Orientações bíblicas sobre a intimidade do casal - Subsídios Dominical

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Orientações bíblicas sobre a intimidade do casal

INTRODUÇÃO
Em um tempo de tantas distorções dos valores cristãos e invasão de muitos lares pela pornografia e a indústria da imoralidade, é fundamental o resgate das orientações bíblicas acerca da intimidade conjugal.
1. Matrimônio e vida sexual
Tudo o que Deus criou tem um propósito, inclusive o sexo. Desse modo, é preciso compreender não somente o que o sexo representa para o casal, mas, principalmente, os propósitos e princípios pelos quais Deus o criou. Sexo exige responsabilidade e entendimento [Pv 7.1-5].

1.1. Deus criou a sexualidade.
O sexo foi criado por Deus. Desse modo, o sexo não deve ser visto como algo pecaminoso, sujo ou proibido. Ele é prazeroso, mexe com os sentimentos, as emoções e os desejos mais profundos de uma pessoa [1Co 7.3]. O grande problema é que isso pode acontecer tanto de maneira positiva, quanto negativa [Rm 1.23-28; Hb 13.4]. Por esse motivo, é importante compreender que apenas o fato de duas pessoas se amarem não torna legítimo seu direito de ter relações sexuais, visto que essa atividade constitui a mais íntima expressão do amor conjugal, e somente através do matrimônio poderá alcançar sua plena realização.

1.2. O casamento e a vida sexual.
 “...apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” [Gn 2.24]. Este texto, que indica a união sexual, é o clímax de um processo que teve início em Deus, que viu não ser bom o homem estar só. A seguir providenciou uma companheira e levou-a a Adão. Adão a recebeu de Deus. O relato bíblico deste processo constitui-se em um verdadeiro manual de casamento: tudo deve começar em Deus; Deus está atento à todas as necessidades do ser humano; Deus provê também o cônjuge; é precioso “deixar” [Gn 2.24] para se unir (“apegar-se-á”) – indica algo consciente, não movido pela “paixão” ou por “instinto”; e, então, vem a união sexual. Infelizmente, muitos não atentam para os princípios bíblicos acerca do casamento e da sexualidade.

Carlos Grzybowski escreveu: “A sexualidade humana é uma expressão da intensidade relacional, em que o outro é tão significativo para mim que eu me permito gerar com ele uma unidade funcional, a qual tem um caráter transcendente e nos conecta de forma misteriosa. Essa unidade funcional é denominada de casamento e constitui-se de três elementos fundamentais: maturidade (deixar pai e mãe), compromisso (unir-se com o cônjuge) e união sexual (tornar-se uma só carne) [Gn 2.24]”.

1.3. O ato sexual.
Tendo visto nos tópicos anteriores que Deus criou a sexualidade e promoveu a união de homem e mulher, é importante conhecermos o que a Bíblia diz sobre a intimidade sexual:

1) É considerada “sem mácula” quando dentro do matrimônio [Hb 13.4];
2) Trata-se de um dos deveres dos cônjuges, um para com o outro [1Co 7.3];
3) Não deve ser usada para manipulação ou chantagem de um para com o outro [1Co 7.4-5];
4) A abstinência do ato sexual no casamento deve ser uma exceção e somente com mútuo consentimento [1Co 7.5];
5) Tratar a esposa, também no aspecto sexual, com respeito, dignidade, cuidado, honra e sabedoria [1Pe 3.7]. Estes são apenas alguns textos que tratam do tema.

2. Dois numa só carne
O descuido quanto ao cultivo da intimidade entre os cônjuges tem facilitado o pecado da infidelidade conjugal em muitos lares. Deus instituiu o matrimônio para ser tanto permanente quanto saudável. Por esse motivo, é importante que os cônjuges saibam como completar-se nesse quesito [1Co 7.3, 5].
2.1. Homem e mulher: iguais e diferentes.
É muito importante que o esposo e a esposa tenham sempre em mente que ambos foram criados e amados por Deus, bem como são “coerdeiros” da mesma graça [1Pe 3.7], feitos para amar e serem amados. Porém, a maneira como exteriorizam e lidam com esta necessidade é diferente. Tal consciência nos ajuda a encarar a tendência ao egoísmo - “eu quero é ser feliz”. Mas as pessoas se casam para ser felizes ou porque são felizes e querem fazer feliz a quem amam? Assim, havendo amor [1Co 13.5], há atenção com o outro, interesse em conhecer mais o outro, superação das diferenças, melhorando a qualidade da intimidade do casal.

Luciano Subirá escreveu sobre a relação sexual: “Os homens e as mulheres funcionam de forma diferente. A prontidão do homem para o ato sexual, salvo exceções, é praticamente instantânea, mas com a mulher as coisas funcionam de modo diferente”. O que ocorre é que alguns cônjuges não atentam para a realidade das diferenças também neste aspecto, o que faz com que diminua a qualidade da intimidade sexual do casal. Vários textos bíblicos apontam para ações que muito contribuem na fase preliminar do ato sexual: Cantares 1.2; 2.6; 5.16; 7.9. Vemos a importância do falar, perfume, ambiente, carinho, abraço, beijo etc.

2.2. Enfrentar a raiz dos problemas.
Vários fatores contribuem para uma intimidade do casal com baixa qualidade: o ativismo em excesso (não proporcionando tempo para investir em relacionamento com o cônjuge); não estabelecer prioridades na rotina do lar (inclusive quando do nascimento dos filhos – o casal precisa estar atento para não deixar de investir no relacionamento conjugal); a não valorização do outro (com palavras e gestos); problemas de saúde, entre outros. Assim, se faz necessário que tanto o esposo como a esposa estejam sempre atentos quanto ao relacionamento conjugal considerando o que a Bíblia expõe e para contribuir na formação de outras gerações.

Roberto Márcio Gomes escreveu sobre intimidade entre os cônjuges: “(...) a intimidade de conhecer vai além do ato sexual, ela envolve a compreensão dos pensamentos, sentimentos, desejos, sonhos e experiências compartilhadas com o outro. Cultivar a intimidade requer esforço, pois exige honestidade, transparência e afetividade, além de admitir as próprias limitações, fraquezas e defeitos, fazendo esforço de mudar o que desagrada a Deus, em primeiro lugar, e depois ao outro [Tg 5.16]”.

2.3. Respeitar-se mutuamente.
Mesmo casados, o homem e a mulher não devem esquecer que pertencem, acima de tudo, a Deus, sendo, portanto, constituídos para Seu serviço. Por isso, imprimiu em cada um de nós a Sua imagem e semelhança. De acordo com a revista Nossa Fé, da Editora Cultura Cristã: “O uso do corpo deve ser respeitoso, de modo que nem esposo, nem esposa, o usem indevidamente, sem objetivar a glória de Deus [1Co 6.18-20; 7.4]. Infelizmente, diante de tanta perversão sexual, muitos cristãos adotaram algumas formas grotescas de sexo, que desvirtuam o propósito de Deus para nosso corpo. Para que um casal cristão não ceda à tentação de imitar o que a pornografia vende, é preciso que haja respeito entre os cônjuges. Antes de ser meio de prazer para um casal, o corpo é oferta a Deus [Rm 6.13, 19; 12.1]”.

O Dr. Douglas E. Rosenau escreveu: “O sexo é uma força muito poderosa, e a pornografia, com frequência, anda passo a passo com as compulsões sexuais. O relacionamento sexual é verdadeiramente prejudicado no mundo viciado em sexo. O cônjuge perde a importância e a pessoa é mais guiada pela necessidade de se satisfazer que de se unir de forma descontraída e amorosa ao seu cônjuge. (...) Superar e recuperar-se (...) envolve todo um processo que evolui paulatinamente. Isso também é verdadeiro com respeito à vida cristã em geral, pois você permite que Deus continuamente resplandeça a luz da divina verdade em sua vida, auxiliando-o a modificar as áreas imaturas”.

3. Princípios para uma intimidade sadia
Casais que não se comunicam perdem a oportunidade de descobrir as chaves que conduzem à felicidade. Saber como agradar e aquilo que dá prazer e alegria torna o relacionamento mais especial.

3.1. Um amor cuidadoso e protetor.

Escrevendo acerca do amor, Paulo diz que podemos fazer tudo na vida, mas sem amor tudo fica sem sentido [1Co 13.1-3]. O amor conjugal possui muitos adjetivos, entre eles está o cuidado, o carinho, a atenção e o serviço. O amor é a soma de várias atitudes combinadas durante o curso do dia a dia da convivência.

Quando falta um desses ingredientes, ele começa a ficar deficiente e pode ser minado [Ct 2.15]. Devemos entender que, de acordo com a Bíblia, o amor é fruto do Espírito [Gl 5.22]. Esse amor é fortalecido por uma vida regrada pela Palavra e guiada pelo Espírito Santo.

Luciano Subirá sobre a importância de focar no interesse do outro: “Precisamos aprender a servir nosso cônjuge! É uma clara ordenança bíblica e, como toda ordem divina, é para o nosso próprio bem [Fp 2.4-8]. Gary Chapman, um extraordinário estudioso e observador do comportamento conjugal, afirmou (via Twitter): ‘Se me pedissem para dar uma chave que abre um casamento feliz, esta seria a atitude de serviço mútuo. Praticar o serviço.”

3.2. Conviver com entendimento.
O apóstolo Pedro nos chama atenção quando instrui os maridos a conviver com suas esposas com “entendimento” e “honrando-as” porque elas são “vasos mais fracos” [1Pe 3.7]. Tanto o homem quanto a mulher têm seus dias de reclusão.

Existem dias que a mulher não quer sexo, quer apenas se sentir protegida, quer carinho, quer apenas estar ao lado do marido. Às vezes o homem também deseja estar só, quer estar com os amigos, quer assistir algum esporte. Um casal maduro sabe respeitar os espaços um do outro, as diferenças entre si, os limites que não se deve ultrapassar, e a vontade e a opinião um do outro [Lc 6.31].

3.3. Cultivar uma boa comunicação.
O casal deve estar aberto para conversar sobre todas as coisas, até mesmo seus desejos mais secretos e seus pontos de vista. Devem falar sobre as coisas que aborrecem e as que trazem felicidade. As coisas simples também devem ser conhecidas, como: cor predileta, comida que mais aprecia, lugar que mais gosta de passear etc. Muitas brigas de casais poderiam ser evitadas se os cônjuges se conhecessem mais [1Co 7.33-34].

Jasiel Botelho e Marcos Kopeska escreveram sobre a comunicação afetiva:A comunicação que vai além de palavras e tange o coração é a antessala da relação sexual. A comunicação do coração leva o casal a fazer amor e não apenas sexo”.

CONCLUSÃO
Ao mencionar a importância da intimidade na vida conjugal, é relevante pensarmos além do ato sexual. Envolve cuidado mútuo, serviço, respeito e um permanente cultivo por parte de ambos os cônjuges, com a imprescindível orientação bíblica e a ajuda do Espírito Santo.

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