Lições
Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD
REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e
Perseverança para Chegar ao Céu
Comentarista: Pr. Osiel Gomes | Aula: 26 de Maio de 2024
TEXTO ÁUREO
“O
que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e
deixa alcançará misericórdia.” (Pv 28.13)
VERDADE PRÁTICA
Para
desfrutar um caminho de restauração e reconciliação com Deus, precisamos
confessar o pecado e abandoná-lo de uma vez por todas
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Sl 32.5
Confessando as nossas transgressões ao Senhor
Terça - Rm 3.10-12
Reconhecendo a nossa natureza pecaminosa diante de
Deus
Quarta - Gn 3.8,14-19
O pecado de nossos primeiros pais, Adão e Eva
Quinta - 2 Sm 12.1-4, 7-9
O pecado do rei Davi, o ungido do Senhor
Sexta - Mt 6.12
Em primeiro lugar, nos dirigimos a Deus para o
perdão dos pecados
Sábado - 2 Co 5.18
Deus investiu homens para o ministério da
reconciliação
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Salmos 51.1-12;
1 João 1.8-10
Salmos 51
1
- Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas
transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.
2 - Lava-me completamente da minha iniquidade
e purifica-me do meu pecado.
3
- Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante
de mim.
4 - Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz
o que a teus olhos é mal, para que sejas justificado quando falares e puro
quando julgares.
5 - Eis que em iniquidade fui formado, e em
pecado me concebeu minha mãe.
6
- Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria.
7 - Purifica-me com hissopo, e ficarei puro;
lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve.
8
- Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que gozem os ossos que tu quebraste.
9 - Esconde a tua face dos meus pecados e
apaga todas as minhas iniquidades.
10 - Cria em mim, ó Deus, um coração puro e
renova em mim um espírito reto.
11
- Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo.
12 - Torna a dar-me a alegria da tua salvação
e sustém-me com um espírito voluntário
1 João 1
8
- Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há
verdade em nós.
9
- Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os
pecados e nos purificar de toda injustiça.
10
- Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está
em nós.
Hinos
Sugeridos: 192, 277, 491 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Todo cristão em sua jornada vai ter que lidar, em algum momento, com
o pecado. Isso se deve a natureza humana que herdamos de Adão e Eva. No
entanto, não temos mais prazer no pecado, ou seja, não pecamos de modo
deliberado. Errar o alvo, para o cristão, é um triste acidente de percurso.
Quando pecamos, a atitude correta é o arrependimento, a confissão do pecado a
Deus e o abandono da transgressão. Não podemos também nos esquecer de que o
pecado confessado e abandonado é pecado perdoado por Deus (1 Jo 1.9). O Inimigo
sempre vai tentar nos acusar dos erros que cometemos, mas precisamos lembrar de
que "o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo o pecado" (1 Jo
1.7).
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Compreender o que significa confissão de pecado;
II) Mostrar o perigo do pecado não confessado;
III) Compreender que a confissão de pecado é um caminho
para a cura e a restauração.
B) Motivação: Converse com os alunos explicando que atualmente,
muitos não acreditam em certo ou errado. O pecado passou a ser relativizado e o
que é errado para uma pessoa pode não ser considerado errado para a outra, pois
não acreditam mais em verdades absolutas. Entretanto, para o cristão o pecado
não pode ser relativizado, pois nosso conceito de errar o alvo está firmado nas
Escrituras Sagradas.
C) Sugestão de Método: Sugerimos que você coloque uma cesta (ou uma
caixa de papelão) em um canto da sala. Providencie algumas bolinhas de papel
amassado. Diga aos alunos que a cesta ou caixa será o alvo do dia. Em seguida,
dê uma bolinha de papel a um aluno(a) e peça que, há uma certa distância, tente
acertar o "alvo" (a cesta). Cada aluno(a) terá somente uma tentativa.
Aqueles que errarem, pergunte como eles se sentiram, assim como os que
acertaram. Diga que pecado significa "errar o alvo". Ninguém quer
errar nada. Quando erramos, seja em uma prova ou em qualquer situação, sentimos
vergonha e ficamos constrangidos. O pecado tem como consequência a tristeza, o
constrangimento e a culpa. É o que veremos nesta lição.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A lição de hoje é uma oportunidade ímpar para que os
alunos reflitam a respeito do pecado e da importância da confissão. Mostre que
o pecado tem nome, como por exemplo, mentira, fofoca, inveja etc. Temos que
confessar para Deus as nossas atitudes, pensamentos e sentimentos, nomeando-os.
Em seguida conclua lendo Provérbios 28.13: "O que encobre as suas transgressões
nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia."
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que
traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas
Adultos. Na edição 97, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta
lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios
que darão suporte na preparação de sua aula: 1) A orientação bíblica,
localizada no primeiro tópico, destaca importantes conceitos a respeito de
confissão de pecados contidos no Salmo 51; 2) O texto ao final do terceiro
tópico, mostra o caminho da cura e da restauração para aqueles que confessam e
abandonam o pecado.
INTRODUÇÃO
Atualmente,
muitos acreditam que não é preciso confessar o pecado por denominá-lo mera
fraqueza ligada ao ambiente e aos aspectos hereditários. Nesta lição, veremos
que a Bíblia não ensina assim. Em sua epístola, o apóstolo João escreve que o
pecado é real e, por isso, é um perigo para a vida do crente, pois suas
consequências são trágicas. A orientação bíblica é a de que, caso ocorra um
pecado, ele deve ser confessado, abandonado como evidência do arrependimento
para que o crente arrependido possa receber o perdão de Deus (1 Jo 2.9; cf. Sl
32.5).
PALAVRA-CHAVE:
CONFISSÃO
I – A CONFISSÃO DE PECADO
1.
Definição.
O
verbo “confessar”, da palavra hebraica yadah, aparece como “jogar”, “atirar”,
“lançar” (1 Rs 8.33), uma palavra que vem da raiz verbal de hadah que significa
“estender a mão”. Essa palavra está presente 900 vezes no Antigo Testamento,
aparecendo com o sentido de “tomar conhecimento”, “saber”, “reconhecer”. A
palavra aparece no AT no contexto de confissão de pecado (Sl 32.5).
No
Novo Testamento, o verbo grego para “confessar” é homologéo, que significa
“concordar com”, “consentir”, “conceder”. Essa palavra é composta da raiz
homou, junto de pessoas reunidas; e de lógos, do ato de falar. A palavra
homologéo ocorre 25 vezes no Novo Testamento (Mt 7.23, Rm 10.9,10; Tg 5.16). Há
um verbo grego importante para “confessar”, eksomologéo (Mt 3.6), que significa
“professar”, “reconhecer aberta e alegremente para a honra de alguém”;
“prometer publicamente que fará algo”, “comprometer-se com”. Logo, podemos
dizer que confessar é uma maneira de declarar o que se crê ou sabe.
2.
A confissão bíblica de pecado.
O
ensino bíblico geral da confissão de pecado traz a ideia de reconhecê-lo e
fazer a sua confissão, pois o perdão depende desse ato (Sl 32.5; 1 Jo 1.9).
Essa confissão pode ser no momento da conversão; ou depois dela, quando pecados
cometidos podem ser contra Deus ou contra um irmão (Mt 5.21,22). Importante
ressaltar, porém, que, segundo o ensino bíblico, era tão somente depois da confissão
de pecados que se poderia viver verdadeiramente uma vida de oração e comunhão
com Deus (Ne 1.6; Sl 66.18; Lc 18.9-14).
3.
O símbolo da confissão de pecado.
No
ato da confissão de pecados, a pessoa reconhece de maneira autônoma os pecados
cometidos e que, por isso, se encontra indigna de estar na presença de Deus.
Ela reconhece a sua natureza pecaminosa diante do Altíssimo (Rm 3.10-12).
Então, em arrependimento sincero e em confissão, busca o que lhe é garantido
por meio da Palavra de Deus: o perdão. Assim, quem experimenta o ato sincero e
humilde da confissão de pecado alcança a misericórdia de Deus (Pv 28.13).
Então, a alma é consolada e a vida espiritual é restaurada.
SINÓPSE I
O ensino bíblico da confissão de pecado
traz a ideia de reconhecê-lo e fazer a sua confissão.
AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
Professor (a), leia juntamente com a sua classe o Salmo 51 que se
encontra na seção Leitura Bíblica em Classe. Utilize o texto para mostrar o
conceito de pecado e as suas consequências (perda da salvação, da presença de
Deus, da vitalidade e da alegria espiritual). Enfatize que a preocupação de
Davi não foi com o fato de perder o trono, mas com a perda da comunhão com Deus
e a salvação. Explique que, “este salmo de confissão é atribuído a Davi,
alusivo ao momento em que o profeta Natã revelou seus pecados de adultério e de
homicídio (cf. 2 Sm 12.1-3).
(1) Note-se que este salmo foi escrito por um crente que
voluntariamente pecou contra Deus e de modo tão grave foi privado da comunhão e
da presença de Deus (cf. 11).
(2) Provavelmente, Davi escreveu este salmo já arrependido, após
Natã declarar-lhe o perdão divino (2 Sm 12.13). Davi roga diretamente a plena
restauração da sua salvação, a pureza, a presença de Deus, a vitalidade
espiritual e a alegria (vv. 7-13)” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global.
Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.856).
II – O PERIGO DO PECADO NÃO CONFESSADO
1.
Os males dos pecados não confessados.
Quando
lemos e analisamos Provérbios 28.13, percebemos que a confissão de pecado não se
trata apenas de um ensino judaico, mas também cristão. A Epístola de João
corrobora com a necessidade de se confessar o pecado, deixá-lo e alcançar o
perdão (1 Jo 1.9). Em contrapartida, quem ignora a confissão de pecado,
ocultando-o, vive uma vida de aparência e de morte espiritual; semelhante ao
que os nossos primeiros pais, Adão e Eva, viveram ao tentar ocultar os seus
pecados diante de Deus (Gn 3.8); bem como o rei Davi, o homem segundo o coração
de Deus, que procurou ocultar do Senhor seus pecados (2 Sm 11; 12).
2.
As consequências do pecado de Adão e Eva.
A
realidade bíblica do pecado pode ser vista no primeiro casal, Adão e Eva,
quando pecou e, por isso, recebeu sentenças devidas (Gn 3.14-19). Além disso,
nossos primeiros pais perderam o direito de viver no ambiente mais perfeito e
belo que Deus criou (Gn 3.24). Por isso na vida de Adão e Eva há consequências
trágicas do pecado, tais como: alteração da condição física de ambos; a
transição da natureza imortal para mortal; diversas tenções no gênero humano e
na natureza. Assim, sabemos que as consequências do pecado de nossos primeiros
pais não se limitaram a eles, mas perpassaram a todo o gênero humano e natural
(Rm 5.12-14).
3.
As consequências do pecado de Davi.
O
rei Davi pagou um alto preço com o seu pecado. A Bíblia mostra que, por isso, a
espada não sairia da sua casa (2 Sm 12.10-12). Os capítulos 11 e 12 de 2 Samuel
revelam o conflito e o senso de culpa que marcavam a vida de um homem que, por
certo tempo, ocultou o seu pecado, trazendo-lhe enfermidades morais e aflição
que o levavam a gemidos. O Salmo 32 mostra que, por se manter em silêncio, não
confessando o seu pecado, Davi enfraqueceu cada vez mais, perdendo o vigor
espiritual (Sl 32.2-4). Já o Salmo 51 mostra a confissão de pecado do rei,
reconhecendo todos os seus erros a fim de que eles fossem perdoados e o
salmista purificado (Sl 51.2-6).
SINÓPSE II
A Palavra de Deus mostra a necessidade de
se confessar o pecado, deixá-lo e assim alcançar o perdão.
III – CONFISSÃO DE PECADO: UM CAMINHO DE CURA E
RESTAURAÇÃO
1.
Confessando o pecado a Deus.
Segundo
o ensino bíblico, a confissão de pecados deve primeiramente ser dirigida a
Deus, por intermédio de seu Filho, pois só Ele pode perdoar os nossos pecados
(Sl 51.3,4; Mt 9.2,6). Ao longo do seu ministério, o Senhor Jesus disse à
mulher pecadora: “Os teus pecados te são perdoados” (Lc 7.48). Na oração do
Pai-Nosso, o Senhor Jesus ensinou: “[Pai] Perdoa-nos as nossas dívidas, assim
como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6.12). Em 1 João 1, lemos que os
nossos pecados devem ser confessados a Cristo (1 Jo 1.7-9). Dessa forma,
perdoar pecado é uma prerrogativa de Deus Pai por intermédio do Senhor Jesus,
mediante a sua obra no Calvário.
[...]
Ocultar o pecado é decidir por trilhar uma jornada de sofrimento espiritual e
emocional.”
2.
Alcançando cura e restauração.
O
texto áureo da presente lição nos lembra que ocultar o pecado é decidir por
trilhar uma jornada de sofrimento espiritual e emocional. Mas quem deixa de
lado o orgulho e a soberba para trilhar o caminho humilde da confissão de
pecado vive uma vida mais leve. Não há nada mais restaurador que desfrutar das
misericórdias do Senhor (Pv 28.13). Não há nada mais consolador do que
confessar o pecado e deixá-lo definitivamente, pois assim encontraremos
descanso para a alma. Todo esse processo de confissão e abandono de pecado
revela a eficácia do ministério da reconciliação de Deus por meio de Jesus
Cristo (2 Co 5.18). Quem faz assim encontra o caminho de cura e restauração,
conforme lemos nas palavras do salmista: “Enquanto eu me calei, envelheceram os
meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. [...] Confessei-te o meu pecado e a
minha maldade não encobri; dizia eu: Confessarei ao Senhor as minhas
transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado” (Sl 51.3,5).
SINÓPSE III
A confissão de pecado é o único caminho
para a cura e a restauração do corpo, alma e espírito.
AUXÍLIO
BÍBLICO-TEOLÓGICO
“O Senhor restaurou a Davi a alegria da salvação, mas observa-se o
seguinte respeito de sua vida:
(1) As Escrituras ensinam claramente que ceifaremos aquilo que
semearmos; se semearmos no Espírito do Espírito ceifaremos a vida eterna; se
semearmos na carne, da carne ceifaremos a corrupção (Gl 6.7,8). Davi, em
virtude do seu pecado, sofreu consequências até o fim, na própria vida, na sua
família e no seu reino (2 Sm 12.1-14).
(2) As terríveis consequências do pecado de Davi, mesmo depois da
sua sincera confissão e arrependimento, devem suscitar em todos os filhos de
Deus um santo temor de pecar deliberadamente em aberta rebelião contra a
redenção provida para eles em Jesus Cristo” (Bíblia de Estudo Aplicação
Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, 2003, p.856).
CONCLUSÃO
Em
nossa caminhada cristã estamos sujeitos ao pecado. Encobri-lo e viver uma vida
espiritual de aparência não é uma opção bíblica para o caminho da cura e da
restauração. Logo, uma jornada de perdão só é possível com a confissão do pecado
praticado e a resolução de abandoná-lo de uma vez por todas. Quem procede assim
desfrutará das infindáveis misericórdias divinas
REVISANDO
O CONTEÚDO
1.
Qual ideia o ensino geral da Bíblia traz a respeito da confissão de pecado?
O
ensino bíblico geral da confissão de pecado traz a ideia de reconhecê-lo e
fazer a sua confissão, pois o perdão depende desse ato (Sl 32.5; 1 Jo 1.9).
2.
O que a pessoa reconhece no ato de confissão de pecado?
No
ato da confissão de pecados, a pessoa reconhece de maneira autônoma os pecados
cometidos e que, por isso, se encontra indigna de estar na presença de Deus.
3.
O que podemos compreender em Provérbios 28.13?
Quando
lemos e analisamos Provérbios 28.13, percebemos que a confissão de pecado não
se trata apenas de um ensino judaico, mas também cristão.
4.
Segundo a lição, o que pode acontecer com quem ignora a recomendação bíblica de
confessar o pecado?
Ocultar
o pecado é decidir por trilhar uma jornada de sofrimento espiritual e
emocional.
5.
Segundo o ensino bíblico, a confissão de pecados deve ser dirigida
primeiramente a quem?
Segundo
o ensino bíblico, a confissão de pecados deve primeiramente ser dirigida a
Deus, por intermédio de seu Filho, pois só Ele pode perdoar os nossos pecados.