Escola Dominical, Classe: Adolescentes – 3°
trimestre de 2023 – CPAD
Título: Grandes Cartas para Nós
Revista: do Professor
Comentarista: Rafael Luz
LEITURA BÍBLICA
Hebreus 10.1-12,19-22
A
MENSAGEM
Porém Jesus Cristo ofereceu só um sacrifício para tirar pecados, uma
oferta que vale para sempre, e depois sentou se do Lado direito de Deus.
Hebreus 10.12
Devocional
Segunda » Mc 10.45
Terça » Rm 4.25
Quarta »Is 53.6
Quinta » 1 Pe 2.24
Sexta » Hb 9.22
Sábado » 1Jo 2.1,2
Objetivos
AFIRMAR que a morte de Jesus na cruz foi eficaz;
DESTACAR que o sacrifício de Jesus foi único e suficiente;
ANUNCIAR que o sacrifício de Jesus nos colocou de volta à presença de Deus.
Ei Professor!
Querido
(a) Professor (a), seguem algumas dicas da escritora Flavianne Vaz, em seu
livro “Liderando Adolescentes”, para o educador cristão que trabalha com
adolescentes: Cada pessoa que é responsável por ensinar a Bíblia a eles deve
dedicar-se para aperfeiçoar-se ao longo do tempo. O educador cristão precisa
entregar-se à oração, além de ser fiel ao devocional e à leitura da Escritura.
É preciso investir em livros especializados para aprender mais sobre o processo
de aprendizagem. Se possível, é recomendável o ingresso em um seminário ou
curso de Teologia, ou, ainda, a participação em eventos de treinamentos para
professores de Escola Dominical”.
Ponto
de Partida
A Declaração de Fé das Assembleias de Deus no capítulo V, “Sobre as
Obras de Cristo", ao falar sobre a morte de Jesus diz o seguinte: “Morte
vicária significa morte substitutiva. Todo o sistema sacrificial do Antigo
Testamento fundamenta-se na ideia de substituição, e essa transferência da
culpa do pecador para a vítima é simbolizada pela imposição de maos sobre a
cabeça do animal: 'E porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto, para que seja
aceito por ele, para a sua expiação' (Lv 1.4). [...] Sua morte foi em nosso lugar,
Ele morreu pelos pecados do mundo inteiro”. Escolha um momento da aula para
apresentar essa explicação para seus alunos.
Vamos
Descobrir
Você sabia que no Antigo Testamento os judeus ofereciam animais em
sacrifício a Deus por causa dos pecados cometidos? Eles faziam isso porque
estavam seguindo a Lei. Esses sacrifícios apontavam para o futuro,
representavam o que iria acontecer quando o Filho de Deus chegasse ao mundo.
Jesus entregou-se em sacrifício para promover a redenção dos nossos pecados.
Nesta lição vamos estudar o capítulo 10 da Carta aos Hebreus, onde o
autor refletiu sobre a grande obra de redenção que Jesus fez na cruz.
Hora De Aprender
I - O SACRIFÍCIO DE CRISTO É EFICAZ
Você já ouviu a expressão "no tempo da Lei”? Ela é utilizada, geralmente,
para se referir ao período que abrange desde Moisés até Jesus Cristo. Antes do
nascimento e do ministério de Jesus, o relacionamento entre Deus e o seu povo
era orientado pelos mandamentos presentes na Lei do Senhor, que foi entregue ao
povo de Israel por meio de Moisés. Em Cristo uma Nova Aliança foi estabelecida,
com novos princípios. A Salvação na Nova Aliança se dá por meio da fé em Jesus
Cristo e não por meio à obediência aos ritos e costumes do tempo da Lei.
Assim, quando pensamos na Antiga Aliança, precisamos ter em mente que
ela não foi projetada para ser definitiva, mas provisória. Nesse sentido, o
autor aos hebreus vai dizer que a Lei dada por Moisés era "apenas uma
sombra das coisas boas que estão para vir” (Hb 10.1). Em outras palavras, a Lei
apontava para uma realidade futura. Os sacrifícios oferecidos pelos sacerdotes
tinham um caráter temporário, caso contrário não precisariam ser repetidos
anualmente (Hb 10.2). Eles apontavam para o sacrifício de Cristo realizado na
cruz do calvário.
Como sombra da realidade, os sacrifícios feitos pelos sacerdotes da
Antiga Aliança não conseguiam remover o pecado e purificar o pecador. Sua
finalidade era apenas relembrar o pecado e mostrar ao pecador a necessidade de
se purificar (Hb 10.2,3). Somente o sacrifício de Cristo é eficaz para
purificar o pecador (Hb 9.12), remover sua culpa e promover limpeza de
consciência (Hb 9.14).
Ao citar o Salmo 40.6-8, o autor mostra que Cristo é o cumprimento dos sacrifícios do Antigo Testamento, pois Ele ofereceu o seu corpo como sacrifício pleno e agradável a Deus na cruz pelos pecadores (Hb 10.5-8). O apóstolo Paulo também ensinou sobre isso em Colossenses 2.13,14.
I - AUXÍLIO DEVOCIONAL
“Embora
fossem necessários sacrifícios para pagar o preço do pecado, esta citação (Hb
10.5-7) revela que Deus nunca se agradou de tais sacrifícios - 'Sacrifício e
oferta não quiseste’. Em muitas passagens da Bíblia, Deus revelou que não
queria os sacrifícios de uma pessoa que não tivesse um coração justo. Deus
queria que o seu povo obedecesse a Ele. Os sacrifícios, no entanto, eram
necessários porque as pessoas não viviam de acordo com as leis que Deus lhes tinha
dado [...].
Deus
quer que o seu povo seja santificado. O Deus de Israel e da igreja cristã é
santo - Ele estabelece o padrão para a moralidade. Santidade significa ser
completamente devotado ou dedicado a Deus, consagrado para o seu uso especial,
e separado do pecado e da sua influência. A santidade vem de um desejo sincero
de obedecer a Deus e da devoção incondicional a Ele. Um seguidor de Cristo
torna-se santo (santificado) pela oblação do corpo de Jesus Cristo. Não podemos
nos tornar santos sozinhos, mas Deus nos dá o seu Espírito Santo para nos
ajudar a obedecê-lo e para nos dar o poder para derrotar o pecado” (Comentário
do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2010,
pp.623,624).
II - O SACRIFÍCIO DE CRISTO FOI ÚNICO
O sacrifício de Cristo foi único e é suficiente para o perdão do pecado,
pois Ele é o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Ele foi
o último e definitivo sacrifício (Hb 10.12). Por isso, todo aquele que se
arrepende dos seus pecados, confessa-os diante de Deus, crendo em Jesus como
Salvador é perdoado e salvo da condenação eterna (Jo 3.16).
Com nossos pecados perdoados, podemos acessar a presença de Deus, pois a
culpa foi removida. Em Jesus somos justificados diante do Pai (Rm 3.24). O seu
perdão é completo, não há necessidade de outras ofertas para alcançá-lo. Jesus
nos tornou aceitáveis. Com base no único, eterno e suficiente sacrifício de
Jesus somos justificados, regenerados, santificados e glorificados (Jo 1.12).
Portanto, fica claro que ninguém pode alcançar o perdão de Deus por meio
de obras, dinheiro, mérito pessoal ou sacrifícios de qualquer espécie. Todos os
homens são pecadores (Rm 3.23). Todas as pessoas precisam da salvação, porque a
recompensa pelo pecado é a morte (Rm 6.23). Mas, por seu amor e graça, Deus
providenciou em Cristo um meio (o único caminho) para nos salvar (Jo 14.6).
Então, não perca essa oportunidade. Se você ainda não aceitou a Jesus como
único e suficiente Salvador, faça isso agora mesmo! Há perdão de Deus
disponível para você (Sl 37.5).
II - AUXÍLIO TEOLÓGICO
“E assim todo sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo
muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar pecados” (Hb 10.11).
Donald Guthrie comenta esse versículo, pondo em destaque que ‘a continuidade
interminável dos sacrifícios inadequados segundo a velha ordem está em
contraste marcante com a nova ordem. Os aspectos principais de interesse no
presente versículo são:
(I) a posição dos sacerdotes (todo sacerdote se apresenta - lit. ‘fica
de pé’),
(II) a continuidade dos sacrifícios (a oferecer muitas vezes) e (III)
sua ineficácia de realizar o seu propósito (para remover pecados).
O primeiro aspecto tem contraste marcante no versículo seguinte com a
posição de Cristo: assentou-se. Estes sacerdotes nunca poderiam sentar-se
porque sua obra nunca era completa. Em segundo lugar, muitas vezes (pollakis)
está em direto contraste com uma vez por todas (ephapax).
E em terceiro lugar, a incapacidade das antigas ofertas removerem os
pecados é contrastada no v.12 com a única oferta de Cristo pelos pecados. Mais
uma vez, a fraqueza da velha ordem fica sendo o pano de fundo para a
demonstração da maior glória da nova " (GONÇALVES, José. A
supremacia de Cristo: Fé, esperança e ânimo na carta aos Hebreus. Rio de
Janeiro: CPAD, 2017, p.99).
III- O SACRIFÍCIO DE CRISTO NOS DÁ
ACESSO A PRESENÇA DE DEUS
Na Antiga Aliança, somente o sumo sacerdote podia acessar o Santo dos
Santos. Ele fazia isso apenas uma vez ao ano. Agora, na Nova Aliança, “por
causa da morte de Jesus na cruz nós temos completa liberdade de entrar no Lugar
Santíssimo” (Hb 10.19).
Quando o corpo de Jesus foi ferido na cruz e seu último grito foi
pronunciado (Mt 27.50), o véu do templo foi rasgado de alto a baixo (Mt 27.51),
sinalizando que um novo e vivo caminho havia sido inaugurado, para levar todos
àqueles que creem à presença de Deus (Hb 10.20).
Esse caminho não era mais um ritual ou sacrifícios feitos por
intercessores, agora o caminho é uma pessoa: Jesus Cristo (Jo 14.6).
Não há motivos para ficarmos distantes de Deus, pelo contrário, somos
convidados a nos aproximarmos dEle “com um coração sincero e uma fé firme, com
a consciência limpa das nossas culpas e com o corpo lavado com água pura” (Hb
10.22). E, depois de estarmos perto, somos exortados a nunca mais nos
distanciar. Afinal de contas, diante de tudo que Jesus fez por nós, o que nos
resta é guardarmos "firmemente a esperança da fé que professamos” (Hb
10.23). A perseguição, as dificuldades da vida, as tentações, a dor ou
tristezas na vida não podem nem devem nos tirar da presença de Deus.
Além de nos mantermos leais e obedientes àquele que nos salvou, o autor
nos lembra de que a caminhada da fé não precisa nem pode ser solitária. A carta
nos exorta a não abandonarmos nossa congregação local, como é costume de
alguns, e aponta que devemos amarmos uns aos outros, por que a vinda do Senhor
está próxima (Hb 10.25).
III - AUXÍLIO DEVOCIONAL
“Hb
10.24,25
- A palavra estimular’ significa 'incentivar fortemente', ' animar’, ou
‘incitar uma agitação’. Os cristãos precisam incitar ou estimular uns aos
outros em duas áreas: (1) Caridade (ou amor) - não uma emoção, mas uma decisão,
independentemente dos nossos sentimentos. Devemos agir com amor em relação a
outros crentes;
(2)
Boas obras - obras realizadas para o bem de outros. Os crentes também não devem
deixar a congregação. Alguns cristãos (naquela época, como também hoje) não
frequentavam as reuniões da igreja. Qualquer que fosse o motivo, estes crentes
estavam tentando sobreviver por conta própria. Retirar-se da força coletiva é
fazer um convite ao desastre. Tal situação é semelhante à situação de um
soldado em uma batalha que fica para trás, afastado do restante do seu pelotão,
e se torna um alvo fácil” (Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol
2. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp.626).
CONCLUSÃO
A salvação conquistada por Jesus Cristo na cruz é a maior e mais
importante bênção que existe. Hoje você tem paz com Deus porque o sangue de
Jesus Cristo purificou você de todo pecado.
Pense Nisso
Jesus morreu
pelos nossos pecados, a fim de que fossemos reconciliados com o Pai Celestial.
Ele nos perdoou e nos deu um propósito para viver. Você que está em Cristo e é
chamado de Filho (a) de Deus. Portanto, viva como um. Obedeça aos seus
mandamentos, afaste-se do pecado e busque ao Senhor todos os dias.
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