Trimestre: 4° de 2020 |Lições Bíblicas de Jovens, CPAD Compre
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TEXTO DO DIA
"Arrependo-me de haver posto a Saul como rei; porquanto deixou de me seguir e não executou as minhas palavras[...]."(1 Sm 15.11)
SÍNTESE
Em sua soberania, Deus pode rejeitar pessoas que escolhem desobedecê-lo, ainda que tenham sido chamadas para uma grande obra.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA - 1 SM 10.1
Saul é ungido rei de Israel
TERÇA - 1 Sm 10.5,6
Saul se encontra com os profetas
QUARTA - 1 Sm 18.8
Saul sente inveja de Davi
QUINTA - 1 Sm 15.9,10,18
Saul desobedece a Deus
SEXTA - 1 Sm 15.26
Como rei Saul é rejeitado pelo Senhor
SÁBADO - 1 Sm 28.1-7
Saul consulta uma médium
📚Veja
também:
Lição 1 - Moisés: A Diferença que a Presença DE Deus Faz
Lição 2 - Débora: Fazendo a Diferença em Ações e Palavras
Lição 3 - Quando a Chamada de Deus não Faz Diferença: Os Filhos de Eli
Objetivos
REFLETIR
a
respeito da chamada e escolha de Saul para ser o primeiro rei de Israel;
MOSTRAR os erros cometidos por
Saul durante o seu reinado;
SABER como foi o término do reinado de Saul.
Interação
Saul era um jovem alto, forte e também tímido, pois quando aclamado rei se escondeu entre a bagagem. Ele foi ungido por Samuel, sendo assim consagrado por Deus para exercer seu reinado. Mas não demorou muito para tornar-se desobediente, deixando de cumprir aquilo que fora ordenado pelo Senhor. Como consequência da sua desobediência o Espírito Santo o deixou (1 Sm 13.13,14). Então ele passou a ser atormentado por um espírito mal, tendo o seu coração totalmente corrompido. O exemplo de Saul nos mostra que não basta ter uma chamada do Senhor, é preciso ser obediente em todo o tempo, pois isto certamente garantirá a presença e a orientação dEle conosco.
Texto bíblico
1 Samuel 13.8-14
8
E esperou sete dias, até ao tempo
que Samuel determinara; não vindo, porém, Samuel a Gilgal, o povo se espalhava
dele.
9
Então, disse Saul: Trazei-me aqui um
holocausto e ofertas pacíficas. E ofereceu o holocausto.
10 E sucedeu que, acabando ele de oferecer o
holocausto, eis que Samuel chegou; e Saul lhe saiu ao encontro, para o saudar.
11 Então, disse Samuel: Que fizeste? Disse
Saul: Porquanto via que o povo se espalhava de mim, e tu não vinhas nos dias
aprazados, e os filisteus já se tinham ajuntado em Micmás.
12 Eu disse: Agora, descerão os filisteus
sobre mim a Gilgal, e ainda à face do SENHOR não orei; e forcei-me e ofereci
holocausto.
13 Então, disse Samuel a Saul: Agiste
nesciamente e não guardaste o mandamento que o SENHOR, teu Deus, te ordenou;
porque, agora, o SENHOR teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre.
14 Porém, agora, não subsistirá o teu reino;
já tem buscado o SENHOR para si um homem segundo o seu coração e já lhe tem
ordenado o SENHOR que seja chefe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o
que o SENHOR te ordenou.
INTRODUÇÃO
A
Palavra de Deus mostra exemplos de pessoas que começaram bem e terminaram mal.
Nesta lição, veremos o primeiro rei de Israel, Saul. Escolhido por Deus e
ungido pelo profeta Samuel, ele se deixou levar pela obediência parcial, pelo
ciúme e inveja, e acabou sendo substituído. Veremos que Deus não possui
predileção por pessoas que desprezam a obediência e que pouco caso fazem
daquilo que Ele diz.
I - UM INÍCIO
SOBRENATURAL
1.
O contexto histórico.
Para
que entendamos a história de Saul, é preciso ver o que a Lei de
Moisés disse sobre a futura monarquia. Ciente de que no futuro os
hebreus desejariam ser governados por um monarca, Deus lhes disse, pelo
ministério de Moisés, antes de estarem na Terra Prometida: "Quando
entrares na terra que te dá o SENHOR, teu Deus, e a possuíres, e nela habitares,
e disseres: Porei sobre mim um rei, assim como têm todas as nações que estão em
redor de mim, porás, certamente, sobre ti como rei aquele que escolher o
SENHOR, teu Deus; dentre teus irmãos porás rei sobre ti; não poderás pôr homem
estranho sobre ti, que não seja de teus irmãos" (Dt 17.14,15). Deus deixou
claro o caminho para a implantação da monarquia em Israel. Ele já sabia, em sua
onisciência, que o povo iria pedir um rei, e as normas foram claras: Esse rei
seria escolhido pelo Senhor, e deveria ser um hebreu. Não poderia haver um
estrangeiro governando o povo de Israel.
2.
Escolhido por Deus.
Dizer
que Saul não foi escolhido por Deus é uma declaração que precisa ser avaliada à
luz das sagradas Escrituras. De acordo com o livro de 1 Samuel, o povo pede um
rei (8.5), cumprindo-se o que Deus havia predito em Deuteronômio 17, e o Senhor
concede a realização desse pedido (1 Sm 8.22). O Eterno se encarregou de
revelar a Samuel quem seria o primeiro monarca dos hebreus: "Por que o
SENHOR o revelara aos ouvidos de Samuel, um dia antes que Saul viesse, dizendo:
Amanhã, a estas horas, te enviarei um homem da terra de Benjamim, o qual
ungirás por capitão sobre o meu povo de Israel, e ele livrará o meu povo da mão
dos filisteus; porque tenho olhado para o meu povo, porque o clamor chegou a
mim" (1 Sm 9.15,16).
Esses textos deixam claro que Deus conduziu as
circunstâncias. Samuel também compreendeu que o Senhor havia escolhido Saul
como rei de Israel. O texto diz ainda que Saul seria ungido para trazer
livramento ao povo de Israel contra os filisteus. Tais declarações, e a forma
como tudo aconteceu, mostram que Saul foi escolhido por Deus.
3.
Sinais de sua vocação.
Saul
recebeu um lugar de honra numa refeição em que Samuel havia convidado trinta
homens (1 Sm 9.22). Após isso, Samuel diz que Saul foi escolhido por Deus (1 Sm
10.1), e acrescenta que as jumentas de Quis, pai de Saul, foram achadas (1 Sm
10.2), e que ele encontraria um grupo de profetas, profetizando logo em seguida
e se tornando um novo homem (1 Sm 10.6). A orientação divina era que, após
esses sinais se cumprirem, Saul saberia que Deus era com ele (1 Sm 10.7). Esses
sinais se cumpriram no mesmo dia (1 Sm 10.9). Deus não apenas escolheu Saul,
mas mostrou por sinais que estaria com o primeiro rei de Israel.
4.
Apontado por Deus.
Samuel
convocou o povo para Mispa, e lá mostrou o seu rei, Saul. Ele era um homem
alto, mas estava escondido entre a bagagem. Foi necessário que Deus apontasse a
Samuel que Saul estava escondido entre as bagagens. Mesmo tendo se escondido, Saul
foi aclamado pelo povo, com as palavras "viva o rei" (1 Sm 10.24). E
a Palavra de Deus registra que "filhos de Belial" desprezaram Saul (1
Sm 10.27). Esses textos deixam claro que Saul foi escolhido por Deus, não
apenas pela revelação dada a Samuel, mas também pelos sinais que se seguiram da
parte do Senhor. O Deus que escolhe é o mesmo que mostra sinais de sua escolha.
II - COMETENDO ERROS NO MEIO DO CAMINHO
1.
Uma desobediência completa.
Apesar
de todos os sinais demonstrados, e da honra e autoridade dadas por Deus, Saul
desobedeceu ao Eterno. Diante de uma batalha contra os filisteus, Saul
descumpriu a ordem de Samuel, de esperar o retorno do profeta para oferecer um
sacrifício. Saul mesmo sacrificou, sem ter a autorização de Deus para fazer isso,
e recebeu uma dura resposta (1 Sm 13.13,14).
2.
Uma obediência parcial.
Em
outra ocasião, Deus havia dito a Saul, por intermédio de Samuel, que o rei
aniquilasse os amalequitas. Aquele povo se pôs contrário aos israelitas por
ocasião da saída do Egito, e isso deixou Deus indignado. A hora do julgamento
dos amalequitas havia chegado e Saul deveria executar o juízo contra aquela
nação. E o que Saul fez? Atacou os amalequitas, mas deixou vivo o rei e o
melhor das ovelhas e do gado. Em sua perspectiva, não se podia matar um rei, e
o gado poderia ser usado no sacrificado ao Senhor. Mas não foi isso que Deus
ordenou. Saul havia obedecido parcialmente e para Deus, isso era uma
desobediência: "Arrependo-me de haver posto a Saul como rei; porquanto
deixou de me seguir e não executou as minhas palavras" (1 Sm 15.11).
O peso da atitude errada de Saul é visto nas palavras de Samuel: "Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do SENHOR, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas rei" (1 Sm 15.22,23). O Senhor havia decretado o fim do reinado de Saul. O Deus que escolhe é o mesmo que pode rejeitar uma pessoa por causa de suas atitudes.
O
Deus que escolhe é o mesmo que mostra sinais de sua escolha.
3.
Outras atitudes erradas.
Em
uma guerra, os soldados precisam estar alimentados para que possam se manter em
combate. Saul também deixou a desejar quando, exausto depois de uma guerra
contra os filisteus, decretou que quem comesse pão até a tarde daquele dia,
seria tido por maldito. Jônatas, seu filho, provou mel naquele mesmo dia, sem
saber do que seu pai falara, e se não fosse o povo para preservar a vida do
jovem, Saul teria matado seu próprio filho por um voto impensado, feito num
momento de estresse de guerra.
Saul
sentiu-se incomodado, após a vitória de Davi sobre Golias, com o cântico das
mulheres que atribuíram um valor maior para a vitória do adolescente, e
procurou matar Davi. Em sua busca desenfreada por matar o jovem pastor, que
agora era um guerreiro, Saul ordenou a morte de 85 sacerdotes e de todos os
habitantes da cidade de Nobe, porque Davi havia fugido e passado naquela
localidade (1 Sm 22.18,19).
III - UM FIM
DESASTROSO PARA O PRIMEIRO REI DE ISRAEL
1.
O preço de não se ouvir e obedecer a Deus.
O
preço de tanta indiferença para com as coisas de Deus resultou no silêncio do
Eterno para com Saul. O princípio vale para os nossos dias: Para quê buscar a
orientação do Senhor se essa busca não é acompanhada na mesma intensidade pela
obediência? Deus não se revela para satisfazer a nossa curiosidade, e sim para
que cumpramos o seu projeto neste mundo. O Pai Celeste nos concede claramente o
poder da escolha, mas igualmente as consequências da responsabilidade. Em nada
tal fato fere a soberania de Deus, pois Ele permanece Soberano, ainda que
obedeçamos ou não os seus desígnios. Quem perde a oportunidade de ser usado
pelo Senhor é quem rejeita o projeto dEle para a sua vida.
2.
Buscando respostas no mal.
Saul,
diante da batalha contra os filisteus, que seria a sua última, resolveu
procurar uma feiticeira, para que lhe servisse de mediadora com o sobrenatural.
Ele havia consultado ao Senhor, mas não obteve resposta por nenhuma das formas
costumeiras (1 Sm 28.6). O preço a ser pago pela desobediência foi o silêncio
de Deus.
O
silêncio divino não fez com que Saul buscasse ao Senhor e lhe obedecesse.
Lamentavelmente, não são poucos os que buscam respostas de Deus sem querer
buscar na mesma medida a sujeição aos seus desígnios. Mas, Saul ainda queria
respostas. Ele iria novamente para a guerra e foi buscar na feitiçaria uma
palavra favorável (1 Sm 28.7). Contando com ajuda de seus servos, achou uma
feiticeira, e o preço de seu pecado foi a morte. Seu desatino foi tão grande
que ele mencionou o nome do Senhor para garantir à feiticeira que não a
mataria: "Então, Saul lhe jurou pelo SENHOR, dizendo: Vive o SENHOR, que
nenhum mal te sobrevirá por isso" (1 Sm 28.10). Ele usou o nome de Deus
para chancelar o mal, tão grande era a sua distância do Eterno.
3.
O fim de um reinado.
Saul
termina sua história dando fim à própria vida. Após deixar de ouvir as
orientações de Deus, Saul se viu sozinho e cercado por inimigos. Perdeu três de
seus filhos na batalha antes de se matar, e deu fim a sua história de forma
triste.
Cremos
que esse não era o projeto de Deus para Saul, quando o Eterno o escolheu e o
ungiu pelo ministério de Samuel. Se ele tivesse respeitado os mandamentos do
Senhor, seu reino seria confirmado para sempre.
A
cada momento somos desafiados a ser obedientes a Deus, e precisamos entender
que uma decisão errada pode nos levar a outra decisão errada, tirando-nos do
centro da vontade do Senhor. Se formos atentos ao que Deus fala, e
apresentarmos nossas decisões a Ele, não teremos dificuldades em cumprir a vocação
para a qual fomos chamados.
Pense!
O que
conta, no fim da nossa história: O início da nossa caminhada ou a forma como
terminamos nossos dias?
Ponto Importante
Começar
com a bênção de Deus é necessário, tanto quanto ser fiel a Deus duramente o
nosso ministério, até o final dele.
SUBSÍDIO
"1 Samuel 10.6 - Como podia Saul estar tão cheio do Espírito, e, posteriormente, cometer atos tão malignos?
Durante todo o Antigo Testamento, o Espírito de Deus 'vinha' sobre
os indivíduos, temporariamente, para que Deus pudesse usá-los para grandes
atos. Isto acontecia frequentemente com os juízes de Israel, quando chamados
por Deus para resgatar a nação (Jz 3.8-10). Esta não era uma influência
permanente, mas uma manifestação temporária do Espírito Santo.
Em algumas ocasiões, no Antigo Testamento, o Espírito até mesmo veio
sobre incrédulos, para capacitá-los para tarefas comuns. O Espírito Santo dava
à pessoa o poder de fazer o que Deus pedia, mas isto nem sempre produzia os
outros frutos do Espírito, tais como autocontrole. Nos seus primeiros anos como
rei, Saul foi uma pessoa diferente, como resultado do trabalho do Espírito
Santo nele (1 Sm 10.1-10). Mas, à medida que seu poder crescia, também crescia
sua soberba. Depois de algum tempo, ele se recusou a buscar Deus; o Espírito
Santo o deixou (1 Sm 16.14), e sua boa atitude desapareceu" (Bíblia de
Estudo Cronológica Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 450).
CONCLUSÃO
Ser
escolhido por Deus para uma obra ou ministério não nos isenta de andar de acordo
com os padrões de Deus. Saul obteve do Eterno uma chamada que foi confirmada
por sinais. Entretanto, ele perdeu o reino ao não andar de acordo com as
orientações de Deus. Não basta ter uma chamada do Senhor, é preciso ser
obediente em todo o tempo, pois isto certamente garantirá a presença e a
orientação dEle conosco.
HORA DA
REVISÃO
1.
Cite uma referência bíblica que mostra que os hebreus seriam governados por um
monarca.
"Quando entrares na terra que te dá o SENHOR, teu Deus, e a
possuíres, e nela habitares, e disseres: Porei sobre mim um rei, assim como têm
todas as nações que estão em redor de mim, porás, certamente, sobre ti como rei
aquele que escolher o SENHOR, teu Deus; dentre teus irmãos porás rei sobre ti;
não poderás pôr homem estranho sobre ti, que não seja de teus irmãos" (Dt
17.14,15).
2.
Segundo a lição, quais eram as normas para a escolha do monarca hebreu?
Esse rei seria escolhido pelo Senhor, e deveria ser um hebreu. Não
poderia haver um estrangeiro governando o povo de Israel.
3.
Quais os dois sinais da vocação e escolha de Saul, conforme a lição?
Saul recebeu um lugar de honra numa refeição em que Samuel havia
convidado trinta homens. Após isso, Samuel diz que Saul foi escolhido por Deus,
e acrescenta que as jumentas de Quis, pai de Saul, foram achadas, e que ele
encontraria um grupo de profetas, profetizando logo em seguida e se tornando um
novo homem (1 Sm 10.6).
4.
Qual foi a saudação do povo ao ser apresentado ao novo rei?
"Viva o rei".
5. Qual o pecado de Saul que o fez perder o trono?
A
desobediência deliberada a Deus.