que trata o assunto da
ressurreição, trabalhando a imagem do corpo que o nosso Senhor apareceu aos
discípulos por ocasião da sua ressurreição. É uma imagem muito poderosa para
consolidar o entendimento da glorificação final do corpo.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Há uma
doutrina bíblica a respeito do corpo. Essa doutrina tem a ver com a esperança
que cultivamos para o dia de nossa completa redenção. O corpo que temos hoje
será transformado. Por isso, o apóstolo Paulo nos exorta: "todo vosso
espírito, alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a
vinda de nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Ts 5.23).
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador
Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos,
entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 94, p.40,
você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao
final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de
sua aula: 1) O texto "A Cura da Alienação" amplia o primeiro tópico
com uma reflexão a respeito de uma perspectiva não alienante das coisas; 2) O
texto "Glorificando a Deus no Corpo" amplia o segundo tópico com uma
reflexão a respeito de como a Bíblia se refere ao corpo.
INTRODUÇÃO
Deus criou o ser humano para o louvor
da sua glória (1 Co 6.20). Em vista disso, Ele espera do homem regenerado uma
vida de santidade (1 Pe 1.15). Contudo, os conceitos secularistas propagam uma
forma de vida independente dos preceitos divinos. Nesta lição, vamos estudar a
criação do homem e as características do corpo humano nas Escrituras e
correlacionar esse tema com a visão secular do corpo hoje. Nossa finalidade é
apresentar a visão bíblica do corpo, seu propósito e sua glorificação final.
PALAVRA-CHAVE
Corpo
I – A CRIAÇÃO DO SER HUMANO
1. A origem da raça humana.
O homem é o único ser vivo criado à
imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26,27). Por isso, nossa Declaração de Fé
ensina que fomos criados por um ato sobrenatural, imediato, e não por um
processo evolutivo. Assim, o homem (adham) foi formado do pó úmido da terra (Gn
2.7). Interessante notar que o uso do hebraico adham denota nome próprio, mas
também genérico, significando “homens” e “humanidade” (Sl 73.5; Is 31.3). Logo,
Adão foi o primeiro homem a ser criado (Gn 2.15,19,20); e Eva, a primeira
mulher, formada do corpo de Adão (Gn 2.22; 3.20). Além disso, homem e mulher
são descritos como criaturas da terra, porém, Deus “soprou em seus narizes o
fôlego da vida” (Gn 2.7b). Ele não fez isso com os animais. O sopro de Deus foi
a outorga do nosso espírito e isso nos distingue dos demais seres criados.
2. A constituição do ser humano.
Nossa Declaração de Fé professa que a
natureza humana consiste numa parte externa, o corpo ou a carne (Gn 6.3; Sl
78.39), chamada de “homem exterior”; e uma parte interna, denominada de “homem
interior”, composta de espírito e alma (2 Co 4.16; 1 Ts 5.23). Essa
constituição humana é denominada de tricotomia, isto é, três substâncias:
espírito, alma e corpo (Hb 4.12). Exemplo dessa estrutura pode ser observada na
pessoa de Cristo (Lc 23.46; 24.39).
A Bíblia de Estudo Pentecostal leciona
que o nosso espírito é o componente pelo qual se tem comunhão com o Espírito de
Deus. E a alma é definida pelos aspectos da mente, emoções e vontade. O corpo é
a parte que volta ao pó e que, no caso dos salvos, será transformado no dia da
ressurreição (1 Co 15.42).
3. Queda e restauração humana.
A Bíblia revela que todas as áreas de
nosso ser foram afetadas pelo pecado (Rm 7.20-23). Conforme a Teologia
Sistemática: uma perspectiva pentecostal, embora constituído de três
substâncias, se o ser humano for afetado em um elemento de sua constituição
humana, ele será afetado inteiramente. Nessa perspectiva, a vida espiritual não
pode estar desassociada de seu corpo: “glorificai, pois, a Deus no vosso corpo
e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1 Co 6.20). Desse modo, a conduta
irrepreensível do cristão é requerida no espírito quanto na alma e no corpo (1
Ts 5.23). Isso quer dizer que a santificação deve atingir a parte material e
imaterial do homem. Contudo, essa restauração somente é possível por meio do
sangue de Cristo, pela ação do Espírito e pela Palavra de Deus (1 Pe 1.15-25).
SINÓPSE I
Deus criou o ser humano e o constituiu de corpo, alma
e espírito.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
“A
POSITIVIDADE DO CORPO
[...] Paulo não fala
também do ‘corpo do pecado’ (Rm 6.6)? E isso não significa que o corpo é a
fonte do mal? Não. O contexto deixa claro que Paulo está falando que o corpo
pode tornar-se um instrumento do pecado – mas pode também se tornar um
instrumento de justiça: ‘Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos
para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a
morte, ou da obediência para a justiça?’ (v.16). O problema não é o corpo, mas
o pecado. O corpo é apenas o lugar onde a batalha entre o bem e o mal é
encarnada.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a obra Ama Teu Corpo, Editora
CPAD, p.45.
AUXÍLIO APOLOGÉTICO
“A CURA DA
ALIENAÇÃO
Devemos, portanto,
responder com uma defesa bíblica do corpo. Devemos encontrar maneiras de curar
a alienação entre corpo e pessoa. O ponto de partida é uma filosofia bíblica da
natureza. A Bíblia proclama o profundo valor e dignidade do mundo material —
incluindo o corpo humano — como obra das mãos de um Deus amoroso. É por isso
que a moralidade bíblica coloca grande ênfase no fato da encarnação humana. O
respeito pela pessoa é inseparável do respeito pelo corpo. Afinal de contas,
Deus poderia ter escolhido fazer-nos como os anjos — espíritos sem corpo. Ele
poderia ter criado um mundo espiritual onde flutuássemos por aí. Pelo
contrário, Ele criou cada um de nós com corpos materiais e em um universo
material.
Por quê? Claramente, Deus
valoriza a dimensão material e quer que a valorizemos também. A Bíblia trata
corpo e alma como dois lados de uma mesma moeda. A vida interior da alma é
expressa por intermédio da vida exterior do corpo. Isso é destacado pelo
paralelismo característico da poesia hebraica: ‘A minha alma tem sede de ti; a
minha carne te deseja muito’ (Sl 63.1); ‘Pois a nossa alma está abatida até ao
pó; o nosso corpo, curvado até ao chão” (Sl 44.25); ‘Guarda [as minhas
palavras] no meio do teu coração. Porque são vida para os que as acham e saúde,
para o seu corpo’ (Pv 4.21,22); ‘Enquanto eu me calei [me recusei a me
arrepender], envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia” (Sl
32.3).
Em certo sentido, o nosso
corpo tem primazia diante de nosso espírito. Afinal de contas, o corpo é a
única maneira que temos para expressar a nossa vida interior ou para conhecer a
vida interior de outra pessoa. O corpo é o meio pelo qual o invisível é feito
visível” (PEARCEY, Nancy. Ama Teu Corpo: Contrapondo a cultura que fragmenta o
ser humano criado à imagem de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021, p.36).
II – A VISÃO BÍBLICA DO CORPO
1. Parte exterior do homem.
O termo corpo (do grego, soma)
normalmente identifica a parte exterior do ser humano (Mt 10.28; 1 Co 15.38). O
termo carne (do grego, sarx), quando se refere ao homem físico, inclui a sua
dimensão exterior (Lc 24.39; At 2.31). Ambos os termos indicam a parte visível
e material da natureza humana. O corpo é o invólucro da parte imaterial do ser
humano; ele envelhece e morre, ocasião em que alma e espírito o deixam (Gn
35.18; Tg 2.26).
A carne (corpo) geralmente é descrita
em sentido negativo: “na minha carne, não habita bem algum” (Rm 7.18).
Entretanto, esse tom depreciativo diz respeito à natureza pecaminosa do homem e
não especificamente ao corpo físico. Assim sendo, nossa Declaração de Fé
rejeita a ideia de ser o corpo uma prisão da alma e do espírito ou de ser
inerentemente mau e insignificante.
2.
Templo do Espírito Santo.
A Escritura declara que “o corpo não é
para a prostituição, senão para o Senhor” (1 Co 6.13b). Isso significa que o
corpo pertence ao Criador e a Ele deve estar unido (1 Co 6.17). Nesse sentido,
essa parte material do salvo deve ser santa e usada para glorificar a Deus (1
Co 6.20b). Em 1 Coríntios 6, lemos que os corpos dos salvos são metaforicamente
membros do Corpo de Cristo (1 Co 6.15; cf. Rm 12.4,5). Por isso, eles não devem
praticar atos imorais (Rm 6.13,19; 1 Co 6.15,16). Aqui, o cristão é exortado a
não pecar contra o próprio corpo (1 Co 6.18), pois um resgate de alto preço foi
pago por Cristo (1 Co 6.20a) tornando o crente templo e morada do Espírito
Santo (1 Co 6.19; Ef 1.13). Portanto, como santuário, o corpo nunca deve ser
profanado por impureza alguma.
3. Glorificado na ressurreição.
A ressurreição de Cristo aniquilou o
império da morte (Hb 2.14,15) e garantiu a nossa ressurreição (1 Co 6.14; 2 Co
4.14). Entre a morte e a ressurreição há um estado intermediário, onde a parte
imaterial do ser humano subsiste de modo consciente (Lc 9.28-31; 16.22-31).
Contudo, o nosso corpo carnal não pode herdar o Reino de Deus (1 Co 15.50). Por
isso, a última etapa de nossa salvação é a glorificação (Rm 8.30). Inclui a
redenção e a transformação de nosso corpo mortal conforme o corpo glorioso de
Cristo (Rm 8.23; Fp 3.21). Esse evento ocorrerá quando Jesus voltar (1 Ts
4.13-17). Na ressurreição, a parte imaterial será reunida em um corpo incorruptível,
glorificado, espiritual e imortal (1 Co 15.42-44,52-54). Assim, a morte é o
último inimigo a ser vencido (1 Co 15.26).
SINÓPSE II
A visão bíblica do corpo tem a ver com o exterior do
homem, como imagem de templo do Espírito, com a ressurreição e a glorificação
final
AUXÍLIO APOLOGÉTICO
GLORIFICANDO
A DEUS NO CORPO
“É possível quebrar o
poder da escravidão do pecado: ‘Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo
mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências’ (Rm 6.12). A única
resposta apropriada a tal graça libertadora é: ‘glorificai, pois, a Deus no
vosso corpo’ (1 Co 6.20), ou, de maneira mais completa: ‘apresenteis o vosso
corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto
racional’ (Rm 12.1). É emocionante pensar que Deus quer mesmo se relacionar
conosco em nosso corpo, amando o nosso formato e tamanho específico, as nossas
peculiaridades corporais, a nossa aparência física. Deus quer amar-nos e
interagir conosco não apenas espiritualmente, mas também em nosso ser integral”
(PEARCEY, Nancy. Ama Teu Corpo: Contrapondo a cultura que fragmenta o ser
humano criado à imagem de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021, pp.45-46).
III – A VISÃO SECULAR DO CORPO
1. Hedonismo e narcisismo.
Zelar e manter o corpo saudável é uma
forma de glorificar a Deus (1 Co 6.20). Contudo, em tempos pós-modernos de
busca da felicidade, o hedonismo e o narcisismo são incutidos na sociedade. Com
hedonismo, nos referimos ao estilo de vida em que a obtenção do prazer e a fuga
do sofrimento são prioridades. Nesse aspecto, tudo é permitido.
Com narcisismo, aludimos ao amor
excessivo que uma pessoa tem por si própria. De acordo com essa abordagem,
refere-se ao indivíduo que, de modo insensato, persegue o corpo ideal por meio
da boa estética a qualquer custo e se porta com ostentação em busca da
autorrealização e de ser admirado. Em oposição a essa cultura, Paulo ensina:
“todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm” (1 Co 6.12a).
Livre de qualquer moral divina, o
indivíduo passa a exercer total controle sobre o corpo. Desse modo, seus
adeptos atuam contra o corpo na legalização do aborto, da prostituição, das
drogas, do suicídio assistido,
dentre outros.”
2. Erotização e libertinagem.
Ao formar o ser humano, Deus também
criou a sexualidade (Gn 1.27,28). Portanto, não se trata de algo impuro. O
pecado não está no sexo, mas na perversão de seu propósito. Nossa Declaração de
Fé leciona que a relação sexual não é só para procriar, mas também para o
prazer dentro dos limites do matrimônio e do uso natural do corpo (Rm 1.26,27;
Hb 13.4). Todavia, em nossos dias, a erotização do corpo é explorada nas
mídias, artes, músicas e literaturas.
O objetivo é seduzir e estimular as
práticas sexuais ilícitas. Como resultado, a licenciosidade, isto é, a conduta
sexual desregrada e imoral, prolifera assustadoramente (1 Co 6.10). Diante
disso, o apóstolo Paulo adverte: “todas as coisas me são lícitas, mas eu não me
deixarei dominar por nenhuma” (1 Co 6.12b).
3. Liberdade e autonomia.
A Bíblia atesta que o homem é dotado de
livre-arbítrio (Gn 2.16,17). Isso indica autonomia para tomar as próprias
decisões e se autogovernar. Somos livres, porém, todos os nossos atos serão
alvo do juízo divino (Ec 12.14). Não obstante, no atual cenário, ideias
secularistas promovem a banalização do corpo.
O existencialismo ateu, por exemplo,
afirma que para descobrir o sentido da vida, o homem deve usufruir de liberdade
incondicional. Nesse aspecto, livre de qualquer moral divina, o indivíduo passa
a exercer total controle sobre o corpo. Desse modo, seus adeptos atuam contra o
corpo na legalização do aborto, da prostituição, das drogas, do suicídio
assistido, dentre outros. Contrário a esse ativismo, o apóstolo Paulo assevera:
“não sabeis [...] que não sois de vós mesmos?” (1 Co 6.19).
SINÓPSE III
O hedonismo, o narcisismo, a erotização e a
libertinagem fazem parte de uma visão secular do corpo.
CONCLUSÃO
Criado da terra, à imagem e semelhança
divinas, o homem é constituído de três substâncias: espírito, alma e corpo (1
Ts 5.23). Nessa concepção, não podemos pecar com 0 corpo sem afetar o espírito
e a alma (1 Co 6.15-17). O corpo é morada do Espírito, que não habita em
santuário impuro (1 Co 6.18,19). Na vinda de Cristo, o corpo dos santos será
glorificado (1 Co 15.52). Assim, o corpo não deve ser tratado como algo
pejorativo. O princípio de cuidado e santidade do corpo deve ser observado
pelos que pertencem a Deus (1 Co 6.20).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Como a nossa Declaração de Fé
expressa nossa constituição humana?
Nossa Declaração de Fé professa que a natureza
humana consiste numa parte externa, o corpo ou a carne (Gn 6.3; Sl 78.39),
chamada de “homem exterior”; e uma parte interna, denominada de “homem
interior”, composta de espírito e alma (2 Co 4.16; 1 Ts 5.23). Essa
constituição humana é denominada de tricotomia, isto é, três substâncias:
espírito, alma e corpo (Hb 4.12).
2. Como é requerida a irrepreensível
conduta do cristão?
Conduta irrepreensível do cristão é
requerida no espírito, na alma e no corpo (1 Ts 5.23).
3. Como o corpo é identificado na
Bíblia?
O termo corpo (do grego, soma)
normalmente identifica a parte exterior do ser humano (Mt 10.28; 1 Co 15.38). O
termo carne (do grego, sarx), quando se refere ao homem físico, inclui a sua
dimensão exterior (Lc 24.39; At 2.31). Ambos os termos indicam a parte visível
e material da natureza humana.
4. Por que os corpos dos salvos não
devem praticar atos imorais?
Porque a parte material do salvo deve
ser santa e usada para glorificar a Deus (1 Co 6.20b). Em 1 Coríntios 6, lemos
que os corpos dos salvos são metaforicamente membros do Corpo de Cristo (1 Co
6.15; cf. Rm 12.4,5).
5. No atual cenário, o que as ideias
secularistas promovem?
Hedonismo, narcisismo, erotização, libertinagem etc.
VOCABULÁRIO
Outorga: De outorgar: dar como favor; dar poderes a; facultar, conceder, conferir.
DICAS DE LEITURAS
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