✍Lições Bíblicas
Adultos, 1° trimestre de
2022 – CPAD
✍Assunto:
A Supremacia das Escrituras: a Inspiração, Inerrante e Infalível Palavra de
Deus
✍COMENTARISTA:
Douglas Baptista
📚 TEXTO ÁUREO
“Estou aflitíssimo; vivifica-me, ó
Senhor, segundo a tua palavra.”
(Sl 119.107)
💡 VERDADE PRÁTICA
Os
livros históricos e poéticos mostram a soberania e a sabedoria divinas. O
relato dessas verdades produz fé e esperança em nossos corações.
⏰
LEITURA
DIÁRIA
Segunda - Js 21.45
Deus controla o curso da história humana
Terça - 2 Tm 2.13
Deus é fiel o tempo todo
Quarta - Jó 28.28
A sabedoria requer ações práticas
Quinta - Pv 31.30
A pessoa temente a Deus recebe honra
Sexta - Mt 10.29,30
Nada acontece fora da vontade divina
Sábado - Pv 4.23
Do coração procedem as fontes da vida
📖 LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Deuteronômio 6.20-25; Salmos 119.105-108
Deuteronômio 6
20
- Quando teu filho te perguntar no futuro, dizendo: Que significam os testemunhos,
e estatutos e juízos que o Senhor nosso Deus vos ordenou?
21
- Então dirás a teu filho: Éramos servos de Faraó no Egito; porém o Senhor, com
mão forte, nos tirou do Egito;
22
- E o Senhor, aos nossos olhos, fez sinais e maravilhas, grandes e terríveis,
contra o Egito, contra Faraó e toda sua casa;
23
- E dali nos tirou, para nos levar, e nos dar a terra que jurara a nossos pais.
24-
E o Senhor nos ordenou que cumpríssemos todos estes estatutos, que temêssemos
ao Senhor nosso Deus, para o nosso perpétuo bem, para nos guardar em vida, como
no dia de hoje.
25
- E será para nós justiça, quando tivermos cuidado de cumprir todos estes
mandamentos perante o Senhor nosso Deus, como nos tem ordenado.
Salmos 119
105
- Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.
106-
Jurei, e o cumprirei, que guardarei os teus justos juízos.
107
- Estou aflitíssimo; vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua palavra.
108
- Aceita, eu te rogo, as oferendas voluntárias da minha boca, ó Senhor; ensina-me
os teus juízos.
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PLANO DE AULA
1.
INTRODUÇÃO
Estamos prosseguindo em nosso estudo bíblico sobre as Sagradas Escrituras. Nesta lição, temos a finalidade de apresentar uma visão panorâmica dos livros históricos e poéticos.
Os
alunos devem compreender que as narrativas presentes nos livros de Josué às
Crônicas apresentam a experiência de Israel com o seu Deus. Nos dilemas,
conflitos e milagres veem-se provas do cuidado e da providência de Deus. Já a
literatura poética e sapiencial aponta para a sabedoria e verdade divinas.
2.
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos
da Lição:
I)
Destacar as narrativas de Josué e Juízes e
apresentar as histórias dos reis de Israel e Judá;
II)
Conhecer a estrutura e características da
literatura bíblica poética e de sabedoria;
III)
Mostrar os princípios práticos para a vida
cristã.
B) Motivação: É necessário uma postura de submissão diante da mensagem bíblica. As narrativas da experiência do povo de Israel com Deus nos ensinam a cerca da soberania e sabedoria do Senhor.
C) Sugestão de Método: Elabore no quadro (ou em outro recurso disponível) uma tabela com duas colunas: Livros Históricos e Livros Poéticos. Correlacione todos os livros do Antigo Testamento que se enquadre em cada categoria. A partir dessa exposição explique a diferença entre o texto em prosa e o texto em poesia.
3.
CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Incentive seus alunos a crer que Deus é soberano e age na História. Reforce a importância de seguirmos os exemplos da sabedoria divina e não da humana. Desafie-os a desenvolverem um coração adorador.
4.
SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão
B)
Auxílios Especiais: Ao
final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de
sua aula:
1) O
texto "Conheça um pouco mais dos Salmos da Bíblia" traz uma
introdução sobre o livro de Salmos, que lhe ajudará no desenvolvimento do
segundo tópico;
2) O texto "O Ensino de Qualidade na Escola Dominical", localizado ao final do terceiro tópico, aponta para o desenvolvimento de um ambiente educacional saudável e de práticas pedagógicas eficientes para a docência cristã.
INTRODUÇÃO
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A Bíblia faz uso de gêneros literários para expressar a revelação divina. Para contar as histórias do povo de Deus, os livros históricos servem-se da literatura chamada de “narrativa”. Os livros poéticos e de sabedoria recorrem ao “texto lírico” com o propósito de despertar sentimentos. Em vista disso, na lição de hoje, estudaremos as experiências e as instruções relatadas nesses livros, cuja mensagem fortalece os nossos corações.
PALAVRA-CHAVE
Coração
I – AS HISTÓRIAS DO ANTIGO TESTAMENTO
1. Os livros históricos.
Após a morte de Moisés, Deus chamou Josué para liderar o povo na conquista da Terra Prometida (Js 1.1,2).
As gerações
seguintes, para assegurar a herança, disputaram o espaço com outras nações. Os
registros dessa experiência com Deus, e da posse da terra, são chamados de
“livros históricos”. São um total de 12 volumes, que retratam a história de
Israel desde a entrada em Canaã (cerca de 1400 a.C.) até o tempo de Esdras e
Neemias (cerca de 400 a.C.). Nesse período, Israel experimentou a providência,
a proteção e o juízo divino. Esses relatos demonstram que Deus controla o curso
da história (Js 21.45).
2. As histórias dos Juízes.
Depois de Josué, os juízes governaram
Israel até ao profeta Samuel (At 13.20). São cerca de 400 anos da história com
a atuação de doze líderes (Jz 3.11–16.30). Nessa época, não havia rei em Israel
(Jz 18.1); e cada um andava como queria (Jz 21.25). Por essa razão, a nação
entrou em declínio espiritual e fez “o que parecia mal aos olhos do Senhor” (Jz
3.7). Como resultado, os israelitas foram subjugados pelas nações vizinhas (Jz
3.8,12; 6.1; 10.7). Apesar disso, mediante o arrependimento do povo, Deus
levantava libertadores para resgatar Israel da opressão (Jz 3.9,15; 6.7;
10.10). Essas histórias apontam para a fidelidade e a misericórdia divinas (2
Tm 2.13).
3. As histórias dos Reis.
Por volta do ano 1050 a.C., Deus constituiu Saul como rei em Israel (1 Sm 8.5; 9.17). Porém, Saul fracassou (1 Sm 16.1). Então, Davi foi escolhido e recebeu a promessa de um reino que não teria fim (2 Sm 7.16). Salomão lhe sucedeu, e após a sua morte, o reino se dividiu: Israel no Norte; e Judá no Sul. Ambos os reinos, rebelaram-se contra Deus, e foram para o exílio. Em 722 a.C., Israel foi conquistado pelos Assírios. Em 586 a.C., Judá caiu diante da Babilônia. Contudo, em 539 a.C., cumprindo sua promessa, Deus restaurou o trono de Davi. E, do reino de Judá, a esperança messiânica se cumpriu em Jesus (Lc 1.32,33). Essas narrativas mostram que os planos do Senhor não podem ser frustrados (Jó 42.2).
SINÓPSE I
As histórias presentes na Bíblia são verdadeiras e
dão testemunho da fidelidade e misericórdia divinas.
II – OS LIVROS POÉTICOS (E DE SABEDORIA) DO ANTIGO TESTAMENTO
1. Os livros sapienciais e poéticos.
Cinco livros do Antigo Testamento são chamados de “escritos sapienciais” e “poéticos” porque ensinam a sabedoria por meio da poesia ou da prosa, são eles: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão.
Eclesiastes foi escrito quase todo em prosa e os outros
livros foram redigidos, em sua maioria, em forma de poesia. De modo geral, a
prosa retrata o modo como normalmente falamos. E a poesia expressa sentimentos
e pensamentos mediante versos que atingem o intelecto e as emoções. Na Bíblia,
esse gênero literário trata da aplicação da verdade divina à experiência
humana, refere-se à sabedoria prática mais do que teórica (Jó 28.28; Sl 19.7;
Pv 23.12; Ec 7.12, Ct 8.7).
2. Eclesiastes, Provérbios e Jó.
O tema de Eclesiastes está na frase “é
tudo vaidade” (Ec 1.2), indicando a efemeridade da vida humana. Por isso, ao
final, o autor declara que o sentido da vida é “teme a Deus e guarda os seus
mandamentos” (Ec 12.13). O tema de Provérbios afiança que “o temor do Senhor é
o princípio da ciência [sabedoria]” (Pv 1.7), ensinando que observar os
princípios divinos nos faz pessoas sábias. Portanto, ao concluir, o escritor
enfatiza que uma pessoa temente a Deus é digna de ser honrada (Pv 31.30). O
tema de Jó é o sofrimento (Jó 1.21), mostrando que a dor não é racional e que é
preciso sempre confiar no Senhor.
3. Salmos e Cantares de Salomão.
Salmos em hebraico significa “louvor” e sinaliza que a mensagem principal do livro é louvor, oração e adoração. Também é um livro de instrução, porque nos mostra como servir ao Senhor. E ainda fala profeticamente acerca do Messias. Nesses aspectos, considera-se como verso-chave o Salmo 29.2: “Dai ao Senhor a glória devida ao seu nome; adorai o Senhor na beleza da sua santidade”. O livro de Cantares ilustra o compromisso, a intimidade e o amor que deve existir no casamento. Refere-se ao plano original de Deus acerca do relacionamento conjugal. O versículo-chave sintetiza o ideal da fidelidade entre o marido e a sua mulher: “Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu” (Ct 6.3).
SINÓPSE II
Os livros poéticos e de sabedoria expressam de forma bela, singela e prática a verdade e a sabedoria de Deus.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“[Conheça um pouco mais
dos Salmos da Bíblia:]
O livro dos Salmos é uma
coletânea de poesia hebraica inspirada pelo Espírito Santo; descreve a adoração
e as experiências espirituais do povo de Deus no Antigo Testamento. É a parte
mais íntima e pessoal deste testamento, pois nos mostra como era o coração dos
fiéis naquele tempo, e a sua comunhão com Deus.
Nos livros históricos da Bíblia,
Deus fala acerca do homem; nos livros proféticos, Deus fala ao homem, e nos
Salmos, o homem fala a Deus. A alma do crente pode ser comparada a um órgão
cujo executor é Deus. Nos Salmos, percebe-se como Deus toca todas as emoções da
alma piedosa, produzindo cânticos de louvor, confissão, adoração, ações de
graças, esperança e instrução. Até hoje, não foi achada linguagem melhor para
que nós nos expressemos diante de Deus. As palavras dos Salmos são a linguagem
da alma” (PEARLMAN, Myer. Salmos: adorando a Deus com os filhos de Israel. Rio
de Janeiro: CPAD, 2020, p.5).
III – UMA MENSAGEM AO CORAÇÃO
1. Uma mensagem de soberania.
A Bíblia descreve o que Deus fez na vida
das pessoas e por meio delas. Por exemplo, Deus conduziu Josué na travessia do
Jordão (Js 3.13). O feito favoreceu o acesso à Terra Prometida (Js 5.1). Deus
levantou nações para punir a rebeldia de seu povo e ainda proveu o meio de
escape, a fim de evitar a extinção da nação eleita (Rm 9.29). Ele resgatou da
Babilônia o remanescente conforme a promessa feita a Davi (Ed 9.13). Foi Ele
que conservou a nação de Judá e assim preparou o caminho para a vinda do
Messias prometido (At 13.17-23). Assim sendo, nosso coração deve se aquietar,
porque Deus é soberano, Ele age na história e nada acontece fora da sua vontade
(Mt 10.29,30).
2. Uma mensagem de sabedoria.
Deus é a fonte da sabedoria (Pv 2.6), e o
propósito da sabedoria é agradar a Deus (Pv 3.5). Desse modo, todo o conselho
prático está subordinado à sabedoria divina. Dentre eles, citamos: andar
retamente (Pv 2.7); fugir da luxúria (Pv 2.16); não ser preguiçoso (Pv 6.6);
manter boa reputação (Pv 22.1); tomar cuidado no falar (Ec 5.2); não confiar no
dinheiro (Ec 5.10); viver com alegria (Ec 9.7); remir o tempo (Ec 12.1); manter
a integridade (Jó 1.22); aceitar a repreensão (Jó 5.17); confiar no Senhor (Jó
19.25); e desfrutar do verdadeiro amor (Ct 8.7). No entanto, essas ações não
devem ser observadas de forma legalista, elas devem ser o resultado do toque
divino no coração humano (Pv 4.23).
3. Uma mensagem de adoração.
Os salmos possuem a peculiaridade de
expressar as mais profundas emoções do coração humano, tais como: medo,
angústia e tristeza (Sl 116.3); força, segurança e alegria (Sl 118.14). Também
refletem o ideal divino da espiritualidade e adoração. Entre outros retratos da
vida espiritual, destacam-se: o coração que confia (Sl 3.3); o coração contrito
(Sl 6.1); o coração que glorifica (Sl 8.1), o coração agradecido (Sl 30.1), e o
coração arrependido (Sl 51.1). A fim de manter a verdadeira adoração em todas
as circunstâncias da vida, o salmista descreveu a conduta por ele adotada:
“Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti” (Sl
119.11).
SINÓPSE III
Os sentimentos do coração estão impressos na
história, na poesia da Bíblia, que nos ensinam a respeito da verdadeira
adoração.
AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ
“[O Ensino de Qualidade na
Escola Dominical]
O ensino precisa ser centrado no
aluno, e não no professor ou no conteúdo. Todas as nossas ações didáticas devem
ser elaboradas pensando no aluno, visando à sua aprendizagem. [...] Atualmente
sabemos que a aprendizagem é um processo dinâmico que envolve uma infinidade de
esquemas mentais. Por isso, o ensino deve ser participativo. É preciso abrir
espaço para que os alunos questionem, pesquisem, manipulem, experimentem [...].
É importante que professor
compreenda que o aluno chega à classe com um conhecimento prévio do assunto que
será estudado. Logo, não podemos ignorar esse conhecimento, mas temos que
partir do que eles já sabem a respeito do assunto para depois apresentar novos
conteúdos. O ensino deve visar ao contato do aluno direto com a sua realidade,
ou seja, deve haver aplicabilidade. Precisamos construir uma ponte entre o
conteúdo ensinado e a nossa realidade. Atualmente os cristãos não são mais
jogados na cova dos leões como no tempo de Daniel, mas quantos “leões” não
temos que enfrentar no nosso dia a dia (desemprego, enfermidades, decepções,
etc.). Temos que aplicar o ensino ao nosso tempo e à nossa realidade” (BUENO,
Telma. Educação Cristã: Reflexões e Práticas. Rio de Janeiro: CPAD, 2012,
p.20).
CONCLUSÃO
A experiência do povo de Deus na conquista
e posse da Terra Prometida aponta para a soberania divina. O texto bíblico em
prosa e poesia revela a sabedoria divina, que deve ser aplicada em nosso viver
diário. Essa mensagem alegra o nosso coração, serve de bom remédio, e conserva
saudável o nosso espírito, alma e corpo (Pv 17.22).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que Israel experimentou no período
dos livros históricos?
Israel experimentou a providência, a
proteção e o juízo divino.
2. Para onde as histórias desses livros
apontam?
Essas histórias apontam para a fidelidade
e a misericórdia divina.
3. Cite os cincos livros que são classificados
como livros sapienciais ou poéticos.
Eclesiastes, Provérbios e Jó, Salmos e Cantares de Salomão.
4. O que acontece quando observamos os
princípios divinos?
Observar os princípios divinos nos faz
pessoas sábias.
5. Quem conservou a nação e preparou o
caminho para a vinda do Messias?
Deus.
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