Revista de Jovens –
Título: O PERIGO DAS TENTAÇÕES –
As orientações da Palavra de Deus de como resistir e ter uma vida vitoriosa | 2°
Trimestre de 2022. Escola Dominical CPAD
TEXTO PRINCIPAL
"Como amaldiçoarei o
que Deus não amaldiçoa? E como detestarei, quando o SENHOR não detesta?"
(Nm 23.8)
RESUMO DA LIÇÃO
Devemos estar atentos
para as ocasiões em que Deus nos orienta a não ultrapassar os limites impostos
por Ele.
VEJA TAMBÉM:
2-Adão e Eva: Querendo ser como Deus
3- José: Resistir à tentação é possível
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA-Nm
22.9
Balaão
sabe que é Deus quem fala
TERÇA
- Nm 22.19
Um
homem de negócios
QUARTA-Nm
22.12
A
advertência divina
QUINTA-Nm
23.4
Um
sacrifício para o Senhor
SEXTA
- Nm 23.26
Um
coração ambicioso
SÁBADO
- Ap 2.14
Lançando
tropeços para o povo de Deus
OBJETIVOS
• SABER que
Balaão ouviu a voz de Deus;
• MOSTRAR que
errar é humano, mas não devemos insistir no erro;
• APONTAR o
que ocorre quando a ambição vence o discernimento.
INTERAÇÃO
Professor (a),
na lição deste domingo estudaremos a respeito da tentação da ambição, Quando
estudamos a respeito de Balaão vemos que ele ouvia a voz de Deus, embora não
fosse um hebreu (Nm 22.12). A princípio parece que reconhecia o Todo-Poderoso
como o único e verdadeiro Deus, mas tudo indica que em algum momento ele deixou
a ambição tomar conta do seu coração e passou a ignorar a voz do Senhor. Balaão
foi chamado pelo rei de Moabe para amaldiçoar o povo a quem Deus já havia
abençoado. Sua missão era impossível e ele bem sabia que não obteria êxito,
contudo tentava de todas as formas receber algum tipo de recompensa, Tudo
indica que Balaão levava a sério sua missão profética, todavia seu coração era
ambicioso e dúbio, Que jamais sejamos seduzidos pela tentação da ambição e
venhamos nos apartar do Senhor, fonte de bênçãos e vida abundante.
TEXTO BÍBLICO: Números 22.1-12
INTRODUÇÃO
Uma das maiores tentações
que cercam as pessoas que conhecem a Deus é, justamente, tentar contornar o que
o Senhor disse, seja para fazer alguma coisa, seja para deixar de fazê-la. A
vontade do Altíssimo pode impulsionar pessoas para a obediência, mas quando
essa vontade confronta o que desejamos, como reagimos? Não raro, o anseio por
conseguir mais bens materiais, posições ou fama nos leva a querer impor para
Deus a nossa vontade. A ambição pode nos fazer ignorar as orientações expressas
do Eterno, levando-nos a lugares onde Ele jamais planejou que estivéssemos.
Nesta lição, veremos o
quanto à tentação pelo dinheiro levou um homem chamado Balaão a contrariar
orientações divinas, como ele contornou a situação para desobedecer a Deus e o
custo da sua desobediência. Por fim, veremos o custo de se desafiar a Deus
quando Ele nos dá orientações claras e diretas.
I - UM HOMEM QUE OUVIU A VOZ DE DEUS
1. Um homem que ouvia a
voz de Deus (Nm 22.8-12).
Balaão é descrito na
Bíblia como um homem que ouviu a voz de Deus. Moisés não entra em detalhes
sobre a fé de Balaão, nem como ele começou a ouvir ao Todo-Poderoso, muito
menos se Balaão tinha por hábito obedecer ao que Deus Lhe dizia, mas deixa
claro que ele não apenas ouviu ao Pai Celeste, mas soube também distinguir que
o Senhor estava falando com ele. Então, eis aqui uma importante questão: Quando
somos tentados, não basta ouvir a voz de Deus!
Veremos que é preciso
ouvir e obedecer ao que Deus está falando. O Senhor não se nega a falar
conosco. Hoje temos a sua Palavra escrita, onde os princípios gerais para
comunhão com Ele já estão apresentados. Temos também respostas do Altíssimo
quando oramos, e podemos não somente ouvir sua voz nos orientando, mas
igualmente nos direcionando em situações nas quais Ele mesmo está nos dirigindo
(Jr 33.3).
Deus também fala conosco
de diferentes maneiras: por intermédio dos seus servos e por meio dos dons
espirituais, que são bíblicos e válidos para os nossos dias, pois foram dados à
Igreja para a edificação dos santos. Esses dons não têm data de validade no
Novo Testamento, nem se sujeitam ao pensamento de algumas pessoas que entendem
terem sido extintos no primeiro século da era cristã. Mas, de nada adiantaria
todas essas formas do Criador falar conosco, se decidirmos que ouvir e obedecer
ao que Ele diz não é necessário.
2. Um homem diante de um
negócio (Nm 22.6,18).
Balaão entra na história
sagrada durante a caminhada do povo em direção à Terra Prometida. Midianitas e
moabitas se uniram em torno de uma causa à qual julgaram ser um problema em
comum: o acampamento dos israelitas nas campinas de Moabe (Nm 22.1-3). É certo
que a multidão de hebreus deixou os moabitas assustados, pois os filhos de
Abraão eram numerosos. Talvez fosse mais fácil, para os inimigos do povo de
Deus, se cercarem de forças espirituais que pudessem dar fim àquele povo, poupando,
desta forma, uma possível guerra e a perda de moabitas. Dessa forma, os
midianitas e moabitas enviam representantes para falarem com Balaão.
3. Povo bendito é.
Após receber os
representantes dos dois reinos, Balaão consultou ao Senhor. Ao que parece, ele
não tinha conhecimento de que os hebreus contavam com a proteção de Deus. O
Eterno sabia o que estava acontecendo, mas se dirigiu a Balaão e perguntou quem
eram os homens que estavam com ele. Deus deixou que ele explicasse quem eram e
o que estavam fazendo, e de forma objetiva, deixou claro a Balaão que ele não
deveria entrar naquele negócio: “[...] Não irás com eles, nem amaldiçoarás a
este povo, porquanto bendito é" (Nm 22.12). É curioso o fato de que Deus
considera seu povo um povo bendito. O mesmo povo que murmurou contra Ele, que
se rebelou contra Moisés, foi considerado bendito pelo próprio Senhor. É
provável que isso se deva não apenas porque o Todo-Poderoso trata com o seu
povo de forma amorosa, mas também que somente Ele pode julgar os seus. Ele não permitiria
que seu próprio povo fosse alvo de alguma maldição.
Na prática, foi essa
lição que Balaão não aprendeu. Ele até entendeu, em um momento inicial, que não
deveria agir de forma contrária ao que Deus lhe orientou: “Então, Balaão
levantou-se pela manhã e disse aos príncipes de Balaque: Ide à vossa terra,
porque o SENHOR recusa deixar-me ir convosco" (Nm 22.13). Mas logo ele sucumbiria
à constância dos apelos daqueles povos.
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SUBSÍDIO 1
Professor (a),
inicie o tópico fazendo a seguinte indagação: Quem foi Balaão?
Ouça os alunos
com atenção e incentive a participação de todos. Depois, explique que Balaão
foi “um profeta cujo pecado e fracasso tornou-o um exemplo para advertir as
eras futuras a respeito da cobiça e ambição (Nm 22—24)."
II - INSISTINDO NO ERRO
1. Obedecendo a Deus, mas
com o coração ambicioso (Nm 23.26).
Podemos ver que Balaão,
em um primeiro momento, obedeceu a Deus: "E levantaram-se os príncipes dos
moabitas, e vieram a Balaque, e disseram: Balaão, recusou vir conosco” (Nm
22.14). Entretanto, o rei dos moabitas não se deu por vencido. Ele insiste com
Balaão, a fim de conseguir o seu objetivo: “Assim diz Balaque, filho de Zipor:
Rogo-te que não te demores em vir a mim, porque grandemente te honrarei e farei
tudo o que me disseres; vem, pois, rogo-te, amaldiçoa-me este povo" (Nm
22.16,17). Aquela era uma oferta tentadora: um rei disposto a premiar um homem
apenas para que ele lançasse pragas contra um povo.
2. O Senhor abriu a boca
da jumenta (Nm 22.21-30).
Advertido por Deus a não
dar prosseguimento ao seu plano, Balaão passa por uma experiência sem
precedentes: ouvir um animal falando. A jumenta com a qual ele costumava viajar
conversa com Balaão. Em nossos dias, é comum pessoas dizerem, de forma jocosa,
que se Deus usou a mula para falar com Balaão, pode usar qualquer outra pessoa
também. Ocorre que a Bíblia não diz que Deus “usou” a mula para falar com
Balaão. A Palavra de Deus é enfática em deixar claro que Deus falou aos pais,
de diversas maneiras, pelos profetas (Hb 1.1). A mesma Bíblia diz que Deus
abriu a boca do animal, e ele questionou Balaão por ter apanhado. A partir
desse “diálogo" o Senhor abriu os olhos de Balaão, e ele viu o anjo do
Senhor. O anjo, sim. tratou com Balaão.
3. A insistência que mina
a resistência (Nm 22.21).
Apesar de ter resistido,
inicialmente, aos convites recebidos com a promessa de uma recompensa
financeira, no final Balaão acabou cedendo. Mesmo Deus permitindo que ele fosse
com os mensageiros, o Senhor deixou claro que ele só falasse o que o Eterno
ordenaria. Isso Balaão obedeceu.
Tendo chegado onde estava
Balaque, Balaão foi a três lugares diferentes: Quiriate-Huzote, Pisga, Peor, e
em todos esses lugares suas palavras foram dirigidas por Deus, que abençoou o
seu povo. Apesar dessas experiências, Balaão ainda estava desejoso de ser
"honrado", remunerado para que Israel fosse punido de alguma forma.
SUBSÍDIO 2
Para iniciar o
segundo tópico faça a seguinte pergunta: O que significa ambição? Ouça os
alunos com atenção e explique que segundo o Dicionário Houaiss "ambição é
um forte desejo de poder ou riquezas, honras ou glórias; cobiça, anseio
veemente de obter sucesso". Em seguida, explique que “a embaixada de
Balaque ofereceu recompensas de riquezas, honra e poder se Balaão viesse a
amaldiçoar Israel, mas a vontade de Deus era clara: 'Não irás com eles, nem
amaldiçoarás a este povo, porquanto bendito é' (Nm 22.12)."
III - QUANDO A AMBIÇÃO VENCE O
DISCERNIMENTO
1. Mudar de lugar não
muda o que Deus disse.
É curioso o fato de que o
homem sem Deus, por desprezar a revelação divina, tende a adquirir crendices
que irão nortear suas ações e sua fé. Balaque conduziu Balaão para mais de uma
localidade, imaginando que, de alguma forma, conseguiria fazer com que um deus
pudesse inspirar o vidente a lançar pragas contra os hebreus. Porém, em
Quiriate-Huzote, a Palavra de Deus foi: “Como amaldiçoarei o que Deus não
amaldiçoa?” (Nm 23.8) Em Pisga é dito: “Deus não é homem, para que minta; nem
filho de homem, para que se arrependa; porventura, diria ele e não o
faria?" (Nm 23.19). Em Peora palavra foi; “Que boas são as tuas tendas, ó
Jacó! Que boas as tuas moradas, ó Israel!" (Nm 24.5).
2. A insistência no erro.
A Palavra de Deus nos diz
que em Quiriate-Huzote, “O Senhor pôs a palavra na boca de Balaão” (Nm 23.5).
Em Pisga, "encontrando-se o SENHOR com Balaão, pôs uma palavra na sua
boca" (Nm 23,16). E em Peor, “veio sobre ele o Espírito de Deus" (Nm
24.2). Com todas essas intervenções sobrenaturais, como Balaão continua
insistindo no erro? Parece-nos que, ao perceber que Deus não mudou seu
posicionamento, Balaão deixou de tentar amaldiçoar o povo de Deus por meio de
imprecações. Mas ele não desistiu de recebera sua recompensa prometida pelos
moabitas e midianitas. Quando se pôs a ir com os mensageiros de Balaque, Balaão
ouviu do anjo de Deus: “Eis que saí para ser teu adversário, porquanto o teu
caminho é perverso diante de mim" (Nm 22.32). Essa fala, por si, já
deveria ter convencido Balaão, mas ela não foi suficiente para mover o coração
daquele homem ambicioso.
3. Lançando tropeço.
O vidente ensinou Balaque “a lançar tropeços diante dos filhos de Israel para que comessem dos sacrifícios da idolatria e se prostituíssem" (Ap 2.14). Dessa forma Deus se tornaria o opositor do seu povo, por causa dos pecados cometidos. Se tentar amaldiçoar o povo de Deus não deu certo, com certeza apelar para a carnalidade dos filhos de Israel trouxe a recompensa que Balaão buscava. Mulheres orientadas a desviar os israelitas pela sedução, conduzindo-os à idolatria e à prostituição, causando a morte de vinte e quatro mil pessoas por meio de uma praga em forma de juízo divino (Nm 25.9).
SUBSÍDIO 3
“O profeta
derrotado e humilhado partiu para casa, mas não para ficar. Ainda determinado a
ganhar a recompensa prometida, Balaão elaborou um plano pelo qual o próprio
Deus destruiria Israel. Deixar que Balaque enviasse o jovem povo de Moabe para
se misturar aos israelitas, e desviá-los de Deus para a adoração degradante a
Baal. O plano foi altamente bem-sucedido (Nm 25), mas os resultados não foram
os que Balaão havia planejado. O juízo de Deus veio rapidamente sobre o seu
povo, e os pecadores foram totalmente eliminados da congregação. Então Deus
ordenou a Moisés que infligisse a derrota a Moabe por seu ataque ardiloso (Nm
25.16-18).
CONCLUSÃO
Balaão começou sua
história como uma pessoa que ouvia a Deus, mas se tornou depois um mercenário.
A tentação de fazer a nossa própria vontade sempre terá seu preço. Balaão poderia
ter entrado para a história como um personagem que aprendeu a ser fiel a Deus,
mas passou a ser conhecido como um vidente maligno, cujo conselho matou a ele e
outras milhares de pessoas.
HORA DA REVISÃO
1. Como Balão é descrito
na Bíblia?
Balaão é descrito na
Bíblia como um homem que ouviu a voz de Deus.
2. Quando somos tentados,
basta ouvir a voz de Deus?
Não. É preciso ouvir e
obedecer.
3. De acordo com a lição,
cite duas maneiras de Deus falar conosco.
Por intermédio de seus
servos e por meio dos dons espirituais.
4. Quando Balaão entra na
história sagrada?
Ele entra na história
durante a caminhada do povo em direção à Terra Prometida.
5. Qual animal falou com
Balaão?
Uma mula.
2° Trimestre De 2022
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da Palavra de Deus de como resistir e ter uma vida vitoriosa | Lição 5: Balaão:
quando Deus diz não| SUBSÍDIOS
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