Subsídios Bíblicos para
a Lição dos Adultos (CPAD). 4° Trimestre de 2022
✍️Subsídio: Ev. Jair Alves
“Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que se embotaram”? (Ez 18.2b NAA).
Em outras palavras:
"Nossos pais pecaram, e nós, os filhos, estamos sendo castigados por
isso". Esse provérbio expressa a ideia de que os pais são
responsáveis pelos pecados dos filhos, mas Deus ainda mostra que todos os
homens são iguais, que nenhum homem é responsável pelos pecados de outro, que a
alma que pecar morrerá por causa de seus próprios pecados.
1. Usando um provérbio para não reconhecer a sua culpa diante de Deus.
O povo de Judá não reconhecia
a sua culpa merecedora de castigo. Embora eles mesmos fossem perversos e
idólatras, culpavam seus antepassados pela situação em que se encontravam (2Rs
21.15).
Esse tipo de raciocínio era
expresso num provérbio então corrente (Jr 31.29), que significa, na
verdade, "Eles pecaram (comeram as uvas verdes); nós herdamos o
amargor" (os dentes dos filhos embotaram).
Deus exigiu que o povo não
mais repetisse esse provérbio falso. Ele não somente interpretava mal a conduta
e o caráter de Deus, mas aqueles que o repetiam consideravam-se completamente
inocentes (Pv 26.9).
2. Deus rejeitou a transferência da culpa e a fuga da responsabilidade deles.
“Tão certo como eu vivo, diz
o SENHOR Deus, vocês nunca mais repetirão esse provérbio em Israel” (Ez 18.3
NAA).
Deus não tem favoritos, mas é
justo em considerar cada pessoa responsável pelo seu próprio pecado. A
responsabilidade moral pertence a cada indivíduo e é intransferível. Cada
pessoa sofre as consequências de seus próprios pecados e não dos pecados de
outros.
3. “Por que o filho não paga pela
iniquidade do pai?”
“Porque o filho fez o que
era justo e reto. Ele guardou todos os meus estatutos e os praticou. Por isso,
certamente viverá” (Ez 18.19 NAA).
A "visitação" pelo pecado, mencionada em Êxodo 20.5 e, 34.6,7
não era a transmissão de culpa, mas as consequências das más escolhas que
afetavam gerações futuras.
Nenhuma geração é julgada
pelos pecados de uma geração anterior. Deus sempre honra o arrependimento
genuíno, como descreve Ezequiel 18.21.
Deus coloca um ponto final
sobre o falso ensino da transferência de culpa dos pais para os filhos!
O filho não
pagará pela iniquidade do pai, nem o pai pagará pela iniquidade do filho. A
justiça do justo ficará sobre ele, e a maldade do ímpio cairá sobre este (Ez
18. 20 NAA).
3. A responsabilidade individual.
Ezequiel resumiu o princípio
da responsabilidade individual (Ez 18.19,20). A argumentação é encontrada no
contexto histórico. O sofrimento no exilio foi um resultado da rebelião persistente
daquela geração, a sua idolatria e a infidelidade ao concerto.
Esses pecados também foram,
vistos, em seus antepassados, algo que ficou claro em Ez 16.1-59. Mas não foi a
culpa de seus pais que lhes trouxe a sua punição foi a sua própria culpa.
4. A visitação pelo pecado
“... sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até
a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam” (Êx 20.5 NAA).
Embora esse versículo pareça
afirmar que Deus puna os filhos pelos pecados de seus pais, não é esse o caso.
Deus não condena os filhos por causa do mau comportamento de seus pais (Dt.
24.26; Ez 18.20). Todavia, os filhos sofrem as consequências das escolhas pecaminosas
de seus pais.
O adultério de um pai, o
consumo de substâncias nocivas, a manipulação ou qualquer comportamento anômalo
estabelecem um padrão que os filhos imitam quando amadurecem. O resultado pode
ser uma repetição da situação emocional de seus pais, levando ao conflito,
divórcio, pobreza ou quaisquer outras condições que tornarão a vida de seus
filhos, e até mesmo a de netos, difícil.
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