Existem três
palavras separadas e distintas para amor no Novo Testamento em grego. Em
Romanos, Paulo usa todas três.
1.
Storgos — um amor natural, gravitacional; uma
preocupação instintiva com os descendentes, encontrada tanto nos animais como
no homem. Somente a forma negativa, astorgos, é usada nas Escrituras (Rm 1.31).
2.
Philos — um amor belo e amigável. Paulo descreve esse
amor em Romanos 12.10.
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3.
Agapeo — um amor divino, encontrado apenas em Deus.
Esse amor não depende da beleza do objeto amado.
O vocábulo é
encontrado 320 vezes no Novo Testamento em grego, mas raramente nos escritos
clássicos (Homero usou-o dez vezes, e Eurípedes, três vezes).
Esse amor nunca
foi encontrando no coração de um homem antes da ascensão de Cristo. Aliás,
Jesus pergunta a Pedro em três ocasiões (Jo 21.15-19) se este realmente o
amava. Nas duas primeiras vezes, Jesus usa o terceiro tipo de amor: Pedro, você
me agapao. Em ambas as ocasiões, Pedro
responde usando a segunda palavra. Ele diz: Senhor, tu sabes que te phileo.
Finalmente,
nosso Senhor (condescendentemente) usa a
segunda palavra também. A razão disso (como Pedro viria a descobrir mais tarde)
é explicada em Romanos 5.5 (ARA) por
Paulo: O amor [ágape] de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito
Santo, que nos foi outorgado.
Portanto, a razão
por que Pedro respondeu daquela forma foi que o Espírito Santo ainda não tinha
sido derramado no Dia de Pentecostes, e, por isso, era impossível que Pedro
amasse Jesus com esse amor agapao, [que é] divino.
Autor: Willmington