Lições
Bíblicas Juvenis 2°
trimestre 2024 – CPAD
ASSUNTO DO TRIMESTRE: Conhecendo dos Livros dos Profetas
Comentarista: Thiago Santos
| Subsídios Dominical |Lição 3 JEREMIAS - ONDE BUSCAR CORAGEM
VERSÍCULO CHAVE:
“Mas o SENHOR me disse: Não digas: Eu sou uma criança: porque, aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás." (Jeremias 1.7)
LEITURA
DIÁRIA
SEG. 2 Co 12.9
A graça do Senhor é suficiente
TER. 2 Cr 714
Arrependimento e busca sincera atraem a resposta
divina
QUA. Jr 7.1-4
Melhorai os vossos caminhos e as vossas obras
QUI. Jr 15.19-21
Aparte o precioso do vil
SEX. 1 Jo 1.9
O Senhor é fiel e justo para perdoar
SÁB. At 3.19
O arrependimento traz refrigério
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: Jeremias 1.4-14,17-19
4
Assim veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
5
Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da
madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta.
6
Então, disse eu: Ah! Senhor JEOVÁ! Eis que não sei falar; porque sou uma
criança.
!7
Mas o SENHOR medisse: Não digas: Eu sou uma criança; porque, aonde quer que eu
te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás.
8
Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o SENHOR.
9
E estendeu o SENHOR a mão, tocou-me na boca e disse-me o SENHOR: Eis que ponho
as minhas palavras na tua boca.
10
Olha, ponho-te neste dia sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares, e
para derribares, e para destruíres, e para arruinares; e também para edificares
e para plantares.
11
Ainda veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Que é que vês, Jeremias? E eu
disse: Vejo uma vara de amendoeira.
12
E disse-me o SENHOR: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a
cumprir.
13
E veio a mim a palavra do SENHOR, segunda vez, dizendo: Que é que vês? E eu
disse: Vejo uma panela a ferver, cuja face está para a banda do Norte.
14
E disse-me o SENHOR: Do Norte se descobrirá o mal sobre todos os habitantes da
terra.
17
Tu, pois, cinge os teus lombos, e levanta-te, e dize-lhes tudo quanto eu te
mandar; não desanimes diante deles, porque eu farei com que não temas na sua
presença,
18
Porque eis que te ponho hoje por cidade forte, e por coluna de ferro, e por
muros de bronze, contra toda a terra, e contra os reis de Judá, e contra os
seus príncipes, e contra os seus sacerdotes, e contra o povo da terra.
19
E pelejarão contra ti, mas não prevalecerão contra ti; porque eu sou contigo,
diz o SENHOR, para te livrar.
CONECTADO
COM DEUS
O
chamado de Jeremias ocorreu em um contexto político-religioso complicado para a
nação de Judá. Seu ministério abrangeu os últimos anos que antecederam a
destruição de Jerusalém e o cativeiro babilônico. Foi para esse tempo difícil
que Deus escolheu Jeremias, um homem sensível que sofria ao ver seu povo
padecer as consequências de suas escolhas erradas. Embora sofresse grande
perseguição, o profeta não deixou de levar a mensagem de arrependimento a um
povo teimoso e rebelde. A história desse profeta tem muito a nos ensinar no
tocante aos tempos trabalhosos em que estamos vivendo. Em alguns momentos, pode
parecer que você não conseguirá vencer os desafios para cumprir o chamado de
Deus, mas saiba que é Ele quem sustenta e capacita você.
1. A VIDA DO PROFETA
1.1.
Quem era Jeremias?
Jeremias
era natural de Anatote, uma vila localizada ao nordeste de Jerusalém, dentro do
território da tribo de Benjamim, O nome do seu pai era Hilquias, e muitos
estudiosos o consideram como o sacerdote de Anatote. O que reforça o fato de
Jeremias pertencer a uma família de sacerdotes é o local de seu nascimento,
visto que Anatote é apontada como uma cidade sacerdotal desde os tempos de
Josué (Js 21.18), Não se sabe ao certo se Jeremias chegou a exercer o ofício
sacerdotal, O fato é que ele foi chamado pelo Senhor para ser profeta muito
jovem e, por esse motivo, dedicou sua vida ao exercício do ministério
profético.
1.2.
Contexto social da época
O
profeta Jeremias começou a exercer o seu chamado cerca de 40 anos antes do cativeiro
judaico. Esse período abrangeu os reinados de Josias, Joacaz, Jeoaquim, Joaquim
e Zedequias. Um período conturbado que foi primeiramente marcado pela renovação
espiritual promovida por Josias, mas que logo se dissipou em razão da falta de
arrependimento sincero e constância na obediência à Lei por parte dos judeus.
O
povo havia passado um bom tempo mergulhado na idolatria e subjugado pelas
forças políticas que havia ao seu redor, a saber, os assírios que, dominavam a
Ásia e o Oriente até então; e, a seguir, os babilônios, que se tornaram a maior
potência mundial da época em poucos anos. É nesse cenário de precariedade
espiritual e desorganização política que Jeremias exerceu o seu ministério
profético.
1.3.
Um profeta sensível à voz de Deus
Jeremias
não apenas era inconformado com o pecado da nação, como também lutou com todas
as suas forças para chamá-la ao arrependimento. Intercedeu com lágrimas e
lamento com tamanha compaixão por seus compatriotas, que o respondiam com ódio
e ameaças. Ao que ouviu do próprio Senhor: “Tu, pois, não ores por este povo,
nem Levantes por ele clamor ou oração, nem me importunes, porque eu não te
ouvirei” (Jr 7.16). Embora Jeremias insistisse, não havia outro remédio para
conduzira alma da nação ao arrependimento a não ser o cativeiro babilônico.
Ainda
que tal quebrantamento emocional de Jeremias pudesse ser visto a princípio como
um sinal de fraqueza, ele foi um dos profetas mais corajosos e perseverantes da
história, embora solitário e rejeitado durante toda sua vida (Jr 15.15-18). As
próprias experiências do profeta foram tão intensas que Deus as usa até hoje
para nos ensinar preciosas lições.
1.4.
Público-alvo da profecia
Quando
Jeremias foi chamado pelo
Senhor,
a sua missão era convocar Judá a um arrependimento sincero para com Deus, No
entanto, no momento inicial do seu chamado, o Senhor havia dito que ele seria
um profeta para as nações. De imediato, o propósito divino era derrubar a
soberba do seu povo e anunciar 0 domínio das nações gentílicas, a saber, a Babilônia.
Todavia, o juízo do Senhor também viria sobre os caldeus, bem como sobre os
povos que desdenhavam da nação eleita em razão da sua dor (46—51). Ao final, o
reinado davídico sobreviveria ao exílio, e um remanescente seria preservado
para cumprir os propósitos de Deus para o seu povo. O Senhor não perde o
controle da história, inclusive, da vida daqueles que o servem com obediência.
2. A CHAMADA E O ENVIO
2.1.
Desculpas para não atender ao chamado
Jeremias
ainda era muito jovem quando foi chamado para ser profeta. Prontamente, o
Senhor lhe disse que o havia escolhido desde o ventre da sua mãe para exercer o
ministério. De imediato, Jeremias demonstrou sentir-se incapaz de tão grandiosa
missão, alegando ser apenas uma criança, sem condições de ser porta- -voz de
Deus (Jr 1.5, 6). Entretanto, o Senhor o garantiu que Ele mesmo o enviava e,
portanto, a livraria de todos os seus opositores (vv. 7,8). Da mesma forma,
atualmente, o Senhor continua a chamar jovens para o exercício do ministério.
Não importa o quanto você se sinta inadequado, Deus quer usar a sua vida com
poder e autoridade! A base do êxito de Jeremias foi a obediência. Da mesma
forma, seja obediente, e você também alcançará sucesso em seu chamado
ministerial.
2.2.
Encorajamento e envio
Apesar
das limitações humanas de Jeremias, o Senhor o encorajou a cumprir o seu
chamado. Afinal, a capacitação para tão grande obra viria do Deus
Todo-Poderoso, que faria dele um instrumento para arrancar e para derrubar;
para destruir e para arruinar; para edificar e para plantar (v. 9,10).
A
mensagem de Jeremias, muitas vezes severa, era poderosa e constituída de toda a
autoridade divina. Num primeiro momento, o Senhor lhe perguntou o que via, ao
que o profeta respondeu: “vejo uma vara de amendoeira".
A
seguir, o Senhor lhe disse: “viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra
para a cumprir" (v. 12). E, na segunda vez, Deus lhe perguntou o que via.
Ao que Jeremias respondeu que via uma panela a ferver com a sua face virada
para 0 Norte. Logo, o Senhor lhe explicou que do Norte viria o mal sobre toda a
terra (vv. 13, 14). Dessa forma, Deus o ordenou a não temer diante deles,
porque o estava tornando como cidade forte, coluna de ferro e muros de bronze
contra nações, reis e sacerdotes (v. 18).
3. AS CONDIÇÕES DE JUDÁ
3.1.
A idolatria e imoralidade
Um
dos motivos pelos quais o Senhor prometeu enviar o cativeiro babilônico sobre
Judá foi a sua decadência espiritual. Nos dias que antecederam o exílio, Judá
se encontrava mergulhada na idolatria e imoralidade. Durante os governos dos
reis Manassés e Amom (60 anos), os judeus cometeram toda sorte de maldade,
inclusive, aderindo às práticas pecaminosas e idólatras da Assíria e nações
vizinhas. Dentre as abominações praticadas, estavam a profanação do Templo e sacrifícios
humanos oferecidos a Moloque, entidade Amonita (Jr 32.30-35). Esse declínio
espiritual alcançou tal nível que o povo já não servia a Deus nem discernia
tamanhas malignidades. Essa situação prorrogou-se até o tempo em que Josias
assumiu o trono de Judá e iniciou o processo de restauração espiritual.
3.2.
A mentira e o desprezo à Palavra de Deus
Além
dos desvios religiosos e a iniquidade dos reis, a maldade, falsidade e falta de
temor a Deus eram acentuadas no comportamento de toda a Judá. Tanto que o
Senhor revelou ao profeta que até mesmo os da sua própria casa se voltavam
contra ele encobertamente. Os reis demonstravam aparentemente que buscariam o
arrependimento, mas não permaneciam no conselho do Senhor. Em nossos dias,
muitas vezes nos deparamos com a mesma postura por parte de alguns ouvintes da
Palavra. São pessoas que escutam com atenção a pregação, mas agem com desprezo
e falta de temor a Deus. Esse tipo de comportamento revela um coração teimoso e
inclinado para o mal. A Palavra de Deus afirma: “Não erreis: Deus não se deixa
escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gl
6.7).
3.3.
Uma convocação ao arrependimento
A
mensagem profética de Jeremias tratava-se de uma convocação ao arrependimento.
Embora, inicialmente, a palavra do profeta fosse de condenação sobre as
maldades praticadas pelo povo de Judá, bem como por seus vizinhos, a mensagem
final era de restauração. As palavras de Jeremias soam como uma expressão da
tristeza de Deus ao ver um povo que não soube aproveitar a oportunidade como
nação separada e escolhida. Deus está sempre disposto a nos perdoar porque nos
ama. Nós também devemos ser ávidos pelo seu perdão, na mesma proporção que
estamos dispostos a abandonar nossos pecados para servi-lo com genuíno amor.
PARA
CONCLUIR
Aprendemos
nesta lição que a coragem para exercer o ministério profético não vinha da
capacidade de Jeremias. Se Deus olhasse para a sua condição humana, jamais o
separaria para tão grandiosa e difícil missão. Entretanto, é justamente por
meio das fraquezas de seus servos que o Senhor se revela forte (1 Co 1.27-29).
Que nós também possamos, pela graça de Deus, ser aperfeiçoados em nossas fraquezas,
atuando na sua obra (2 Co 12.9).
HORA DA REVISÃO
1.
O profeta Jeremias era natural de qual cidade e qual era o nome do seu pai?
2.
O ministério profético de Jeremias abrangeu o reinado de quais reis?
3.
Qual foi a reação de Jeremias ao ser chamado por Deus?
4.
Cite as abominações praticadas pela nação de Judá devido à mistura religiosa
com os assírios
5.
Qual era a natureza da mensagem profética de Jeremias?