Como deve Ser o Ensino do Professor da Escola Dominical? - Subsídios Dominical

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A Carreira Que Nos Está Proposta [ Revista Digital Cristão Alerta - 2° Trimestre 2024

Como deve Ser o Ensino do Professor da Escola Dominical?

Este artigo nos ajuda a compreendermos o conceito de ensino e a maneira ideal para o professor (a) da Escola Dominical ministrar as suas aulas.

I. O Que Significa Ensinar

🔍Aprofunde seu conhecimento, veja:

Sou Professor (a) da Escola Dominical, por onde eu começo?Como manter a Atenção dos Alunos na Aula?

1. Evolução dos conceitos de ensino

Se perguntarmos a um leigo o que significa ensinar, certamente ouviremos as seguintes respostas: “Ensinar é transmitir conhecimentos” ou “Ensinar é transferir para o aluno tudo aquilo que o professor aprendeu”. Estas proposições estariam corretas se não colocassem o aprendiz na condição de mero espectador.

 

Se ensinar é simplesmente transferir saberes de uma cabeça à outra, significa que quem aprende exerce um papel passivo no processo, ou seja, é apenas um receptáculo do saber alheio. Nesse caso, professores e alunos posicionam-se em níveis diferentes e distantes: de um lado temos o mestre que sabe tudo, e de outro, o aluno que nada sabe. Afirmar isso é comparar a mente humana a uma folha em branco, na qual os professores podem gravar o que desejarem. Era assim que a didática tradicional conceituava o ensino.

 

Através de recentes estudos no campo da didática, alguns educadores preferiram considerar o ensino como a técnica capaz de formar uma série de condicionamentos. Daí a expressão: “Ensinar é formar hábitos”. Posteriormente, surgiu uma nova definição: “Ensinar é dirigir ou orientar tecnicamente a aprendizagem”. Mediante esta posição, a maioria dos pedagogos concordam que o processo de ensinar tem como consequência obrigatória o processo de aprender. Se o professor ensinou e o aluno não aprendeu, não houve verdadeiro ensino.

II. Como Deve Ser o Ensino

1. O ensino deve ser atuante, vibrante e instigador

Muitos professores pensam que é dever comunicar o máximo do que eles sabem aos alunos, na forma melhor estruturada possível, mesmo sem medir ou avaliar o resultado, em termos de quantidade e qualidade de conteúdo assimilado. Ensinar, como já foi dito, não é somente transmitir ou transferir conhecimentos. Não é somente comunicar. Ensinar é fazer pensar; é ajudar o aluno a criar novos hábitos de pensamento e de ação. Isto concorda com o que leciona o Prof. John Milton Gregory: “A verdadeira função do professor é criar condições para que o aluno aprenda sozinho. (...) Ensinar de fato não é passar conhecimento, mas estimular o aluno a buscá-lo. Poderíamos até dizer que ensina melhor quem menos ensina”.

 

2. Imaginemos uma situação real de sala de aula

Um aluno da Escola Dominical faz as seguintes perguntas: “Professor, como deve ser o relacionamento com os nossos inimigos?”

🎯 “Jesus ensinou algo específico a esse respeito?” Quais respostas deveria dar o professor?

🎯 Responderia ele de imediato?

🎯 Na prática docente e o que normalmente acontece: o professor fornece de pronto a resposta mais elaborada possível. Neste caso, de que modo participaria o aluno no processo?

🎯 Se ele sempre tem as respostas, não há necessidade de buscá-las. Não é preciso pensar! Se esse procedimento não é correto, como deve ser feito?

Em vez de simplesmente dar a solução, deve o professor fornecer material suficiente e necessário para que o aluno por si só, tente elaborar sua própria resposta. Em relação ao aluno referido acima, o professor, no intuito de torná-lo participante ativo do processo ensino-aprendizagem, poderá tomar as seguintes atitudes:

👉 Indicar a leitura e a comparação de Mt 5.44 com Mt 26.48,50.

👉 Com base nos textos indicados, propor-lhe as seguintes questões:

💡 a) Se você estivesse no lugar de Jesus, qual seria sua atitude ao constatar que aquele que se dizia seu amigo, na verdade, o traíra covardemente?

💡 b) Apesar de ter sido traído, a forma como Jesus tratou Judas condiz com o que Ele ensinou aos seus discípulos?

💡 c) Este é um exemplo a ser seguido por todos nós?

Com estes materiais, o aluno não apenas terá uma resposta objetiva mas concluirá por si mesmo que Jesus não apenas ensinou acerca do relacionamento com os inimigos, mas foi o exemplo, amando de forma imparcial e completa, não apenas aqueles que o amavam, mas também aos que o odiavam e perseguiam.

 

De acordo com Howard Hendricks, “a eficiência de nosso ensino não se avalia com base naquilo que o professor faz, mas no que o aluno faz em decorrência de nossa prática didática”. Isto não significa que a exposição da aula não deva ter estrutura alguma, ou que seja melhor o professor nunca responder uma pergunta objetivamente. Significa, sim, que a estrutura da exposição deve conduzir ao raciocínio e não à absorção passiva de ideias e informações do professor.

 

L. A. Weigle, em seu livro The Teacher, diz: “Não é aquilo que você diz ou conta ao aluno, e, sim, aquilo que ele pensa depois de ouvir suas palavras; não é aquilo que você faz por ele, e, sim, aquilo que ele faz com suas próprias mãos; não é a impressão, e, sim, a reação dele que determina o seu desenvolvimento. Você não pode enfiar ideias na cabeça do aluno; suas palavras são .1 penas símbolos das ideias que estão em sua mente. O aluno deve interpretar tais símbolos e daí, com isso, construir suas próprias ideias. O ensino só obtém êxito quando leva o aluno a agir.

 

3. O ensino deve ser envolvente

Qualquer tempo gasto sem que o aluno esteja profundamente envolvido na lição é tempo perdido. O que se pensa, geralmente, é que na Escola Dominical, somente as classes infantis e de adolescentes necessitam de elementos incentivadores para captar e cativar a atenção dos alunos para o estudo. Esse pensamento não traduz a verdade no âmbito da prática docente. Muitos recursos educativos normalmente aplicados à infância e à adolescência, podem ser potencializados e redimensionados para as demais classes. Temos que fazer o aluno envolver-se na lição. Torná-lo cooperador engajado na aprendizagem.

 

A participação ativa dos alunos constitui fator essencial à aquisição e principalmente à retenção do conteúdo do ensino. O professor deve “abrir espaço” para seus alunos contarem suas próprias experiências relacionadas aos aspectos essenciais da lição.

 

Todo ensino precisa ser ativo, e toda aprendizagem não pode deixar de ser ativa, pois ela somente se efetiva pelo esforço pessoal do aprendiz, visto que ninguém pode aprender por alguém. De acordo com Ralph W. Tyler, “A aprendizagem se realiza através da conduta ativa do aluno, que aprende mediante o que ele faz e não o que faz o professor.” John Dewey, famoso filósofo e psicólogo norte-americano, quando ensinava sobre objetivos do ensino, declarou: “O objetivo da educação deveria ser ensinar a pensar, e não ensinar o que pensar”.

 

O professor deve solicitar, quer no início, quer no decurso de qualquer aula, a opinião, a colaboração, a iniciativa, o trabalho do próprio aluno.

4. O ensino deve ser potente e dinâmico

O que significa potencializar e dinamizar o ensino? A natureza do ensino não é dinâmica em si mesma? Haveria algo a fazer que o tornasse mais interessante?

 

Tornar o ensino potente e dinâmico significa atribuir-lhe força para produzir ou transformar alguma coisa. No que se refere à educação significa modificar o comportamento na maneira de pensar, sentir e agir.

 

Antes de demonstrar como atribuir força ao ensino é necessário esclarecer como ocorre o processo ensino-aprendizagem. Existe uma relação intrínseca entre ensinar e aprender. Só ocorre o aprendizado, e, portanto, só ocorre o ensino depois que houver mudanças na mente, na vontade e na atitude do indivíduo.

Artigo: Pr. Marcos Tuler

Divulgação: www.subsidiosdominical.com


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