Lições Bíblicas BETEL: 4° Trimestre de 2023 | REVISTA: TERCEIRA
EPÍSTOLA DE JOÃO: Instituindo o discipulado baseado na verdade, no amor
e fortalecendo os laços da fraternidade cristã.
TEXTO ÁUREO
“Que em presença da igreja testificaram da tua caridade; aos quais, se conduzires como é digno para com Deus, bem farás.” 3 João 6
VERDADE APLICADA
Como discípulos de
Cristo, busquemos abundar em amor, pois os últimos dias são marcados pelo
egoísmo e a indiferença.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1. Mostrar o poder do amor.
2. Ressaltar que o amor é o maior bem.
3. Ensinar que sem amor não existe discipulado.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
1 CORÍNTIOS 13
1 Ainda que eu
falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse caridade, seria como o
metal que soa ou como o sino que tine.
2 E ainda que
tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e
ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não
tivesse caridade, nada seria
3 E ainda que
distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que
entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me
aproveitaria.
4 A caridade é
sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com
leviandade, não se ensoberbece.
LEITURAS COMPLEMENTARES
SEGUNDA – Jo 3.16
O amor deve motivar o coração do discípulo.
TERÇA – 1Co 16.14
Tudo deve ser feito em amor.
QUARTA – Hb 13.1 O
amor deve ser permanente.
QUINTA – 1Pe 4.8 O
amor deve ter mão dupla
SEXTA– 1 Jo 4.8
Deus é amor
SÁBADO – 1 Jo 4.16
Quem está em amor está em Deus.
HINOS SUGERIDOS:
35, 227, 430
MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que o amor de Deus seja manifesto na vida e
no ministério dos líderes.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1– O amor de Deus
2– O dom do amor
3 – Manifestações
de amor
Conclusão
INTRODUÇÃO
O apóstolo João
adverte que quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor [1Jo 4.8]. Ele
não apenas sente amor, Ele é o próprio amor, esta é a sua natureza, por isso
Seus filhos também devem amar [1Jo 4.20].
1. O AMOR DE DEUS
João mostra que o
amor é mais que um sentimento, é uma Pessoa: Deus. Nele reside toda benevolência
[Sl 136], misericórdia [Lc 1.50], perdão [Mq 7.18]. O termo usado em 1 João 4.8
para amor é ágape (grego), o mesmo que Paulo utiliza em 1 Coríntios 13, onde
diz que esse amor deve mover o uso de qualquer dom espiritual e o cultivo da
piedade humana, bem como estar acima dos próprios interesses. Esse “tipo” de
amor nos faz servir aos nossos irmãos [GI 5.14], manifestando bondade,
misericórdia e perdão, como o Senhor faz conosco [Jl 2.13].
1.1. Fruto do
Espírito.
Em Gálatas 5.22, o
amor “ágape” aparece como Fruto do Espírito Santo. Ou seja, é o amor divino,
“produzido” pela Terceira Pessoa da Trindade. Sendo assim, podemos adquirir
esse amor e manifestá-lo graciosamente quando estamos em Jesus [Jo 15.5]. O
termo fruto vem do grego karpos, alguns significados são: “aquele que se
origina ou vem de algo” ou “aquilo que é produzido pela energia inerente de um
organismo vivo”. Os filhos de Deus só podem produzir o que vem dele.
Em Tiago 2.14-26,
lemos que a fé é evidenciada por obras. Aquele que é filho de Deus manifestará
o amor de Deus em forma de obras: amando, cuidando, ajudando. E pelo Espírito
Santo que esse fruto é gerado, o amor “ágape”, tendo como exemplo o próprio
Filho de Deus [Rm 8.16]. Não foi à toa que, ao enumerar as nove características
do Fruto do Espírito, Paulo começa pelo amor.
O amor é o número
1! O apóstolo mesmo diz em 1 Coríntios 13 que podemos ter qualquer outro dom,
mas se não tivermos amor, de nada serve! É esse amor que um cristão deve
expressar. Robert Murray M’ Cheyne diz: “Um homem não pode ser um verdadeiro
ministro, até que pregue a Cristo por amor de Cristo. Até que ele desista de
lutar para atrair pessoas para si mesmo e busque apenas atraí-las para Cristo
(…)”.
1.2. Jamais acaba.
Deus é eterno [Is
40.28], sendo assim, o amor de Deus não pode ter fim. Paulo destaca essa
característica do amor divino, ao dizer que ele nunca perece [1Co 13.8]. Isso
significa que não há o que possa nos tirar do coração de Deus, como Paulo mesmo
nos mostra em Romanos 8.35a: “Quem nos separará do amor de Cristo?”. O salmista
deixa essa ideia clara ao repetir 26 vezes: “…porque o seu amor dura para
sempre: O amor de Deus também é traduzido por “misericórdia”, termo do latim
composto por misere, “sentir piedade, sentir compaixão”, mais cor, “coração”.
Quando Jeremias diz: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos
consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim” [Lm 3.22], entendemos a
eternidade do amor de Deus. Em João 15, Jesus deixou um mandamento: que Seus
discípulos amem uns aos outros, como Ele ama a todos [Jo 15.12) e falou que é
esta característica do Fruto do Espírito que deve permanecer [Jo 15.16].
Quando
Paulo fala sobre o amor, ele diz que os dons cessarão e o conhecimento
desaparecerá, mas o amor, permanecerá. Jamais acabará. O verbo acabar [1Co
13.8] é ekpipto, que significa “desmoronar, perecer, cair sem forças, estar sem
vigor”. Então, o amor de Deus, que Ele entregou a nós e pede que entreguemos
aos nossos irmãos, deverá ter essa qualidade. Não ser temporário, não ser
condicional, não ser débil.
1.3. É destinado a
todos.
Gaio amava aos
irmãos e aos estranhos [3 Jo 5]. deixando esse amor visível por suas atitudes,
como a de recebê-los e cuidar deles. Isso era claro para a igreja [3 Jo 6],
como deve ser [Jo 13.35]. Um discípulo de Cristo que não ama a todos não
conhece a Deus [1 Jo 4.8], que ama indistintamente. A força de um verdadeiro
discípulo não está na função que ocupa, mas no amor que demonstra sem acepções.
Devemos
amar a todos, o bom discípulo para alcançar o êxito ministerial, precisa ser
exemplo dos fiéis [1 Tm 4.12]. O exemplo é o mais valioso tesouro de um
discipulador de vital importância que todo discípulo de Cristo viva o que
valoriza, pois, ações falam mais que palavras. Pr. Gerson Elias Torrezan: “Sem
o amor, a soberba torna-se inevitável e o poder uma força monstruosa e
destruidora. As duas únicas condições em que o homem não se rende à fascinação
do poder são quando ele se mantém crucificado com Cristo, morrendo para si
mesmo a cada dia, ou quando se encontra no caixão Infelizmente, muitos amam o
poder, mas não têm o poder de amar!
EU ENSINEI QUE:
Aquele que ama
deve amar a todos como Deus ensina, manda e faz. O amor é mais do que um
sentimento, é uma ação e deve nascer do Espírito Santo. Quem ama nessa medida,
obedece a fonte do amor Deus.
2. O DOM DO AMOR
O termo dom em
grego é dorea que significa “dádiva, presente: O maior presente que o
homem recebeu foi Jesus. João diz que o Filho de Deus foi dado (de presente) ao
mundo por um amor divino cuja dimensão é indefinida, sendo descrito como “de
tal maneira” [Jo 3.16]. Jesus é esse dom, o presente do amor de Deus que
recebemos sem merecer [Rm 5.8]. Sua missão foi nos resgatar do pecado e da
morte [1Jo 4.10], demonstrando o amor do Pai.
2.1. Liberta o
homem do pecado.
O amor de Deus foi
a razão para que o pecador recebesse um presente diretamente do céu: Jesus. Ele
foi prometido tão logo houve a queda no Éden [Gn 3.15] e a promessa salvadora
foi cumprida com o anúncio do anjo à jovem Maria: “E dará à luz um filho e
chamarás o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” [Mt
1.21]. Jesus subiu em uma cruz para nós não descemos ao inferno. A melhor
definição de amor não está nos dicionários, e sim no Calvário!
Deus
nos amou quando ainda éramos pecadores, ou seja, cegos para a santidade. Não há
pecado insignificante. Todo deslize moral afeta a relação entre o homem e Deus
e deixa uma névoa no caráter. Por isso, todo pecador, sem exceção, precisa
desesperadamente de Jesus, o presente de Deus, para ser liberto. Corrie Ten
Boom, uma missionária holandesa que salvou a vida de centenas de judeus do
nazismo, escreveu: “Não há poço tão profundo, que o amor de Deus não seja ainda
mais profundo”. Foi conversando com uma samaritana em um poço, que Jesus se
declarou como presente de Deus pelos pecadores: “Se tu conheceras o dom de
Deus” [Jo 4.10].
2.2. Constrange o
homem à santidade.
Paulo diz que o
amor de Deus constrange o homem [2 Co 5.14]. Etimologicamente, a palavra
“constranger” no grego significa “pressionar por todos os lados” e no latim
“apertar, ligar, estar fortemente unido”. Assim, entendemos que se trata de um
amor dado a nós para nos proteger, corrigir e nos fazer viver em novidade de
vida porque o passado de pecado ficou para trás [2 Co 5.17]. Diótrefes não
apresentava transformação de caráter. Suas acusações feitas contra João não eram
apenas tolices sem base, mas premeditadamente maliciosas e malignas [3 Jo 10).
Por não praticar o amor, em vez de reproduzir o caráter de Deus, ele
manifestava a face de Satanás
Receber
o presente, o perdão de Deus, deve mudar a perspectiva que temos de nossa
própria vida, mas isso não ocorreu com Diótrefes, pois era insensível. O dom de
Deus nos faz santos e irrepreensíveis, e precisamos permanecer assim. Só existe
mudança verdadeira mediante arrependimento genuíno. O arrependimento autêntico
leva ao abandono das velhas práticas, O amor de Deus nos constrange à santidade
e essa conduta deve ser manifestada por todo aquele que é chamado por Deus.
“Santos sem santidade são a tragédia do Cristianismo”, diz A. W. Tozer, pastor
e escritor americano.
2.3. Ordena-nos a
amar.
É por causa do
amor que devemos amar, porque o amor procede de Deus [1Jo 4.7], Paulo termina 1
Coríntios 13 dizendo que apenas a fé, a esperança e o amor permanecerão, mas o
maior destes é o amor. Jesus diz que, depois de amar a Deus sobre todas as
coisas, devemos amar ao nosso próximo [Jo 15.17]. Há uma ordem divina para amar
e a todos os discípulos de Cristo não resta outra opção, pois como Cristo amou,
devemos amar dando a vida pelas suas ovelhas [Jo 10.11]. Foi o amor manifesto
por Gaio e Demétrio que chamou a atenção do apóstolo João, em contraste com a
atitude desleixada de Diótrefes, que só pensava em si.
Quem
ama, como Deus ordenou, mostra obediência a Ele. O pregador das ruas, John
Wesley, disse: “Faça todo o bem que puder, por todos os meios que puder, de
todas as maneiras que puder, em todos os lugares que puder, em todos os
momentos que puder, a todas as pessoas que puder, enquanto puder. Eis um
clássico exemplo de amor manifesto!
EU ENSINEI QUE:
O amor de Deus é
um presente que nos liberta do pecado, nos protege e nos estimula a
compartilhar o mesmo sentimento
3. MANIFESTAÇÕES DE AMOR
João exalta a
atitude de amor manifestada por Gaio, que serviu como testemunho perante aquela
igreja local. Essa verdade diz respeito ao próprio Deus para conosco [Jo 3.16],
ao enviar Seu Filho para entregar a vida por amor dos homens [Jo 15.13].
3.1. Discipulando
em amor.
O discipulador
precisa amar seus discípulos, ensinando e zelando pelo rebanho de Cristo [Hb
13.17]. É necessário conduzir os discípulos no caminho de Cristo. Paulo diz que
sem amor nada mais importa [1Co 13]. Foi o amor de Deus pelo mundo que trouxe
Jesus a esta terra [Jo 3.16]. O dever é amar a igreja como Jesus a amou,
tornando-se o exemplo de amor sacrificial a ser seguido: “…ame como eu vos amei
a vós” [Jo 13.34].
O
perigo da ausência do amor é a presença da indiferença. Quando um “pseudo”
discipulador não exerce o discipulado pastoral no amor, este comete erro e
jamais pode ser um verdadeiro discípulo de Cristo.
3.2. Perdoando por
amor.
Uma grande
demonstração de amor é o perdão [Lc 7.47]. Ainda que tenha sido traído, cabe ao
discípulo perdoar os que lhe fizeram mal, a exemplo do Salvador, nossa maior
referência [Lc 23.34]. Um discípulo verdadeiro deve se espelhar na conduta de
Jesus, amando e perdoando [Ef 5.1-2]. Através de Cristo descobrimos que Sua
graça é suficiente para cobrir uma vida inteira de pecados [Jo 8.11]. No
encontro com o Cristo ressuscitado, o qual ele havia negado anteriormente,
Pedro ouviu do Senhor: “Tu me amas?”. Após a resposta positiva do apóstolo,
Jesus lhe disse: “Apascenta as minhas ovelhas” [Jo 21.17].
Jesus
exercia amor e misericórdia para com os pecadores e marginalizados, mas não
tolerava a hipocrisia dos religiosos e arrogantes de sua época [Mt 12.34]. Com
eles, Jesus se mostrava completamente avesso. Por se considerarem sujas e
indignas, as prostitutas estão mais perto do Salvador do que aqueles que se
julgam merecedores da sua graça. Deus aceita o sujo que reconhece que é sujo,
mas abomina o sujo que quer se passar por limpo. O poder do perdão nasce no
amor e se fortalece na prática de perdoar [Mt 18.21-35]. O teólogo Lewis B.
Smedes diz: “Você saberá que o perdão começou quando se lembrar daqueles que o
feriram e sentir o poder de desejar-lhes o bem”.
3.3. Entregando-se
por amor.
O pastor deve
proteger suas ovelhas, arriscar-se por elas [Jo 10.4], ir atrás da perdida [Lc
15.4-7]. Deus chamou os pastores segundo o Seu coração [Jr 3.15]. Para amar o
rebanho de Cristo como Ele o amou, devemos ser homens de genuína humildade,
“mansos e humildes de coração” [Mt 11.29]. O discipulador não vive mais como
uma pessoa comum, mas sua vida manifesta a vida de Jesus, marcada por amor e
entrega [Gl 2.20].
O
escritor Ted Christman ressalta: “Para ter um coração segundo o coração de Deus
é preciso, entre outras coisas, ter um coração de amor. As implicações de não
ter um coração de amor são mais que óbvias. Uma vez que os pastores são dádivas
para a igreja (Ef 4.11). O mesmo Salvador que amou os seus até o fim (Jo 13.1),
implanta uma porção de seu DNA espiritual no coração de cada verdadeiro
pastor.”
EU ENSINEI QUE:
O discipulador que
ama conduz o rebanho de Deus em amor, manifestando atitudes de amor, como o
perdão, e entregando-se pelas ovelhas, a exemplo de Cristo.
CONCLUSÃO
Quando alguém ama
a Igreja, ele não apenas prega o amor, mas vive e manifesta este sentimento com
atitudes que o próprio Deus manifestou aos homens, como perdão, misericórdia,
benevolência. O verdadeiro poder de um cristão está em imitar Jesus, a fonte e
o modelo do perfeito amor de Deus.
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