Classe: Adolescentes – 3° Trimestre de 2018 - Lição da revista
do Professor
TEXTO BÍBLICO
2
Pedro 2.1-3
Destaque
"Estou
muito admirado com vocês, pois estão abandonado tão depressa aquele que os
chamou por meio da graça de Cristo e estão aceitando outro evangelho” (Gaiatas
1.6).
LEITURA DEVOCIONAL
SEG.................................................
Cl 2.8
TER..................................................
Mt 23.27,28
QUA..................................................
Gl 4.9,10
QUI....................................................
1Tm 4.1-3
SEX....................................................Cl
2.18,23
SAB...................................................
Jd.4
DOM..................................................
Hb 6.4-6
OBJETIVOS
Ensinar como a Igreja Romana
alcançou primazia no Cristianismo;
Relatara comportamento da
Igreja Medieval
Comparar a Igreja Medieval com
a mensagem da Igreja Primitiva
Material Didático
Quadro branco, caneta pincel e apagador
QUEBRANDO A ROTINA
Reproduzo no quadro a seguinte
tabela:
IGREJA
PRIMITIVA
|
IGREJA
MEDIEVAL
|
Perseguida
|
Perseguidora
|
Culto Simples
|
Rituais
E ecoados
|
Líderes Exemplares
|
Líderes
Corruptos
|
Mensagem de Amor
|
Mensagem
de Ódio
|
Trazia Liberdade
|
Trazia
Escravidão
|
Faça a seguinte pergunta aos seus
alunos: "Como foi passível tantas mudanças?” Aguarde as respostas e
enfatize que todo aquele que se afasta da Palavra de Deus está sujeito a
semelhante mudança. Mantenha a tabela exposta durante toda a aula para
enfatizar as transformações ocorridas na Igreja Medieval.
ESTUDANDO A BÍBLIA
O apóstolo Paulo temia que a mente
dos cristãos coríntios fosse corrompida e que eles abandonassem “a devoção
sincera e pura a Cristo” (2Co 11.3). Esse temor se concretizou com toda a
cristandade na Idade Média.
Não devemos pensar que estamos imunes a semelhante mudança, pois
todo aquele que se afasta da pureza da Palavra de Deus está sujeito ao erro e a
consequente queda.
Como professores da Escola Dominical, somos formadores de opinião,
devemos batalhar para ensinar a doutrina bíblica sem nenhuma contaminação para
os nossos alunos. Mas para que isso ocorra temos que buscar a direção de Deus,
por intermédio de uma vida de oração e leitura bíblica. Somente assim
conseguiremos ter uma vida santa e, por meio dos nossos ensinos, influenciar positivamente
nossos alunos.
No ano
313 d.C o Imperador Constantino assinou uma lei que autorizava qualquer pessoa
a praticar a religião que quisesse. Terminavam assim quase 300 anos de perseguição
ao Cristianismo. O próprio imperador a ajudava financeiramente a igreja
mandando construir luxuosos templos para os cristãos se reunirem.
Podemos
pensar que foi um período de vitória para a igreja, mas essa ajuda imperial,
com o tempo, mostrou-se a pior derrota da igreja, pois muitas pessoas se
tornaram cristãs não porque se converteram, mas para receber ajuda do
imperador. Eram cristãs apenas no nome, mas continuavam acreditando e fazendo
as mesmas coisas que faziam antes de entrar para a igreja.
O
próprio imperador mandou que milhares de pessoas fossem batizadas à força, e
muitas aceitavam o batismo por medo. A igreja até tentou ensinar a fé para
essas pessoas e muitas realmente se converteram. Mas para a grande maioria,
fazer parte da igreja não significava nada em suas vidas.
No
dia 27 de fevereiro de 380 d.C., o Imperador Teodósio I assinou uma lei que
ficaria conhecida como "Edito de Tessalônica”, onde o Cristianismo se
tornou a religião oficial do Império Romano, e qualquer cidadão romano passou a
ser considerado cristão. Situação parecida com a do Brasil, considerado um país
que possui uma das maiores populações cristãs do mundo, mas sabemos que o dia a
dia mostra outra realidade.
O fim do Império
Romano e o início do papado
Quando
o Cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano, a igreja de
Roma, a capital do Império, ganhou destaque. No início os demais líderes de
igrejas não reconheciam o pastor romano como autoridade máxima da Igreja. Cada
um era responsável em resolver seus próprios assuntos, todos eram Papas. Como
assim? Existiam vários Papas? Na época antiga, qualquer líder de igreja era
chamado de Papa, uma palavra que significa simplesmente "papai”, ou seja,
era uma forma carinhosa e respeitosa de se chamar o pastor da igreja; não era um
título exclusivo ao líder romano como depois passou a ser e assim é até os dias
de hoje.
O
primeiro a conseguir uma autoridade universal foi Leão I, que conseguiu ser
famoso por usar suas habilidades e resolver muitas questões de outras igrejas.
Também tornou-se famoso por ter convencido, no ano de 452 d.C., Átila, chefe
dos exércitos dos hunos, a não invadir e destruir a cidade de Roma. Leão I não
conseguiu impedir uma invasão no ano de 455 d.C., mas seus pedidos para que a
cidade não fosse incendiada e que não houvessem assassinatos foram atendidos. O
Império estava próximo de seu fim, o Imperador não tinha nenhum reconhecimento,
e o Papa passou a exercer esta autoridade, dando um pouco de tranquilidade para
a situação.
Porém,
para Leão I, sua autoridade não deveriaserreconhecidaporseusfeitos, mas porque,
para ele, o fato do pastor da igreja de Roma ser o líder máximo de toda a
Igreja era a vontade de Deus. Ele interpretava de maneira errada as palavras de
Jesus (Mt 16.17,18) e afirmava que Pedro recebeu as chaves do Reino do Céu, e
era a pedra em que Cristo edificou a sua Igreja, e recebeu por diversas vezes a
ordem para tomar conta das ovelhas do Senhor (Jo 21.15-19). Acreditava-se que
Pedro havia estado em Roma, e lá juntamente com Paulo, fundado a Igreja,
tornando-se o seu primeiro pastor. Leão I acreditava que tudo o que Jesus havia
dito para Pedro valia também para os seus sucessores. Esses argumentos são
usados até o dia de hoje para defender a autoridade papal.
Com
a morte de Leão I seus sucessores tentam firmar sua autoridade, mas têm pouco
sucesso. No ano de 476, o Império Romano termina definitivamente, gerando
grande confusão na cidade, que estava sem liderança alguma. Os Papas romanos
procuraram exercer esta liderança.
No
ano 590, Gregório I tornou-se Papa. Nesta época a cidade de Roma estava
passando por uma situação muito difícil: constantes inundações, pragas e fome,
o número de pobres e sem teto aumentava cada vez mais.
Gregório
I administrou a cidade de forma eficiente, ajudou os pobres e ao mesmo tempo
acumulou riquezas para a igreja. Durante sua administração a Igreja Romana ficou
tão rica e poderosa que conseguiu definitivamente a liderança no Cristianismo.
Ainda, o líder católico romano preocupava-se com a vida da igreja. Dava muita
importância para a pregação e enviou missionários para as regiões mais
distantes, mas cometeu erros que afastaram a igreja dos ensinamentos de Jesus.
Ele ensinava a existência do purgatório, um lugar onde a alma de quem
supostamente morreu em pecado ficava para se purificar antes de ir para o céu.
Os vivos poderiam ajudar os mortos a sair do purgatório oferecendo missas em
seu nome. Gregário I afirmava que na missa, Cristo era sacrificado de novo,
contrariando assim a Bíblia (Hb 10.12). Encorajava os crentes a colecionar e
adorar as relíquias, que eram os objetos e ossos pertencentes aos cristãos antigos.
AUXÍLIO HISTÓRICO
Apesar do zelo dos missionários nessa época [Idade Média], as
trevas aumentaram por todos os lados, e o poder corruptor de Roma aumentou de
uma maneira assustadora. A simplicidade do culto cristão estava sofrendo
contínuas inovações, e várias doutrinas de caráter duvidoso tinham invadido a
igreja. Foi no tempo de Gregário que a abominável ideia do Purgatório foi
primeiramente discutida. Ele próprio falou de "purificação por meio do
fogo, como sendo um fato decidido”, mal pensando que esta ficção pagã havia de
ser mais tarde o pretexto da venda de indulgências. [...]
A maior parte da religião apelava mais para os sentidos carnais
do que para a compreensão espiritual do homem. Aqueles que quisessem satisfazer
o seu amor pelos prazeres mundanos sob a capa da religião, podiam achar muita
ocasião nos dias de festas pagãs; enquanto que os espíritos supersticiosos
podiam encontrar incitamento para a sua fatal credulidade nos milagres
extraordinários, que diziam eles os ossos dos santos podiam fazer, ou nos reluzentes
crucifixos e velas consagradas que adornavam os altares. A simplicidade do
culto cristão tinha desaparecido debaixo da pompa do ritual [...]” (KNIGHTA.;
ANGLIN W. História do Cristianismo: Dos apóstolos do Senhor Jesus ao século XX.
Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.83).
A igreja afastou-se
de Jesus
Com
o passar do tempo, a igreja de Roma se afastou dos ensinamentos de Jesus. O
Deus amoroso, e misericordioso narrado na Bíblia (1 Jo 4.8) foi transformado em
um tirano que a qualquer momento poderia lançar a pessoa no inferno. Para que
isso fosse evitado, a igreja deveria ser obedecida sem questionamentos.
A
igreja ficava cada vez mais rica e poderosa, os papas eram considerados
"senhores do mundo”, temidos por todos, inclusive os reis. Para manter
esse poder, perseguiam e matavam quem discordasse de suas ordens, e os judeus
foram as principais vítimas. Milhares foram mortos ou obrigados a aceitar o
batismo cristão.
No
ano 1233 d.C., o papa Gregário IX autoriza o “Tribunal do Santo Ofício”, que
passou a ser conhecido como a "Santa Inquisição”, a perseguir, a torturar
e a matar quem pensasse de forma diferente da igreja. Os instrumentos de
tortura mais cruéis foram usados, milhares foram queimados vivos,
principalmente, mulheres que muitas vezes eram acusadas de bruxaria.
0
povo não tinha acesso à Bíblia, pois esta era escrita em latim, uma língua que
ninguém mais falava, sendo proibida a sua tradução. As missas também eram
feitas em latim, ou seja, o cristão comum não participava da igreja. Muitos
papas foram imorais, diversos foram beberrões e mulherengos, se preocupavam
somente em enriquecer e manter o seu poder. A Igreja encontrava-se em uma
situação lastimável.
Mas
nem tudo estava perdido! Durante esse período, que ficou conhecido como
"Idade das Trevas”, muitos homens e mulheres desejaram ter uma vida de
mais intimidade com Deus, longe da riqueza da igreja. Estes acreditavam que a
felicidade consiste em se ter uma vida simples, mais próxima do seu Criador.
AUXÍLIO
HISTÓRICO
Na Idade Média, deu-se uma nova definição á heresia. Em séculos
anteriores, a heresia referia-se a crenças ou teologias incorretas. Entretanto,
nos anos iniciais da história da fé cristã, ninguém sabia necessariamente o que
era a verdade até que se desenvolvesse algum ensinamento específico. Nesse
ponto, os líderes da Igreja Primitiva reuniam-se e julgavam se o ensinamento
era herético ou ortodoxo. Assim, estabeleciam o que era aceitável, ou o que
hoje chamamos de ortodoxia. [...]
Entretanto, com o passar dos anos, a heresia adquire uma nova
definição. Qualquer pessoa que não aceitasse a todo-poderosa estrutura
organizacional católica romana, hierárquica e burocrática, era considerada
herege. Quem discordasse, o mínimo que fosse, da igreja era interrogado e
torturado. Essa tortura sistêmica de pessoas ficou conhecida como Inquisição,
que aconteceu durante os séculos XII, XIII e XIV. Antes da Inquisição, a igreja
tinha o hábito de excomungar hereges, mas com seu advento, adotaram-se medidas
mais dramáticas: confisco de propriedades, tortura e/ou morte ou execução.
[...]
Os líderes da Igreja Católica Romana desaprovavam três tipos de
grupos:
Grupos
antiinstitucionais - pessoas organizadas de modo
contrário á forma de estrutura da corrente majoritária da Igreja Romana;
Grupos
ascéticos - comunidades piedosas e muito
disciplinadas que defendiam que a vida cristã requeria uma firme e sólida
responsabilidade;
Entusiastas — cristãos impetuosos, entusiastas e empolgados (Pedro Valdo e
os valdenses, por exemplo, foram condenados como hereges).
(GARLOW, James L. Deus e o seu Povo: A História da Igreja como
Reino de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp.81,82).
Conclusão
Alguma
coisa precisava ser feita, e muitos homens protestaram contra esta situação.
Mas foram duramente perseguidos, sendo presos ou mortos. Apesar disso, Jesus
prometeu que estaria com a Igreja “todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt
28.20).
A
maioria dos historiadores afirma que a Idade Média terminou no século XV. Neste
mesmo período nasceu um homem que seria usado por Deus para mudar esta
situação. Em pouco tempo, grandes coisas e fatos aconteceriam.
Recapitulando
Após
300 anos de perseguição, a Igreja encontra a tranquilidade desejada. Mas esta
tranquilidade trouxe muitos problemas, pois muitas pessoas se tornaram cristãs
por conveniência, ou porque foram forçadas, não mudando seu estilo de vida.
Por
estar na capital do Império, a igreja romana sempre buscou a liderança entre as
igrejas. O primeiro a intitular-se líder máximo da igreja foi Leão I, mas foi
Gregário I quem conseguiu tal façanha.
Gregário
introduziu ensinamentos que afastaram a Igreja de Jesus, ensinou a existência
do purgatório e do sacrifício da missa. Com ele, a igreja romana tornou-se rica
e poderosa.
A
igreja passou a perseguir, a torturar e a matar quem pensasse de forma
diferente dela, o povo não podia ler a Bíblia nem participar dos cultos, pois a
missa era celebrada em latim e maioria das pessoas não falava a essa língua. Os
líderes eram corruptos. Muitas pessoas protestaram contra essa situação, mas
foram perseguidas.
Refletindo
1. Você tem se mantido fiel aos ensinamentos
de Cristo? Resposta Pessoal.
2. Respeita quem pensa diferente de você?
Resposta Pessoal.
3. Sabe aproveitar o privilégio de poder
livremente ler a Bíblia? Resposta
Pessoal.
Lição Bíblica de
Adolescentes
Trimestre: 3° de 2018
Editora:
CPAD
Revista
do Professor
Reverberação: Subsídios EBD