TEXTO DO DIA
“Muitos, pois, dentre os judeus que
tinham vindo a Maria e que tinham visto o que Jesus fizera creram nele.” (Jo
11.45)
SÍNTESE
O sétimo e último sinal do quarto
Evangelho é o mais significativo de todos, pois devolveu a vida a Lázaro, mostrando
todo o poder do
Filho de Deus.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA
– 1 Rs 17.17-24: Elias e o filho da viúva de Sarepta
TERÇA
– 2 Rs 4.32-37: Eliseu e o filho da sunamita
QUARTA
– 2 Rs 13.21: Uma volta inusitada à vida
QUINTA
– Lc 7.11-17: O filho da viúva de Naim
SEXTA
– Lc 8.41,42,49-55: A filha de Jairo
SÁBADO
– At 9.36-43: A mulher que tinha bom testemunho
OBJETIVOS
• DEBATER acerca do fato de a
enfermidade ser para a glória de Deus e do duplo significado da morte;
• EXPLORAR a profundidade e a
riqueza do diálogo teológico de Jesus com Marta;
• REFLETIR sobre a faceta
sentimental de Jesus e também acerca da grandeza do milagre.
INTERAÇÃO
Acostumados com a importante e necessária prática do planejamento,
vez por outra somos surpreendidos por algum acontecimento que nos desperta para
o inegável fato de que, na realidade, não temos controle algum, não apenas
sobre o futuro, mas também sobre o que quer que seja. Sem conhecer os contornos
da estrada da existência que vai se delineando conforme os dias vão passando,
muitas vezes nos pegamos absortos com os acontecimentos. Para o bem ou para o
mal, quantas vezes já não exclamamos: “Nunca pensei que isto fosse acontecer
comigo”. Se os que não conhecem a Deus atribuem os acontecimentos ao “acaso”,
aos que creem tal maneira de pensar não faz sentido, pois acreditam na
providência divina. Não obstante, uma vez que são insondáveis as formas de Deus
agir, até mesmo o crente, vez por outra, incorre no erro de falar daquilo que
escapa ao seu conhecimento.
O último sinal do quarto Evangelho ensina-nos que Deus, muitas
vezes, age de maneira contrária à lógica, mas que ao final tudo concorre para a
glória do nome dEle.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Como Jesus teve acesso tão rápido ao sepulcro onde jazia Lázaro?
A maioria dos estudiosos defende que havia no próprio terreno das casas,
sobretudo das pessoas de posse, esculpido em rochas o túmulo dos entes
queridos. Reproduza, conforme suas possibilidades, a imagem do “túmulo do
Jardim” e apresente-a a classe durante a exposição do tópico III da lição.
TEXTO
BÍBLICO
João 11.28-40,43,44
28
E, dito isso, partiu e chamou em segredo a Maria, sua irmã, dizendo: O Mestre
está aqui e chama-te.
29
Ela, ouvindo isso, levantou-se logo e foi ter com ele.
30
(Ainda Jesus não tinha chegado à aldeia, mas estava no lugar onde Marta o
encontrara.)
31
Vendo, pois, os judeus que estavam com ela em casa e a consolavam que Maria
apressadamente se levantara e saíra, seguiram-na, dizendo: Vai ao sepulcro para
chorar ali.
32
Tendo, pois, Maria chegado aonde Jesus estava e vendo-o, lançou-se aos seus
pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.
33
Jesus, pois, quando a viu chorar e também chorando os judeus que com ela
vinham, moveu-se muito em espírito e perturbou-se.
34
E disse: Onde o pusestes? Disseram-lhe: Senhor, vem e vê.
35
Jesus chorou.
36
Disseram, pois, os judeus: Vede como o amava.
37
E alguns deles disseram: Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer também
com que este não morresse?
38
Jesus, pois, movendo-se outra vez muito em si mesmo, foi ao sepulcro; e era uma
caverna e tinha uma pedra posta sobre ela.
39
Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira
mal, porque é já de quatro dias.
40
Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de
Deus?
43
E, tendo dito isso, clamou com grande voz: Lázaro, vem para fora.
44
E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto,
envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o e deixai-o ir.
INTRODUÇÃO
O
sétimo milagre do Evangelho de João coroa de forma magistral os relatos dos
sinais do texto joanino, culminando com o maior deles, pois devolveu a vida a
alguém que havia morrido há quatro dias (Jo 11.39).
I – A ENFERMIDADE
PARA A GLÓRIA DE DEUS
1. Jesus é notificado
da enfermidade de Lázaro.
A
cada sinal realizado, Jesus se indispunha ainda mais com as classes religiosas
que, temendo perder seu domínio, depois deste grande feito, acabaram reunindo-se
numa coalizão de forças entre sacerdotes e fariseus, formaram um conselho e
reconheceram o que não dava mais para esconder — o que poderia ser feito para barrar
o Senhor visto que Ele fazia “muitos sinais” (Jo 11.47)? Apesar de os milagres
beneficiarem o povo, sobretudo os mais necessitados (At 10.34-38), o medo dos
religiosos era que todos passassem a crer em Jesus e isso fizesse com que o poder
imperial os achassem dispensáveis e não mais necessários para os interesses e
acordos políticos (Jo 11.48). Foi nessa infame reunião que, diz o apóstolo do amor,
depois de afirmar que convinha que um homem morresse pelo povo, o “sumo sacerdote
naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação” (Jo 11.51), selando
de vez o destino entre eles, pois “Desde aquele dia, pois, consultavam-se para
o matarem” (Jo 11.53).
Dividido
em duas partes, o relato do sétimo sinal tem longos 44 versículos (Jo 11.1-44).
A despeito de o texto bíblico da lição conter apenas a segunda parte do relato,
o contexto exposto na primeira é de primordial importância para se valorizar ainda
mais a narrativa. João informa que se encontrava doente um homem chamado
“Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta” (Jo 11.1). Estas,
conhecidas e amadas do Senhor, mandaram-lhe avisar que Lázaro, a quem Jesus igualmente
amava, estava enfermo (Jo 11.3,5). Isso indica que o Senhor já conhecia essa
família. Todavia, mesmo após ser notificado, Jesus “ficou ainda dois dias no
lugar onde estava” (Jo 11.6).
2. A doença que veio
para a glória de Deus.
Felizmente,
a demora de Jesus em ir até Betânia não se trata de insensibilidade, antes tem
uma razão de ser, isto é, como o próprio Mestre disse: “Esta enfermidade não é
para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por
ela” (Jo 11.4b). Na verdade, conforme o Senhor
revela, o real motivo de Ele não se apressar em ir ao povoado e curar Lázaro antes
que este viesse a falecer, foi o amor que Ele tinha pelos seus discípulos, pois
estes teriam a oportunidade ímpar de assistir um portentoso milagre e assim
poderiam acreditar definitivamente que o Senhor era o Filho de Deus (Jo 11.15).
3. O duplo
significado da morte neste texto.
É
natural que haja algum estranhamento no fato de Jesus ter dito que a doença não
era para “morte” e Lázaro ter vindo a óbito. Vale perceber que,
particularmente, neste texto, a “morte” possui dois sentidos e não significa
simplesmente a cessação da vida biológica, mas tem um significado bem mais
profundo, conforme se depreende da resposta do Senhor a Marta (Jo 11.25b,26).
Falando, entretanto, especificamente da morte de Lázaro, o Mestre disse que
aquele apenas “dormia”, algo que levou os discípulos a não entenderem a
expressão, achando que o doente estivesse se recuperando (Jo 11.11-13). Para
desfazer o equívoco “Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto” (Jo 11.14).
Portanto, vê-se que há dois sentidos para a expressão “morte” na narrativa:
morte natural e morte eterna.
Pense!
Qual
deve ser a nossa reação quando Deus parece tardar, ou não ouvir, as nossas
orações?
Ponto Importante
Alguém
já disse, com muita propriedade, que um dos momentos mais perigosos para o
crente é quando Deus fica em “silêncio”.
II – A RESSURREIÇÃO E
A VIDA
1. O inusitado
convite de Jesus.
Quando
o “tempo de Deus” se completou, Jesus então convidou os seus discípulos a
retornarem à Judeia e eles, completamente confusos, tentaram dissuadir o Senhor
“lembrando-lhe” que há pouco quiseram apedrejá-lo naquela localidade (Jo
10.31,39 cf. 11.7,8). A preocupação dos discípulos se dava pelo fato de Betânia
distar de Jerusalém cerca de dois a três quilômetros (Jo 11.18). O Mestre então
lhes esclarece por meio da metáfora do dia, já anteriormente utilizada (Jo
9.4,5), que há necessidade de se fazer o que Ele fora designado para executar
(Jo 11.9-11). A resposta de Tomé, discípulo lembrado pela dúvida (Jo 20.24- 29)
— “Vamos nós também, para morrermos com ele” (Jo 11.16) — que figura para muitos
como uma incógnita, na verdade, trata-se de uma expressão de coragem, e resignação
e não uma ironia.
2. O encontro de
Jesus com Marta.
É
curioso notar que em Lucas 10.38-42, Marta encontra-se excessivamente ocupada
com as coisas corriqueiras da vida e até solicita ao Mestre que diga a Maria para
esta vir lhe auxiliar. Neste episódio, entretanto, ela vai ao encontro do Senhor
mesmo antes dEle chegar na aldeia, “Maria, porém, ficou assentada em casa” (Jo
11.20). Ambas, todavia, lamentam-se da mesma forma a respeito de Jesus não ter
chegado a tempo de impedir que Lázaro viesse a óbito (Jo 11.21,32). Se na
ocasião da narrativa de Lucas, Maria dispôs-se a estar aos pés do Mestre para
aprender, nesta oportunidade é Marta quem nos oportuniza um importante e
instrutivo diálogo (Jo 11.21-27). É perigoso formar uma visão de alguém, ou
ainda pior, uma caricatura, por
um único lance da vida da pessoa.
O
fato de Maria ter ficado “assentada em casa”, certamente está relacionado com a
recepção dos judeus que tinham ido a Betânia consolar a ambas (Jo 11.19,31).
3. Um diálogo altamente
teológico.
O
que acontece na sequência após Marta ter ido se encontrar com o Senhor é um diálogo
de teor altamente teológico.
Apesar
de ter dito que sabia que tudo quanto Jesus pedisse a Deus, o Pai lhe concederia,
no momento decisivo, tal crença parece não ter se mostrado tão segura (Jo
11.22,39). O Mestre então diz que trará Lázaro novamente à vida e Marta responde
que sabe que o seu irmão “há de ressuscitar na ressurreição do último Dia” (Jo
11.23,24). A crença na ressurreição não era novidade para os judeus (Is 26.19; Dn
12.2), porém, por entender a morte apenas no sentido natural, este evento era
exclusivamente situado no futuro. Jesus revela uma verdade completamente distinta:
Ele mesmo é a ressurreição e a vida e quem nEle crê, “ainda que esteja morto,
viverá; e todo aquele que vive e crê [...] nunca morrerá” (Jo 11.25,26).
Portanto, morte e vida, nas palavras do Senhor a Marta, revestem-se de um
significado bem mais profundo, pois indicam que, como já foi dito, existem dois
tipos de morte e também de vida: naturais e eternas. O Mestre falava,
obviamente, da vida eterna que era uma realidade para os que nEle criam (Jo
3.16,36). À pergunta do Senhor se Marta cria no que Ele acabara de pronunciar,
ela respondeu não apenas de forma afirmativa, mas com uma confissão:
“Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao
mundo” (Jo 11.27).
Pense!
Podemos
definir o perfil de uma pessoa por uma única atitude dela?
Ponto Importante
Se
por um lado uma única atitude não é suficiente para definir uma pessoa, por
outro, ela pode trazer consequências — boas ou más — irreversíveis.
III – “PARA QUE
CREIAM QUE TU ME ENVIASTE”
1. Um homem com
sentimentos.
Após
fazer tal confissão, Marta então se dirige a casa e avisa a Maria que o Mestre
desejava vê-la. Maria, sem demora alguma, corre ao encontro do Senhor, que
ainda nem havia chegado à aldeia (vv.28-30). Os judeus que a consolavam seguiram-na
pensando que ela fosse ao sepulcro chorar, e acabaram encontrando-se também com
o Senhor Jesus que, observa João, “quando a viu chorar e também chorando os
judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito e perturbou-se” (v.33).
Se essa observação parece “subjetiva”, o que acontece na sequência não deixa
dúvida quanto ao fato de Jesus ser um homem sensível.
Após
inquirir acerca do local onde sepultaram Lázaro, o apóstolo do amor registra
que “Jesus chorou” (v.35), daí a afirmação dos judeus: “Vede como o amava”
(v.36b). Diferentemente dos mestres da antiguidade que se esforçavam para
passar uma imagem de impassibilidade, o Senhor não teve receio algum em chorar
e comover-se por ver Maria e os judeus chorando.
2. A dúvida dos
judeus e de Marta.
Vendo
que Jesus chorava, alguns dos judeus questionaram: “Não podia ele, que abriu os
olhos ao cego, fazer também com que este não morresse?” (v.37b). Eles até
levantam a hipótese de o Senhor, por ter dado vista ao cego, caso tivesse
chegado a tempo, também ter curado a Lázaro; mas trazê-lo de volta parece estar
completamente fora
de cogitação. Neste momento, ao chegar ao sepulcro havia uma pedra na entrada e
uma vez mais o Mestre se comoveu (v.38). Sem titubear, Jesus ordenou que
removessem a pedra do sepulcro, mas Marta então protestou que já fazia quatro
dias que Lázaro morrera e que por isso já cheirava mal (v.39), o Mestre,
todavia, respondeu-lhe: “Não te hei dito que, se creres, verás a glória de
Deus?” (v.40b).
3. O grande milagre.
Após
removerem a pedra, Jesus faz uma breve oração, onde deixa claro sua intimidade
com o Pai (vv.41,42). Na prece, o Senhor revela que a oração não fora feita por
uma necessidade de comunicação entre ambos Ele e o Pai, e sim por causa da
“multidão ao redor”, ou seja, para que as pessoas creiam que Deus o enviara.
Logo depois de orar, o Mestre grita: “Lázaro, vem para fora” (v.43b). No mesmo
instante, Lázaro despertou e “saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas,
e o seu rosto, envolto num lenço” (v.44). O Senhor então mandou que o soltassem
e o deixassem ir. Se o povo já admirara o milagre de dar vista ao cego
realizado por Jesus, este agora era sobrenaturalmente superior, pois devolvera
a vida a um morto, não de poucas horas, mas alguém que já havia morrido há
quatro dias, isto é, não havia dúvida alguma acerca da impossibilidade de este
voltar à vida a não ser por um milagre divino.
Pense!
Você
teria problema em acreditar que alguém pudesse ser usado por Deus caso esta
pessoa fosse emotiva e sensível?
Ponto Importante
O
fato de uma pessoa não se envergonhar por suas demonstrações emotivas em
público deve ser visto como uma virtude.
SUBSÍDIO 1
“Quando Jesus declarou: ‘Teu irmão há de ressuscitar’, Marta recitou:
de modo muito triste, um artigo do credo judaico: ‘Eu sei que há de ressuscitar
na ressurreição do último dia’. O único alívio que sentia era uma esperança para
o futuro distante, baseada numa doutrina. Jesus, no entanto, fez com que ela
desviasse sua atenção do artigo do credo para fixá-la nEle: ‘Eu sou a
ressurreição e a vida’, o que nos faz entender que o Cristianismo consiste mais
em confiar numa Pessoa divina do que assentir a proposições teológicas. Não há
proveito em procurar assenhorear-se da teologia sem primeiro aceitar Cristo
como Senhor. Podemos crer numa doutrina sem entregar nossa vida a ela em plena confiança;
podemos entendê-la sem que ela nos transforme o coração; como Marta, podemos
crer na ressurreição sem ter verdadeira fé naquele que é a Ressurreição e a
Vida. A causa das lágrimas de Jesus. Tais lágrimas fazem parte da humanidade de
Jesus. Apesar de ser Filho de Deus, Ele sofreu todas as aflições dos homens,
embora sem a prática do pecado. ‘E o Verbo se fez carne’. Sua humanidade não era
fictícia; participou realmente da nossa natureza. As lágrimas brotaram de real
compaixão, foram a resposta do coração de Jesus ao apelo da tristeza. Suas lágrimas também
foram causadas pela tristeza — tristeza pelos danos causados pelo pecado e pela
morte” (PEARLMAN, Myer. João. O Evangelho do Filho de Deus. 1.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 1995, pp.138-140).
SUBSÍDIO 2
“Pergunta-se: Por que os outros três evangelhos não relatam o
grande milagre da ressurreição de Lázaro? Uma das respostas é: porque o
Espírito Santo levou João a registrar esse milagre, que preenche sua parte no propósito
do livro. O milagre da ressurreição de Lázaro não tinha lugar no plano dos outros três escritores. Lembremo-nos
que há cinco outros milagres relatados por João, que não se mencionam nos
outros Evangelhos. E há trinta e três milagres nos outros Evangelhos, não
registrados por João.
[...] Tirai a pedra (v.39): Era proibido, pelo Talmude, abrir um
túmulo, depois de fechá-lo com a pedra. E isso para se evitar contaminar-se
cerimonialmente. Mas Aquele que tocou o esquife do filho da viúva de Naim (Lc
7.14), e que tocou o leproso (Mt 8.3), mandou que retirassem a pedra do túmulo de
Lázaro — anulando o formalismo dos judeus. Jesus, levantando os olhos para o
céu, disse... (vv.41, 42): Isto não é uma oração mas ação de graças a Deus, pela resposta à oração, resposta já recebida. Vd. Mc 11.24
(Vers. Bras e Vers. Ver. Autor.): Tudo quanto em oração pedirdes, crede que
recebestes, e será assim. Recebestes é no tempo passado. Recebemos enquanto
oramos e o vemos depois com os olhos. Cristo, diante do túmulo de Lázaro, orara
até receber e só restava agradecer a Deus a resposta que ia ver logo com os próprios
olhos” (BOYER, Orlando. Espada Cortante. Lucas, João e Atos. Vol 2. 1.ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 2007, pp. 311,312).
CONCLUSÃO
A
lição de hoje encerra o ciclo dos sete sinais elencados pelo apóstolo do amor.
Não apenas aos seus destinatários originais, mas também a nós, nos dias de
hoje, tais sinais trazem edificação e fazem com que creiamos no Senhor como o
Filho de Deus, e assim tenhamos vida em seu nome (Jo 20.31).
HORA DA REVISÃO
1. Por que, mesmo
após avisado da enfermidade de Lázaro, Jesus ainda demorou dois dias para ir à
Betânia?
Na
verdade, conforme o Senhor revela, o real motivo de Ele não se apressar em ir
ao povoado e curar Lázaro antes que este viesse a falecer, foi o amor que Ele tinha
pelos seus discípulos, pois estes teriam a oportunidade ímpar de assistir um
portentoso milagre e assim poderiam acreditar definitivamente que o Senhor era
o Filho de Deus (Jo 11.15).
2. No texto de João
11, a expressão “morte” tem dois significados. Quais são eles?
Morte
natural e morte eterna.
3. No diálogo do
Senhor com Marta, morte e vida têm dois significados. Fale sobre.
Jesus
revela uma verdade completamente distinta Ele mesmo é a ressurreição
e a vida e quem nEle crê, “ainda que
esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê [...] nunca morrerá”.
Portanto, morte e vida, nas palavras do Senhor a Marta, revestem-se de um
significado bem mais profundo, pois indicam que, como já foi dito, existem dois
tipos de morte e também de vida naturais e eternas. O Mestre falava,
obviamente, da vida eterna que era uma realidade para os que nEle criam.
4. Qual a evidência,
neste episódio, de que Jesus era uma pessoa sensível?
“Jesus
chorou” (v.35).
5. Qual a maior lição
aprendida com os sete sinais elencados no quarto Evangelho?
Resposta
pessoal.
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