Como sabemos, a Bíblia foi originalmente escrita
em hebraico e grego. Não havia no hebraico antigo uma palavra correspondente ao
grego kosmos, que significa universo.
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O todo universal era designado pela expressão “os céus e a terra. Isso dificulta a compreensão da palavra “céu”, especialmente às pessoas não versadas em linguagem bíblica.
Dessa forma, encontramos pelo menos três tipos
de céus, a saber:
1) O CÉU ATMOSFÉRICO, ONDE ESTÃO AS NUVENS.
Vamos encontrá-lo em Gênesis 1.8-9: “E
chamou Deus a expansão céus, e foi a tarde e a manhã o dia segundo. E disse
Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca.
E assim foi”.
2) O ESPAÇO ONDE ESTÃO AS ESTRELAS. Ainda
no Gênesis, lemos: “Então o levou fora, e disse: Olha agora para os céus e
conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: assim será a tua semente”,
Gn 15.5.
Este céu das estrelas só passou a ser estudado cientificamente a partir da invenção da luneta por Galileu, no século 16. Até então, prevaleceu por quase 2 mil anos a ideia do chamado universo aristotélico, sem qualquer fundamento científico. Naquele tempo, mesmo em matéria estritamente científica, a Teologia tinha precedência sobre a investigação, mas a instituída Igreja Católica Romana adotava a ideia de Aristóteles como verdade absoluta.
3) UM LUGAR ALÉM DAS ESTRELAS, ONDE SE
ENCONTRA DEUS.
Lemos em Isaías 14.12-14, que narra a queda de
Lúcifer, a referência a este Céu de Deus: “Como caíste do céu, ó estrela da
manhã, filha da alva! Como foste lançada por terra, tu que debilitavas as
nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de
Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, da banda
dos lados do norte. Subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao
Altíssimo”.
É evidente que o Terceiro Céu, a que Paulo se
refere em 2 Coríntios 12.2, é o Céu onde se encontra Deus, e também é chamado
de “céu dos céus” em Neemias 9.6. Ali foram reveladas a Paulo coisas que ele
julgava não poder revelar ao homem comum. Ali está a presença do Deus soberano
do universo, criador de todas as coisas, governando sobre as hostes celestiais,
sobre as multidões de anjos, arcanjos, querubins e serafins. Ali a Igreja do
Senhor entrará solenemente, sobranceira e vitoriosa, para adorá-lo para todo o
sempre.
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Artigo: Pr. Paulo Ferreira |Divulgação:
Subsídios Dominical
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