Assunto: Grandes
temas do apocalipse – Uma perspectiva profética impressionante dos últimos
tempos
Lição: Jovens e
Adultos
Trimestre: 1° de
2018
Comentarista: Pr. Joá
Caitano
Editora: Central Gospel
TEXTO BÍBLICO BÁSICO
Apocalipse
11.3-12
3
- E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e
sessenta dias, vestidas de pano de saco.
4
- Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da
terra.
5
- E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca e devorará os seus
inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto.
6
- Estas têm poder para fechar o céu, para que não chova nos dias da sua profecia;
e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue e para ferir a terra com
toda sorte de pragas, quantas vezes quiserem.
7
- E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará
guerra, e as vencerá, e as matará.
8
- E jazerá o seu corpo morto na praça da grande cidade que, espiritualmente, se
chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado.
9
- E homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações verão seu corpo morto
por três dias e meio, e não permitirão que o seu corpo morto seja posto em sepulcros.
10
- E os que habitam na terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão, e
mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas tinham
atormentado os que habitam sobre a terra.
11
- E, depois daqueles três dias e meio, o espírito de vida, vindo de Deus, entrou
neles; e puseram-se sobre os pés, e caiu grande temor sobre os que os viram.
12
- E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi cá. E subiram ao céu em
uma nuvem; e os seus inimigos os viram.
TEXTO
ÁUREO
Vós sois as minhas testemunhas,
diz o Senhor, e o meu servo, a quem escolhi; para que o saibas, e me creiais, e
entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e
depois de mim nenhum haverá. Isaías 43.10
SUBSÍDIOS
PARA O ESTUDO DIÁRIO
2ª feira –1 Crônicas 16.15-22: Não toqueis nos meus ungidos
3ª feira – Mateus 5.14-16: Resplandecendo como luz no mundo
4ª feira – João 5.28,29: A ressurreição da vida
5ª feira – Atos 1.8-11: Poder para testemunhar
6ª feira – Atos 13.1-3: Profetas na Igreja do Senhor
Sábado – 1 Tessalonicenses 4.15-17: Os salvos serão arrebatados
Leia também:
- Estudos Auxílios para professores da EBD – Acesse Aqui
OBJETIVOS
Ao término do estudo
bíblico, o aluno deverá:
I. analisar a missão
das duas testemunhas no contexto escatológico desta lição;
II. conhecer as
principais características do plano divino para uma vida de testemunho cristão
fidedigno;
III. conscientizar-se de que uma
testemunha fiel e autêntica passa por perseguição ou até mesmo pela morte, como
as duas testemunhas.
ORIENTAÇÕES
PEDAGÓGICAS
Caro professor,
Nos dias que antecedem a sua aula, é impreterível que haja planejamento;
portanto, pense em qual método você utilizará na condução do processo de
ensino-aprendizagem.
Um dos métodos mais utilizados em classe é o da preleção (ou
exposição oral), que está centralizado na figura do professor — o que pode ser
uma desvantagem —; todavia, se ele for empregado em alternância com outros,
tornar-se-á mais funcional. Trabalhos em grupo e debates contribuem para uma aula
mais clara e precisa, trazendo melhores resultados.
A seguir, destacamos algumas sugestões para o uso do método expositivo:
- utilize-se de ilustrações para aclarar o tema; conheça seus
ouvintes — isto favorece a adequação da linguagem para que eles sejam
alcançados pelo tema;
- domine o assunto que será ministrado em classe;
- no final da aula, apresente uma síntese das ideias centrais da
lição.
Adaptado de: CHAVES, G. Central Gospel, 2012, p. 148-150.
Boa aula!
COMENTÁRIO
Palavra introdutória
Nesta lição,
estudaremos duas personagens misteriosas, referidas no Livro do Apocalipse apenas
como as duas testemunhas (Ap 11.3). O que se sabe a respeito dessas duas
personalidades escatológicas é que elas estão ligadas ao tempo da Grande
Tribulação, quando o Anticristo se voltará contra a nação de Israel, depois de profanar
o templo (2 Ts 2.4; Ap 11.1,2).
Essas
testemunhas profetizarão na cidade de Jerusalém e exercerão um ministério
impactante e sobrenatural por 42 meses — 1.260 dias, ou três anos e meio. As duas testemunhas proclamarão uma nova etapa, um novo
mundo, onde não haverá morte, nem pranto, nem clamor, nem dor (Ap 21.4). Todos
os que aceitarem o dom de Deus, permanecerem fiéis e guardarem os mandamentos
do Senhor serão salvos e viverão felizes na presença do Rei dos reis e Senhor
dos senhores (Ap 19.16).
Logo
que terminarem a sua missão, as duas testemunhas serão mortas pela besta (Ap
11.7).
1. DUAS
TESTEMUNHAS ESCATOLÓGICAS
Muitas especulações
foram feitas no decorrer da História, a respeito da identidade das duas
testemunhas. Uma das correntes mais conhecidas defende
que elas representam os dois Testamentos (Antigo e Novo). Outros estudiosos, no
entanto, afirmam que elas podem retratar duas dispensações [como, por exemplo,
Lei e Graça]. Outros comentaristas bíblicos, ainda, acreditam que podem ser
Josué e Zorobabel (Zc 4.3,12), ou João e Paulo (Jo 21.22,23; Fp 1.22-25), ou
Enoque e Elias (Gn 5.24; 2 Rs 2.11), ou, talvez, dois pregadores — um judeu e
outro gentio.
Porém,
a hipótese mais aceita pelos exegetas bíblicos, teólogos, comentaristas e
estudantes da Bíblia versa que as duas testemunhas, provavelmente, serão Moisés
e Elias (Dt 34.6; Lc 9.30,31; Jd 1.9).
1.1. Testemunhas
especiais
Essas
duas testemunhas encontram-se no meio da septuagésima semana das visões escatológicas
de Daniel (Dn 9.24). Mesmo que este seja um período da falsa paz, em que haverá
demonstrações de poder e muitos sinais, elas se levantarão contra o Anticristo
— para fazer oposição ao seu governo autocrático e diabólico — e tentarão
libertar o mundo da cegueira espiritual, pois as pessoas, nesse período, o
aclamarão como líder mundial e o adorarão, profanamente, como se fosse ele um
deus (Is 14.13,14; 2 Ts 2.4).
A coligação infernal — composta pelo
Anticristo, pelo Falso Profeta, pelos demônios e pelas nações ímpias que
rejeitam e blasfemam contra o Deus verdadeiro (Ap 16.9) — formará um único
bloco maligno, que buscará a vitória pública, esmagadora e contundente do diabo
e, por essa razão, se posicionará contra as duas testemunhas (Ap 11.3).
1.2. Castiçais e
oliveiras
No
decurso de três anos e meio, despontará um fato que comprovará a origem divina
das duas testemunhas, simbolizadas no Apocalipse como castiçais e oliveiras que
estão diante do Deus da terra (Ap 11.4b).
Como
castiçais, elas refletirão a luz divina e iluminarão o mundo, envolto em
trevas. Como oliveiras (árvore que produz azeitona, e de cujo fruto se extrai o
azeite), representarão a unção do Espírito Santo. Ungidas, separadas e enviadas
pelo Senhor todo-poderoso, as duas testemunhas serão instrumentos vivos da
glória de Deus (Lc 4.18,19).
As testemunhas
são descritas como duas oliveiras e dois castiçais. [...] O princípio universal
para essas e todas as outras testemunhas do Senhor é que o testemunho delas
pela verdade não é por força,
nem por
violência, mas pelo Espírito do Senhor (Zc 4.6) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE.
Central Gospel, 2010b, p. 778).
1.3. Profetas na
terra dos profetas
As duas testemunhas proclamarão as palavras de Deus em Israel,
terra dos profetas.
Jerusalém, a cidade inesquecível, amada e reverenciada por judeus
em todos os lugares do mundo, será o palco principal dos eventos mais
importantes do tempo do fim. As testemunhas-profetas do Senhor exercerão suas
atividades precisamente onde tudo começou e onde tudo terminará (Ap 11.8,9).
O
propósito divino para as duas testemunhas é o de que sirvam como vozes
proféticas no tempo do fim. Elas alertarão as pessoas a buscarem o Senhor,
enquanto houver oportunidade (Is 55.6); anunciarão as punições e bênçãos
prometidas, quando os reinos forem do Cristo de Deus (Ap 11.15); profetizarão sobre
a restauração espiritual, política, social e territorial de Israel, do
remanescente que fugirá para o deserto (Ap 12); e vaticinarão a derrota do Anticristo
e seus exércitos (Ap 17.14; 19.11-21). As duas testemunhas exercerão seu
ministério profético durante o tempo predeterminado pelo Senhor (Ap 11.3).
1.4. Vestimenta
significativa
Os
panos de saco (tecido grosseiro, fabricado com pelo de bode; conf. Ap 11.3)
eram utilizados por aqueles que pranteavam — Jacó (Gn 37.34); Davi (2 Sm 3.31);
Acabe (1 Rs 21.27); Ezequias (2 Rs 19.1). Esse tipo de vestimenta traduz
humildade e modéstia, mas, ao mesmo tempo, indica tristeza, insatisfação e
desconforto.
Trajadas
com tais vestes, as duas testemunhas, simbolicamente, manifestarão seu
desagrado e discordância em relação à situação causada pelos agentes do mal.
2.
TESTEMUNHAS PODEROSAMENTE CAPACITADAS POR DEUS
Para desenvolverem a
sua missão, as duas testemunhas escatológicas receberão, de Deus, poder (Ap 11.3)
para enfrentar o governo do Anticristo, que opera por Satanás (Ap 13.2).
Vejamos,
portanto, como Deus as capacitará para enfrentar as forças das trevas (Ap
11.4).
2.1. O poder de Deus
Deus
declara que as duas testemunhas são dele (minhas; conf. Ap 11.3) e que as dotará
de poder — como a Moisés e a Elias (Êx 7.19,20; Tg 5.17) —, a fim de que possam
comprovar suas profecias e executar, em última instância, Seus planos eternos.
Durante
três anos e meio, as duas personagens escatológicas serão imbatíveis, poderosas
e invencíveis. Como profetas, vaticinarão juízos divinos sobre seus inimigos
(Ap 11.5) e sobre a Natureza (Ap 11.6), e seus vaticínios se cumprirão imediatamente
— como aconteceu a Eliseu (2 Rs 5.27) e a Paulo (At 13.11).
A aparência das duas testemunhas é peculiar; elas
estarão vestidas de saco (Ap 11.3), simbologia que indica
tristeza, humildade e lamento (Gn 37.34; 2 Sm 3.31). Elias e João Batista
vestiram-se desta maneira (2 Rs 1.8; Mt 3.4).
2.2. A manifestação
do poder de Deus
Obras
maravilhosas, fruto do incomparável poder do Senhor, aparecem em todo texto bíblico.
Lembremo-nos de algumas delas.
Libertação de
cativeiros — como ocorreu no Egito, após 430 anos de escravidão (Êx 12.40,51) —
e prisões — como aconteceu ao apóstolo Pedro (At 12.10).
Aniquilação dos inimigos
de Deus e de todos os que se levantam contra Sua obra — como aconteceu nos dias
de Ezequias, rei de Judá (2 Rs 19.20-35).
Provisão de alimentos
— como aconteceu à viúva de Sarepta e a seu filho (1 Rs 17.14-16) e no
ministério do Senhor Jesus (Mt 14.13-21; Mc 6.30-44; Lc 9.10-17; Jo 6.1-14).
Proteção de todo mal
(doenças, desastres, ataques e tragédias)
—
como aconteceu ao patriarca Jacó (Gn 28.15; 35.3).
Assim
como aconteceu no passado, nos tempos do fim, as duas testemunhas — investidas,
revestidas e possuídas pelo poder de Deus — cumprirão integralmente a missão
divina.
PROFUNDE SEUS CONHECIMENTOS – Veja:
1- A Grande
Tribulação
2- A Vinda de Jesus em Glória
3 - Milênio - Um Tempo Glorioso para a Terra
4 - O Juízo Final
2- A Vinda de Jesus em Glória
3 - Milênio - Um Tempo Glorioso para a Terra
4 - O Juízo Final
3. QUATRO ETAPAS DA MISSÃO DAS TESTEMUNHAS
ESCATOLÓGICAS
O
ministério
das duas testemunhas subdivide-se em quatro etapas: perseguição, morte,
ressurreição e arrebatamento. Suas obras repercutirão no céu, no inferno, na
terra — especialmente em Israel e nações vizinhas — e nas regiões celestiais.
3.1. Perseguidas pelo
império das trevas
A Escritura narra o sofrimento, a perseguição e até a morte (martírio)
dos que servem ao Senhor com fidelidade e incondicional retidão (Ez 3.25; Mt
10.16-18,21,22; Jo 15.20; 16.2; At 14.22; 2 Tm 3.12).
As
duas testemunhas escatológicas não escaparão à perseguição feroz e cruel que se
levantará por todos os lados, visando à sua destruição. Certamente, nesse
tempo, os algozes desses servos de Deus utilizarão os recursos midiáticos e
tecnológicos disponíveis para este fim. E a mensagem que propagarão será uma
só: Eles são inimigos públicos do Estado, do sistema, do grande líder, das
instituições e da família. São perigosos porque se utilizam de forças
estranhas, místicas e assombrosas; por essa razão, precisam ser eliminados a
qualquer custo.
3.2. Mortas pela
besta, o Anticristo
Ao
fim de três anos e meio, o ministério público das duas testemunhas terá fim.
Neste momento, o Anticristo fará guerra aos santos (Dn 7.21) e os vencerá (Ap 11.7).
Os habitantes da terra celebrarão a morte dos mensageiros de Deus e trocarão
presentes (Ap 11.9,10). Tudo isso acontecerá na cidade de Jerusalém, que é
chamada, espiritualmente, de Sodoma e Egito, devido à sua apostasia e pecado
(Ap 11.8).
3.3. Ressuscitadas
por Deus na praça de Jerusalém
Em
sinal de infâmia e desonra, homens de vários povos, e tribos, e línguas, e
nações impedirão que as duas testemunhas sejam sepultadas. Todavia, após três
dias e meio, os corpos jacentes na praça ouvirão a voz de Deus e ressuscitarão (Jo
5.25; Ap 11.11) — como aconteceu no vale de ossos secos, Deus trará à vida os
seus servos (Ez 37.10). O impacto desse acontecimento confundirá o mundo.
O
texto bíblico diz ainda que, naquela ocasião, as pessoas testemunharão — seja pela
televisão ou por quaisquer outros recursos midiáticos — o terremoto que abalará
a cidade e tragará sete mil homens (Ap 11.13); e acrescenta que os
sobreviventes, muito atemorizados, darão glória ao Deus do céu (Ap 11.13b).
3.4. Arrebatadas aos
céus
Deus
chamará as duas testemunhas ao céu, e elas subirão em uma nuvem, sob os olhares
estupefatos dos seus perseguidores (Ap 11.12).
Esse
evento corrobora o arrebatamento dos mortos salvos, que ressuscitaram e foram arrebatados
ao céu — juntamente com os salvos vivos transformados —, para encontrar-se com o
Senhor Jesus (1 Ts 4.16-18).
O
Anticristo, finalmente, receberá permissão para matar as duas testemunhas.
Porém, ela (a besta) não poderá matá-las, até que elas terminem o seu testemunho
(WILLMINGTON, H. L. Central Gospel, 2015a, p. 683).
CONCLUSÃO
Deus
sempre apresenta ao mundo um testemunho, para que ninguém fique inescusável diante
Dele — inclusive os homens cegos pelo Anticristo.
Durante
a Grande Tribulação, dois profetas do Senhor se levantarão entre os homens,
dando mostras de Seu imenso poder para julgar o mundo, destruir Satanás e
desmascarar o erro (Ap 11.3-6). Eles levarão ao reino do Anticristo — como Elias
e Moisés levaram a Acabe e Faraó (1 Rs 18.17; Êx 9.1-9,14) — o desassossego e a
perturbação.
ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO
1. Por que Deus levantará duas testemunhas escatológicas
no meio da Grande Tribulação?
R.:
Porque elas servirão de testemunho para o mundo. As duas testemunhas terão um
ministério semelhante ao de Moisés e Elias: elas serão vozes proféticas nesse
tempo (Ap 11.2-19).