Lições
Bíblicas Adolescentes - Professor: 4º Trimestre 2023
Revista: Amor na Vida Cristã – CPAD
Comentarista: Daniele Soares
LEITURA
BÍBLICA
João 11.17-27
A
MENSAGEM
Jesus chorou. João 11.35
DEVOCIONAL
Segunda
» 1 Rs 17.17-22
Terça
» 2 Rs 4.16-37
Quarta
» Jó 11-13
Quinta
» Sl 23.4
Sexta
» Ec 7.1
Sábado
» 1Co 15.55
Objetivos
1.
DESTACAR
o afeto de Jesus por seus amigos durante o seu ministério terreno;
2.
EXPLICAR
a importância de demonstrar respeito pelo luto do próximo,
3.
MOSTRAR
de que forma o crente deve lidar com o luto.
EI
PROFESSOR!
Caro (a) professor (a), a
Palavra de Deus nos ensina que as misericórdias do Senhor são a causa de não
sermos consumidos. Elas se renovam a cada manhã, pois grande é a fidelidade do
Senhor para conosco (Lm 3.22,23). Do mesmo modo como o Senhor estende a sua misericórdia
sobre nós, devemos estendê-la sobre a vida dos que mais precisam. O momento do
luto, por exemplo, é muito difícil, pois trata-se da separação do convívio de
pessoas que amamos. Agir com misericórdia em relação à dor do próximo é uma
forma de demonstrar que nos importamos com ele. Assim sendo, converse com seus
alunos sobre o luto e mostre-lhes de que forma a Bíblia orienta a lidar com
esse momento tão difícil O Espírito Santo tem o consolo de que precisamos
nessas horas.
PONTO
DE PARTIDA
Professor (a), inicie a sua aula compartilhando com os seus alunos
algum testemunho em que a misericórdia do Senhor se fez presente quando você
imaginou que não havia mais solução para a situação. Mostre-os, a partir do seu
exemplo, que a primeira pessoa que deve ser alvo de misericórdia somos nós
mesmos. Muitas vezes, temos facilidade em perdoar ou exercer a misericórdia em
relação ao próximo.
Contudo, não temos o mesmo comportamento em relação às nossas
ações. Explique aos seus alunos que eles não podem ser rigorosos consigo
mesmos, haja vista que esse tipo de atitude não faz bem para a autoestima. Uma
mente saudável exercita o amor-próprio e mostra disposição para melhorar
sempre.
Vamos
Descobrir
Você
sabia que Jesus chorou quando um amigo morreu? Não é incrível pensar que Deus,
embora seja o Criador Todo-Poderoso e mantenedor de todo o universo, entenda o
que é o sofrimento humano? Se o próprio Deus manifesta misericórdia por aqueles
que estão angustiados, não deveríamos nós também nos preocuparmos com essa atitude
de amor?
Hora de Aprender
Na
última aula, aprendemos sobre a compaixão para com as pessoas enfermas. Hoje,
falaremos sobre o exercício da misericórdia. De acordo com o Dicionário Caldas
Aulete, misericórdia diz respeito ao “sentimento de dor e solidariedade causado
pela miséria alheia”. Nesta lição, focaremos nos casos em que há tristeza em
razão do luto. Devemos demonstrar misericórdia em favor daqueles que perderam
alguém querido.
🙌LEIA
TAMBÉM:
O
sétimo sinal: Jesus ressuscita Lázaro
A
amizade de Jesus com uma família de Betânia
O
Milagre da Ressurreição de Lázaro
I -
JESUS E SEU AMIGO LÁZARO
Jesus
fez amigos enquanto exerceu seu ministério terreno. Alguns deles foram os
irmãos Lázaro, Marta e Maria. Eles moravam em Betânia, perto de Jerusalém, e
Jesus os visitava com frequência. Certo dia, Lázaro ficou doente e suas irmãs
pediram para avisarem a Jesus. No entanto, o Mestre estava a dois dias de
viagem de distância e, certamente, demoraria a chegar (Jo 11.6,7).
1.1.
A notícia do amigo doente.
Ao
receber a notícia, Jesus decidiu ir até Betânia com seus discípulos. Mas, antes
de eles chegarem, Lázaro não sobreviveu à enfermidade e acabou falecendo.
Quando Jesus estava chegando ao povoado. Marta e algumas visitas o encontraram
(Jo 11.17-19). Na tradição judaica, o ritual do funerário durava sete dias,
então, as pessoas chegavam e prestavam seus sentimentos à família. Por isso,
eram muitos os que estavam com Marta e Maria em sua casa, chorando e consolando
pela perda de Lázaro.
1.2.
Jesus se compadeceu.
Ao
ver a angústia da separação entre as pessoas daquela família, Jesus chorou com
elas (Jo 11.35). Não podemos nos esquecer de que Jesus, embora tivesse a
essência divina, encontrava-se perfeitamente na condição humana. Uma das
características do ser humano é expressar a tristeza com lágrimas, e Jesus teve
essa experiência no tempo da encarnação.
Lázaro
tinha sido enterrado há quatro dias e Marta parecia chateada com o atraso de
Jesus. Ela declarou ao Mestre: “Se o senhor estivesse aqui, o meu irmão não
teria morrido!’’ (Jo 11.21). E a resposta de Jesus a Marta foi: “Eu sou a
ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11.25). O
Mestre aceitou a queixa de Marta porque conhecia a sua dor. Assim, devemos ter
paciência para com aqueles que sofrem com a perda familiar.
I -
AUXÍLIO DIDÁTICO
“Autopercepção. Conhecer as próprias emoções ou gerenciar a si
mesmo é o primeiro pilar da teoria da inteligência emocional. Esse pilar é
considerado o mais importante, pois suas competências foram a base necessária
para desenvolvermos os outros. A autopercepção envolve identificar e analisar
crenças, atitudes, sentimentos e valores pessoais.
Quem possui autoconsciência emocional é capaz de identificar as
emoções que sente e por que as sente, entende a ligação entre o que sente e o
que pensa, e reconhece como as emoções afetam suas ações. A prática de se
conhecer melhor faz com que uma pessoa tenha controle sobre suas emoções,
independentemente de serem positivas ou não.
Quanto mais o indivíduo se expressa emocionalmente e o ambiente
aceita essa expressão, mais contato ele tem com a sua inteligência emocional e
mais confiante se torna. ‘As pessoas mais seguras acerca de seus próprios
sentimentos são os melhores pilotos de suas vidas, tendo consciência maior de
como se sentem em relação a decisões pessoais, desde com quem se casar a que
emprego aceitar’ (GOLEMAN). Para aumentar o autoconhecimento é preciso ter
consciência de quem se é de verdade, avaliando os pontos positivos tanto quanto
os negativos. Quando somos capazes de fazer essa análise conseguimos evitar
sentimentos de baixa autoestima, de ansiedade, de medo, de inquietude, de frustração,
entre outros” (LOPES, Jamiel. Psicologia Aplicada à Educação Cristã. Rio de
Janeiro: CPAD, 2020, p. 50).
II -
RESPEITO PELO LUTO
Além
de aprendermos sobre o poder de Deus, o acolhimento de Jesus nos ensina o
quanto é importante estar presente com as pessoas que perdem seus entes
queridos.
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2.1.
A importância de estar presente.
Ao
chorar, Jesus demonstrou não só seu amor por Lázaro, bem como também refletiu o
sentimento solidário em relação à dor daqueles que o amavam. Luto é a tristeza
pelo falecimento de alguém, é perceber que ele está sofrendo. Nesse sentido, a
presença de Jesus junto da família de Lázaro era uma forma de expressar que o
Mestre se preocupava com a dor que eles estavam sentindo (Jo 11.33-36). Sabemos
que a dor da separação é muito pessoal, pois cada um reage de uma forma
diferente à perda. Por essa razão, devemos apoiar os enlutados da mesma maneira
que o Senhor Jesus apoiou.
2.2.
Uma demonstração de misericórdia.
Ao
nos importarmos com a dor do Luto sofrida pelo próximo, agimos com misericórdia
e mostramos que respeitamos o momento difícil pelo qual a outra pessoa está
passando. O apóstolo Paulo nos ensina a dizer palavras de esperança aos
familiares no momento de luto. Pela Palavra de Deus, sabemos que haverá o
reencontro entre os salvos e Cristo (1 Ts 4.13-18). No dia da Volta de nosso
Senhor, os mortos ressuscitarão primeiro e os vivos serão transformados pelo poder
de Deus. Ao final, todos juntos encontrarão com o Senhor nas nuvens. Essa é uma
mensagem de esperança que deve ser compartilhada.
II -
AUXÍLIO DEVOCIONAL
Tipos de separação. A morte indicando uma separação é uma das
consequências do pecado (Gn 2.17; Rm 6.232). […] De acordo com Pearlman (1991,
pp. 94,95), a primeira [morte física] corresponde à separação da alma do corpo.
Segundo o autor,'[…] a dissolução física era uma indicação do desagrado de
Deus, do fato que o homem estava sem contato com a Fonte da vida’. Quanto ao
alcance e abrangência da morte física, não há distinção entre salvos e não
salvos.
[…] A segunda [espiritual], de acordo com Thiessen (1999, p.
193), e a separação entre a alma e Deus. O castigo anunciado no Éden, que
recaiu sobre a raça humana, é primariamente esta morte da alma’. Erickson
(1998), p. 253) reforça essa ideia quando afirma que ‘o pecado é uma barreira
para o relacionamento entre Deus e os seres humanos’.
[…] A terceira (eterna) é simplesmente a extensão e a
finalização da morte espiritual. De acordo com Erickson (1998, p. 253): ‘Se
alguém chega à morte física estando ainda espiritualmente morto, separado de
Deus, esta condição torna-se permanente’” (SILVA, Gil M. O Significado da
Morte. Rio de Janeiro: CPAD, 2020, pp. 28,29,33,37).
III
- AGINDO COM MISERICÓRDIA NO LUTO
Ao
recebermos a notícia da morte de alguém, é gentil de nossa parte entrar em
contato com os familiares para manifestarmos nossos sentimentos ou,
simplesmente, estar presentes. Embora seja um pequeno gesto trata-se de
demostrar amor e misericórdia por aqueles que estão aflitos.
3.1.
Lidando com a tristeza.
Caro
(a) adolescente, se você estiver vivendo o luto, entregue sua tristeza a Deus
em oração. Aproxime-se daquelas pessoas que te amam e são boa companhia. Seja
gentil também com você mesmo e descanse no Senhor. O Espírito Santo, nosso
Consolador, cuidará do seu coração (Jo 14.16-18).
3.2.
Vivendo o luto.
Uma
das maiores dores que podemos sentir, certamente, é a separação de alguém que
amamos muito. Por essa razão, é necessário se permitir viver o luto.
Especialistas da área da saúde mental já admitem que o luto é necessário para
que a pessoa possa enfrentar o trauma da perda de um ente querido e tenha
condições de se recompor para seguir em frente. Nesse sentido, é fundamental
que o crente aceite a vontade de Deus e creia que o Senhor tem todo o domínio,
inclusive, sobre a morte (Jo 11.25).
III
– AUXÍLIO DEVOCIONAL
“Jesus tem o poder sobre a vida e a morte, bem como o poder de
perdoar pecados, porque Ele é o Criador da vida” (Jo 14.6). Ele é a vida e pode
certamente restaurá-la. Quem crê em Cristo tem uma vida espiritual que a morte
não é capaz de vencer ou diminuir. Quando reconhecemos o poder de Jesus quão
maravilhosa é a oferta que nos faz, como podemos ser capazes de não nos
comprometermos com Ele? Nós, os que cremos, temos uma segurança e uma certeza
maravilhosa: ‘Porque eu vivo, e vós vivereis’ (14.19), […] João enfatiza que
temos um Deus que se importa conosco, a ponto de demonstrar toda sua comoção publicamente.
Esta descrição contrasta com o conceito grego comum naquela época de que os
deuses eram indiferentes, não se envolviam com os seres humanos.
Mas Jesus demonstrou muitas emoções (compaixão, indignação,
tristeza e até mesmo frustração). Muitas vezes, Jesus expressou profundos
sentimentos; jamais devemos ter medo de revelar nossos verdadeiros sentimentos
a Ele, pois Jesus os entende, porque os experimentou. Seja honesto e não tente
esconder qualquer coisa de seu Salvador! Ele se importa com você!” (Bíblia de
Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, pp. 1440,1441).
CONCLUSÃO
Amar
é colocar sentimento em ação. Ao vermos alguém sofrendo porque algum ente
querido faleceu, devemos agir com misericórdia, porque Jesus agiu dessa forma e
nos deixou o exemplo.
Pense
Nisso
Os salvos em Jesus Cristo se reencontrarão quando Jesus voltar para
buscar a sua Igreja. Portanto, é necessário pregar o Evangelho para que as
pessoas aceitem Jesus como Salvador, e dessa forma, poderão desfrutar da
alegria plena quando ocorrer o Arrebatamento dos salvos