Subsídios para lhe ajudar na lição deste próximo domingo.
Classe de Adultos. Lições Bíblicas da CPAD
A maior das provações de Abraão inicia-se no capítulo 22 de Gênesis,
quando Deus prova o patriarca, ao pedir o que Abraão mais amava; seu próprio
filho Isaque.
Na versão bíblica Almeida Revista Corrigida, temos ali, um problema de
tradução, pois esta versão diz que “tentou Deus a Abraão”. E isto se choca
frontalmente com a afirmação de Tiago que diz: “Ninguém, sendo tentado, diga:
De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém
tenta (Tg 1.13)”.
VEJA
O SUBSÍDIO EM VÍDEO
Na verdade Deus não tentou, e sim provou a fé de Abraão. Portanto uma
boa versão bíblica para Gênesis 22.1, é a King James Atualizada. Onde se lê:
“Deus submeteu Abraão a uma prova”. A palavra hebraica nissah significa
“testar” ou “colocar em prova”.
I. A PROVA SUPREMA DA FÉ DE ABRAÃO
E bem provável que nenhum outro episódio bíblico, exceto o Calvário,
seja mais doloroso que este e prenuncie tão claramente a morte do único Filho
de Deus na cruz. Oferecer Isaque em sacrifício foi o maior teste de fé que
Abraão enfrentou. Deus prometera ao patriarca uma descendência incontável por
meio de Isaque.
Na verdade, Deus não tinha a menor intenção de permitir que Abraão
tirasse a vida de Isaque, mesmo porque o Senhor sempre foi contra o sacrifício
humano (Lev. 18.21; 20.2,3).
a) Oferecer Isaque em
holocausto (Gn 22)
O teste supremo da fé de Abraão ocorreu quando Deus mandou o patriarca
ir até a terra de Moriá e oferecer Isaque em holocausto. Isaque tinha no mínimo
23 anos de idade e ainda não possuía esposa.
A polêmica em torna da idade Isaque - Não há como determinar sua idade
na ocasião. Josefo dizia que ele tinha vinte e cinco anos; mas outros falam em
cinco anos, e outros em treze.
A GRANDE PERGUNTA
Ora, como a promessa poderia se cumprir se Abraão o matasse? De acordo
com Hebreus 11.19, Abraão acreditava que Deus ressuscitaria Isaque.
Isso representa uma notável demonstração de fé, pois até aquele
momento não havia nenhum registro de ressurreição na história do mundo. Observe
também a fé de Abraão no versículo 5: “eu e o rapaz iremos até lá e, havendo
adorado, voltaremos para junto de vós”.
Abraão foi justificado em primeiro lugar pela fé (Gn 15.6) e depois
pelas obras (Tg 2.21). A salvação do patriarca ocorreu por meio de sua fé, ao
passo que suas obras eram prova da fé que possuía. Quando Isaque perguntou:
“onde está o cordeiro para o holocausto?” Abraão respondeu: “Deus proverá para
si [...] o cordeiro”.
b) De Berseba a Moriá
O lugar do sacrifício não pode ser positivamente identificado. II
Crônicas 3.1 parece localizá-lo no local do Templo de Salomão. A tradição
tem-se apegado a esta opinião, e seria difícil encontrar um local mais
aceitável.
Josefo concordava com a identificação do monte Moriá como a área do
templo, tal como o faz o livro dos Jubileus (Gn 18.13) e a literatura rabínica
em geral. Atualmente, há no local uma mesquita islâmica, a mesquita de Omar.
A palavra (Moriá) ocorre somente por duas vezes em todo o Antigo
Testamento (Gên. 22.2, para onde Abraão levou Isaque, a fim de oferecê-lo em
sacrifício).
A região de Moriá ficava a cerca de sessenta e cinco quilômetros de
Berseba (onde Abraão residia). Três dias de caminhada tinham-nos trazido até
aquele temível lugar, onde Isaque, o filho amado, seria sacrificado.
Uma longa e cansativa viagem, feita de coração triste e com sombrias
expectações. Depois da longa jornada (Gn 22.4): avistaram o local do
sacrifício.
c) A lenha do holocausto
(Gn 22.6)
A lenha pode indicar nossos pecados, postos sobre Jesus, o Cristo, ou,
então, a cruz na qual Ele foi crucificado. Isaque transportava a madeira; Jesus
carregou a Sua cruz (João 19.17). Isaque foi amarrado; Jesus foi encravado na
cruz (Mat. 27.22).
d) O cordeiro foi o
substituto de Isaque (Gn 22.10-14)
Por todo o Antigo Testamento, o cordeiro é tido como o animal
preferido para o sacrifício. É o mais frequentemente especificado na lei
levítica do sacrifício. Assim, é
apropriado que o inocente, inofensivo cordeiro seja o principal símbolo
sacrificial do Antigo Testamento.
Jesus, o inocente Cordeiro de Deus, ofereceu-se como sacrifício por
nós. Ele tomou nosso lugar, como o cordeiro de Gênesis 22 tomou o lugar de
Isaque. Através do seu sofrimento, o inocente Filho de Deus expiou nossos
pecados e nos tornou limpos (Jo 1.29, 36; l Pé 1.19).
O Cordeiro de Deus seria o cumprimento final de todos os tipos e
sombras que tinham sido dados antes (Hb. 8.7; 10.1).
Deus envia o um cordeiro como substituto de Isaque e Abraão e em
demonstração, de que o cordeiro foi providencia Divina ele então declarou: “O
SENHOR Proverá”.
Em honra da revelação da graça de Deus na hora da provação, deu ao
lugar outro nome. Abraão chamou aquele lugar de o Senhor Proverá (Jeová Jireh,
v. 14). Esse é um dos sete nomes compostos de Deus no Antigo Testamento.
Os outros seis aparecem na lista seguinte:
1. Jeová Rophekha, “O Senhor, que te sara” (Êx
15:26)
2. Jeová Nissi, “O Senhor é minha bandeira”
(Êx 17:15)
3. Jeová Shalotn, “O Senhor é paz” (Jz 6:24)
4. Jeová Roi, “O Senhor é o meu pastor” (Sl
23:1)
5. Jeová Tsidkenu, “ Senhor, justiça nossa”
(Jr 23:6)
6. Jeová Shammah, “O Senhor está ai” (Ez
48:35)
Nota. O nome Jeová, foi usado no esboço a cima como uma tradução do
original hebraico Yahweh. Outra tradução para este nome divino é SENHOR (com
letras maiúsculas).
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