Lição 10 - Naum e Habacuque (Lições Bíblicas Juvenis)

Lições Bíblicas Juvenis

Lições Bíblicas Juvenis 2° trimestre 2024 – CPAD

ASSUNTO  DO TRIMESTRE: Conhecendo dos Livros dos Profetas

Comentarista: Thiago Santos

| Subsídios Dominical | Lição 10 - Naum e Habacuque

 

VERSÍCULO CHAVE:

“Eis que a sua alma se incha, não é reta nele; mas o justo, pela sua fé, viverá.” (Habacuque 2.4).

 

LEITURA DIÁRIA:

SEG. Na 2.2,3 O Senhor trará outra vez a excelência de Jacó

TER. Na 2.13 O Senhor dos Exércitos é contra a maldade

QUA. Hc 1.13 Os olhos do Senhor são puros

QUI. Hc 2.3 A visão se cumprirá no tempo determinado

SEX. Hc 2.14 A Terra se encherá do conhecimento do Senhor

SÁB. Hc 3.18 A despeito das circunstâncias, alegre-se no Senhor


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Naum 1.2-6

O SENHOR é um Deus zeloso e que toma vingança; o SENHOR toma vingança e é cheio de furor; o SENHOR toma vingança contra os seus adversários e guarda a ira contra os seus inimigos.

O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em força e ao culpado não tem por inocente: o SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés.

Ele repreende o mar, e o faz secar, e esgota todos os rios; desfalecem Basã e Carmelo, e a flor do Líbano se murcha.

Os montes tremem perante ele, e os outeiros se derretem; e a terra se levanta na sua presença, sim, o mundo e todos os que nele habitam.

Quem parará diante do seu furor? E quem subsistirá diante do ardor da sua ira? A sua cólera se derramou como um fogo, e as rochas foram por ele derribadas.

 

Habacuque 1.2-5

2 Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritarei: Violência! E não salvarás?

3 Por que razão me fazes ver a iniquidade e ver a vexação? Porque a destruição e a violência estão diante de mim; há também quem suscite a contenda e o litígio.

4 Por esta causa, a lei se afrouxa, e a sentença nunca sai; porque o ímpio cerca o justo, e sai juízo pervertido.

5 Vede entre as nações, e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos; porque realizo, em vossos dias, uma obra, que vós não crereis, quando vos for contada.

 

Habacuque 3.17,18

17 Porquanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja vacas,

18 todavia, eu me alegrarei no SENHOR, exultarei no Deus da minha salvação.


CONECTADO COM DEUS

Muitas vezes, parece que a maldade prevalecerá sem punição e que os justos não provarão da bondade do Senhor neste mundo, que jaz no Maligno. O profeta Naum, contudo, mostra que não, pois Deus reservou um juízo sobre as injustiças praticadas pelos homens. Precisamos confiar, mesmo quando não compreendemos o modo de Deus agir, sem questionarmos por que Ele permite que certas coisas aconteçam. Habacuque viveu essa experiência ao ver os babilônios serem instrumentos de Deus para castigar o seu povo. A verdade é que os caminhos do Senhor não são como os nossos, e os seus pensamentos são mais altos do que os nossos pensamentos. Ao final, Ele tem uma resposta de paz para nossas orações.

 

l. A PROFECIA DE NAUM

11. A destruição iminente de Nínive

A profecia de Naum vai de encontro a um povo que antes havia sido poupado por Deus, devido ao seu arrependimento, conforme relata Jonas em seu livro. Todavia, as gerações seguintes não abandonaram a crueldade. Assim, o mesmo povo que outrora havia sido instrumento de Deus para castigar Israel, levando-o cativo, agora experimentaria o juízo divino. Nínive, a orgulhosa cidade, seria completamente destruída por Deus.


Naum menciona os leões, símbolo dos assírios: “Onde está, agora, o covil dos leões?" (Na 2.11). Trata-se de uma pergunta retórica do profeta ao anunciar a destruição completa de Nínive, tendo a batalha estendida até os seus muros. Com o juízo divino sobre Nínive, Judá experimentaria um breve respiro antes que viesse o castigo por meio dos babilônios.

 

1.2. A voz do Senhor

Diante das maldades praticadas por Nínive, o Senhor se pronuncia: “Eis que eu estou contra ti, diz o SENHOR dos Exércitos" (2.13). Esse relato revela que o Senhor Deus se vinga das maldades praticadas pelos reinos iníquos que se acham invencíveis e onipotentes.

0 Senhor viu as maldades e o orgulho dos assírios contra as nações, inclusive, contra Israel. Embora o profeta tenha dito no início que “o SENHOR é bom, uma fortaleza no dia da angústia, e conhece os que confiam nEle” (17), Ele também é um fogo consumidor que exerce justiça contra os que praticam a maldade (Na 2.13; 3.5, 6). O tratado de Deus com os povos nos ensina que não compensa uma vida de pecados, separada de Deus. O Senhor é justo e não se deixa escarnecer. Tudo o que o homem semear, isso também colherá (Gl 6.7).

 

2. O PERIGO IMINENTE DA QUEDA

2.1. Razões da queda de Nínive

Há muitas razões para a queda de Nínive, A começar por esta ser a cidade que era o centro do poder e regime brutal da Assíria — o povo que havia destroçado nações, inclusive, levado cativo o Reino do Norte. O detalhe é que, enquanto Jonas havia pregado a mensagem de salvação para uma cidade ímpia que parece ter recebido a repreensão, Naum traz uma mensagem de punição e julgamento. Ambos revelam, respectivamente, a misericórdia e a severidade de Deus (Rm 11.22). Nínive seria punida pelos seus muitos pecados, como, por exemplo, a crueldade notória e conhecida por outros povos, bem como pelo aprofundamento de suas práticas de feitiçarias, imoralidade sexual e malícia (3.1-6; 319).

 

2.2. A justa recompensa da parte de Deus

Assim como não conhecemos o nível de arrependimento do coração humano, também não conhecemos 0 seu nível de maldade. É Deus quem sonda tanto um quanto o outro (Pv 21.2). Ele é o único capaz de julgar com justiça. De fato, Nínive foi destruída e nunca mais reedificada depois da sua queda em 612 a.C. Ajusta recompensa da parte de Deus ensina que, quando o pecado alcança determinado nível na sociedade, Deus envergonha o povo, derrubando todos os meios de continuação da maldade. O salmista declara que “o SENHOR conhece o caminho dos justos; mas o caminho dos ímpios perecerá” (Sl 1.6).

 

3. A PROFECIA DE HABACUQUE

3.1. O clamor do profeta

O profeta Habacuque levantou um clamor a Deus ao contemplar uma sociedade injusta e pecaminosa, na qual “a lei se afrouxa, e a sentença nunca sai” (Hc 1.3,4). O profeta então suplicou ajustiça divina, porém, inicialmente, não conseguiu encontrar respostas. Quando o Senhor respondeu, o profeta ficou estarrecido, pois Ele enviaria os babilônios, nação mais injusta e cruel para castigar os filhos de Judá (1.6-11). No entanto, o juízo divino viria sobre toda a iniquidade no momento certo. O livro de Habacuque nos leva a refletir que Deus cuida do seu povo, enquanto este enfrenta a oposição deste mundo. Não podemos perdera fé, nem deixar de sermos firmes e constantes na obra do Senhor (1 Co 15.58).

 

3.2. O conflito e o triunfo da fé

O conflito do profeta por não entender os caminhos de Deus é sanado pela seguinte resposta: “Então, o SENHOR me respondeu e disse: Escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa ler o que correndo passa. Porque a visão é ainda para o tempo determinado, e até ao fim falará, e não mentirá: se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará" (Hc 2.2,3). Tudo o que Deus fala se cumpre: nenhuma das suas palavras faltarão (Js 21.45: Mt 24.35). Independentemente da soberba do ímpio, enquanto ajustiça de Deus não se cumpre, a posição do fiel deve ser de fé (Hc 2.4).

 

3.3. A fé inabalável de Habacuque

A oração final do profeta é por renovação. Ele suplica que as obras de Deus fiquem evidentes e que todos vejam a sua glória (3.2). Na mesma oração, ele pede por misericórdia para que ajustiça de Deus restaure a nação. Habacuque afirma que, ainda quando a invasão babilônica trouxesse a devastação, sem que nada restasse, todavia, pela fé, ele se alegraria no Senhor (3.17,18). Não podemos perder a confiança naquEle que tem o domínio sobre todas as coisas.

 

PARA CONCLUIR

Apesar das lutas e desafios, Deus tem sempre um caminho de bênçãos e vitórias para o seu povo. Tudo o que precisamos fazer é andar em retidão, não esmorecer na fé ou desacreditar que Deus fará justiça aos seus escolhidos. Afinal, a Palavra de Deus sempre se cumpre. Os pecados da maldosa Nínive foram julgados e o juízo anunciado por Habacuque veio sobre a Babilônia. Da mesma maneira, o Israel de Deus terá a sua glória restaurada no tempo determinado porque o Senhor nunca falha em cumprir o que promete.

 

HORA DA REVISÃO

1. Através da destruição de Nínive, profetizada por Naum, o que o tratado de Deus com os povos nos ensina?

2. O que as mensagens de Jonas e Naum revelam respectivamente?

3. O que o Livro de Habacuque nos Leva a refletir?

4. Segundo Habacuque, qual deve ser a posição do fiel, enquanto ajustiça de Deus não se cumpre?

5. Qual foi a súplica de Habacuque em sua oração final?