Lição 5 - A Igreja no Tempo Antigo - Subsídios Dominical

DICAS:

Post Top Ad

RESVISTA CRISTAO ALERTA
------

Lição 5 - A Igreja no Tempo Antigo

Classe: Adolescentes – 3° Trimestre de 2018 - Lição da revista do Professor
TEXTO BÍBLICO
Lucas 21.12-17
Destaque
"Depois vocês serão presos e entregues para serem maltratados e vocês serão mortos. Todos os odiarão por serem meus seguidores” (Mateus 24.9).
LEITURA DEVOCIONAL
SEG................................................. Jo 15.18,19
TER.................................................. Mc 13.9
QUA.................................................. Jo 17.14
QUI.................................................... 1 Co 4.13
SEX................................................... Hb 11.36-38
SAB................................................... Rm 8.31-39
DOM.................................................. Ap 2.10
OBJETIVOS
Relatar as perseguições sofridas pela Igreja Primitiva;
Ensinar a diferença entre os Pais Apostólicos, Pais Dogmáticos e Pais Apologéticos;
Incentivar os alunos a suportarem as perseguições em nome de Cristo.

Material Didático
TV e aparelho de DVD. 
QUEBRANDO A ROTINA
Comece a aula exibindo para seus alunos trechos de filmes com as perseguições sofridas pelos cristãos primitivos. Se não for possível, exiba gravuras que mostrem os cristãos nas arenas romanas.

Após a exibição faça a seguinte pergunta aos seus alunos: "Até que ponto estamos dispostos a não negar a Jesus?” Peça que eles respondam com toda a sinceridade, e se for preciso, dê um tempo para que eles reflitam.


Ouça as respostas com atenção. Não critique aqueles que porventura disserem que não teriam a coragem dos cristãos primitivos, mas os incentive a buscarem Deus essa coragem. Termine a aula orando para que o Senhor nos de forças para suportamos as perseguições.
ESTUDANDO A BÍBLIA
Mestre afirmou que, assim como Ele foi odiado e perseguido, nós, os seus discípulos, também seríamos. Os primeiros séculos da igreja foram marcados por uma violenta perseguição por parte do poder Romano, onde muitos cristãos pagaram com a sua vida o fato de servirem a Cristo.

Em muitos lugares do mundo, muitos cristãos ainda pagam esse preço. No Brasil, temos liberdade garantida por lei para adorar o nosso Senhor, mas nem por isso deixamos de ser perseguidos, pois sofremos uma perseguição ideológica.

Muitas vezes somos ridicularizados por nosso ponto de vista ser considerado antiquado. Para o adolescente que está passando por uma fase de busca pela inclusão social, ser rejeitado pode ser difícil. Procure mostrar para seus alunos que é uma honra ser perseguido por amor a Cristo, pois há galardão para os fiéis.

Com a morte do apóstolo João, termina o período conhecido na História da Igreja como "Era Apostólica". O século II estava começando e a igreja precisava de uma nova liderança, mas quem seria capaz de substituir os apóstolos que receberam os ensinos do próprio Senhor Jesus? Deus levantaria homens que seriam mais tarde conhecidos como "Pais da Igreja", que liderariam os cristãos a fim de manter a doutrina cristã sem contaminações. Foi um período longo que durou aproximadamente 600 anos. Neste tempo, histórias de fé, coragem e dedicação à Igreja de Cristo foram registradas para que servissem de exemplo para nós.

Pais Apostólicos: coragem diante da morte

Após a morte dos apóstolos, seus discípulos foram os primeiros a liderar a igreja, por isso são chamados de "Pais Apostólicos", por terem conhecido pessoalmente os apóstolos ou alguém muito íntimo deles. Sua missão era ensinar tudo aquilo que aprenderam. Foram perseguidos e mortos, mas não negaram ao seu Senhor (Ap 2.10). Como exemplo de fé e coragem deste período podemos destacar dois nomes: Inácio de Antioquia e Policarpo de Esmirna.
No ano 107 d.C., Inácio, pastor da igreja que ficava na cidade de Antioquia, foi condenado a morrer por não ter adorado os deuses romanos. Antes de morrer disse: "O fogo e a cruz, multidões de feras, ossos quebrados, tudo eu hei de aceitar, contanto que eu alcance a Jesus Cristo".

No ano 155, os cristãos da cidade de Esmirna são perseguidos e mortos. Policarpo, o pastor desta igreja, é preso e levado diante do juiz que, então, lhe faz uma proposta: Se Policarpo adorasse ao Imperador e blasfemasse contra Cristo, estaria livre. O velho pastor respondeu: "Eu o sirvo há oitenta e seis anos, e Ele não me fez nenhum mal. Como eu blasfemaria ao Rei, que me salvou?".

Será que teríamos a mesma coragem desses cristãos, que preferiram morrer, mas não negaram ao seu Senhor? Nos dias atuais, em muitos países, cristãos estão passando pela mesma situação. Oremos para que o Senhor dê forças aos seus servos!

Clique e acesse
AUXÍLIO HISTÓRICO
"Por que os imperadores estavam tão determinados a matar os crentes? Além de se negarem a aclamar César como deus, os crentes não seguiam os deuses romanos tradicionais e eram tidos como intolerantes a outras religiões. O comprometimento deles apenas com Cristo fazia com que parecessem súditos desleais, em oposição aos romanos. Os imperadores temiam que essas pessoas se tornasse-subversivas, por que se sujeitavam apenas àquEle chamado Jesus. Outra bizarra razão dada para justificar a perseguição era que o cristianismo dividia as famílias. A família era a unidade básica da cultura romana. Algumas vezes o indivíduo que se convertia ao  cristianismo deixava a família, razão porque a Igreja cristã foi acusada de corromper a sociedade” (GARLOW, James L. Deus e o seu Povo: A História da Igreja como Reino de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p.18)

Pais Apologistas: lutando contra Roma

A perseguição do Império Romano continuava implacável, e muitas vezes ela acontecia porque as pessoas não entendiam a fé cristã e diziam que ela era apenas uma superstição. Foi necessário que surgissem homens que defendessem a fé contra os ataques das autoridades romanas, filósofos e daqueles que queriam contaminá-la.

Era necessário explicar a fé cristã para os romanos, pois estes acusavam os cristãos de cometerem os crimes mais absurdos.

Os cristãos eram acusados de praticarem casamentos entre irmãos (os romanos não entendiam o que significava ser "irmão em Cristo”), eram acusados de serem canibais (pois na Ceia do Senhor comiam a “carne” e bebiam o "sangue” de Cristo), devido a essa prática, os romanos achavam que os cristãos matavam e comiam crianças em sacrifício ao seu Deus. 0 fato de nessa época os cultos acontecerem a portas fechadas ajudava no aumento dessa desconfiança. Eram acusados de serem ateus, pois não acreditavam nos deuses romanos, e até mesmo o fato dos irmãos se cumprimentarem com um beijo (Rm 16.6; 1 Co 16.20; 2 Co 13.12; 1 Ts 5.26; 1 Pe 5.14) foi visto como uma atitude imoral.

Os lideres da igreja deste período, que durou cerca de 150 anos, são chamados de “Pais Apologistas” (a palavra apologia significa "defesa”). Seus trabalhos tinham por objetivo: Provar que os cristãos não eram perigosos, demonstrar que a religião romana era imoral e afirmar que o cristianismo era melhor que a filosofia.

Nesta época, a Filosofia (ou seja, a busca do conhecimento por meio da razão) era tida como a única ciência, tudo que fosse contrário a ela era visto como bobagem e superstição. Muitos destes líderes aproveitaram alguns pontos em comum entre a filosofia e o cristianismo para explicar melhor a fé cristã.

Como assim? Não entendeu? Você sempre ouviu dizer que a filosofia é ruim? Deixe-me explicar melhor. Nesta época o filósofo mais famoso era Platão, que viveu entre os anos 428 - 347 a.C., entre outras coisas ele afirmava que este mundo foi criado por alguém superior, porá lguém que é impossível conhecer totalmente, mas que este mundo não é o nosso lar. Parece que já lemos isso em algum lugar! £ claro, na Bíblia! Ela afirma que Deus criou todas as coisas (Gn 1.1) e que nós cristãos, não somos deste mundo (Jo 17.14-16).

Muitos desses homens morreram por defenderem a igreja, pois a perseguição era cada vez maior. Mas apesar de toda a perseguição, a Igreja aumentava cada vez mais, e estava espalhada por todo o Império. Todos os tipos de pessoas faziam parte dela: ricos, pobres, livres e escravos. A Igreja denominava-se como "Católica”, palavra que significa "Universal”, pois era encontrada em todo o mundo conhecido. Cada igreja local era independente da outra, mas todas possuíam "um só Senhor, uma só fé e um só batismo” (Ef 4.5).

Infelizmente, a igreja também começou a praticar algumas coisas contrárias a Palavra de Deus neste período: Os objetos e ossos dos cristãos mortos nas perseguições começaram a receber um tratamento especial no culto; os crentes afirmavam que essas pessoas eram santas, dignas de admiração e respeito. Outros cristãos passaram a se isolar do convívio com outras pessoas. Diziam que assim teriam mais intimidade com Deus. Não se casavam, e muitas moravam sozinhas no meio do deserto. Contrariavam assim os ensinos de Jesus que afirmou que a igreja deve ser vista por todos (Mt 5.13-16).

AUXÍLIO HISTÓRIOCO
A tarefa dos apologistas era formidável. Eles tinham de argumentar filosoficamente em defesa do evangelho e, ao mesmo tempo, respeitar o seu conteúdo sobrenatural [...].

Os apologistas nadavam contra a maré da cultura popular. Quando os imperadores pagãos acusavam os cristãos de serem ateístas, porque não acreditavam nos deuses gregos, os apologistas explicavam porque o Deus em que os cristãos acreditavam era, de fato o Deus verdadeiro. Quando surgia o rumor de que os cristãos praticavam incestos, os apologistas tinham de provar que os títulos 'irmãos' e 'irmãs’ não significavam que os cristãos eram irmãos e irmãs biológicos, mas que os termos indicavam a importante e relevante confraternização que havia na família de crentes. Quando se espalhavam relatos de que cristãos eram canibais, os apologistas demonstravam que a referência a comer o corpo e beber o sangue de Cristo na Ceia do Senhor eram referências simbólicas à morte na cruz, e certamente não acontecia de os cristãos comerem carne ou beberem sangue humanos” (GARLOW, James L. Deus e seu Povo: A História da Igreja como Reino de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p.27).

Pais Dogmáticos: Lutando pela fé cristã

A perseguição terminou no ano 313 d.C., quando Imperador Constantino assinou uma lei que ficou conhecida como "Edito de Milão”, essa lei dava liberdade da pessoa seguir a religião que quisesse sem ser perturbada ou perseguida. Muita coisa mudou na vida da igreja: templos passaram a ser construídos, pois devido às perseguições os cultos eram feitos nas casas dos irmãos. Nesta época a igreja ficava cada vez mais forte e o Império Romano cada vez mais fraco e dividido.

O imperador queria, por intermédio da união demonstrada pela igreja, unir o Império, mas nesta época alguns pensamentos estranhos começaram a surgir: ensinamentos contrários aos dogmas cristãos. Mas o que é um dogma cristão? £ uma doutrina indiscutível. Por exemplo: A divindade de Jesus é uma doutrina que se deixarmos de acreditar, também deixaremos de ser cristãos, e foi justamente esta doutrina que começou a ser atacada naquela época. Para defender a fé cristã, Deus levantou homens que ficariam conhecidos como "Pais Dogmáticos”, que demonstravam profundo conhecimento bíblico e passaram a defender a fé cristã dos desvios surgidos dentro da própria igreja.

- Lições Bíblicas de Jovens – 3° Trimestre de 2018 – Acesse Aqui
- Lições Bíblicas de Adultos – 3° Trimestre de 2018 – Acesse Aqui
- Sala do Professor – Acesse Aqui


AUXÍLIO HISTÓRICO
Graças aos apologistas, um presente de Deus à Igreja Primitiva, os crentes sobreviveram à perseguição, rechaçando os ataques intelectuais. Tanto a perseguição quanto a oposição doutrinai eram ataques externos. No entanto, a jovem igreja não estava preparada para o que aconteceria em seguir. De repente, o ataque tornou-se interno [...].

A heresia, uma divergência de visões bíblicas ortodoxas, foi o primeiro ataque interno. Por ser tão nova, a igreja não tinha oficialmente formulado muitas de suas crenças. Alguns heréticos pareciam não perceber que estavam se afastando da ortodoxia. A disseminação de crenças forçou a igreja a reunir-se em concílios e conferências para delimitar o que, de fato, era bíblico. Com frequência, os heréticos foram denunciados muitos anos depois de abraçarem um sistema de crença específico (GARLOW, James L. Deus e o seu Povo: A História da Igreja como Reino de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p.37).

Conclusão

Durante trezentos anos a igreja foi perseguida, ganhou sua liberdade no ano 313 e no ano 380 tornou-se a religião oficial do Império Romano, o que foi muito ruim para igreja, que se contaminou profundamente com os costumes romanos. Estamos chegando ao tema da nossa próxima lição: Idade Média, um período triste na História da Igreja.

Recapitulando

Com a morte dos apóstolos seus discípulos foram os primeiros lideres cristãos. Eles ensinavam tudo aquilo que haviam aprendido dos apóstolos. Devido a esse convívio são conhecidos como "Pais Apostólicos."

Para defender e explicar a fé cristã surgem os "Pais Apologistas”. Muitos deles usaram alguns pontos em comum entre a filosofia e o cristianismo para facilitar esse trabalho. A igreja denomina-se como "Católica”, pois atingia todas as partes do Império.

Muitos costumes estranhos surgiram no meio da igreja como: a valorização de objetos e até mesmos os ossos dos cristãos mortos nas perseguições, alguns cristãos passaram a se isolar de tudo e de todos, buscando mais intimidade com Deus.

No ano 313 d.C. a perseguição termina. A igreja cresce e surgem os "Pais Dogmáticos” com a função de defender a fé cristã dos desvios cometidos pela própria igreja.

Refletindo
1. O que você faria se tivesse que escolher entre morrer ou negar a fé em Jesus?
Resposta Pessoal.

2. Você tem orado pelos cristãos que ainda sofrem perseguições? Resposta Pessoal.

3. Você consegue perceber quando algo contrário à fé cristã é praticado por alguns cristãos?
Resposta Pessoal.

Post Bottom Ad