Lição 13 - O Senhor Está Ali - Subsídios Dominical

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Lição 13 - O Senhor Está Ali

🔥 REVISTA ADULTOS — 4º TRIMESTRE DE 2022, CPAD

🕛 Data: 25 de Dezembro de 2022

Comentarista: Esequias Soares

📝 REVISTA: A Justiça Divina: A Preparação do Povo de Deus para os Últimos Dias no Livro de Ezequiel

📚  TEXTO ÁUREO

“Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, porque a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar.” (Is 11.9)

💡  VERDADE PRÁTICA

O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó governa soberanamente o seu povo. Ele está no meio do seu povo.

 

 LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 49.1,2

Jacó abençoa e anuncia o destino dos seus filhos

Terça - Ap 21.12-14

As portas são nomeadas em homenagem às doze tribos de Israel

Quarta - Is 2.2-4

Jerusalém será a sede do governo de Cristo no Milênio

Quinta - Is 60.1

A glória de Deus resplandecerá sobre Jerusalém

Sexta - Ez 3.5

Jerusalém é o centro da terra no meio das nações

Sábado - Ap 21.3

A nossa cidade está nos céus, no mundo vindouro


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Ezequiel 48.30-35

30 - E estas são as saídas da cidade, desde a banda do norte: quatro mil e quinhentas medidas.

31 - E as portas da cidade serão conforme os nomes das tribos de Israel: três portas para o norte: a porta de Rúben, uma, a porta de Judá, outra, a porta de Levi, outra;

32 - da banda do oriente, quatro mil e quinhentas medidas e três portas, a saber: a porta de José, uma, a porta de Benjamim, outra, a porta de Dã, outra;

33 - da banda do sul, quatro mil e quinhentas medidas e três portas: a porta de Simeão, uma, a porta de Issacar, outra, a porta de Zebulom, outra;

34 - da banda do ocidente, quatro mil e quinhentas medidas e as suas três portas: a porta de Gade, uma, a porta de Aser, outra, a porta de Naftali, outra.

35 - Dezoito mil medidas em redor; e o nome da cidade desde aquele dia será: O SENHOR Está Ali.

 

Hinos Sugeridos:  38, 380, 432 da Harpa Cristã


INTRODUÇÃO

Vimos, na primeira lição do trimestre, que o livro de Ezequiel antecipa a tradição apocalíptica nas Escrituras. O livro de Ezequiel começa com a visão da glória de Javé e conclui com a descrição da glória de Deus na Jerusalém glorificada. Não é possível compreender o livro de Apocalipse sem os oráculos de Ezequiel. Encontramos abundantes dados cruzados nesses dois livros e ambos são revelações sobre o fim dos tempos. A presente lição encerra o trimestre estudando os aspectos da Jerusalém do Milênio.

PALAVRA-CHAVE

Senhor


I - SOBRE A CIDADE

Há certa similaridade entre a visão de Ezequiel e a do apóstolo João no livro de Apocalipse, na linguagem e no conteúdo. Mas é importante que os crentes saibam distinguir a diferença entre a Jerusalém do Milênio da Nova Jerusalém do mundo vindouro.

 

1. “E estas são as saídas da cidade” (v.30).

Essa seção final da profecia é um suplemento não somente do capítulo, mas também do próprio livro. Apesar de o nome da cidade não ser mencionado, o contexto deixa claro que se trata de Jerusalém. O termo hebraico para “saídas”, totsa’oth, aparece somente uma vez em Ezequiel e é usado no livro de Números com o sentido de “limites, extremidades” (Nm 34.4,5,8,9,12); a versão bíblica Tradução Brasileira emprega “extremidade” no versículo 4. Como o profeta usa outra palavra para “saídas” (Ez 42.11; 44.5), muitos expositores do Antigo Testamento acham que “saídas”, apesar de semanticamente correta, não se ajusta bem no presente contexto. A ideia, segundo alguns, seria “estas são as extremidades da cidade”, mas “saídas” é a forma familiar e mais tradicional, mantida na Septuaginta, a versão grega do Antigo Testamento, e nas nossas versões atuais da Bíblia.

 

2. Formato da cidade (v.31).

A descrição da cidade de Ezequiel revela ser ela quadrada (Ez 48.16), e nessa visão suplementar, o profeta fala de quatro lados descritos no sistema horário: norte, leste, sul e oeste, um tipo da Nova Jerusalém (Ap 21.16). A extensão de cada lado é de “quatro mil e quinhentas medidas” ou: “dois mil duzentos e cinquenta metros” (Ez 48.16 – NAA). A cidade de Jerusalém nunca teve a sua área territorial quadrada e nem a sua arquitetura em nenhum período histórico. O que o profeta está revelando é algo novo até então, é uma figura da Nova Jerusalém do mundo vindouro.

 

3. As doze portas (vv.31-34).

A Jerusalém histórica do período de Ezequiel e Jeremias possuía pelo menos seis portas segundo o livro de Jeremias: Porta do Povo (Jr 17.19); Porta do Sol (Jr 19.2); Porta de Benjamim (Jr 20.2; 37.13; 38.7); Porta da Esquina (Jr 31.38); Porta dos Cavalos (Jr 31.40); Porta do Meio (Jr  39.3); e Porta Entre os Muros (Jr 52.7). A torre do templo de Marduque, deus dos babilônios, Etemananki, tinha um recinto quadrado cujo acesso era por doze portas. Ezequiel conhecia a sua cidade de origem (Ez 1.1-3), talvez conhecesse também a torre de Marduque em Babilônia, pois vivia entre os exilados de Babilônia.

 

4. Origem do formato e das portas.

Deus é a fonte da revelação e da inspiração da visão e da mensagem de Ezequiel. Não se pode admitir que o profeta se inspirou num templo pagão, pois os oráculos entregues ao profeta, seja por imagem ou som, ou seja, visão ou palavra, vieram de Javé (Ez 1.3; 3.14; 8.1-3). Apesar de ser literal, pela descrição da cidade, ela é uma figura da Nova Jerusalém (Ap 21.10-13), cujo arquiteto e construtor é o próprio Deus (Hb 11.10). Por que Ezequiel se inspiraria na cidade de Babilônia? Isso não faz sentido.

 

SINOPSE I

Deus é o arquiteto e construtor da nova Jerusalém, a cidade do Milênio.

 

II - SOBRE O NOME DAS DOZE TRIBOS

Os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó aparecem com frequência nas Escrituras como representantes e fundadores da nação de Israel. Outras vezes, são os nomes dos doze filhos de Jacó para representar as doze tribos de Israel.


1. As doze tribos de Israel.

Há cerca de 20 listas dos filhos de Jacó e das respectivas tribos de Israel no Antigo Testamento, mas não existe nenhum padrão. Por exemplo, a lista com os quatro primeiros nomes, Rúben, Simeão, Levi e Judá seguem a ordem de nascimento (Gn 35.22-27; 46.8-27; 49.3-27; Êx 1.1-6).

 

Outras listas divergem a partir do quinto nome (Nm 1.5-17; 13.4-16). A lista de Ezequiel segue no sentido horário a partir do norte da cidade com Rúben, Judá e Levi (v.31); leste, ou oriente: José, Benjamim e Dã (v.32); sul: Simeão, Issacar e Zebulom (v.33); oeste, ou ocidente: Gade, Aser e Naftali (v.34).

 

2. Critério da ordem dos nomes.

Pelo relato do nascimento deles, a melhor explicação da ordem dos nomes parece ter sido o critério das mães deles ou pelo menos uma tentativa. Leia e Zilpa, de um lado (Gn 29.32-35; 30.10-13); Raquel e Bila, de outro (Gn 30.6-8; 22-24). A diferença é que Naftali é filho de Raquel por meio de sua serva Bila (Gn 30.8) e está junto com Gade e Aser (Ez 48.34), filhos de Leia por meio de Zilpa (Gn 30.10-13). Toda escolha tem seu propósito, nada é aleatório, os escritores bíblicos sabiam o que estavam fazendo; a questão é que nós desconhecemos esses critérios.

 

3. Propósito dos nomes.

Dos três patriarcas do Gênesis, Abraão, Isaque e Jacó, o último deles foi o único em que não houve eliminatória dos filhos para a formação da nação de Israel. De Abraão, o filho escolhido foi Isaque (Gn 17.20, 21); de Isaque, o filho escolhido foi Jacó (Gn 25.23; Rm 9.10-13); de Jacó, todos foram incluídos na nação escolhida (Êx 1.1-6).

Esses doze filhos de Jacó deram os seus nomes aos doze territórios na terra de Canaã, durante a partilha da terra sob a liderança de Josué (Js 14.1-3). Assim, o propósito desses doze nomes dos filhos de Jacó, como representantes da nação, está claro também no éfode sacerdotal: “E porás as duas pedras nas ombreiras do éfode, por pedras de memória para os filhos de Israel; e Arão levará os seus nomes sobre ambos os seus ombros, para memória diante do Senhor” (Êx 28.12). O nome nas doze portas da Jerusalém milenial, bem como na Nova Jerusalém, tem por propósito a memória dos filhos de Israel.

 

SINOPSE II

O nome nas doze portas da Jerusalém milenial tem por propósito a memória dos filhos de Israel.


Auxílio Teológico

Atentemos para o Reino Futuro

“O livro de Ezequiel começa descrevendo a santidade de Deus, que Israel menosprezou e ignorou. Como resultado, a presença de Deus partiu do Templo, da cidade e da vida do povo. O livro termina com uma visão detalhada do novo Templo, da nova cidade e do novo povo, todos demonstrando a santidade de Deus. As pressões diárias da vida podem fazer-nos focar o presente, o aqui e agora, e levar-nos a esquecer de Deus. É por isso que a adoração é tão importante; tira nossos olhos de nossas preocupações atuais, a fim de que atentemos para a santidade de Deus e para seu Reino futuro. A presença de Deus torna tudo glorioso, e a adoração nos leva à sua presença” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1087).

 

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

O Reino Milenial de Cristo

O reino milenial de Cristo introduzirá a manifestação eterna da glória do Cordeiro de Deus. Sem a doutrina bíblica do Milênio, não teríamos nenhuma ligação entre a história e a ordem eterna de Deus. Esta era de ouro não será apenas a forma de Deus estabelecer vínculos históricos, mas também restituirá ao homem por meio do Deus-homem, Jesus Cristo, o domínio perdido pela queda de Adão. O Messias será engrandecido como o Filho de Davi; Ele ocupará o trono de Davi e reinará sobre a casa de Davi a partir da cidade de Davi: Jerusalém. Leia mais em Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica, CPAD, p.320).


III - O SENHOR ESTÁ ALI

Esse é o novo nome da Cidade de Jerusalém depois de sua purificação e restauração espiritual, sem deixar lembranças da idolatria, prostituição e violência. O nome Jerusalém não conseguiu deletar, da memória do povo, as abominações do passado, por isso esse nome precisa ser mudado.

 

1. Os nomes da cidade.

O primeiro nome da cidade de Jerusalém é Salém (Sl 76.2), que significa paz (Hb 7.2), desde os dias do patriarca Abraão (Gn 14.18). Ela foi chamada também de Jebus (Jz 19.10) que esteve sob o domínio dos jebuseus e só foi conquistada por Davi depois de alguns séculos da conquista de Canaã, e chamada também de Cidade de Davi (2 Sm 5.6,7). Ela é também chamada de Sião e de Ariel (Is 2.3; 29.1,2).

 

Jerusalém é o nome mais conhecido e significa “cidade de paz”. Mas esse nome não aparece no suplemento da profecia de Ezequiel; a cidade é identificada pelas características ali apresentadas (Ap 20.1-6). Ela é chamada, em Apocalipse, de “arraial dos santos, a cidade amada” (Ap 20.9).

 

Mas o nome divino [...] ‘O SENHOR Está Ali’, é o novo nome dado à cidade no Milênio, o objetivo é dissociar o nome de Jerusalém com os pecados passados.”

 

2. O nome divino.

Os nomes de Deus não são apenas um apelativo, nem simplesmente uma identificação pessoal, mas são inerentes à sua natureza e revelam suas obras e atributos. Não é meramente uma distinção dos deuses das nações pagãs. O nome revela o poder, a grandeza e a glória do Deus Todo-Poderoso, além de mostrar os atributos dEle. O próprio Deus se identifica a si mesmo como há-Shem, “o Nome” (2 Sm 6.2). Quando a Bíblia faz menção do “nome de Deus” está se referindo ao próprio Deus: “haverá um lugar que escolherá o Senhor vosso Deus para ali fazer habitar o seu nome” (Dt 12.11).

 

3. Yahweh Shammah (v.35).

A Bíblia nos mostra, com clareza, que Deus se deu a conhecer, nos tempos do Antigo Testamento, por vários nomes inerentes à sua natureza e à circunstância de sua revelação.

 

Para Abraão, Ele apareceu como a provisão para o sacrifício em lugar de Isaque, seu filho, com o nome Yahweh Yireh, ou Javé Jirê, que significa “O SENHOR Proverá” (Gn 22.14); e, prometendo livrar os filhos de Israel daquelas pragas e enfermidades que sobrevieram aos egípcios, Ele se manifestou como Yahweh Rafá’, “Javé Rafá”, isto é, “O SENHOR que Sara” (Êx 15.26) entre outros nomes. Mas o nome divino, Yahweh Shammah, “Javé Samá”, isto é, “O SENHOR Está Ali” (Ez 48.35), é o novo nome dado à cidade no Milênio, o objetivo é dissociar o nome de Jerusalém com os pecados do passado.

 

SINOPSE III

“O SENHOR Está Ali” (Ez 48.35) é o novo nome dado à cidade no Milênio para dissociar o nome de Jerusalém com os pecados passados


Auxílio Teológico

O Senhor Está Ali

“O livro de Ezequiel termina com a grande promessa de que, um dia, Deus habitará eternamente com seu povo: promessa esta repetida em Ap 21.3: ‘Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará’. A maior benção para nós, como povo de Deus, é termos Deus em nosso meio; esta é a essência da alegria e da felicidade. Como resultado da presença eterna de Deus, nunca mais o crente sofrerá tristeza, desprazer e aflições como aqui neste mundo (Ap 21.4). Esta é a nossa suprema visão e esperança enquanto aguardamos o dia da vinda do nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo” (Comentário Bíblico Beacon: Isaías a Daniel. Vol. 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2014, pp.487).


CONCLUSÃO

O apóstolo Paulo ensina que com a queda de Israel veio a salvação para os gentios, o que não diremos com a sua plenitude! (Rm 11.12) As bênçãos anunciadas nas profecias de Ezequiel não se restringem apenas ao povo judeu, elas são extensivas a toda a terra. É importante salientar que nós já estamos sendo abençoados, como Igreja, pela presença do Espírito Santo em nossas vidas.


REVISANDO O CONTEÚDO

1. Qual o formato da cidade da visão de Ezequiel?

A descrição da cidade de Ezequiel revela ser ela quadrada (48.16), e nessa visão suplementar ele fala de quatro lados descritos no sistema horário: norte, leste, sul e oeste, um tipo da Nova Jerusalém (Ap 21.16).

2. Quantas portas possuíam a cidade de Jerusalém nos dias de Ezequiel segundo o livro de Jeremias?

A Jerusalém histórica do período de Ezequiel e Jeremias possuía pelo menos seis portas segundo o livro de Jeremias.

3. Qual o propósito do nome das doze tribos de Israel nas portas da cidade?

O nome nas doze portas da Jerusalém milenial bem como na Nova Jerusalém tem por propósito a memória dos filhos de Israel.

4. Quais os nomes de Jerusalém no período bíblico?

Salém (Gn 14.18; Sl 76.2; Hb 7.2); Jebus (Jz 19.10); Cidade de Davi (2 Sm 5.6, 7), Ariel Is 2.3; 29.1, 2).

5. Por que, no Milênio, Jerusalém será chamada “Javé Samá”, “O SENHOR Está Ali”?

O objetivo é dissociar o nome de Jerusalém com os pecados do passado. 


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