João 3.16,17; Mateus 6.9-13
DESTAQUE
"Vejam
como é grande o amor do Pai por nós! O seu amor é tão grande, que somos
chamados de filhos de Deus e somos, de fato, seus filhos. Ê por isso que o
mundo não nos conhece, pois não conheceu a Deus" (1Jo 3.1).
LEITURA DEVOCIONAL
SEG................................................................Jo
1.18
TER................................................................Jo
6.27,45,46
QUA...............................................................At
13.33
QUI................................................................Rm
8.15
SEX................................................................1Co
1.3;8.6 SÁB................................................................Gl
1.1-4;4.6
DOM...............................................................1Pe
1.2
Objetivos
- Demonstrar como Deus se revela
na Bíblia;
- Destacar o caráter de Deus
através dos seus nomes revelados na Bíblia;
- Elencar os atributos de
Deus.
Material
Didático
Sítes
especializados, revistas, livros, pinturas artísticas e a Bíblia.
Quebrando a Rotina
Olá, professor! A fim de concluir a aula
desta semana, sugerimos a você explorar a criatividade dos alunos. Leve para a
classe diversos recortes de sites especializados, ou de desenhos, reproduzidos
por pinturas artísticas ou outras fontes que revelem os deuses de diversas
culturas. Seus alunos se identificarão com estas imagens, pois, certamente, as
acessaram na escola ou assistiram desenhos animados.
Depois, peça para eles ditarem as
características da respectiva divindade. Ouça os alunos atentamente. Por exemplo,
os deuses da Mitologia Grega são apresentados como seres fortes, violentos e
raivosos.
Em seguida, abra a Bíblia no Evangelho dê
João, capítulo 4, nos versículos 19-24 e leia atenciosamente com toda a classe.
Afirme que, diferentemente do que a mitologia mostra, não há formas possíveis
de compararmos a imagem do Deus verdadeiro- Porque Ele é Espírito. Adoramos um
Deus único é verdadeiro e que enviou o seu Filho para nos dar vida em
abundância. Deus continua desejoso em se revelar plenamente ao homem. E esta plena
revelação é Jesus Cristo, o nosso Senhor (Cl 2.9)!
Caro, professor! Algo
deve ficar claro na aula desta semana: o Deus Pai se revelou de maneira
profunda e suficiente na sua Palavra. Não há outro meio de conhecermos a Deus,
senão, por intermédio do seu único Filho, Jesus Cristo, e através da sua
Palavra Santa, a Bíblia.
Hoje,
por meio da internet e da rede social, os adolescentes acessam diversas
culturas e estilos de vida. Nesta faixa etária, tudo é novidade e nada se
despreza; tudo é motivo para conhecer e verificar.
Embora
muitos sejam alertados pelos seus pais, ou responsáveis, sobre o que se deve ou
não fazer, ao professor cabe a árdua missão de acompanhares adolescentes em
tudo o que idealizam. Isto significa se especializarem assuntos em que você
normalmente não se interessa: acompanhá-los nas redes sociais; e não ter medo
dos questionamentos desconcertantes. Não obstante, a maioria das dúvidas que
eles apresentam, nós também tínhamos quando éramos mais jovens. Incentive a
leitura da Bíblia entre efes. Faça um plano de leitura mensal, ou semestral, e
proponha que leiam a Palavra de Deus. O plano pode começar pelos Evangelhos. A
Bíblia é a fonte da revelação de Deus!
O
único livro em que é possível conhecer como Deus se revelou aos homens é a
Bíblia, a Palavra Eterna. Nesta lição estudaremos a forma de Deus revelar-se a
nós através da sua Palavra. Embora conheçamos em parte; neste estudo temos de
nos conscientizar de que Deus é bom. £ que, através de Jesus Cristo, podemos
nos relacionar com Ele. Deus está pronto a nos ouvir, perdoar, atender e
consolar: "Porque, como alguém disse: 'Nele vivemos, nos movemos e
existimos"' (At 17.28).
COMO DEUS APARECE NA BÍBLIA — A QUESTÃO DOS NOMES
A
existência de Deus é declarada na Bíblia. E para nos relacionarmos com Ele
precisamos crer que Deus existe: "Sem fé ninguém pode agradar a Deus,
porque quem vai a ele precisa crer que ele existe e que recompensa os que
procuram conhecê-lo melhor" (Hb 11.6). Uma dica legal para nos
aproximarmos de Deus é estudarmos os nomes que aparecem na Bíblia para
mencionar a Sua Pessoa. Sim. Deus Pai é uma pessoa, a primeira da Santíssima
Trindade.
Por
que iniciar o nosso estudo sobre Deus pelos nomes relacionados a Ele?
Por
exemplo, cada nome pessoal tem um significado. O seu tem um sentido; o meu,
outro. O meu nome, Marcelo, significa "proveniente do planeta Marte".
Então eu seria um marciano? Claro que não! Mas como este nome vem do latim e a
nossa língua portuguesa é oriunda da latina, o termo Marcelo transfere o mesmo
sentido que o nome tem na língua latina para a nossa língua portuguesa, isto é,
"ligado à família, emotivo, corre o risco de exagerar com os cuidados
pessoais". Quando os meus pais escolheram esse nome não o fizeram pelo
significado da palavra, mas por acharem bonito. Geralmente, há algum tempo, os
pais quando escolhiam o nome do filho não sabiam do significado. Pode ter sido
assim com os seus pais, não sabiam o significado do seu nome. Mas esteja certo:
escolheram pensando no melhor, ainda que não pareça... Pesquise a origem do seu
nome, pois é um exercício importante.
Variados
nomes aparecem na Bíblia para representar Deus e a sua relação com o seu povo.
Se Deus livrasse o povo de um mal, logo o nome dado pelo autor bíblico a Ele era
fiel a experiência desse livramento. É o mesmo que ocorre com o seu apelido.
Quando alguém te põe um apelido, geralmente contra a sua vontade, a pessoa está
sendo fiel ao máximo a seu comportamento ou procedimento por você adotado.
Igualmente, os nomes de Deus estão de acordo com as ações que Ele realizou e
realiza no mundo e através delas o conhecemos. Tais nomes trazem importantes
características divinas.
AUXILIO TEOLÓGICO
A EXISTÊNCIA DE DEUS
O Deus Único. A existência de Deus é um fato incontestável. A Bíblia
não se preocupa em provar essa existência, mas começa o seu primeiro versículo
falando de Deus, mostrando-o como o principal personagem em todo o universo.
'No princípio, criou Deus os céus e aterra' (Gn l.l). Deus existe desde a
eternidade e Ele é a origem de tudo, aquEle que tudo governa e sustenta.
Uma consequência do pecado é a cegueira característica dos
incrédulos - ocasionada pelo príncipe deste século, para que não vejam a glória
de Deus (2 Co 4.4). Nessa cegueira espiritual, os homens se fizeram deuses e
senhores. A Bíblia afirma: Há muitos deuses e muitos senhores' (1Co 8.5).
Porém, no meio desses deuses que estão espalhados sobre o vasto campo deste
mundo, como pedrinhas de todo tamanho, ergue-se o Deus verdadeiro como uma
grande colina que se distingue dessas pequenas pedras pela sua incomparável
grandeza. A Bíblia afirma: O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor' (Dt 6.4) e
'Nenhum outro há, senão ele' (Dt 4.35; Is 42.8 e 44.6,8). Verdadeiramente, 'Só
o Senhor é Deus'(1Rs 18.39).
Daí a necessidade de que 'conheçamos e prossigamos em conhecer ao
Senhor' (Os 6.3). A Bíblia diz: 'Porque é necessário que aquele que se aproxima
de Deus creia que ele existe' (Hb 11.6). Os que crerem em Deus e o buscarem
legitimamente experimentarão 'que ele existe e que é galardoador dos que o
buscam' (Hb 11.6)" (BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. Rio de
janeiro: CPAD, 2005, p.20).
OS NOMES DE DEUS
Um
estudioso da Bíblia, de nome Myer Pearlman, já falecido, destacou cinco nomes
mais comuns de Deus ao longo da Bíblia Sagrada: Elohim; Jeová; El; Adonai; Pai.
a) Elohim.
Pronunciamos
"ELORRIM". A palavra representa a forma plural do termo
"Deus" no Antigo Testamento. A Bíblia descreve "Deus" como
o Criador do universo, mas em comunhão com outras pessoas da trindade:
"Agora vamos fazer os seres humanos, que serão como nós, que se parecerão
conosco" (Gn 1.26). Então "Elohim" nos traz a ideia do Deus
Criador, que ao mesmo tempo, tem comunhão com as outras pessoas da Santíssima
Trindade: o Filho e o Espírito Santo.
b) Jeová.
Este
nome é a forma derivada da língua portuguesa da palavra YeHoVaH. Esta pode ser
lida assim "IERROVÁ". Tal palavra mostra um Deus que opera em favor
do povo que o busca. Por isso, ao longo do Antigo Testamento vamos encontrar
várias expressões do povo judeu em relação a Jeová:
Jeová-Rafá,
o Senhor que os cura (Êx 15.26);
Jeová-Nissi,
o Senhor é minha bandeira, isto é, Ele vence o injusto (Êx 17.8-15);
Jeová-Shalom,
o Senhor é Paz (Jz 6.24);
Jeová-Roí,
o Senhor é o meu pastor (SI 23.1);
Jeová-Tsidkenu,
o Senhor é a nossa justiça (Jr 23.6);
Jeová-Jireh,
o Senhor proverá (Gn 22.14);
Jeová-Shammá,
o Senhor está aqui (Ez48.35).
c) El.
E
uma palavra do Egito que significa "Deus", mas é usada com outras
combinações de palavras, tais como:
El-Elyon
("Deus Altíssimo", Gn 14.8-20);
EL-SHADDAI
("Deus todo-poderoso", Ex6.3);
EL-OLAM("o
Deus eterno", Gn 21.33).
d)Adonai.
Este
nome significa "Senhor" ou "Mestre". Ele nos traz uma ideia
de governo e domínio. Ou seja, Deus domina sobre o planeta Terra bem como toda
a dimensão do universo ao qual pertencemos (Ex 23.17; Is 10.16,33).
e) Pai.
Um
dos nomes que mais aparece em o Novo Testamento. Este descreve principalmente
Deus como a fonte de todas as coisas. Aqueles que são alcançados por Jesus de
Nazaré podem ser chamados de seus filhos (At 17.28; Jo 1.12,13). É um termo que
denota o amor do Pai para com o seu filho (Lc 15.11-32). Deus nos ama!
AS QUALIDADES DE DEUS
Além
dos nomes de Deus, a Bíblia descreve algumas qualidades sobre Ele que podem ou
não ser encontradas em nós.
Qualidades
que podem ser encontradas em nós:
a) Deus é Santo (Ex 15.11;
SI 5.4; Lc 1.49; Tg 1.13).
Quantos
colegas nossos acham desnecessário falar de santidade. A palavra santidade
significa "separação". Ora, não é separado das pessoas que amamos ou
nos relacionamos. Separados de tudo aquilo que contraria a vontade de Deus para
nós e consagrados para o Deus Santo.
b) Deus é Justiça (Gn
18.25).
Alguém
uma vez disse que "Justiça é a santidade em ação". Você acha justo
colar na prova? Alguém roubar um conhecimento que não adquiriu? Um colega se
esforçou em estudar, dedicou-se ao máximo, mas chega outro, que não estudou nem
se esforçou e rouba o conhecimento do outro colega na hora da prova. Isto é
justo? Deus é justiça. Devemos ter fome e sede de justiça (Mt 5.6).
c) Deus é Fiel (Êx 34.6; Hb
6.18).
Deus
é digno de toda confiança, pois a sua palavra não falha. Nos círculos da nossa
amizade quem é digno de inteira confiança? O nosso Deus sim. Ele não trai
ninguém. Devemos ser fiéis a Ele!
d) Deus é Misericordioso (Tt
3.5; Lm 3.22).
Misericórdia
é a capacidade de sentirmos compaixão pelo sofrimento das pessoas. Oferecer
alívio ao próximo, ao necessitado.
Deus
se entristece quando portermos razão, castigamos e desdenhamos do nosso colega
que errou para conosco. Assim como uma pessoa erra contra nós, também estamos
suscetíveis ao erro.
e) Deus é Amor (1 Jo 3.1;
4.9,10).
Preste
atenção nesta afirmativa: " Deus é amor". Amor para Deus não é uma
questão ou não de amar. Ele é só amor! Prova disso, Ele deu o seu Filho em
favor de nós. E deseja que na mesma medida amemos o nosso próximo. Pois não
podemos dizer que o amamos quando não amamos quem está ao nosso lado, a quem
vemos todos os dias. Segundo o Evangelho, amar não é discurso, mas prática de
vida de quem tem Jesus como o Senhor.
Qualidades
que não podem ser encontradas em nós:
a)
Deus é Onipotente (Gn 1.1; Mt 19.26).
Onipotência
significa a liberdade de Deus fazer tudo que esteja de acordo com a sua
vontade. Mesmo assim, Ele respeita a nossa vontade.
b)
Deus é Onipresente (At 7.48,49; Ef 1.23).
Ele
não pode ser limitado por espaço e tempo.
Com
a gente é bem diferente. Não podemos estar distraídos e ao mesmo tempo estudar.
Mas Deus pode estar no Brasil, como no Japão, no outro lado do mundo. Ele é Espírito!
c)
Deus é Onisciente (At 15.8,18; Rm 8.27.29).
Ele
conhece todas as coisas. O conhecimento de Deus é perfeito. Ainda que lêssemos
todos os livros do mundo, algo impossível, nós não conheceríamos tudo.
d)
Deus é Soberano (Mt 20.15; Rm 9.21).
Ele
governa a humanidade como bem lhe apraz. Sua vontade sempre é a melhor, embora
nem sempre pareça boa para nós.
AUXILIO TEOLÓGICO
A Bíblia não é prioritariamente sobre o homem. Seu tema é Deus. Ele
(se a frase for permitida) é o ator principal da história no drama, o herói da
história. A Bíblia é uma visão factual do seu trabalho nesse mundo - passado,
presente e futuro, com comentários explanatórios de profetas, salmistas,
sábios, e apóstolos. O seu tema principal não é a salvação do homem, mas a obra
de Deus vindicando seus propósitos e glorificando-o num cosmos pecaminoso e
desordenado. Ele faz isto estabelecendo o seu reino e exaltando o seu filho,
criando um povo para adorá-lo e servi-lo, e enfim, desmantelando e reagrupando
esta ordem de coisas, erradicando o pecado deste mundo.
É dentro desta larga perspectiva que a Bíblia ajusta a obra de Deus
de salvar homens e mulheres. Ela descreve Deus como mais do que um arquiteto
cósmico distante, ou um titio celestial onipresente, ou uma força de vida
impessoal. Deus é mais que qualquer deidade inferior substituta que habita as
mentes do século XXI. Ele é o Deus vivo, presente, ativo em toda parte,
'glorificado em santidade, terrível em louvores, operando maravilhas' (Êx 15.11).
Ele dá a si mesmo um nome -Yahweh (Jeová [Senhor]; veja Êx 3.14,15; 6.2,3), o
qual seja traduzido por lEu sou o que sou', ou Eu serei o que serei' (o
hebraico significa ambas as coisas), é uma proclamação de sua auto existência e
auto suficiência, sua onipotência e sua liberdade ilimitada de agir.
Este mundo é de Deus; Ele o fez e Ele o controla. Ele 'faz todas as
coisas, segundo o conselho de sua vontade' (Ef 1.11). Seu conhecimento e
domínio estendem-se às menores coisas: E até mesmo os cabelos da vossa cabeça
estão todos contados' (Mt 10.30). O Senhor reina'- os salmistas fazem desta
verdade imutável o começo de seus louvores, repetidas vezes (veja SI 93.1; 96.10; 97.1; 99.1). Embora assolem
forças hostis e ameace o caos, Deus é rei. Por conseguinte, seu povo está a
salvo" (O Plano de Deus Para Você. Rio de Janeiro, CPAD, 2011, pp.22,23).
O RELACIONAMENTO COM DEUS
Nenhuma
destas informações terá valor senão conhecermos Deus de todo o coração. Isto só
pode ser possível através do seu Filho, Jesus Cristo: "Quem vê a mim, vê o
Pai", (Jo 14.7). Ainda que tenham te apresentado uma imagem distorcida do
Pai — um carrasco, um castigador, um opressor — lembre-se: algumas pessoas
compreendem Deus de maneira errada, transmitindo ideias sobre Ele igualmente
equivocadas. Pode acontecer comigo, com os nossos pais e com quaisquer pessoas.
O mais importante é que Deus, o amoroso Pai, está acima disso tudo.
Recapitulando
Na
aula desta semana estudamos a respeito de Deus, o Pai, a primeira pessoa da
Santíssima Trindade. Vimos que a Bíblia Sagrada descreve o seu caráter através
dos nomes: Elohim; Jeová; El; Adonai; Pai. Aprendemos também que o Pai tem
diversas qualidades. Umas das quais podem ser vistas em nós, são: santidade,
justiça, fidelidade, misericórdia e amor. E outras que compete apenas a esfera
divina: onipotência, onipresença, onisciência e soberania.
Nesta
lição fomos incentivados a nos relacionar com Deus, por meio de Jesus de
Nazaré, em amor. Esta é a fiel revelação de Deus para nós. Quem vê Jesus, vê o
Pai. Nunca é tarde para iniciarmos um relacionamento de amor com Deus através
de Cristo Jesus, o seu Filho.
Refletindo
1. Em sua opinião, qual a
única fonte de informação fidedigna sobre Deus?
A
Bíblia. Professor, use esta oportunidade para reafirmar a Bíblia como a fonte
inesgotável da revelação de Deus.
2. Para nos relacionarmos
com Deus é preciso crer que ele existe. Mas como crer num ambiente de
descrença?
O
Senhor Jesus disse: "Bem aventurado os que não viram e creram" (Jo
20.29). Não precisamos ver para crer. Mesmo num ambiente de descrença, o Espírito
Santo continua a convencer o ser humano do seu pecado, da justiça e do juízo.
3. Basta apenas conhecer
Deus na teoria, desassociado da prática?
Não.
A experiência pessoal com o Deus da Bíblia é essencial para conservar a fé em
Jesus.
Revista de Adolescentes - Professor