Negligenciar o ministério do Espírito
no ensino é desprezar um dos aspectos mais importantes da educação cristã.
A educação cristã é sem igual
por causa do seu tema — a Bíblia, a revelação escrita de Deus; por causa de sua
meta — transformação espiritual de vidas; e por causa de sua dinâmica espiritual
— a obra do Espírito Santo.
RAZÕES POR QUE O ESPÍRITO SANTO É NECESSÁRIO NO ENSINO
1.
O Espírito Santo Capacita.
Uma razão por que o Espírito
Santo é necessário na educação cristã é que o professor cristão precisa da
capacitação divina. Só pelo Espírito Santo os professores podem ser guiados e
capacitados a ensinar efetivamente a Bíblia e assuntos relacionados.
Uma tarefa espiritual —
envolvendo verdades espirituais para satisfazer necessidades espirituais —
requer poder espiritual. Eficiência no serviço exige salvação e obediência ao
Espírito Santo. Procurar servir ao Senhor na própria força, sem a dependência
do Espírito Santo, é de pouca valia para a obtenção de resultados duradouros.
2.
O Espírito Santo torna o ensino eficaz.
Prioridade de vida, que se origina
da submissão ao controle do Espírito, contribui para o ensino eficaz.
Inversamente, o fracasso em modelar a verdade torna o professor ineficaz. Os
alunos não são atraídos para as verdades ensinadas por um professor que “fala
com afetação” sem modelá-los. Inconsistência entre o que os lábios dizem e o
que a vida demonstra “desliga” os estudantes e vira-os em direção contrária.
O Espírito Santo torna a
Palavra de Deus eficaz na vida dos estudantes. Conhecimento da Bíblia e
compreensão das verdades espirituais, embora sejam essenciais, não garantem por
si mesmos mudança e crescimento espirituais. Nem todos os que ouvem a Palavra
acreditam nela ou aceitam suas verdades (Jo 10.25; 12.47,48; At 7.57-59;
17.5,32). Assim como a Palavra de Deus regenera (SI 19.7; Rm 10.17;Tg 1.18; 1
Pe 1.23), o Espírito Santo deve estar presente para remover a cegueira
espiritual e dar vida eterna (Jo 3-5-7;Tt 3-5).
3.
O Espírito Santo e a Palavra.
Os crentes também devem estar
abertos ao ministério da Palavra e do Espírito. A Palavra santifica (Jo 17.17-19;At
20.32; Ef 5.26; 1 Pe 2.2), e o mesmo faz o Espírito (2Ts 2.13; 1 Pe 1.2).
A Palavra ilumina (SI 119.105,130;
2Tm 3.16), e o mesmo faz o Espírito (Jo 14.26; 16.13; 1 Co 2.10-15). A Palavra
escrita, para que tenha eficácia na vida dos incrédulos e crentes, precisa do
ministério do Espírito Santo.
Vidas transformadas reivindicam
a Palavra e o Espírito. E considerando que a educação cristã focaliza-se em
ocasionar vidas espiritualmente transformadas, o processo do
ensino/aprendizagem exige as Escrituras Sagradas e o Espírito Santo. Um sem o
outro é inadequado.
4.
Ressaltar o papel do Espírito Santo no processo pedagógico não sugere que os
professores não precisem estudar e preparar-se.
“Só o professor que está bem preparado
pode cumprir a tarefa com mais eficiência, enquanto que, ao mesmo tempo, confia
no Espírito Santo para agir por meio dele e de seus alunos”. Visto que ensinar na
Igreja é um processo divino-humano, um ministério que conjuntamente envolve o
Espírito Santo e os professores, o preparo torna o professor um instrumento
melhor, uma ferramenta mais afiada nas mãos de Deus.
Depender do Espírito Santo no
ensino que o crente transmite não significa estar despreparado e “deixar que o
Espírito Santo fale por mim”, como se a preparação competisse com a espiritualidade.
Justamente o oposto é verdade.
O despreparo não é sinal de ser “mais espiritual”. Às vezes, porém, o Espírito
Santo pareceu usar esforços pedagógicos parcamente preparados e manifestamente
realizou muito.
Como explicar este fato?
Porquanto seja verdade que o Espírito anule e realmente reduza a nada o serviço
malfeito de um professor, a falta de preparação não é encorajada em nenhuma
parte da Bíblia.
As palavras de Paulo em 1 Coríntios
3-6: “Eu plantei, Apoio regou; mas Deus deu o crescimento”, deixam claro que o
esforço humano é acompanhado, não substituído, pela obra divina do próprio Deus.
Em vez de ser desculpa para a preguiça ou ignorância, o papel do Espírito no
processo educacional proporciona um desafio para a excelência.
Conclusão
Jesus disse que o Espírito
Santo daria instruções sobre “todas as coisas” (Jo 14.26); lembrança de tudo
quanto Jesus tinha ensinado (Jo 14.26); direção a toda a verdade (Jo 16.13); e
declaração de eventos futuros,“o que há de vir” (Jo 16.13)-A promessa de que o
Espírito Santo “vos ensinará todas as coisas” e “vos fará lembrar de tudo
quanto vos tenho dito” 0 ° 14.26), diz respeito primariamente aos apóstolos.
O Espírito capacitou-os a
recordar o que Jesus tinha lhes ensinado, quando eles (pelo menos alguns dos
doze, embora não todos) escreveram as Escrituras do Novo Testamento sob a
inspiração do Espírito. Não obstante, a promessa pode relacionar-se secundariamente
com todos os crentes, a quem o Espírito traz à memória as declarações
registradas de Cristo.
O ministério de ensino do Espírito
Santo é necessário para que os crentes entendam a verdade espiritual. Paulo
deixa isso claro em 1 Coríntios 2.9-14.“As [coisas] que Deus preparou para os
que o amam” (1 Co 2.9) são aquilo “que nos é dado gratuitamente por Deus”( l Co
2.12). Da mesma maneira que ninguém pode sondar completamente os pensamentos de
outra pessoa, assim os pensamentos de Deus só são conhecidos pelo Espírito
Santo (1 Co 9-11)- Por conseguinte, estes pensamentos, registrados na
Escritura, são parte da revelação de Deus ao homem (1 Co 9.10). Assim, estas
verdades são comunicadas pelos crentes em palavras ensinadas pelo Espírito (1
Co 9.13), as quais Paulo disse que são uma mensagem de “sabedoria” (1 Co 9.6).
“A verdade espiritual revelada pelo Espírito (1 Co 2.10) é falada com palavras
espirituais ensinadas pelo Espírito (1 Co 2.13)”.
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