🔥 Classe Dominical: Lições Bíblicas Adultos
✔️Trimestre: 3° de 2022
📚 Editora: CPAD
✍️Comentarista: José Gonçalves
📝 Assunto da Revista: OS
ATAQUES CONTRA A IGREJA DE CRISTO:
As Sutilezas de Satanás nestes Dias que
Antecedem a Volta de Jesus Cristo
📚 TEXTO ÁUREO
“E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.” (At 2.4)
💡 VERDADE PRÁTICA
A doutrina do Batismo no Espírito Santo e o falar em línguas como sua evidência são um distintivo pentecostal mantido pela nossa igreja.
⏰ LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 1.2; Êx 31.2,3
A ação do Espírito Santo no Antigo
Testamento
Terça - Jl 2.28
A promessa do derramamento do Espírito
Santo
Quarta - At 2.1-4
O cumprimento da promessa do Espírito
no Novo Testamento
Quinta - 1 Co 12.7
O propósito dos dons espirituais é
promover edificação da Igreja
Sexta - 1 Co 12. 4-10
O falar em línguas como uma identidade
pentecostal
Sábado - 1 Co 12. 11
Uma diversidade de operações realizadas
pelo mesmo Espírito
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 2.1-4; 1 Coríntios 12.7-11
Atos 2
1 - Cumprindo-se o dia de Pentecostes,
estavam todos reunidos no mesmo lugar;
2 - e, de repente, veio do céu um som,
como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam
assentados.
3 - E foram vistas por eles línguas
repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4 - E todos foram cheios do Espírito
Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes
concedia que falassem.
1 Coríntios 12
7 - Mas a manifestação do Espírito é
dada a cada um para o que for útil.
8 - Porque a um, pelo Espírito, é dada
a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
9 - e a outro, pelo mesmo Espírito, a
fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
10 - e a outro, a operação de
maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos;
e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.
11 - Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.
Hinos Sugeridos: 5, 24, 437 da Harpa
Cristã
PLANO DE AULA
1.
INTRODUÇÃO
O tema desta semana é o
movimento sutil que visa enfraquecer a identidade pentecostal. Ele é real e já
está entre nós. Há quem trabalhe para enfraquecer a liberdade das manifestações
das línguas, as manifestações dos dons espirituais no culto ao Senhor e,
principalmente, as línguas como evidência inicial do Batismo no Espírito Santo.
A respeito das línguas como evidência inicial, já há quem a negue. Por isso, a
presente lição abordará o (I) Pentecostes Bíblico; (II) O Distintivo
Pentecostal de nossa Igreja; (III) Mantendo a chama pentecostal acessa.
Precisamos preservar a identidade pentecostal.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Conceituar o Pentecostes
Bíblico;
II) Identificar o distintivo
pentecostal de nossa igreja; III) Conscientizar a respeito da manutenção de
nossa identidade pentecostal.
B) Motivação: Imagine
Gunnar Vingren, ao desembarcar em Belém do Pará, ensinando: As línguas não são
a evidência inicial do Batismo no Espírito. Você consegue imaginar isso? Ora, é
um ensino que contraria toda a história do Movimento Pentecostal no Brasil.
Infelizmente, há quem defenda esse tipo de ensino, ignorando completamente o
que Espírito Santo fez nos primórdios de nossa história e continua a fazer nos
dias atuais.
C) Sugestão de Método:
Para concluir a lição desta semana, leve papéis e lápis para o espaço de aula.
Distribua para os alunos e peça que respondam as seguintes perguntas:
1) Você conhece a
identidade pentecostal?
2) Você tem sido coerente
com a identidade pentecostal?
3) O que você tem feito
para preservar a identidade pentecostal? Os alunos não precisam assinar as
folhas. Em seguida, reforce a identidade pentecostal e indique obras literárias
aos alunos que reforcem essa identidade. Sugerimos as seguintes obras:
"Pentecostes: Essa história é a nossa história"; "Revestidos de
Poder"; "Falar em línguas - O maior dom?", ambas editadas pela
CPAD.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Após a
conclusão, ore com os alunos rogando que o Senhor Jesus batize os crentes no
Espírito Santo, distribua dons espirituais e edifique a Igreja, o Corpo de
Cristo.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador
Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos,
entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 91, p.40,
você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao
final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de
sua aula: 1) O texto "O Batismo no Espírito Santo" é uma reflexão que
expande o primeiro tópico a respeito do fundamento do pentecostes bíblico; 2) O
texto "Os dois propósitos das Escrituras" traz uma reflexão da Bíblia
como instrumento base das nossas experiências com Deus.
INTRODUÇÃO
Nesta lição bíblica vamos estudar a
identidade pentecostal e sua relação com o pentecostes bíblico. Contudo, o
nosso enfoque será mostrar que algumas sutilezas do erro têm aparecido no meio
do Movimento Pentecostal.
No contexto de nossa igreja, o principal deles está relacionado com a negação da atualidade dos dons espirituais e, de uma forma mais específica, a negação da doutrina do falar em outras línguas como a evidência física do Batismo no Espírito. Vejamos, pois, como corrigir esse desvio doutrinário.
PALAVRA-CHAVE
Enfraquecimento
I – O
PENTECOSTES BÍBLICO
1. O Espírito prometido.
O Antigo Testamento mostra a ação do
Espírito Santo em diferentes momentos e sobre a vida de diferentes pessoas.
Assim vemos o Espírito do Senhor agindo sobre a Criação (Gn 1.2); na vida de
Bezalel (Êx 31.2,3); Gideão (Jz 6.34); Jefté (Jz 11.29) etc.
Na Antiga Aliança há uma
excepcionalidade da ação do Espírito de Deus. De uma forma mais específica, o
Espírito de Deus sob o Antigo Pacto atuava sobre a vida de pessoas escolhidas
para obras especiais; dos sacerdotes, reis e profetas (Êx 28.41; 1 Sm 16.14; 1
Rs 19.16). Assim se observa uma ação mais restrita do Espírito de Deus na
Antiga Aliança. Contudo, no Antigo Testamento, havia uma promessa do
derramamento do Espírito de Deus sobre todos, e não apenas sobre pessoas
escolhidas ou uma classe especial (Ez 36.26,27; Jr 31.31-34; Jl 2.28).
2. O Espírito derramado.
No Novo Testamento, entretanto, é que
as promessas a respeito da vinda do Espírito Santo têm cumprimento. O profeta
Joel profetizou a vinda do Espírito de uma forma copiosa (Jl 2.28). Essa
promessa teve seu fiel cumprimento no Dia de Pentecostes e é identificada como
o Batismo no Espírito Santo (At 2.1-4).
No Pentecostes observamos que o
Espírito é derramado sobre toda a carne, sem distinção de sexo, raça ou idade.
Isso mostra a universalização da promessa de Deus. Todos os que creem, e não
apenas alguns escolhidos, podem ser revestidos pelo Espírito Santo.
Diferentemente do Antigo Pacto, no qual apenas pessoas especiais tinham o
privilégio de serem usadas por Deus; no Novo Pacto, a partir de Pentecostes,
Deus derramou o seu Espírito sobre todo o seu povo. Agora todos poderiam
cumprir a missão de proclamar a mensagem de seu Reino.
SINÓPSE I
O Pentecostes Bíblico está ancorado na
promessa do derramamento do Espírito Santo e no cumprimento dessa promessa.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
O Batismo no Espírito
Santo
“Os pentecostais
reconhecem que o Novo Testamento fala de dois batismos no Espírito: um que é
soteriológico e inicia o crente no corpo de Cristo (1 Co 12.13) e um que é
missiológico e capacita o crente para o serviço (At 1.8).
No entanto, os
pentecostais acham que é particularmente adequado adotar a linguagem de Lucas e falar do dom pentecostal como
‘batismo no Espírito Santo’. Afinal, esse batismo no Espírito Santo é prometido
a todo crente, a todos os servos e servas de Deus (At 2.18). Lucas usa a frase
em três ocasiões, Paulo apenas uma vez.
Os pentecostais também
temem que, se a linguagem de Paulo for empregada e o dom do Espírito recebido
na conversão for chamado de ‘o batismo no Espírito Santo’, então o dom
pentecostal deixará de ser adequadamente
entendido.
A tendência nas igrejas
protestantes é ler Lucas à luz de Paulo. Paulo trata das preocupações pastorais
na igreja; Lucas escreve um manifesto missionário. Talvez isso explique por que
discussões protestantes acerca do Espírito centralizam-se mais em sua obra na
Palavra e sacramentos, ‘o testemunho interior’ do Espírito, e menos em sua
missão para o mundo” (MENZIES, Robert P. Pentecostes: Essa História É a nossa
História. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, p.54).
AMPLIANDO O
CONHECIMENTO
“VOSSOS FILHOS E
VOSSAS FILHAS PROFETIZARÃO
Joel prevê que um dos
principais resultados do derramamento do Espírito Santo será a distribuição dos
dons espirituais, entre estes o de profetizar. A manifestação do Espírito,
através dos dons, torna conhecida a presença de Deus entre o seu povo. O
apóstolo Paulo declarou que se a igreja profetiza, o incrédulo será compelido a
declarar: ‘que Deus está verdadeiramente
entre vós (1 Co 14.24,25).” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de
Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, p.1290.
II – O DISTINTIVO PENTECOSTAL DE NOSSA IGREJA
1. A atualidade dos dons espirituais.
Agostinho de Hipona (354-430)
introduziu na igreja o erro doutrinário de que os dons haviam cessado. No
entendimento dele, os dons, de fato, existiram, contudo, haviam sido restritos
ao período apostólico. Esse ensino moldou o catolicismo medieval e, mesmo com o
advento da grande Reforma luterana, os reformadores não conseguiram se desvencilhar
dele.
O Movimento Pentecostal surge
posteriormente como resposta a esse desvio doutrinário. Os Pentecostais não
somente creem que os dons estão vigentes na Igreja como os exercem. Nossa
igreja emerge na história dessa gigantesca explosão do reavivamento dos dons
espirituais.
Na sua Declaração de Verdades
Fundamentais de 1916, as Assembleias de Deus confessavam que todos os crentes
têm o direito e devem sinceramente buscar a promessa do Pai, o Batismo no
Espírito Santo e com fogo. Afirma ainda que com o Batismo no Espírito Santo vem
o revestimento de poder para a vida e serviço, a concessão dos dons e seus usos
no trabalho do ministério (Lc 24.49; At 1.4,8;
1 Co 12.1-31). E que essa
experiência maravilhosa é distinta e subsequente à experiência do novo
nascimento (At 10. 44-46; 11.14-16; 15.7-9).
2. As línguas como evidência.
A Declaração de Fé das Assembleias de
Deus de 1916 afirma que: “O batismo dos crentes no Espírito Santo é
testemunhado pelo sinal físico inicial de falar em outras línguas conforme o
Espírito de Deus lhes dá capacidade de falar (At 2.4).
O falar em línguas neste caso é o mesmo
em essência que o dom de línguas (1 Co. 12. 4-10, 28), mas diferente em
propósito e uso”. Nenhum pentecostal da primeira geração tinha dúvida quanto a
isso. Tanto William H. Durham, bem como Gunnar Vingren e Daniel Berg,
pentecostais da primeira geração, criam e pregavam com convicção essa doutrina.
Contudo, nos dias atuais esse ensino tem dado sinais de enfraquecimento. Isso
por conta de ensinamentos sutis que negam a doutrina das línguas como evidência
inicial do poderoso batismo pentecostal.
A sutileza está em dizer que o falar em
outras línguas, de fato, existe, contudo, não é para todos. Esse desvio doutrinário tira a convicção do
crente de que esse dom seja para ele. Na dúvida, ninguém recebe nada (Tg
1.6-8). No entanto, a doutrina das línguas como evidência inicial do Batismo no
Espírito é inegociável.
SINÓPSE II
A atualidade dos dons espirituais e as
línguas como evidência inicial do Batismo no Espírito Santo são distintivos da
identidade pentecostal.
III – MANTENDO A CHAMA PENTECOSTAL ACESA
1. Fidelidade às Escrituras.
Uma marca distintiva dos pentecostais
clássicos ou históricos era seu amor e fidelidade às Escrituras (cf. At 2.42).
Já foi dito que o Movimento Pentecostal surgiu em um contexto de reação ao
Liberalismo Teológico.
Uma das características do liberalismo
teológico era o secularismo que negava a infalibilidade e inerrância das
Escrituras. Para os pentecostais, a Bíblia é a inerrante e infalível Palavra de
Deus. Sem dúvida o afrouxamento doutrinário e a consequente negação da atualidade
dos dons Espirituais são marcas que mostram que segmentos do Movimento
Pentecostal contemporâneo estão se distanciando da Palavra de Deus.
Todo desvio doutrinário, bem como toda
heresia, existem por conta da negação ou acréscimo de alguma coisa às Escrituras.
Como dizia certo teólogo, as Escrituras não precisam de penduricalhos.
Precisamos voltar às Escrituras.
[...]Não há nada na Bíblia que deponha
contra o uso de templos ou casas de oração. Se o propósito de um templo é
congregar
o povo para adorar ao Senhor, o que há
de mal nisso?
2. Exercício dos dons espirituais.
Como nos dias do profeta Samuel em que
“as visões não eram frequentes” (1 Sm 3.1 - NAA), assim também os “dons
espirituais” parecem ter se tornado algo extremamente raro entre muitos pentecostais.
Não existe Movimento Pentecostal
autêntico sem a prática dos dons espirituais.
O Movimento não pode existir somente
como uma doutrina árida, ele deve se expressar no dia a dia através do
exercício dos dons espirituais. O medo de possíveis abusos não serve como
desculpa. Não podemos rejeitar as verdadeiras manifestações do Espírito por
temer as falsas.
SINÓPSE III
A fidelidade às Escrituras e o exercício
dos dons são instrumentos espirituais para manter a chama pentecostal acesa e
atual para a Igreja.
AUXÍLIO DOUTRINÁRIO
OS DOIS
PROPÓSITOS DAS ESCRITURAS
“São dois os propósitos
das Escrituras Sagradas: revelar o próprio Deus e expressar a sua vontade à
humanidade. Pelo primeiro, dentre outras formas de revelação, Deus
graciosamente revelou a si mesmo pela Palavra: ‘Havendo Deus, antigamente,
falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós
falou-nos, nestes últimos dias, pelo filho’ (Hb 1.1).
Pelo segundo propósito,
Deus expressa claramente a sua vontade redentora a todos e a cada um dos seres
humanos sem nenhuma acepção de pessoas, por meio da fé em Jesus Cristo: ‘Porque
nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé como está escrito: Mas o justo viverá da fé’ (Rm 1.17).
Assim sendo, o Senhor
Jesus Cristo é o centro das Escrituras. Ele mesmo disse: ‘São estas as palavras
que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de
mim estava escrito na Lei de Moisés nos profetas, e nos Salmos’ (Lc 24.44).
Tudo o que precisamos saber sobre Deus e a nossa redenção está suficientemente
revelado em sua Palavra. Ela é o manual de Deus para toda a humanidade, e suas
instruções visam, também, à felicidade humana e o bem-estar espiritual e social
de todos os seres humanos” (Declaração de Fé das Assembleias de Deus: 1.ed. Rio
de Janeiro: CPAD, 2017, pp.27-28).
CONCLUSÃO
Nesta lição vimos que o Movimento
Pentecostal possui sólida fundamentação Bíblica. Vimos também que, como um
movimento do Espírito, o pentecostalismo está inserido dentro de certo contexto
histórico. Isso o fez consciente de sua missão. Contudo, após um século do seu
advento, o movimento passou a dar sinais de esfriamento. Não há dúvida de que o
enfraquecimento doutrinário, e até mesmo desvios teológicos que negam a
manifestação dos dons espirituais, está na gênese desse processo.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que o Antigo Testamento mostra?
O Antigo Testamento mostra a ação do
Espírito Santo em diferentes momentos e sobre a vida de diferentes pessoas.
2. O que podemos observar no Pentecostes?
No Pentecostes observamos que o
Espírito é derramado sobre toda a carne, sem distinção de sexo, raça ou idade.
Isso mostra a universalização da promessa de Deus.
3. Quem introduziu na igreja o erro
doutrinário de que os dons haviam cessado?
Agostinho de Hipona (354-430 d.C.)
introduziu na igreja o erro doutrinário de que os dons haviam cessado.
4. Onde está a sutileza a respeito do
falar em outras línguas?
A sutileza está em dizer que o falar em
outras línguas, de fato, existe, contudo, não é para todos.
5. O que não podemos rejeitar?
Não podemos rejeitar as verdadeiras
manifestações do Espírito por temer as falsas.
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