Lições Bíblicas Adultos, 3°
trimestre 2021 - CPAD
✍️Título: O Plano Divino
para Israel em meio à infidelidade da Nação. As Correções e os Ensinamentos
Divinos no Período dos Reis de Israel.
✍️Comentarista: Pr. Claiton Ivan
Pommerening
✍️Produção: CPAD
✍️Data: 22 de Agosto de 2021
VEJA:
TEXTO
ÁUREO
“Então,
desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem de Deus; e
a sua carne tornou, como a carne de um menino, e ficou purificado.”
(2
Rs 5.14)
VERDADE PRÁTICA
Deus
não opera milagres necessariamente segundo nossas expectativas. Ele faz da
forma e no momento que lhe apraz.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda
- Jo 4.46-54
A
fé no que Jesus diz é suficiente para gerar cura
Terça
- Mt 10.8
Jesus
deu autoridade aos discípulos para curar em seu nome
Quarta
- Tg 5.14,15
A
oração feita com fé é capaz de curar e libertar o pecador
Quinta
- Jó 5.8,9
Os
milagres que Deus realiza são inimagináveis
Sexta
- At 20.33,34
Um
exemplo contra a cobiça
Sábado
- Sl 103.3
O
Senhor tem poder para curar doenças e perdoar pecados
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
2 Reis
5.1-10,14,25-27
1
- E Naamã, chefe do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu
senhor e de muito respeito; porque por ele o SENHOR dera livramento aos siros;
e era este varão homem valoroso, porém leproso.
2
- E saíram tropas da Síria e da terra de Israel levaram presa uma menina, que
ficou ao serviço da mulher de Naamã.
3
- E disse esta à sua senhora: Tomara que o meu senhor estivesse diante do
profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra.
4
- Então, entrou Naamã e o notificou a seu senhor, dizendo: Assim e assim falou
a menina que é da terra de Israel.
5
- Então, disse o rei da Síria: Vai,
anda, e enviarei uma carta ao rei de Israel. E foi e tomou na sua mão dez
talentos de prata, e seis mil siclos de ouro, e dez mudas de vestes.
6
- E levou a carta ao rei de Israel, dizendo: Logo, em chegando a ti esta carta,
saibas que eu te enviei Naamã, meu servo, para que o restaures da sua lepra.
7
- E sucedeu que, lendo o rei de Israel a carta, rasgou as suas vestes e disse:
Sou eu Deus, para matar e para vivificar, para que este envie a mim, para eu
restaurar a um homem da sua lepra? Pelo que deveras notai, peço-vos, e vede que
busca ocasião contra mim.
8
- Sucedeu, porém, que, ouvindo Eliseu, homem de Deus, que o rei de Israel
rasgara as suas vestes, mandou dizer ao rei: Por que rasgaste as tuas vestes?
Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel.
9
- Veio, pois, Naamã com os seus cavalos e com o seu carro e parou à porta da
casa de Eliseu.
10
- Então, Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, e lava-te sete vezes no
Jordão, e a tua carne te tornará, e ficarás purificado.
14
- Então, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a palavra do homem
de Deus; e a sua carne tornou, como a carne de um menino, e ficou purificado.
25
- Então, ele entrou e pôs-se diante de seu senhor. E disse-lhe Eliseu: De onde
vens, Geazi? E disse: Teu servo não foi nem a uma nem a outra parte.
26
- Porém ele lhe disse: Porventura, não foi contigo o meu coração, quando aquele
homem voltou de sobre o seu carro, a encontrar-te? Era isso ocasião para
tomares prata e para tomares vestes, e olivais, e vinhas, e ovelhas, e bois, e
servos, e servas?
27
- Portanto, a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua semente para sempre. Então,
saiu de diante dele leproso, branco como a neve.
HINOS
SUGERIDOS: 156, 192, 453 da Harpa Cristã
OBJETIVO GERAL:
Revelar que Deus deseja curar e salvar a todos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
I.
Relatar
a busca de Naamã por sua cura;
II.
Salientar
o orgulho e a falta de fé de Naamã;
III.
Identificar
a ambição de Geazi.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Esta lição nos impressiona pela forma de Deus operar seus milagres. Eliseu mandou Naamã lavar-se nas águas turvas do Rio Jordão como uma simples demonstração de humildade e obediência. Naamã precisava entender que a cura jamais viria pela ação humana ou por meios naturais. Ela viria, sim, milagrosamente pela graça e pelo poder de Deus. Converse com seus alunos sobre a importância da humildade e da obediência diante da urgência de um milagre. A grandeza, o orgulho e a desobediência não levam a coisa alguma - "um grande homem..., porém leproso" (v.1). Naamã obedeceu às orientações do servo do Senhor e foi completamente curado (v.14).
INTRODUÇÃO
A
cura da lepra de Naamã nos revela que os métodos de Deus nem sempre são fáceis
de compreender. Naamã, o comandante do exército da Síria, precisou exercitar
sua obediência e fé ao mergulhar no rio Jordão, pois tal ato era demasiadamente
humilhante para um homem de sua posição. Porém, ao deixar de lado o orgulho e
cumprir a rigor o que Eliseu lhe dissera, Naamã alcançou a cura.
PONTO
CENTRAL
O Senhor trabalha
por meios inimagináveis.
I
– NAAMÃ, O CHEFE DO EXÉRCITO SÍRIO
1.
Naamã, um comandante honrado.
Naamã
era um ministro do alto escalão do governo da Síria, cuja capital era Damasco.
A Síria havia atacado Israel várias vezes (1 Rs 11.25; 20.1,22; 22.31). Naamã
era um comandante admirado e respeitado por todos devido às suas muitas
vitórias em batalhas. Mas era leproso; e essa doença afetava sua integridade e
o deixava vulnerável.
2.
A escrava, uma testemunha de Deus.
Em
uma de suas incursões de guerra contra Israel, Naamã fez uma menina de escrava
(2 Rs 5.2). Esta passou a morar na sua casa e, vendo o sofrimento do seu
senhor, sugeriu à esposa de Naamã que fosse falar com o profeta Eliseu (2 Rs
5.3). A escrava se tornou uma agente de Deus na casa de Naamã, ainda que na
condição de serva. Não importa onde estejamos e nem as nossas condições, sempre
haverá uma oportunidade para falarmos de Deus às pessoas.
3.
A caravana de Naamã.
Naamã
acreditou na palavra da escrava e foi até o seu rei a fim de lhe contar o que
ela lhe dissera. O rei sírio preparou uma carta ao rei de Israel, recomendando
a cura de seu comandante, bem como enviou presentes (2 Rs 5.5). O rei de
Israel, ao saber do que se tratava a visita de Naamã, ficou atemorizado e
rasgou as suas vestes, pois acreditava ser essa visita, um pretexto do rei
sírio para atacá-lo (2 Rs 5.7).
SÍNTESE
DO TÓPICO I
O Senhor está
pronto para curar, basta que o busquemos e que depositemos nossa confiança e fé
nEle.
SUBSÍDIO
DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
A verdadeira aula é um diálogo entre o professor e os alunos; o
ideal seria que toda aula fosse como a resposta de uma pergunta dos alunos. Não
é bom que somente o professor crie e fale, mas que ouça o aluno falar por sua
vez.
Não é aconselhável transformar a aula num simples monólogo do
professor para uma plateia de ouvintes receptivos e inertes, com o falso
pressuposto, mais ou menos generalizado, de que a obrigação do aluno é ouvir,
calar e reter. O verdadeiro ensino não consiste apenas na transferência de
conhecimentos de uma cabeça para outra. Ensinar é fazer pensar, é estimular
para a identificação e resolução de problemas; é ajudar a criar novos hábitos
de pensamento e de ação. O professor deve ser um comunicador dialogal e não um
transmissor unilateral de informações.
II
– O MERGULHO NO RIO JORDÃO
1.
Eliseu não se impressionou com a pompa.
Ao saber sobre o que estava acontecendo e o porquê de o rei de Israel ter rasgado as suas vestes, Eliseu disse: “Por que rasgaste as tuas vestes? Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel.” (2 Rs 5.8b). Então o comandante Naamã foi até a casa de Eliseu. Porém, ele não o recebeu, mas mandou um mensageiro com as instruções do que ele haveria de fazer para ser curado (2 Rs 5.10).
2. A decepção e a cura de Naamã.
O comandante sírio esperava que o profeta o recebesse
com honras e que lhe tocasse com as mãos, mas a ordem foi de mergulhar sete
vezes no rio Jordão. A decepção de Naamã foi evidente (2 Rs 5.11,12). Foi
preciso a intervenção de seus empregados para que a ordem fosse cumprida.
Contrariado, o comandante mergulhou sete vezes no rio Jordão e sua pele ficou
como a de uma criança; ele estava purificado de sua lepra (2 Rs 5.14).
3.
Deus ainda opera milagres, e não misticismos.
O
número sete, que Eliseu usou, representa a perfeição de Deus na simbologia hebraica.
Entretanto, o episódio em 2 Reis 5 é o único que relata o uso desse número pelo
profeta. Tal fato não nos dá o direito de usar uma forma de numerologia em
nossos cultos ou campanhas intermináveis. Podemos e devemos invocar as bênçãos
de Deus, pois esperamos o seu agir milagroso. Onde Ele age não é preciso
numerologia ou superstição, pois o poder de Deus está acima de tudo isso. E
mesmo que não haja um milagre visível, Ele está agindo, pois a fé é confiar
nEle mesmo quando as coisas não acontecem do nosso jeito (Hb 11.13). Não por
acaso, Jesus disse que “muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta
Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro” (Lc 4.27).
SÍNTESE
DO TÓPICO II
Para ser alcançado pelo milagre divino é necessário abandonar o orgulho e a falta de fé.
SUBSÍDIO
HISTÓRICO-GEOGRÁFICO
“Deus
cura Naamã (5.8-14).
Os detalhes descrevem o cenário externo que, entretanto, era apenas
incidental em relação ao milagre da cura que Deus realizou através de Eliseu.
Ele representava um outro episódio significativo no ministério de Eliseu, e
tinha o propósito de demonstrar que só o Senhor é Deus, e que os deuses de
outras nações nada representavam. O rio Abana (12), atual Barada, começa nas
montanhas do Líbano e corre através de Damasco, e torna possível a existência
dessa cidade por causa do oásis formado em seu percurso. O rio Farpar (ou
Farfar) não foi identificado tão facilmente como o Abana. É possível que a
Bíblia se refira a um rio que começa nas montanhas do Líbano e corre cerca de
16 quilômetros em direção à região sudoeste de Damasco e que, nesse caso, seria
chamado de rio de Damasco. Outra sugestão é que o rio Farpar seja uma
referência a um afluente do Barada, o Nahr Taura.
[...] O registro da cura de Naamã representa um cativante relato da
‘cura do leproso’. Existe aqui um retrato notável sobre: (1) A grandeza que não
leva a coisa alguma – um grande homem... porém leproso, 1; (2) O testemunho da
fé de uma escrava, 2-4; (3) Um pedido inesperado e humilde, 9-11; (4) Alternativas
mais atraentes, 12; (5) A obediência e a cura completa, 13,14” (Comentário
Bíblico Beacon: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.349).
III
– GEAZI É ACOMETIDO DA LEPRA
1.
A rejeição dos presentes.
Após
a sua cura física e sentimental, Naamã estava disposto a voltar a Eliseu, a fim
de lhe presentear (2 Rs 5.15). A Bíblia não deixa claro se esse presente foi o
mesmo enviado pelo rei sírio anteriormente; pode ser que o primeiro presente
tenha ficado com o rei de Israel. Porém se for o mesmo, a quantia era composta
de trezentos e cinquenta quilos de prata, e uns setenta quilos de ouro, e dez
mudas de roupas finas; um valor muito grande para ser rejeitado. Mas, mesmo
assim, Eliseu rejeitou o presente (2 Rs 5.16).
2.
Homens de Deus não se deixam vender.
A
atitude de Eliseu ao recusar o presente de Naamã revela um comportamento de
quem não vende a si mesmo ou as bênçãos de Deus (2 Rs 5.16). Tanto Elias quanto
Eliseu eram honestos consigo mesmos e com Deus.
3.
Por ganância Geazi é acometido da lepra.
Depois
de visitar Eliseu, Naamã partiu para a Síria. Quando Naamã iniciava sua viagem,
Geazi, cheio de ganância em seu coração, foi até ele e, mentindo, se apoderou
dos presentes oferecidos a Eliseu (2 Rs 5.21-24). Tal atitude nos revela o
caráter distorcido de Geazi. Visando o bem material ele mentiu ao comandante
sírio, traiu Eliseu e desonrou a Deus. Por isso, o jovem foi acometido de lepra
e saiu diante do profeta, “branco como a neve” (2 Rs 5.27).
SÍNTESE
DO TÓPICO III
É inadmissível
que os servos de Deus negociem milagres e curas do Senhor por presentes ou
favores humanos.
CONHEÇA
MAIS
“Os que experimentam em sua própria vida o poder da graça divina são
os mais capacitados para falar deste assunto. Naamã também se mostra agradecido
ao profeta Eliseu, que rejeitou toda a recompensa, não porque cresse que seria
ilícita ou porque já teria recebido presentes de outros, mas para mostrar aos
sírios que os servos do Deus de Israel consideram as riquezas do mundo com
santo desprezo.” Para saber mais leia: Comentário Bíblico Matthew Henry. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, p. 302.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
“O
pecado de Geazi. Foi um pecado complicado.
1.
O amor ao dinheiro, aquela raiz de todos os males, estava na base do pecado. Seu senhor
desprezou os tesouros de Naamã, mas ele os cobiçou (v.20). Seu coração estava
guardado nas bagagens de Naamã e Geazi devia correr atrás dele para pegá-lo.
Multidões, por cobiçarem as riquezas do mundo, se transpassaram a si mesmos com
muitas dores.
2.
Ele censurou a seu senhor por recusar presente de Naamã, condenou-o como
tolo por não receber ouro quando podia tê-lo feito, cobiçou e invejou a sua
bondade e generosidade a esse estrangeiro, embora fosse para o bem da alma
dele. Resumindo, ele se achou mais sábio do que o seu senhor.
3.
Quando Naamã, como uma pessoa de maneiras polidas, desceu de sua
carruagem para encontrá-lo (v.21), Geazi lhe disse uma mentira deliberada, que
o seu senhor o enviara até ele, e assim recebeu, para si mesmo, aquele presente
que Naamã pretendia dar ao seu senhor.
4.
Ele abusou de seu senhor, e de maneira vil o representou diante de Naamã como alguém que
tinha se arrependido de sua generosidade, que era inconstante como quem não
sabe o que quer, que dizia e voltava atrás, que não fazia uma coisa honrável,
mas que logo devia desfazer novamente. A sua história dos dois filhos dos
profetas era tão tola quanto falsa. Se ele tivesse implorado uma oferta para os
dois jovens estudantes, com certeza menos do que um talento de prata seria o
bastante.
5.
Havia o perigo de ele desviar Naamã daquela santa religião à qual acabara de
aderir, e diminuir a boa opinião que tinha a respeito dela. Ele poderia então
dizer, como os inimigos de Paulo insinuaram a respeito dele (2 Co 12.16,17),
que, embora o próprio Eliseu não tivesse sido um peso, ainda sendo astuto, ele
o apanhou com fraude, enviando aquele que o cobrava” (HENRY, Matthew.
Comentário Bíblico Antigo Testamento: Josué a Ester Edição Completa. Rio de
Janeiro: CPAD, 2010, p.566).
CONCLUSÃO
A cura de Naamã nos mostra que Deus está disposto a perdoar e salvar a todos, independentemente de posição social ou nacionalidade. E, apesar de muitas vezes não compreendermos, o Senhor opera maravilhas de formas diferenciadas (2 Rs 5.11,12). Naamã, a princípio, não havia entendido o caminho para a cura, mas assim que a recebeu, reconheceu o Senhor como único e verdadeiro Deus.
PARA
REFLETIR
A
respeito de “Naamã é Curado da Lepra”, responda:
1.
Quem era Naamã?
Naamã
era comandante dos exércitos da Síria.
2.
Que importância teve a menina escrava na cura de Naamã?
Ela
se tornou uma agente de Deus na casa de Naamã, ainda que na condição de serva.
3.
O que Naamã esperava do profeta Eliseu?
Esperava
que o profeta o recebesse com honras e que lhe tocasse com as mãos, mas a ordem
foi de mergulhar sete vezes no rio Jordão.
4.
Quais curas Naamã recebeu?
Foi
curado da lepra e do orgulho.
5. O que aprendemos com a cura de Naamã?
A cura de Naamã nos mostra que Deus está disposto a perdoar e salvar a todos, independentemente de posição social ou nacionalidade.
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