Lição 6 Uma arma poderosamente Mortal

Lições Bíblicas Juvenis 3º Trimestre 2023 – CPAD

Revista: Conhecendo os Fundamentos da Fé Cristã nas Epístolas Gerais.

Comentarista: Samuel de Oliveira Martins


VERSÍCULO CHAVE:

“Guarda a tua língua do mal e os teus lábios, de falarem enganosamente." (Sl 34.13)

LEITURA DIÁRIA

At 7.22 | Moisés era poderoso em palavras.

At 12.22 | Herodes era poderoso em palavras.

Sl 57.4 | Homens cujas línguas são espadas afiadas.

At 14.12 | Um grande ensinador.

At 18.24 | Um grande pregador.

★ Jo 7.46 | O maior ensinador e pregador de todos os tempos.

 

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Tiago 3.3-13

3. Ora, nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo.

4. Vede também as naus que, sendo tão grandes e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa.


5. Assim também a língua é um pequeno membro e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia.


6. A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno.


7. Porque toda a natureza, tanto de bestas-feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana;


8 mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.


9 Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus:


10 de uma mesma boca procede bênção e maldição, meus irmãos, não convém que isto se faça assim.


11 Porventura, deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?

12 Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.


13 Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria.

 

CONECTADO COM DEUS

As palavras insensatas e apressadas ferem como espadas (Pv 12.18a). Em inúmeras ocasiões nós somos feridos e ferimos as pessoas com nossas palavras. Porém, atentemo-nos para Cristo, o qual, sendo superior em tudo, era sábio e amoroso no seu falar, cujos Lábios trazem sobre os povos a cura (Pv 12.18b). Que possuamos a linguagem de Cristo, o Amor. Que 0 Senhor nos livre de dizer o que Ele não ordenou (Dt 18.20-22); de falar o que Ele não ensinou (1Tm 6.3-5) e de esquecer as bênçãos dEle (Sl 103-2).

OBJETIVOS

CONHECER o poder que existe nas palavras, seja para gerar força (cavalo) e/ou riquezas (navio);

PERCEBER que as palavras forem usadas pelo mal se transformarão em força destrutiva;

ANUNCIAR que as palavras são incontroláveis humanamente, mas o Senhor tudo pode fazer.

 

ANTES DA AULA

Estimado (a) professor(a), é muito importante a gestão do tempo de aula de forma eficaz. Em face disso, faça a seguinte divisão de etapas:

a) apresentação do tema (5 min);

b) interação (5 min);

c) desenvolvimento (35 min); e

d) conclusão (10 min).

 

“Ensaie” a sua ministração do ensino (até mesmo no trânsito, em frente ao espelho, lavando a louça...), calcule, mais ou menos, 55 minutos para a sua aula. Perceba que, caso sobre tempo de aula, aparentará falta de conteúdo aos alunos (sensação de incompletude e despreparo), de mesma sorte, caso sobre conteúdo a ser ministrado, demonstrará falta de organização de tempo. Entenda, por fim, que o tempo é o que temos de mais valioso (do rico ao pobre, todos temos as mesmas 24h por dia para usar) e, os 55 minutos de atenção que os alunos presentes estão lhe entregando possuem um valor inestimável!

1. O PODER DA LÍNGUA

1.1. Palavras, a ponte para o futuro

Em Tiago 3.2 Deus nos adverte acerca da importância da nossa fala, esclarecendo que “se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo”. Assim, nossas palavras podem nos aperfeiçoar no caminho de Deus e promover o cenário ideal para que conquistemos estrondosas vitórias sobre a carne (desejos da natureza humana) e o mundo, fazendo-nos, mais que vencedores, como Cristo.

 

As palavras, sem dúvida, possuem relevância para as vidas humanas. O próprio Jesus mencionou que, por nossas palavras, seremos aceitos por Deus ou condenados (Mt 12.37) e que quem Lhe confessar diante dos homens Ele o confessará diante de Deus (Mt 10.32). Paulo, por sua vez, diz que “se, com a tua boca confessares ao Senhor Jesus... serás salvo" (Rm 10.9). Assim, nossas palavras têm muito a ver com o nosso futuro.

 

1.2. O exemplo do cavalo

Desde a antiguidade, entre as nações, o cavalo é símbolo de força (Jó 39.19-25). Então Deus, para explicar como devemos ter cuidado com nossas palavras, lembra que freios são colocados nas bocas dos cavalos, para que obedeçam (Tg 3.3). Ora, para que serve um cavalo desobediente? Para nada! Somente quando o seu corpo pode ser dirigido por seu dono é que ele passa a ter serventia e valor para os homens. Sem adestramento, ele não passa de um animal selvagem.

 

Dessa forma, como o cavalo se tornou vital para as grandes guerras da humanidade por sua submissão (e isso se deu, sobretudo, através do freio de sua boca), também nós devemos nos conter e ter sempre uma palavra "agradável, temperada com sal” (Cl 4.6), para a glória de Deus.

 

1.3. O exemplo do navio

Símbolo de prosperidade e riqueza, os navios do passado (naus) também são lembrados pelo Espírito Santo, para orientar acerca da importância do controle das palavras, pois, embora eles sendo "tão grandes" e levados de um lado para o outro por ventos impetuosos, “se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa” (Tg 34).

 

O Senhor, aqui, sinaliza uma vida cheia de bênçãos, "como o navio mercante [que] de longe traz 0 seu pão” (Pv 31.14), mas isso somente para aquele que é sábio no uso das palavras, deixando-se governar pelo Espirito Santo.

INTERAÇÃO

Caríssimo (a) professor (a), prepare três pedacinhos de papel escritos com os seguintes temas: Obediência à Luz da Bíblia: A Liberdade Cristã: e O Julgamento de Jesus. Sorteie-os entre alguns alunos (sem dizer o objetivo), depois revele que eles apresentarão, exatamente ali, uma dissertação, de no mínimo 6 min., sobre o tema sorteado. Isso causará certa apreensão. Quando eles começarem a aceitar a ideia, faça a revelação de que tudo não se passava de descontração, qualquer pessoa tremeria nessa hora. Contudo, temos que estar prontos para falar com destreza sobre a Bíblia, pois nosso falar é poderoso.

 

2. UMA ARMA MORTAL

2.1. Pequeno órgão, porém, ousado

Depois de mencionar as conquistas que um falar equilibrado, nos domínios do Espírito, pode oferecer, Tiago apresenta o lado perigoso, traiçoeiro, do uso das palavras, começando pela possibilidade da soberba (Tg 3.4). Davi, acerca disso, orava: “Também da soberba guarda o teu servo, para que se não assenhoreie de mim (...) Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor!" (Sl 19.13,14). Que o Senhor ponha uma guarda à porta dos nossos lábios (Sl 141.3).

 

2.2. O perigo da rebelião

As grandes rebeliões que destroem a ordem estabelecida sempre começam com uma palavra, que depois incendeia outros e assim se alastra indefinidamente, às vezes, até por todo o mundo. Por isso, o Senhor adverte-te: “vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia” (Tg 3.5).

 

A fala rebelde, da mesma forma, pode se alastrar rapidamente como fogo promovido pelo mal, e assim muitos na Casa de Deus serem contaminados. Está escrito: “a língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno" (Tg 3.6). Tiago ainda adverte: “todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar" (Tg 1.19). Todo cuidado é pouco.


3. UMA FORÇA INDOMÁVEL

3.1. Ninguém doma a língua

Em Tiago 3.7.8 Deus, de uma forma didática, novamente, explica o perigo do uso da fala, mencionando que a natureza irracional dos animais permite que eles sejam adestrados, mas o homem natural, por sua vez, não consegue controlar as palavras, podendo ser, assim, instrumento do mal.

Há muitos exemplos, na Bíblia, de pessoas de bem usando as palavras como instrumento do mal e, com isso, trazendo enormes prejuízos, como aconteceu com Pedro (Mt 16.22,23) e Ananias e Safira (At 5.1-10), dentre outros. Somente pela ação do Espírito Santo a pessoa pode controlar as palavras.

 

3.2. Desenhando o problema

O que acontece se, em um copo com água mineral, for colocada água suja? A água deixará de ser pura e, logo, todo o liquido será imprestável para consumo humano. Simples assim. Tiago, dessa maneira, explicava que se um crente — “manancial de água doce” — começar a falar imoralidades, palavrões, heresias, amaldiçoar pessoas, enfim, coisas que não convém aos santos (Tg 3.10) — “água amargosa” — deixará de ser uma “fonte de água" agradável a Deus. Por isso, ele diz que é impossível ser santo e profano nas palavras simultaneamente, como não “pode uma fonte dar água salgada e doce" (Tg 3.12).

 

3.3. Palavra com sabedoria

Em Tiago 3.13, o apóstolo pergunta: “Quem dentre vós é sábio e inteligente"? Esse era o ponto chave: como se conduzir corretamente como cristão, visto que somos incapazes de domar nossa Língua. Para explicar isso, Tiago não produz uma resposta mística, mas apenas usa o cajado de pastor para ensinar: “Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria": ou seja, “conte até dez" (isto é: tenha calma antes de falar, pense bem) quando tiver de responder a alguma fala desrespeitosa.

 

A palavra deve ser, portanto, “temperada com sal”, isto é, que demonstre “bom trato, em mansidão de sabedoria”, significando que devemos falar sem desrespeito às pessoas (bom trato), sem afobamento (com mansidão) e em sabedoria — falar o necessário, com economia — afinal, Deus nos deu dois ouvidos e uma boca exatamente para ouvirmos duas vezes mais do que falamos.

 

Percebe-se, entretanto, frequentemente, que muitos de nós, cristãos entramos em grandes confusões — e desagradamos ao Senhor — porque não obedecemos a essa importante orientação divina. Assim, ouça bem antes de responder e, após, fale com amor, com mansidão, somente o necessário, nos domínios do Espírito Santo.

 

CONHEÇA OS SEUS ALUNOS

Existem algumas técnicas de comunicação que nos auxiliarão no ensino e exposição das Sagradas Escrituras na classe de juvenis (ou em qualquer sala de aula ou púlpito, na verdade):

a) treine a sua fala repetidas vezes, cuidando do timbre e volume da voz (muitas vezes a aula é ministrada na nave da igreja e uma voz muito alta atrapalha as outras turmas);

b) fale com sentimento e inspiração;

c) não fale muito rápido, e

d) use frases curtas para dizer coisas complexas, depois explique os detalhes — tenha poder de síntese. Em suma, treine e revise o seu esboço de aula. Com fé, fale com uma evidente convicção em tudo o que diz.

 

PARA CONCLUIR

É impressionante como um órgão tão pequeno como a língua pode mudar a trajetória do homem, assim como o leme de um navio altera toda a rota da gigantesca embarcação! Enquanto os ímpios usam a língua para o mal, os crentes em Jesus são ensinados a dominar suas falas para que elas comuniquem a Palavra de Deus e produzam bênçãos. Que oremos como o Rei Davi (Sl 19.13,14).

 

SUBSÍDIOS

“Controle da Língua a temperança começa com a língua, Tiago 3.2 nos fala: 'Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo. Considere a expressão ‘todo o corpo', tendo em mente que tudo começa com a língua. E mais adiante, no mesmo capítulo, a Bíblia acrescenta o quanto nos é difícil controlar a língua.

 

A pessoa que verdadeiramente anela ter o fruto da temperança tem de começar permitindo que o Espírito Santo governe a sua língua, o que também implica a mente, o pensamento, o sentimento, e outras funções do nosso ser imaterial. Se o Espírito dominar nossa língua, então Ele domina todas as outras áreas da nossa vida.

 

A Língua que está sob o controle do Espírito Santo não pode ao mesmo tempo louvar seu Senhor e Pai. e amaldiçoar os homens que foram feitos à semelhança de Deus." (GILBERTO, Antonio. O Fruto do Espírito: A Plenitude de Cristo na Vida do Crente. Rio de Janeiro: CPAD, 2021, p. 173-174).

 

HORA DA REVISÃO

1. O que, em Tiago 3.2, Deus nos adverte acerca da importância da nossa fala?

Nos diz que “se alguém não tropeça em palavra, 0 tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo".

2. Qual símbolo de prosperidade e riqueza é lembrado pelo Espírito Santo para orientar acerca da importância do controle das palavras?

Os navios do passado (Tg 3.4).

3. Segundo a lição, quais os dois exemplos de pessoas que usaram as palavras para o mal?

Foram o apóstolo Pedro (Mt 16.22,23) e Ananias e Safira (At 5.1-10).

4. Qual a resposta do apóstolo Tiago à pergunta: “Quem dentre vós é sábio e inteligente"?

“Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria”.

5. Segundo a lição, o que devemos fazer para não entrar em grandes confusões?

Devemos ouvir bem antes de responder e, após, falar com amor, com mansidão, somente o necessário, nos domínios do Espírito Santo.

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