LIÇÃO 4 A Fé Cristã e o Conhecimento Científico [Jovens - 4º Trim./2023]

🎓 Classe: JOVENS Revista: Do professor - CPAD

Trimestre: 4° de 2023

Título: A Prova da Vossa Fé: Vencendo a Incredulidade para uma Vida Bem-Sucedida

Comentarista: Pr. Eduardo Leandro Alves

 

TEXTO PRINCIPAL

“Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.” (Hb 11.3)


RESUMO DA LIÇÃO

A fé cristã não é contrária ao saber, ao avanço científico; entretanto não podemos aceitar nenhuma teoria ou conceito que tem a finalidade de desacreditar a existência de Deus.

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – Gn 1.1 Deus é o criador de todas as coisas

TERÇA – Dn 1.17 Deus dá inteligência

QUARTA – At 7:22 Instruído em toda a ciência do Egito

QUINTA – Cl 2.8 O cuidado com as filosofias e vãs sutilezas

SEXTA – Is 33:6 Sabedoria, ciência e o temor do Senhor

SÁBADO – 2 Cr 1.10 Pedindo sabedoria e conhecimento

 

OBJETIVOS

EXPLICAR o que é o racionalismo;

MOSTRAR a importância da ciência;

DESTACAR a ciência e a fé cristã.

 

INTERAÇÃO

Prezado (a) professor (a), estudaremos a respeito da ciência e da fé cristã. Este é um tema de extrema relevância para os nossos dias, pois alguns cristãos, erroneamente, ainda insistem em acreditar, e afirmar que Cristianismo e ciência são antagônicos. Todavia, a Palavra de Deus nos mostra que a busca pelo saber é boa. Deus sempre desejou que o homem buscasse o conhecimento e embora alguns cientistas não acreditem em Deus, e tentem desacreditar a sua existência, isto não invalida o fato de que o Senhor deseja que o homem busque o conhecimento.

 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor (a), explique aos alunos que “os procedimentos e modelos de pensamento que eventualmente ordenaram a ciência empírica moderna começou a tomar forma no século XV com Copérnico e continuou no século XVI com outros astrônomos matemáticos. A segunda metade do século XV! viu o começo da era moderna e a firme substituição da escolástica aristotélica pela ciência moderna. Esta substituição do método investigador de Aristóteles pela investigação científica, culminando com o trabalho de Isaac Newton (1642-1727). é marcada por várias mudanças importantes e profundas:


A observação e o raciocínio quantitativo substituíram a autoridade.

Até os fins dos séculos XVI, uma forma comum do argumento erudito para uma tese era acumular citações apoiadoras relevantes e referências de fontes autorizadas, como textos clássicos e medievais, especialmente os de Aristóteles ou dos pais da Igreja. Porém, a astronomia e a matemática queriam um tipo diferente de prova, e o seu desenvolvimento foi importante para o processo de substituição do argumento da autoridade pela observação direta do raciocínio quantitativo.


• Pensar em termos de analogias quantitativas foi substituído por argumentar puramente em termos quantitativos” (PALMER, Michael D (Org.). Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp. 158-160).

 

TEXTO BÍBLICO

Isaías 44.24,25

24 Assim diz o SENHOR, teu Redentor, e que te formou desde o ventre: Eu sou o SENHOR que faço todas as coisas, que estendo os céus e espraio a terra por mim mesmo.

25 Que desfaço os sinais dos inventores de mentiras e enlouqueço os adivinhos: que faço tornar atrás os sábios e transtorno a ciência deles.


Romanos 11.33-35

33 Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!

34 Porque quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro?

35 Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Amém!

INTRODUÇÃO

É comum ouvir entre os crentes que o avanço da ciência pode causar danos à fé cristã e que não há espaço para a ciência dentro das Escrituras Sagradas. Entretanto, veremos nesta lição que a ciência e a fé não são inimigas. A Igreja do Senhor, desde o seu nascedouro, já mais foi contrária ao avanço científico, ao conhecimento e ao saber. Com o invento do alemão Gutemberg, várias Bíblias e livros puderam ser impressos tornando a Palavra de Deus mais acessível ao povo e isso é ciência.


I - O RACIONALISMO E A FÉ CRISTÃ

1. Racionalismo.

Você já ouviu falar a respeito do racionalismo? Sabe o que significa? Segundo o Dicionário Teológico, significa um “sistema filosófico que tem como critério único da verdade a demonstração racional das coisas. Para o racionalista, tudo o que escapa à luz natural da razão não merece ser considerado.”


O francês René Descartes foi um dos grandes filósofos racionalistas juntamente com Spinoza e Libniz com eles o racionalismo se tornou uma das correntes filosóficas mais conhecidas e importantes da modernidade. Qual era o seu objetivo? Teorizar o modo de conhecer do homem. Porém suas teorias só produziam dúvidas, influenciados pelos seus filósofos, acreditavam que tudo na mente humana não passava de sonhos e ilusões. Descartes tem uma célebre frase que resume bem seu sistema filosófico: “Penso, logo existo”. Fica evidente aqui o dualismo entre corpo e mente.


2. Crer ou duvidar.

De acordo com os filósofos racionalistas, tudo é questionável e toda investigação científica se inicia com uma dúvida. A imprecisão na pesquisa científica não é algo ruim, mas salutar, pois impulsiona os cientistas a estudarem para obterem uma resposta. Contudo, se tratando das Escrituras Sagradas e das questões relacionadas ao Cristianismo, não podemos ter dúvidas. Observe o que a Bíblia diz a respeito do que duvida: “Porque o que dúvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte” (Tg 1.6).

 

3. Aprender e produzir conhecimento.

Deus criou o ser humano e fez dele um ser pensante, criativo e racional. Foi o Senhor quem concedeu a Adão capacidade cognitiva para aprender e produzir conhecimento. Esta verdade pode ser observada no segundo capítulo do livro de Gênesis (vv. 15,19,20).


Adão recebeu do Criador uma ordem direta para lavrar, guardar e administrar a terra, iniciando pela nominação dos animais (Gn 1.19). Nomear os animais mostra a capacidade cognitiva e criativa de Adão e certamente o trabalho que ele teve para observar os animais. As Escrituras Sagradas também nos mostram o exemplo de Salomão.


Quem fez dele o homem mais inteligente de todos os tempos?

O Todo-Poderoso! Uma prova de que Ele não é contrário à busca pelo conhecimento. Sua sabedoria foi um presente divino, mas não significa que ele não teve que fazer sua parte e se dedicar a pensar e a conhecer (1 Rs 4.29-34). Infelizmente o conhecimento de Salomão não o impediu de se afastar de Deus. Longe do Senhor, ele declara: “Porque, na muita sabedoria, há muito enfado: e o que aumenta em ciência aumenta em trabalho” (Ec 1.18).


Esta é a declaração de um homem triste que viveu longe do Senhor, O livro de Eclesiastes nos mostra que se pautamos a nossa existência somente sobre a ciência e a investigação humana, nada terá mesmo sentido. Deus deve estar em primeiro lugar em nossos corações (Mt 22.37).


PENSE! Ao rejeitar a Deus, o homem rejeita o verdadeiro conhecimento.

PONTO IMPORTANTE! A filosofia cartesiana representa um falso começo, tendo como base a dúvida. A vida cristã, por sua vez, inicia-se pela fé em um Deus Salvador e que controla todas as coisas.


SUBSÍDIO 1

Professor (a), inicie o tópico fazendo as seguintes perguntas: “Por que precisamos argumentar com as pessoas (não crentes) com base na razão?” “A fé não é suficiente?” Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Diga que Sócrates fez a seguinte afirmação: ‘A vida que não é examinada não vale a pena ser vivida’. “E nós podemos acrescentar: não vale a pena ter uma fé não examinada. Um salto de fé no escuro deixa as pessoas ali mesmo — no escuro. Como alguém disse bem, Deus quer chegar ao coração, mas Ele não quer ignorar a cabeça no caminho para o coração. Foi por isso que Ele fez tanto a cabeça quanto o coração. Além disso, a nossa cultura tem se tornado cada vez menos cristã. Por isso, as pessoas não creem nas pré-condições para a compreensão do Evangelho. Estas pré-condições incluem:

(1) a existência de Deus:

(2) a possibilidade de milagres:

(3) a objetividade da verdade; e

(4) a cognoscibilidade da história.

 

É verdade que somente o Espírito Santo pode salvar uma pessoa. Mas não é verdade que o Espírito Santo não pode usar a razão e as evidências. Assumir que Deus, que criou a razão humana à sua imagem, não usaria essa mesma razão para alcançar o raciocínio das pessoas é algo irracional. De fato, Isaías disse: Vinde, então, e argui-me, diz o Senhor’ (Is 1.18). Assim, esta não é uma questão de escolha entre o Espírito Santo e a razão. Pelo contrário, o Espírito Santo usa a razão para salvar as pessoas, que, por sua vez, usam a razão para compreender o Evangelho no qual creem e por meio do qual são salvas (Rm 1.16).” (NORMAN, /. Geisler. Respostas aos Céticos: Rio de Janeiro. CPAD, 2015, pp. 12-13.).

 

II - A CIÊNCIA TEM A SUA IMPORTÂNCIA

1. Buscando respostas.

A ciência não tem resposta para tudo. O método científico não consegue responder algumas questões importantes da vida, como por exemplo: “De onde viemos?” “Para onde vamos?” Também não consegue explicar, de forma convincente, o surgimento do mal. Estas respostas somente obtemos mediante a fé nas Escrituras Sagradas, lendo o livro de Gênesis. No capítulo três de Gênesis encontramos a resposta para muitas dúvidas da humanidade em relação ao sofrimento, à dor e à morte. A resposta está na Queda (Gn 3).


2. As intenções corretas.

A ciência possui as suas limitações, mas podemos afirmar, que o crente não deve ter receio de estudar e procurar o conhecimento. A busca pelo saber é legítima. Entretanto, nem sempre as motivações do homem são. Muitos só buscam o conhecimento para inflamarem seus egos e desencorajar o crente. Paulo, escrevendo aos coríntios, afirmou que o conhecimento de alguns os tornava inchados, orgulhosos e sem amor (1 Co 8.1-13). A motivação destes não era certa. Na atualidade, muitas produções científicas só têm o propósito de difundir o ateísmo. Muitos querem produzir ciência, visando somente levar as pessoas a desacreditarem de Deus (Rm 1.22).


3. O crente reconhece que a ciência tem a sua importância.

Reconhecemos o valor do conhecimento científico e de se permanecer fiel ao Senhor. Admitir o valor da ciência não torna você um herege. Observe o que nos dizem Charles Colson e Nancy Pearcey em sua obra E agora, como viveremos? A “ciência afeta toda a nossa visão de mundo — não só as ideias sobre a religião e a ética, mas também sobre a arte, a música e a cultura popular”. Constatamos que a ciência tem o seu valor, entretanto devemos considerá-la sempre à luz da Bíblia (2 Co 10.5). A Palavra de Deus é a nossa única regra de fé e conduta. Precisamos ler, conhecer as Escrituras para que venhamos evitar todo e qualquer extremismo que prejudica a nossa santificação.

 

PENSE! A ciência tem o seu valor.

PONTO IMPORTANTE! Mas ela deve ser considerada mediante o escrutínio da Palavra de Deus.

 

SUBSÍDIO 2

Professor (a), inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “Quando surgiu a ciência moderna?” Incentive a participação dos alunos deixando-os bem à vontade para responder. É importante também ouvir as respostas com atenção. Em seguida explique que a ciência empírica moderna começou a tomar forma no século XV com Copérnico e continuou no século XVI com outros astrônomos matemáticos. Várias mudanças foram vistas e dentre elas a substituição do argumento da autoridade pela observação direta do raciocínio quantitativo. O pensar em termos de analogias quantitativas foi substituído por argumentar puramente quantitativos. (Adaptado de PALMER, Michael D (Org.). Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp. 158-160.)

III - A CIÊNCIA E A FÉ CRISTÃ

1. A mente humana.

A neurociência pode nos mostrar como funciona o nosso cérebro e o que ocorre em nossas células cerebrais durante o nosso aprendizado. No entanto, não pode impedir que o ser humano tenha pensamentos perversos e nem que esteja imune às doenças mentais. Também não é capaz de transformar o indivíduo, sua alma e espírito, sua mente e seu caráter. Somente o Espírito Santo pode nos conceder a experiência do Novo Nascimento, fazendo de nós novas criaturas (Jo 3). Aquele que nos deu inteligência deseja que venhamos usar o nosso potencial criativo, cérebro e coração, para que o nome dEle seja glorificado em todas as esferas.

 

2. Cristianismo e ciência não são rivais.

Muitos crentes advogam a ideia de que o Cristianismo e a ciência são rivais. No entanto, ao longo dos últimos anos, pesquisadores têm mostrado que a ciência moderna deve muito ao Cristianismo. A investigação científica só encontrou solo fértil depois que a fé num Criador pessoal, racional, impregnou a cultura e isso se deu a partir da Idade Média.


3. A universidade e o abandono da fé.

Por que jovens crentes, fiéis ao Senhor, criados em lares evangélicos, abandonam a fé ao ingressarem na faculdade? Essa pergunta tem sido feita ao longo dos anos por pais, pastores e líderes de jovens. A resposta não é tão simples como pode parecer, mas vejamos o que a escritora Nancy Pearcey na sua obra Verdade Absoluta tem a nos dizer a esse respeito. Segundo ela “em grande parte, os jovens abandonam a fé porque eles não foram ensinados a desenvolver uma cosmovisão bíblica.’ Será? Nancy diz mais, relatando que em ‘uma escola cristã americana, um professor de teologia desenhou de um Lado do quadro um coração e, do outro, um cérebro.


Depois, ele se virou para os alunos e disse: O coração é o que usamos para a religião, ao passo que fazemos uso do cérebro para a ciência.” Como cristãos, podemos concordar com essa ideia? Esse professor está certo? Não! A religião não pode ser vista só com o coração, pois a nossa fé não é “cega”. Segundo Nancy Pearcey “os jovens crentes também precisam de uma religião do ‘cérebro’. Tal verdade nos mostra que você precisa conhecer as Escrituras para desenvolver uma cosmovisão cristã que vai ajudá-lo a fazer a crítica correta das muitas ideologias, filosofias e ideias contrárias a nossa fé que você vai enfrentar na sua vida acadêmica e no mercado de trabalho.


Nancy, uma mente brilhante do nosso tempo, também afirma que “educar os jovens a desenvolver uma mente cristã já não é uma opção.’ É indispensável para que a chama da fé em Deus não venha se apagar diante desse mundo caótico em que vivemos. As Escrituras Sagradas não são um compêndio científico, entretanto, por meio dela podemos desenvolver uma cosmovisão cristã. Tenha a certeza de que a fé não impede o nosso raciocínio lógico, mas nos coloca diante do Deus Onipotente, Criador de todas as coisas.


SUBSÍDIO 3

Professor (a), diga aos alunos que quando desenvolvemos uma cosmovisão cristã, nosso compromisso com Deus se torna mais forte e nos livra de sermos corrompidos por uma educação não cristã, numa sociedade secular. Diga que Daniel e seus amigos estudaram a língua caldeia, textos cuneiformes em caldeu e acádio, uma vasta gama de resumos sobre religião, magia, astrologia e ciências, além de falarem e escreverem em aramaico, mas Daniel resolveu desde o início não se contaminar. Não renunciaria a suas convicções, mesmo se tivesse de pagar com a vida por isso. Adaptado de Bíblia de Estudo Pentecostal Rio de Janeiro: CPAD, p. 1244.)


CONCLUSÃO

Embora em nossos dias alguns cientistas não aceitem a fé cristã, nós continuaremos crendo no poder criativo do Senhor e que dEle procede todo o conhecimento. Nós precisamos ocupar todos os espaços de nossa sociedade, inclusive os laboratórios das universidades. Estude, se dedique e assuma seu lugar como alguém inteligente, mas nunca esqueça de amar e colocar Deus acima de tudo e todos.


HORA DA REVISÃO

1. Defina racionalismo.

“Sistema filosófico que tem como critério único da verdade a demonstração racional das coisas. Para o racionalista, tudo o que escapa à luz natural da razão não merece ser considerado.”


2. Cite 3 filósofos racionalistas.

René Descartes. Spinoza e Libniz.


3. Quem concedeu ao homem capacidade cognitiva?

Deus, o Criador.

4. O que Salomão, depois de se distanciar de Deus, falou a respeito do conhecimento?

“Porque, na muita sabedoria, há muito enfado; e o que aumenta em ciência aumenta em trabalho” (Ec 1.18). Esta é a declaração de um homem triste que viveu longe do Senhor.


5. Segundo Nancy Pearcey, o que os jovens também precisam?

Segundo Nancy Pearcey “os jovens crentes também precisam de uma religião do cérebro.

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