Lições Bíblicas Juvenis 3º Trimestre 2023 – CPAD
Revista: Conhecendo
os Fundamentos da Fé Cristã nas Epístolas Gerais.
Comentarista:
Samuel de Oliveira Martins
VERSÍCULO CHAVE:
"Foi-me
bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos. (Sl 119.71)
LEITURA DIÁRIA
At
5.41 | Dignos de sofrerem por Cristo
Rm
5.3 | Glória nos sofrimentos
At
9.16 | Sofrer por Cristo, um
caminho inevitável
Fp
1.29 | Sofrer por Cristo, um
privilégio
At
3.18 | Os sofrimentos de
Cristo, um anúncio
profético universal
Hb
5.8 | Sofrimento gera obediência
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
1
Pedro 4.1,2,12-19
1
Ora, pois, já que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com
este pensamento: que aquele que padeceu na carne já cessou do pecado,
2
para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as
concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus.
12
Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como
se coisa estranha vos acontecesse;
13
mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para
que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis.
14
Se, pelo nome de Cristo, sois vituperados, bem-aventurados sois, porque
sobre
vós repousa o Espírito da glória de Deus.
15
Que nenhum de vós padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como o que
se entremete em negócios alheios;
16
mas, se padece como cristão, não se envergonhe; antes, glorifique a Deus nesta
parte.
17
Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro
começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de
Deus?
18
E, se o justo apenas se salva, onde aparecerá o ímpio e o pecador?
19
Portanto, também os que padecem segundo a vontade de Deus encomendem-lhe a sua
alma, como ao fiel Criador, fazendo o bem.
CONECTADO
COM DEUS
O sofrimento é algo que ninguém deseja, um tema desagradável,
mas é impossível separá-lo da fé. O próprio Cristo deu o exemplo, padecendo
"por nós na carne” (1 Pe 4.1). Mas o que há de bom no sofrimento? Nesta
lição descobriremos alguns benefícios que ele pode nos trazer. É interessante
observar também que nem todo sofrimento faz parte dos planos de Deus para
aprimorar a nossa fé. Há ocasiões em que sofreremos por causa de nossos
próprios erros. Mas, acima de tudo, é importante que você saiba que o
sofrimento é necessário para o nosso crescimento na fé.
OBJETIVOS
COMPREENDER
o
sofrimento de Cristo e o seu propósito;
ENTENDER
por
que o justo sofre;
RESPONDER
à inquietante pergunta: "sofrer faz bem?”
ANTES DA AULA
Estimado (a) professor(a), a lição de hoje é sobre o sofrimento
e, alguns de seus alunos podem estar passando por momentos difíceis em suas
famílias, na vida financeira ou sentimental. Portanto, antes de começarmos a
nossa preparação, interceda por seus amados alunos.
A pedagogia que vem de Deus exige do docente a sua preparação
através da oração (Sl ng.108), pois, um professor de ED que não busca ao Senhor
em oração, enfraquece espiritualmente e deixa de seguir a sabedoria do Espírito
Santo (Tg 1.5-8). Até mesmo você, professor(a), pode estar passando por um
momento difícil, porém, mantenha os seus olhos em Cristo, e toda a dor passará.
Deus não nos esquece!
l. O SOFRIMENTO DE CRISTO
1.1.
Cristo sofreu por nós
Pedro
diz que Cristo padeceu por nós (1 Pe 4.1). Jesus não desistiu da humanidade,
apesar de não ter sido bem recebido pelos homens. Nunca teve nenhum conforto.
Nasceu numa estrebaria de animais. Cresceu em um lugar humilde. Jesus poderia
ter voltado ao Céu, mas Ele, por amor fez a pior escolha (do ponto de vista
humano): morrer numa cruz. Ele escolheu, previamente, o sofrimento, a dor e o
desprezo. É uma opção difícil e corajosa, mas foi isso que Ele fez!
1.2.
Cristo pagou a nossa culpa
Cristo
morreu por nós, cumprindo na carne a pena que era devida a nós, — (Ez 18.4; Rm
6.23), a fim de que fôssemos livres da condenação do pecado (Rm 8.1). É normal,
entre os homens, cada um pagar pelos seus erros, mas sofrer pelos pecados
alheios? E pior: sofrer pelos pecados dos inimigos? Foi isso o que aconteceu
com Cristo no Calvário (Rm 5.6-8). Diante do maior sofrimento de todos os
tempos, não só pela dor padecida, mas, sobretudo, pela dignidade e pureza
daquEle que entregou sua vida na morte e foi contado entre os transgressores
(Is 53-12), Deus estava oferecendo uma nova oportunidade para a humanidade.
1.3.
A cegueira dos judeus
O
sofrimento de Jesus foi algo que atraiu muitas pessoas, como Ele mesmo
profetizou (Jo 3.14.15:12.32); pessoas como o ladrão e o centurião da cruz
foram convertidas ao Evangelho ao verem o sofrimento de Cristo. Os judeus
religiosos, porém, — escribas, fariseus, saduceus — não enxergavam qualquer
valor em o Messias ser um servo sofredor (Is 53). Eles aguardavam um salvador
que apenas os livrasse do jugo romano.
INTERAÇÃO
Querido (a) professor (a), para introduzir a lição aos alunos,
realize a seguinte atividade: em um quadro ou cartolina, faça duas listas de
nomes com a ajuda dos alunos: uma lista para pessoas conhecidas por sua
bondade; e uma lista de pessoas conhecidas por sua maldade. Em seguida pergunte
aos seus alunos se eles entregariam a pessoa que eles mais amam para sofrer no
lugar de algumas dessas pessoas. Alguns não entregarão nem mesmo por pessoas
boas. Mas, explique que Cristo sofreu por pessoas boas e ruins. Na verdade,
diante dEle as nossas bondades (Ef 2.8,9) e injustiças (Hb 8.12), não importam,
a graça é maior.
2. ENTENDENDO O SOFRIMENTO DO JUSTO
2.1.
O sofrimento aprimora a fé
O
Espirito Santo aconselha que não devemos estranhar a provação, pois ela possui
um propósito: aprimorar nossa fé (1 Pe 4.12). Esse propósito encontra-se em
vários outros textos da Escritura, como a provação de Abraão (Gn 22), o
sofrimento dos hebreus no deserto, as provações de Davi (Sl 119.67,71) etc... O
próprio Pedro, na mesma Carta, assevera sobre o propósito do sofrimento: “para
que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que 0 ouro que perece e é
provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus
Cristo” (1.7).
2.2.
Alegria no sofrimento
Os
Ímpios, certamente, não encontram razões para se alegrarem no sofrimento.
Entretanto, aqueles que conhecem a Deus devem se alegrar “no fato de serem
participantes das aflições de Cristo” (1 Pe 4-13)- Embora pareça estranho se
alegrar com o sofrimento, é importante mencionar que tal ação somente acontece
pela atuação do Espirito Santo, que nos lembra da glória que está reservada nos
céus para os justos (1 Pe 4.13,14). Ademais, sofrer pelo nome de Cristo
constitui-se em uma bem-aventurança (1 Pe 4.14). Pedro, aliás, ouviu essa
verdade, pela primeira vez, certamente, dos lábios do próprio Senhor Jesus, no
Sermão da Montanha (Mt 5.10-12).
3. SOFRER FAZ BEM?
3.1.
O sofrimento inútil
Ao
falar sobre o sofrimento dos justos, Pedro adverte sobre a importância de
sempre fazer o bem, deixando claro que, como Deus não faz acepção de pessoas,
se um cristão cometer algo digno de repreensão, seja de Deus seja da justiça
humana, deverá pagar pelo seu delito (1 Pe 415). Não é justo que, nesses casos,
a pessoa queira colocar a culpa em Deus ou que se busque glorificá-Lo por seu
sofrimento, haja vista a prática de uma injustiça. Sofrer, por fazer o mal, é
inútil.
3.2.
Não se envergonhe em sofrer por Cristo
Pedro,
em certa ocasião, se envergonhou do Senhor. Para não sofrer, ele O negou.
Agora, porém, o novo Pedro anuncia a todos que não tenham vergonha de sofrer
pelo Evangelho. Paulo sofreu como se fosse um malfeitor (2 Tm 2.9), mas também
não se envergonhou do evangelho (Rm 1.16), pois ambos sabiam que sofrer, por
amor a Cristo, glorifica a Deus (1 Pe 4.16).
3.3.
O fim do sofrimento
Pedro
sustenta que os sofredores, segundo a vontade de Deus, podem descansar que o
fiel Criador cuidará da alma deles (1 Pe 4.19). Com isso, ele estava afirmando
que podemos confiar em seu terno cuidado, pois por trás do sofrimento de um
justo há um desígnio benigno em prol daqueles que herdarão a salvação (Rm
8.28). O verbo grego utilizado por Pedro "encomendem" (paratithemi)
pode ser traduzido por depositar com confiança, aos cuidados de alguém, a fim
de ser guardado em segurança. Assim, o justo que sofre não deve temer, ou
duvidar, pois sua vida está nas mãos do Senhor.
CONHEÇA OS SEUS ALUNOS
A ED não é uma instituição apartada do seio da igreja, os
professores e alunos são ovelhas e necessitam da tutela pastoral. Por esse
motivo, todos devem estar unidos em comunhão. Logo, na prática, a liderança de
jovens, a liderança da Escola Bíblica Dominical e a diretoria da igreja devem,
em uníssono, ensaiar todos os passos a serem tomados com os alunos da classe
dos juvenis. A ED é uma arma para o ensino, uma fonte evangelizadora e
ferramenta para libertação de vidas.
SUBSÍDIO
"Por que um Deus bom e amoroso usaria o sofrimento para
transformar e nos fazer crescer espiritualmente? Um Deus amoroso usa o que for
necessário — e, peto fato de sermos falhos, a dor está presente com frequência.
Afinal, se você quebrar um osso e o médico tiver de colocá-lo no lugar, isso
irá doer. Metaforicamente, estamos repletos de ossos quebrados, e quando Deus
coloca no lugar os ossos quebrados, nosso caráter, isso dói. Às vezes, trazemos
o sofrimento para nós mesmos. Deus permite que experimentemos as consequências
naturais do nosso próprio pecado para que possamos ver o quanto isso é
realmente ruim e para nos atrair ao arrependimento. Nesses momentos, os
sofrimentos operam como a dor em nosso dedo ao tocarmos um forno quente: 'Ai!
Eu não deveria ter feito isso', dizemos. A dor pode ter um efeito instrutivo —
o que o escritor aos hebreus tinha em mente ao descrevê-la como 'disciplina'
(Hb 12.8)” (COLSON, Charles Respostas às Dúvidas de
Seus Adolescentes. 9a imp. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p. 27).
PARA
CONCLUIR
O
sofrimento está vinculado à nossa existência e é a maneira de aperfeiçoarmos a
nossa fé em Deus, Com ele, reconhecemos que somos dependentes da misericórdia
divina. E. se viermos a enfrentar grandes provações, que não sejam por
consequência de nossos próprios erros, para a vergonha do Evangelho. O maior
consolo diante de uma provação é a consciência tranquila de estar agindo com
fidelidade.
HORA DA REVISÃO
1.
Por que Jesus fez a pior escolha, do ponto de vista humano, segundo a lição?
Porque
Ele escolheu o sofrimento, a dor e 0 desprezo.
2.
Conforme 1 Pedro 413. o que o cristão deve fazer quando participar das aflições
de Cristo?
Aqueles
que conhecem a Deus, devem se alegrar “no fato de serem participantes das
aflições de Cristo".
3.
Segundo a lição, é certo nos alegrar em Cristo pelo justo sofrimento causado
por nossas injustiças?
Não
é justo que, nesses casos, a pessoa queira colocar a culpa em Deus ou que se
busque glorificá-Lo por seu sofrimento, haja vista a prática de uma injustiça.
Sofrer, por fazer o mal, é inútil.
4.
Pedro sustenta que os sofredores, segundo a vontade de Deus, podem descansar.
Por quê?
Podem
descansar que o fiel Criador cuidará da alma deles (1 Pe 4.19)
5.
O que significa o verbo grego uti- + lizado por Pedro, paratithemi?
Pode
ser traduzido por "depositar com + confiança, aos cuidados de alguém, a
fim de ser guardado em segurança”.
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