A prática educativa
ocorre por meio da ação pedagógica do professor com os alunos. O ambiente
escolar deve ser um lugar de excelência no qual ocorre uma mediação do
conhecimento sistemático científico elaborado ao longo dos tempos pelo conjunto
de sujeitos sociais.
Infelizmente, nem sempre
a escola cumpre o seu papel. O jovem e principalmente o adolescente vivem ainda
um processo de maturação moral e ético, o que os torna vulneráveis ao influxo
constante de ideias. A escola em vez de se preocupar com o processo educativo
faz do aluno um depositário de teses materialistas vulgarizadas pela mídia,
respaldadas de conceitos e valores antibíblicos.
Há professores que se
julgam instância máxima do saber e do poder ao imporem suas ideias e
ratificá-las como verdades absolutas. De forma coercitiva, esses professores
incutem na cabeça do jovem e adolescente uma aventura ideológica e social
ligada a vertentes políticas que inseminam a promoção de uma visão de mundo
anticristã e negativista.
* A
organização e administração da Escola Dominical
* A Escola
Dominical e seu Corpo Docente
* A
importância da Escola Dominical
* Três
Grandes Objetivos da Escola Dominical
* A
História da Escola Dominical
* CURSO DE PROFESSOR (A) DA ESCOLA DOMINICAL
1. A DECADÊNCIA
DA ESCOLA
A educação sempre foi
vista sob a perspectiva de uma formação moral e ética abrangente que une o
interesse educativo formador com os princípios norteadores da sociedade. No
entanto, vivemos uma realidade drástica que mostra o retrato de uma escola
decadente que não só perdeu o seu papel como agente educador no processo
educativo formador, bem como se divorciou dos princípios morais e éticos que
norteiam a sociedade.
A escola não tem cumprido
o seu papel. Pesquisas apontam que cerca de 95% dos alunos que saem do ensino médio
não tem conhecimentos básicos em matemática, quase 40% dos universitários são
analfabetos funcionais e 78,5% dos estudantes brasileiros finalizam o ensino
médio sem conhecimentos adequados em língua portuguesa.
O Núcleo Brasileiro de
Estágio (Nube) aponta que quatro em cada dez universitários são barrados em
seleções para estágio por causa de erros de ortografia — os estudantes de
pedagogia lideram entre os piores índices. Por outro lado, dados apresentados
pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) mostram
que 55% dos professores brasileiros possuem pouco contato com a leitura. A
realidade mostra que a escola ensina muito pouco.
2. A INFLUÊNCIA
DE IDEOLOGIAS
O ambiente social em que
nos desenvolvemos e os fatores relacionados aos processos psicológicos como: os
valores culturais, os valores morais e os espirituais, as atitudes, as
necessidades, os estereótipos, as tendências cognitivas, etc. são
preponderantes para um desenvolvimento saudável.
A escola tem um papel
importante nesse processo, à medida que contribui na formação do caráter, dos
valores e dos princípios morais, e conduz o aluno a utilizar os conhecimentos
aprendidos em favor da sociedade. O sistema educacional brasileiro vem se
tornando, no entanto, cada vez mais falho, obtuso, centralizador, ideológico e
doutrinário, além de revolucionário e transgressor.
O ensino nas escolas
brasileiras, públicas e privadas, tem recebido uma forte influência de
ideologias políticas partidárias de esquerda. A rede pública de ensino, em sua
maioria, vive sob o controle de docentes sindicalistas e militantes partidários
que com frequência usam vocabulários relacionados a ideologia esquerdista.
O aluno sofre uma
doutrinação constante desses conceitos, impostos por seus mestres malformados
de Ciências Humanas, chegando à universidade com uma mente impregnada de ideias
que mudam os padrões e valores socioculturais envolvidos na organização da vida
social, e anulam os bons princípios estabelecidos pela família.
3. EDUCAÇÃO X
DOUTRINAÇÃO
O problema da doutrinação
escolar vai além das questões políticas partidárias. Embutidos nas pautas
escolares existem temas totalmente desprovidos de significado ético. Essas
ideologias não valorizam os princípios morais e éticos tradicionais ou aqueles
respaldados nos preceitos bíblicos, mas, de forma coercitiva, impõe uma nova
filosofia de vida desprovida de responsabilidade e pudor, promovendo uma
inversão de valores.
O método usado pelos
doutrinadores tem sido a relativização das coisas. O relativismo que nega os
valores absolutos tornando todas as coisas relativas. Essa filosofia tem
impactado a sociedade e, consequentemente, a família cristã.
O secularismo e
o indiferentismo religioso promovido
por essas ideologias promovem a formação de alunos contaminados por uma
sociedade de consumo, dominada pelo hedonismo e pela a ambição de poder gerando
uma conduta social baseada no relativismo ético.
Essa "onda" de
influências filosóficas que invadiu a escola como um tsunami é a grande
tendência da atualidade. Isso não é algo novo, documentos como o CDC (Convenção
sobre os Direitos da Criança) adotado por unanimidade pela ONU em 20 de
Novembro de 1989, já enunciava um amplo conjunto de direitos fundamentais, os
direitos civis e políticos, e também os direitos econômicos, sociais e
culturais de todas as crianças, bem como as respectivas disposições para que
sejam aplicados.
Cerca de 192 países
ratificaram a Convenção da ONU sobre os direitos da criança. O Brasil criou em
1990 o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) espelhado nos interesses e
imposições do CDC.
É fato que todos os
sistemas totalitários dedicam especial atenção à formação da juventude
começando com a criança. Sob pretexto de ensinar, os sistemas totalitários
impõem uma “verdade” coerente com o poder vigente ou a ser implantado.
Vemos isso claramente com
a difusão da ideologia de gênero, o absurdo que ameaça as crianças na escola.
Segundo essa teoria ideológica, os dois sexos, masculino e feminino, são
considerados construções culturais e sociais, de modo que, embora existindo um
sexo biológico, cada pessoa tem o direito de escolher o seu sexo social
(gênero).
Seus adeptos querem
ensinar às crianças que elas, socialmente falando, não são homens ou mulheres,
mas podem escolher qualquer opção sexual que quiserem. Para os seus defensores,
quando a criança nasce ela não deve ser considerada do sexo masculino ou
feminino, mas somente uma pessoa do gênero humano que depois fará a escolha do
seu próprio sexo.
A ideologia de gênero
deixa as crianças confusas e enfraquecidas. É uma afronta esvaziar a
denominação macho e fêmea das crianças. Se essa confusão for colocada na cabeça
das crianças, elas tendem a não compreender se irão relacionar-se com menino ou
menina; serão estimuladas a ter experiências amorosas ou homossexuais cada vez
mais cedo e perderão o referencial de família.
O ensino intelectualmente
honesto preocupa-se em formar nos alunos a aptidão para o pensamento
independente dos vícios e das ideologias, ao passo que a chamada “doutrinação”
consiste na imposição de uma doutrina para a qual deseja ganhar a adesão dos
alunos.
4. A IGREJA E A
DOUTRINAÇÃO NO AMBIENTE ESCOLAR
Diante dessa trágica
realidade, constatamos que grande é a nossa responsabilidade de mantermos as
estacas e os mourões bem fincados e de ter sólido o alicerce sobre o qual se
mantém a família firme.
Existe hoje uma
mobilização nacional tentando coibir essa prática nas escolas, a exemplo do
Projeto de Lei que cria o Programa Escola Livre ou Escola Sem Partido. De
acordo com esse Projeto , “é vedada a prática de doutrinação política e
ideológica em sala de aula, bem como a veiculação, em disciplina obrigatória,
de conteúdos que possam induzir aos alunos a um único pensamento religioso,
político ou ideológico”. Defende-se a ideia de uma escola livre, sem partido,
doutrinação e a necessidade de uma nova educação.
Independentemente dessa
mobilização, a igreja precisa fazer a sua parte, cumprindo o seu papel no
ensino da Palavra, ensinando crianças, adolescentes e jovens os preceitos
bíblicos. Jesus nos comissionou: “Ide e ensinai”
(Mt 28.20).
A tarefa da igreja não é
impedir a profusão dessas ideologias, mas preparar crianças, adolescentes e
jovens para enfrentá-las. A Bíblia nos orienta: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando
envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6).
Não podemos incorrer no
erro de pensar que apenas uma lei aprovada proibindo a doutrinação nas escolas
seja suficiente para garantir que os nossos filhos estejam seguros. O que
realmente fará a diferença será o ensino permanentemente da Bíblia no lar e na
igreja, além da experiência e vivência com Deus.
Artigo: Pr. Jamiel Lopes
| Divulgação: Subsídios Dominical
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