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Tema: SEPARADOS PARA DEUS – Buscando a
Santificação para vermos o Senhor e sermos usados por Ele| 1° Trimestre de
2023 – CPAD
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Classe: Jovens – Revista do professor
✍️Comentarista: Natalino das Neves
TEXTO
PRINCIPAL
“Vinde,
então, e argui-me, diz o SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam como a
escarlata, eles se tornarão brancos como a neve […].” (Is 1.18)
RESUMO
DA LIÇÃO
O
caminho da santificação passa pelo arrependimento e pelo perdão.
LEITURA
SEMANAL
SEGUNDA
– 2 Pe 1.3,4
Escapamos
da corrupção do mundo
TERÇA
– 2 Co 7.10
A
tristeza segundo Deus
QUARTA
-1 Jo 4.17-19
O
amor de Cristo nos livra do medo
QUINTA
– CL 2.14
A
cédula foi riscada
SEXTA
– Hb 2.11
O
que santifica e os santificados
SÁBADO
– Lc 19.1-10
Zaqueu,
arrependimento e perdão
OBJETIVOS
🎯 EVIDENCIAR que o
arrependimento é a base para uma vida de santidade;
🎯 COMPREENDER que o cristão
deve perdoar a si mesmo e ao próximo;
🎯 APRESENTAR exemplos
bíblicos de pessoas transformadas por meio do arrependimento.
INTERAÇÃO
Professor (a), nesta lição falaremos a respeito de três assuntos
fundamentais para que o cristão tenha uma vida vitoriosa em Jesus Cristo:
arrependimento, perdão e santificação. Algumas pessoas têm dificuldades para
aceitar o perdão de Deus. Outras já não conseguem se perdoar. Porém, ainda há
aquelas que não sabem perdoar as ofensas recebidas, deixando que a raiz de
amargura adentre em seus corações. Depois de apresentar os tópicos da lição,
ore com seus alunos pedindo que Deus nos ajude a recebermos o seu perdão, que
venhamos também nos perdoar, assim como aqueles que nos ofenderam.
TEXTO BÍBLICO
1 João 1.7-10
7
Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os
outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
8
Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade
em nós.
9
Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os
pecados e nos purificar de toda injustiça.
10
Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em
nós.
INTRODUÇÃO
O
caminho para a santificação passa necessariamente pelo arrependimento e o
perdão. Para se obter o perdão divino é preciso ter consciência do erro
cometido, confessar e deixar a prática do pecado. Ser perdoado não é tudo,
precisamos aprender a perdoar também, até a nós mesmos. Muitas pessoas têm se
afastado de Deus por não conseguirem se perdoar, pelo orgulho que os afastam do
arrependimento e do perdão ao próximo.
I-
SANTIDADE E ARREPENDIMENTO
1.
Santidade não significa perfeição.
O
que significa perfeição? Não existe uma resposta única, pois cada pessoa tem
seus padrões. Na filosofia grega, o conceito de perfeição estava relacionado a
uma realidade imutável, um conceito estático e inflexível. No entendimento dos
gregos algo que precisasse mudar já indicaria que não era perfeito, pois se
fosse, não precisaria de mudanças.
Na
cultura judaica, que regia os ensinos de Jesus e de seus apóstolos, o
entendimento é de que a perfeição é uma realidade relacional e moral. A
santificação não significa perfeição. Ela é contínua e progressiva. Só
alcançaremos a perfeição e a santificação completa quando formos arrebatados
pelo Senhor e recebermos um corpo glorificado. Jesus é o padrão divino de
santidade para a humanidade, e quanto mais próximo chegarmos deste padrão,
melhor.
2.
A graça divina viabiliza que o cristão agrade a Deus com sua vida.
Sabemos
que não existe ninguém perfeito a não ser Deus. O cristão é coparticipante da
natureza divina, mas está sujeito a falhas, a pecar (2 Pe 1.3,4). Essa verdade
pode levar algumas pessoas a pensarem que não é possível alguém agradar a Deus.
As pessoas têm talentos, habilidades e personalidade que as diferenciam como
indivíduos.
Na
área da santidade não é diferente, elas lidam de forma distinta com
determinadas situações, mas todas podem agradar a Deus à sua maneira, mediante
a graça, que possibilitou a nossa justificação por meio do sacrifício de Cristo
e o perdão de nossos pecados (1 Jo 1.9). A graça de Deus alcança a todos que creem
e buscam misericórdia.
3.
O arrependimento é a base para a santificação.
Arrependimento
não se fabrica, ele deve ser reate sincero. O cristão não pode viver na prática
do pecado, mas em algum momento, inevitavelmente irá pecar (1 Jo 1.10). Para a
restauração do homem será necessária uma conscientização do erro e o
arrependimento para uma mudança de atitude. A tristeza segundo Deus, por causa
dos pecados, conduz ao verdadeiro arrependimento (2 Co 7.10).
Por
isso, o arrependimento serve como base à santificação. O arrependimento não
pode ser algo a ser procrastinado; o ideal é ocorrer quando o cristão percebe
que ofendeu ao Senhor. Quando alguém fica procrastinando o arrependimento é
porque ele ainda não aconteceu. O arrependimento não pode ser por medo do
inferno ou de ser punido. O crente salvo é conduzido pela cruz e constrangido
pelo amor de Deus (2 Co 5.14,15). Sem arrependimento não ocorre transformação
de vidas.
SUBSÍDIO 1
Professor (a), inicie explicando que assim como recebemos o perdão
de Jesus, nós também temos que oferecer o mesmo perdão aqueles que cometeram
alguma falta contra nós. Em seguida, peça que um aluno(a) leia João 1.7.
Explique que nos “tempos do Antigo Testamento, os crentes transferiram
simbolicamente os seus pecados para um animal, que era então sacrificado. O
animal morria em seu lugar para pagar por seus pecados e permitir que
continuassem a viver na presença de Deus.
O Senhor gratuitamente lhes perdoava por causa de sua fé nEle e
porque conhecia as suas ordens relativas ao sacrifício. Tais sacrifícios
antecipavam o dia em que Cristo removeria completamente o pecado. A verdadeira
purificação do pecado veio com Jesus, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo’ (1 Jo 1.29). O pecado, por sua natureza, traz a morte — este é um fato
tão certo quanto a lei da gravidade. Jesus não morreu por seus próprios
pecados. Ele não tinha nenhum.
Em vez disso, por uma transação que podemos nunca vir a entender
completamente, Ele morreu pelos pecados do mundo. Quando entregamos e
comprometemos nossa vida a Cristo, e deste modo nos identificamos com Ele, sua
morte se torna a nossa. Ele pagou a pena por nossos pecados, e seu sangue nos
purificou, Da mesma maneira que Cristo ressuscitou dos mortos, nós
ressuscitaremos para uma nova vida de comunhão com Ele (Rm 6.4)” (Bíblia de
Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1781.)
II-
A SANTIDADE E O PERDÃO
1.
O cristão precisa aprender a se perdoar.
João
afirma que o amor de Cristo gera fruto de santidade e nele não há lugar para o
medo ou julgamento (1 Jo 4.17-19). Uma das grandes fontes de medo é 0
sentimento de culpa. O cristão precisa entender que a justificação e a
santificação em Cristo salvam tanto da culpa quanto do poder do pecado.
Conta-se que certa vez, Lutero teve um sonho em que o Diabo apareceu e lhe
apresentou uma longa Lista de pecados cometidos por ele.
O
Inimigo queria impor sobre Lutero a culpa e a condenação pelas suas inúmeras
falhas. Lutero não negou os pecados, mas lembrou ao Diabo que algo estava
faltando ser escrito naquela longa lista. Então, ele disse: Escreva no final da
lista que o sangue de Cristo, vertido na cruz, me purifica de todo pecado (1 Jo
1.7). Todos os nossos pecados, tudo o que poderia nos condenar, foi cravado na
cruz do Calvário (Cl 2.14).
2.
O cristão precisa perdoar o seu próximo.
Paulo
aponta a grande dívida do cristão salvo para com Deus. O uso metafórico do
pecado como dívida era uma prática comum dos judeus (Lc 7.4142). O perdão ao
próximo após a justificação, é colocado como uma condicional para o perdão de
novas dívidas na vertical(Mt 6.12; Mt 18.21-27).
Infelizmente,
algumas pessoas estão despercebidas da realidade da mensagem na oração do
Pai-Nosso: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos
devedores” (Mt 6.12). Esta frase condiciona o nosso perdão à maneira como
perdoamos a quem nos tem ofendido. Você já pensou na seriedade dessa afirmação?
Como você tem lidado com aqueles com quem não simpatiza ou tem lhe ofendido?
Como acha que Deus tratará tal situação? Liberte-se hoje, abandone essa carga
pesada causada pela falta de perdão e continue a caminhada da santidade.
3.
O cristão deve ser livre da raiz de amargura.
A
raiz da amargura pode surgir, dependendo de como se lida com a ofensa recebida.
Por um lado, se a ofensa não for tratada e perdoada a pessoa ficará ferida e
presa ao seu ofensor. Contudo, se a ofensa for tratada e a pessoa ofensora for
perdoada, haverá restauração total, com total liberdade para uma vida de
santificação.
O
autor de Hebreus relaciona a plena santificação, condição para ver e ter uma
vida eterna com Deus, com a raiz de amargura: “Segui a paz com todos e a
santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, tendo cuidado de que ninguém se
prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos
perturbe, e por ela muitos se contaminem” (Hb 12.14,15). É preciso ter cuidado
para que nenhuma raiz de amargura brote em seu coração e venha atrapalhar sua
comunhão com o Senhor.
SUBSÍDIO 2
Professor (a), explique que “pelo fato de Deus perdoar todos os
pecados que cometemos, não devemos negar perdão a nossos semelhantes. À medida
que entendemos 0 completo perdão de Cristo em nossa vida, devemos demonstrar
uma atitude de perdão em relação aos outros. Se não o fizermos, colocamo-nos
acima da lei do amor de Cristo” (.Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de
Janeiro: CPAD, 2008, p. 188).
III-
EXEMPLOS DE PESSOAS ARREPENDIDAS
1.
Zaqueu, o chefe dos publicanos (Lc 19.1-10).
Jesus,
ao passar por Jericó, teve um encontro com Zaqueu, chefe dos publicanos, Ele
era de pequena estatura e rico. Os publicanos não eram bem-vistos pelos judeus,
pois eram aliados das forças de ocupação romanas e tinham como principal
atribuição coletar impostos de seus compatriotas para serem entregues a César.
Por isso, eles eram odiados pelos judeus, considerados traidores da pátria e do
povo.
Zaqueu
estava ansioso para ver quem era o Senhor, mas a multidão ao redor de Jesus
tornava quase impossível vê-lo. Então, ele sobe em uma figueira brava, um
sicômoro. Ao chegar ao local, Jesus olha para Zaqueu e pede para se hospedar em
sua casa, o que foi considerado pelos judeus um ato de traição (Lc 19.7). Na
casa de Zaqueu, o resultado da bondade de Jesus logo é manifesto na fala do
anfitrião: “Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se em
alguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado” (Lc 19.8).
A
resposta de Jesus é objetiva e assertiva: “Hoje, veio a salvação a esta casa,
pois também este é filho de Abraão” (Lc 19.9). Um exemplo de transformação
duradoura de uma pessoa constrangida pela bondade e o perdão de Jesus.
2.
A mulher pega em flagrante adultério (Jo 8.3-11).
João
conta que os escribas e fariseus trouxeram a Jesus uma mulher apanhada em
flagrante adultério e perguntaram-lhe: “Mestre, esta mulher foi apanhada, no
próprio ato, adulterando, e, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam
apedrejadas, Tu, pois, que dizes?” (vv. 4,5).
Na
Lei estava escrito que o homem adúltero e a mulher adúltera deveriam ser
punidos com a morte (Lv 20.10). Fica explícita a má intenção dos escribas e
fariseus, pois só apresentaram a mulher. Nem mesmo o marido dela é mencionado.
Todavia, Jesus não debate a respeito da Lei, pois Ele estava interessado em resgatar
a mulher.
Ela
estava em uma situação humilhante e opressiva, em nome de uma falsa santidade.
Jesus, depois de se inclinar e escrever na terra, por insistência dos
acusadores, se levanta e responde: “Aquele que dentre vós está sem pecado seja
o primeiro que atire pedra contra ela” (v. 7b). Jesus, mais uma vez, inclina-se
e volta a escrever na terra. Os acusadores, como viviam uma santidade de
“fachada”, saem desiludidos.
Jesus,
se levanta e percebendo que está a sós com a mulher, então pergunta: “Ninguém
te condenou?” A mulher responde: “Ninguém, Senhor”. Então Jesus disse-lhe: “Nem
eu também te condeno; vai-te e não peques mais”. Jesus não a humilhou, não fez
um longo sermão, simplesmente a aconselhou: “não peques mais”. As palavras de
Jesus são um chamamento para uma vida de santidade.
CONCLUSÃO
Nesta
lição, nós aprendemos que não existe perfeição humana, mas mediante a graça de
Deus o cristão que busca uma vida de santidade pode agradar a Deus, o crente
precisa perdoar a si mesmo, ao próximo e deixar toda raiz de amargura, bem como
buscar o arrependimento sincero, que é a base para o caminho de santidade.
HORA DA REVISÃO
1)
Santidade significa perfeição?
Santidade
não significa perfeição, A santificação é contínua e progressiva.
2)
Na cultura judaica o que significava perfeição?
Na
cultura judaica, que regia os ensinos de Jesus e de seus apóstolos, o
entendimento é de que a perfeição é uma realidade relacional e moral.
3)
Qual a base para a santificação?
O
arrependimento é a base para a santificação.
4)
O que a experiência do amor de Cristo gera em nós?
João afirma que a experiência do amor de Cristo gera fruto de santidade e nele não há lugar para o medo ou do julgamento (1 Jo 417-19).
5)
Transcreva um versículo que trata a respeito do perdão.
Sugestão:
“Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”
(Mt 6.12).
PUBLICAÇÕES INDICADAS
Este
E-book é uma verdadeira fonte informativa para os novos e os veteranos
professores de Escola Bíblica.