CONCEITUAÇÃO:
Do latim communicatio, de
communis = comum.
Ação de tornar algo comum a
muitos.
É o estabelecimento de uma
corrente de pensamento ou mensagem, dirigida de um indivíduo a outro, com o fim
de informar, persuadir ou divertir.
HISTÓRICO:
Desde os
tempos mais remotos, o homem procurou comunicar-se com seus semelhantes; e o fez
não só na época em que viveu, mas também deixando informações a seus
posteriores.
Desenhou em
paredes, nas cavernas: idealizou a escrita, comunicou-se tanto com sua época,
como com o futuro; sempre com uma finalidade, a de legar conhecimentos.
A evolução
se fez sentir na maneira de comunicar-se, inventou e pôs em uso aparelhos
sonoros e visuais; e, nessa ânsia de se entender com seus pares, produziu uma
população sonora-visual. Mensagens em profusão, para vender produtos, ou para
recomendar que se faça ou deixe de fazer alguma coisa. Mas, a inteligência
humana aprendeu a selecioná-las: somente as mais perfeitas são recebidas, como
foram transmitidas, sem distorções.
MECANISMO:
As
telecomunicações emprestaram termos de seu próprio uso. E, assim, a comunicação
apresenta como elementos básicos:
a) EMISSOR
- o que transmite a mensagem.
b) RECEPTOR
- o que recebe a mensagem.
c) CANAL -
o meio de comunicação.
d) MENSAGEM
- o fato que se relata. TIPOS:
A
proliferação de tipos de mensagens é imensa, mas pode-se agrupá-las em:
Primeira -
COMUNICAÇÃO VERBAL - Aquela em que a palavra é o meio usado para canalizar a
mensagem.
Segunda -
COMUNICAÇÃO ESCRITA - Aquela em que a mensagem é: transmitida por caracteres
gráficos ou desenhados.
Terceira -
COMUNICAÇÃO POR GESTOS - Aquela que abrange a mímica, olhares, posturas, onde
se transmite uma mensagem visual através do corpo humano.
As
comunicações podem ser: CONSCIENTES E INCONSCIENTES
COMUNICAÇÕES
CONSCIENTES: São aquelas em que os gestos acompanham aquilo que se diz. Ex:
Dizer que estamos alegres, permanecendo sorridentes.
COMUNICAÇÕES
INCONSCIENTES: São aquelas em que se fala alguma coisa, mas a postura não
condiz com o que se transmite. Ex: Citar que estamos descansados, mas
apresentarmo-nos curvados.
Requisitos da Mensagem
Uma
mensagem para ser bem transmitida e bem recebida precisa apresentar os
seguintes requisitos:
1ª) estar
ajustada ao destinatário;
2ª) possuir
conteúdo significativo (palavras sem nexo não constituem mensagem);
3ª)
Apresentar sentido claro (muitas vezes as mesmas palavras oferecem sentido
diverso para pessoas diferentes);
4ª) estar
completa;
5ª) ser
objetiva (inserida na realidade);
6ª) ser
oportuna.
Barreiras nas Comunicações
Não só os ruídos
produzem barreiras nas comunicações, mas obstáculos muito mais sutis. Essas
barreiras são tanto mais fortes quanto mais escondidas. Pode-se apresentar uma
lista interminável daquilo que obstaculiza o entendimento nas comunicações;
porém, citaremos algumas barreiras principais:
1ª) OPINIÕES E
ATITUDES DO RECEPTOR - Só entende a mensagem que queira entender, talvez por
lhe interessar ou não.
2ª) EGOCENTRISMO -
Fato que impede de enxergar ou entender o ponto de vista do emissor, pois, pelo
instinto de superioridade, há uma tendência em rebater aquilo que se diz.
3ª) PERCEPÇÃO -
Certas palavras apresentam uma conotação que predispõe o receptor a ouvir ou
ver com atenção a mensagem, ou, ainda, a desinteressar-se por ela. (Exemplos de
palavras como: rico, pobre, militar, operário, branco, preto, salvação,
perdição, pecado, céu, inferno, judeu, etc.) Todas elas dizem respeito a raças,
profissões, condições financeiras, sentimentos religiosos, etc, e que levam o
receptor a uma predisposição pelo que possa pretender que se transmita e
receba.
4ª) COMPETIÇÃO -
Ao ser transmitida a mensagem, há uma concorrência, corta-se a palavra, e cada
um dos receptores tem o desejo de que se entenda o que pretende dizer. Ninguém
entende nada.
5ª) FRUSTRAÇÃO -
Fato que leva a pessoa a não entender o que se transmite, por levá-la a raízes
diversas. Certas particularidades pessoais, como lembranças passadas, e em
sentido comparativo, são motivadoras de frustrações.
6ª) TRANSFERENCIA
- Inconscientemente, os sentimentos que se têm com pessoa parecida com o
interlecutor podem ditar uma predisposição, favorável ou não.
7ª) PROJEÇÃO -
Emprestamos a outrem intenção que nunca teve, mas que teríamos em seu lugar.
8ª) INIBIÇÃO -
Fator prejudicial em todos os sentidos, em que nos desvalorizamos.
Além dessas
barreiras de caráter pessoal, é de se mencionar a existência de outras
barreiras coletivas.
A distância social
entre chefes e subordinados, no mais baixo escalão hierárquico, induz à
existência de intermediários, como elos de ligação. Quanto maiores forem os
intermediários, em número maior serão as distorções nas comunicações.
E óbvio que
aqueles que ocupam uma posição mais próxima do emissor recebem a mensagem mais
perfeita; e na seqüência de transmissões ocorrem distorções, produzindo com o
distanciamento social uma baixa na produtividade.
As comunicações
são por demais usadas em reuniões, no sentido de entrosamento, troca de idéias,
fixação de objetivos.
Karl E. Ettinger
ensina que:
"A falta de
informações contribui para o sentimento de confiança".
"A vida
moderna nos obriga a falar com toda espécie de gente. Sejamos simples e
objetivos em nossas conversações, formulando frases com palavras vivas,
facilmente compreensíveis a todas as classes sociais".
"Feedback"
Traduzido do
inglês como realimentação, consiste em verificar o próprio desempenho e
corrigi-lo, caso seja necessário.
Todo bom professor
deve estar sempre atento ao comportamento de seus alunos, bem como às suas
reações, principalmente se notar que eles demonstram não estarem entendendo o
ensinamento. Nesse caso, o professor poderá formular perguntas semelhantes a
estas:
- Vocês estão me
entendendo?
- Estão
acompanhando o raciocínio?
- Está claro?
As respostas dos
alunos, a essas indagações caracterizam o uso do "FEEDBACK".
Não é somente
através de palavras que as pessoas que se comunicam realimentam-se, mas também
através da expressão física de seus ouvintes. Ex: Bocejos, olhares dispersos,
olhos fechados, semblante franzido de atenção, etc.