O professor e pastor Antônio Gilberto nos apresenta as
áreas prioritárias e principais de conhecimento e estudo contínuo da Bíblia. Conheceremos
também Fatores de Progresso do Crente no Conhecimento da Bíblia.
1. Bibliologia - É o estudo da Bíblia partindo-se do princípio que ela e O Livro do Senhor (Is 34.16). A Bibliologia abrange cerca de 20 áreas de estudo da Bíblia, como as Santas Escrituras.
2.
Doutrina - E a área de estudo da Bíblia de maior amplitude, de
maior prioridade e de maior necessidade, já que todas as demais áreas são
completivas em relação à doutrina bíblica.
3.
Teologia Bíblica - É, em resumo, o estudo da Bíblia pela
própria Bíblia; isto e, o estudante e a Bíblia somente; os dois somente e Deus.
A Teologia Bíblica requer do
estudante um sólido, sistemático, equilibrado e abalizado fundamento de
Bibliologia, bem como o cultivo de uma vida espiritual profunda e progressiva
com Deus, o Autor da Bíblia.
4.
Evangelização/Missões/ Discipulado - É uma área de estudo
bíblico altamente prioritária para todo crente, ele obreiro ou leigo.
5.
Devocional - É o estudo bíblico da Teologia Prática; a
vida cristã integral, na prática; vida profunda, abundante, santificada,
frutífera, consagrada ao Senhor, cheia do Espírito.
6.
Ministério - É a área da teologia pastoral ou
ministerial, no que concerne ao ministério geral e ao ministério local.
7.
Família - O que a Bíblia ensina e estabelece para a família e cada
um de seus componentes, em seus relacionamentos; a família como a celula-máter
da sociedade, da igreja, e da nação.
8.
Hermenêutica e Exegese - São ciências bíblicas gêmeas, sendo que
a Hermenêutica precede a Exegese.
Hermenêutica
-
são as leis e princípios de interpretação da Bíblia; Leis essas imanentes na
própria Bíblia.
Exegese
-
ocupa-se do sentido: literal do texto sagrado; portanto, tem a ver com as
línguas bíblicas.
9.
Tipologia - Tipo, na Bíblia, e um meio determinado por
Deus, de comunicar verdades divinas por meio de fatos, ilustrações ou figuras.
10.
Antropologia Bíblica - A
Bíblia e muito rica quanto a personagens de todos os matizes da vida, e tudo o
que e re1 acionado a esses personagens: Geografia, cidades, habitações,
Profissões, Transportes, Comércio, Alimentação, Línguas faladas, Religiões,
Literatura, Cronologia, Sistemas de pesos, moedas, e medidas, Povos bíblicos
(vizinhos ou não de Israel).
Arqueologia Bíblica e afim;
fatos sociais e cívicos dos povos bíblicos, a partir de Israel.
Há muitas outras áreas
prioritárias de conhecimento e estudo contínuo da Bíblia.
II.
FATORES DE PROGRESSO DO CRENTE NO CONHECIMENTO DA BÍBLIA
Vejamos alguns fatores que
alavancam, da parte do crente, o seu conhecimento da Palavra de Deus.
Neste particular é preciso
considerar a soma de experiência na vida cristã que o crente já possua, bem
como a soberania de Deus em revelar suas coisas no seu tempo.
1- O
Espírito Santo ter livre operação na vida do crente (Jo 14.17 "Habita convosco
e estará emvós";v.2ó; 16.13; 1 Co 2.12-16; 12.12-14; 25, 27).
2- O
crescimento e maturidade espiritual do crente ( Mc 4.33;1 Co 13.11; Hb
5.12-14).
3- A
oração perseverante do crente concernente a Palavra de Deus (SI 119.12, 13, 33,
64, 68, 108, 124, 135 "ensina-me os teus estatutos").
4- O
ministério de ensino dos mestres bíblicos usados por Deus para ensinar (At
8.30, 31; 2Tm 2.2; Mt 28.19, 20; Ef 4.11-16; 1 Co 12.28; Rm 126,7).
5- Ser
manso e humilde de espírito (SI 25.9). "Guiará os mansos retamente; e aos
mansos ensinará o seu caminho".
Atos 18.24-26. Neste relato
bíblico vê-se a humildade do grande Apoio.
Há pessoas que deixam de
aprender mais, inclusive sobre o que já sabem, por julgarem que já sabem tudo.
É pecado de presunção, de altivez, de orgulho, arrogância.
Neste particular, a
humildade de espírito é uma bênção em nossa vida.
O crente humilde de espírito
aprende mais, e aprende mais rápido. O orgulho endurece o coração, inclusive
para a pessoa aprender. A humildade de espírito abranda o coração, o que
facilita a assimilação e fixação do ensino ministrado por qualquer meio.
6- Ser calmo e sossegado no
estudo da Palavra (Pv21.5; 1 Cr 17. 16-17 + 18.1ss).
7- Ter boas fontes
auxiliares de consultas e referências (livros etc). Cf Dn 9.2; Lc 1.3; 2 Tm
4.13 "Quando vieres, traze os livros".
8- Conhecimento sistemático
e suficiente da língua pátria, e, se possível, das línguas bíblicas. Cf. At
8.30; Cl 3.11 "bárbaro"; "cita" Mt 27.46, 47; Ne 8.7.8.
9- Conhecer e observar
métodos de estudo da Bíblia, começando pelo método sintético (Estamos falando
de estudo da Bíblia, e não apenas de leitura da Bíblia).
III.
COMO ENTENDER E COMPREENDER PRATICAMENTE AS ESCRITURAS?
1- Laia a Bíblia
orando a Deus em todo o tempo, para o Espírito Santo lhe assista.
2- Leia a Bíblia toda,
e continue fazendo assim, seguidamente.
3- Leia o contexto da
passagem da Bíblia que você está lendo, e mais as referências bíblicas
pertinentes.
4- Consulte obras de
confiança sobre Bíblia; obras recomendadas por quem pode e sabe recomendar.
5- Consulte também
irmãos "fieis e idóneos", quanto a Bíblia (cf. 2 Tm 2.2).
6- Localize, na
História, o espaço físico e o tempo pertinentes à passagem que você está
estudando.
7- Viva a Bíblia!
Viver a Bíblia é viver para Jesus!
IV.
DESENVOLVER A ESPIRITUALIDADE E O CARÁTER CRISTÃO DOS ALUNOS
1.
O ensino da Palavra é uma obra espiritual.
Significa a cultura da alma.
Ganhar o aluno para Cristo é apenas o início da obra; é mister cuidar em
seguida da formação dos hábitos cristãos, os quais resultarão num caráter ideal
modelado pela Palavra de Deus. São os hábitos que formam o caráter e este
influi no destino da pessoa. Afirma a psicologia: o pensamento conduz ao ato, o
ato conduz ao hábito, o hábito conduz ao caráter, o caráter conduz ao destino
da pessoa. Isso humanamente falando.
2.
Em toda parte vê-se um crescente interesse no campo da instrução secular,
notadamente no que tange à infância.
Com o devido respeito a essa
instrução que temos por indispensável para o progresso e sobrevivência de um
povo, queremos afirmar que a escola provê apenas instrução, mas não provê
educação. Esta tem que vir do lar e da Igreja, se esta for bíblica fundamental.
Deixe a criança sem instrução e veja o resultado! O mesmo acontece
espiritualmente ao novo convertido, seja criança, jovem, adulto ou idoso.
3.
Uma Escola Dominical dotada de obreiros treinados e cheios do Espírito Santo.
Uma Escola Dominical dotada
de obreiros treinados e cheios do Espírito Santo pode contribuir eficazmente
para a implantação da santíssima fé cristã entre os homens. Não podemos esperar
isso da escola pública. E a igreja evangélica que tem de cuidar disso por meio
de sua agência de ensino que é a Escola Dominical.
4.
O futuro do novo convertido (infante ou adulto) depende do que lhe for ensinado
agora.
Nesse sentido, o alvo do
professor deve ser o de ajudar cada aluno convertido a viver uma vida
verdadeiramente cristã, em inteira consagração a Deus, e cheio do Espírito
Santo.
5. Um dos intuitos, pois, da
Escola Dominical, é o de fazer de seus alunos, homens e mulheres, verdadeiros
cristãos, cujas vidas se assemelhem em palavras e obras ao ideal
apresentado em Jesus Cristo, conforme lemos em Colossenses 1.28 e Efésios 4.13.
Divulgação: www.sub-ebd.blogspot.com
Autor:
Antônio Gilberto
Fonte:
Revista Ensinador Cristão – n° 68 - CPAD