Lição 2 Hebreus, uma Carta sobre Jesus - Subsídios Dominical

DICAS:

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RESVISTA CRISTAO ALERTA
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Lição 2 Hebreus, uma Carta sobre Jesus

LEITURA BÍBLICA: Hebreus 1.1-4,8,9


A MENSAGEM

Mas nestes últimos tempos ele nos falou por meio do seu Filho. Foi ele quem Deus escolheu para possuir todas as coisas e foi por meio dele que Deus criou o Universo. Hebreus 1.2


Devocional

Segunda » Hb 2.1 

Terça » Dt 13.4 

Quarta » 1 Jo 4.2 

Quinta » Jo 10.30 

Sexta » Hb 2.17,18 

Sábado »Ap 1.7,8


Objetivos

1. APRESENTAR uma visão panorâmica da carta aos Hebreus;

2. EXPLICAR como Deus se revela;

3. APONTAR a superioridade de Cristo em relação aos anjos, a Moisés e a Arão.


Ei Professor!

Normalmente pensamos que 50 minutos de aula é muito pouco para desenvolvermos o conteúdo da lição. Entretanto, na maioria das vezes, o verdadeiro problema é a falta de planejamento e organização. Pensando nisso, sugerimos a utilização das etapas relacionadas abaixo, propostas pelo pastor Antônio Gilberto em seu livro "Manual da Escola Dominical". No momento da apresentação da lição diante da classe:

1) Introduza a aula (3 minutos);

2) Explane a lição (30 minutos);

3) Recapitule os pontos e verdades básicas da lição (5 minutos),

4) Aplique a lição (7 minutos);

5) Encerre a lição (5 minutos).

Boa aula!


Ponto de Partida

Na aula de hoje, considerando que a autoria da Carta aos Hebreus é anônima, sugerimos que você peça aos alunos que escrevam um "bilhete de encorajamento" anônimo e sem destinatário específico. Reforce que o conteúdo do bilhete deve ser uma palavra de encorajamento.


Segue um modelo como exemplo. “Querido amigo e irmão, tenho observado que você anda distraído. Não desanime, persevere vindo à EBD e aos cultos. Você é um jovem de Deus e nEle vencerá qualquer dificuldade. A sua vida é um exemplo e inspiração. Continue firme no Senhor e conte comigo sempre que precisar”.


No final da aula, peça que cada aluno sorteie um bilhete, leia-o para a classe e orem juntos, considerando tudo o que foi ouvido.


Vamos Descobrir

Você trocaria algo de grande valor e de ótima qualidade por algo ruim? Provavelmente, não. Sempre que temos oportunidade, escolhemos o melhor produto ou serviço e a melhor experiência. É assim no supermercado, no shopping, no restaurante etc.


Quando o autor da Carta aos Hebreus escreveu sua mensagem ele queria informar uma maravilhosa notícia: Jesus é perfeito, completo e melhor do que tudo o que já existiu. Essa Epístola prova que Jesus é único e suficiente Salvador.


Hora De Aprender


I - A CARTA AOS HEBREUS

1.Você sabe quem escreveu essa Carta?

Ao decorrer da história da Igreja, personagens como Paulo, Lucas, Barnabé, Apoio, Silas, Filipe, Priscila e Áquila, e até mesmo Clemente de Roma, foram apontados como possíveis autores dessa epístola. Entretanto, como não há qualquer menção direta no conteúdo da carta a um nome específico, muitos teólogos preferem tratá-la como uma correspondência anônima, uma vez que o seu autor escolheu se ocultar. A única impressão que temos é que ele era um judeu cristão de fala grega, bem familiarizado com o Antigo Testamento e bem conhecido dos irmãos para quem escreveu (Hb 13.18-25).


2. Para quem a Carta foi escrita?

Os destinatários dessa epístola, tradicionalmente, têm sido identificados como um grupo de cristãos judeus, daí o título da carta, "aos hebreus". Qualquer leitor atento perceberá inúmeras citações e imagens do Antigo Testamento sendo reinterpretadas à luz da vida e obra de Jesus Cristo, o Filho de Deus. De forma que essas numerosas citações apontam para a identificação dos destinatários. Porém, não é possível confirmar onde esses "hebreus viviam, pois o autor não informa. Mas há uma hipótese que aponta na direção da cidade de Roma.


3. Afinal de contas, por que a Carta foi escrita?

O texto da Carta indica que esses judeus cristãos estavam sofrendo algum tipo de perseguição e, por isso, pensavam em abandonar a fé em Cristo e voltar à prática do judaísmo. Entretanto, o autor, como um verdadeiro pastor, exorta e encoraja os leitores a permanecerem fiéis a Deus e a não se desviarem (Hb 2.1; 3.12; 6.11; 10.22-25). O remetente destaca que eles precisam ser obedientes à Palavra de Deus (4.2,6,12) e motiva os irmãos a servirem ao Senhor “de um modo que o agrade, com respeito e temor” (12.28).


Todos nós passamos por momentos difíceis e podemos ser tentados pelo desânimo. Mas nós não devemos nos entregar a tais sentimentos. Antes, devemos procurar nas Escrituras uma resposta para as nossas aflições. É mediante o contato com a Bíblia que a nossa fé é renovada e fortalecida. Os irmãos hebreus receberam essa carta quando mais precisavam. Você também sempre pode recorrer à Palavra de Deus em momentos de dificuldades.


I - AUXÍLIO DIDÁTICO

"Esta carta foi motivada pelo perigo de apostasia que ameaçava os leitores. Durante algum tempo, eles haviam professado o cristianismo (Hb 5.12) e, por esse motivo, haviam sofrido perseguição, e haviam suportado, até mesmo com alegria, a privacidade de seus bens (10.32-34). Mas, aparentemente, eles ficaram desapontados, em dois aspectos. Em primeiro lugar, sua expectativa do rápido retorno de Cristo para triunfar sobre seus inimigos, e transformar a aflição de seus seguidores em felicidade e bem-aventurança eternas. Cristo continuava oculto de seus olhos, e seus sofrimentos continuavam, e até mesmo aumentavam em severidade. Na angústia que os rodeavam não tinham um apoio visível para a sua fé. E, em segundo lugar, eles ficaram desapontados com a atitude que o seu próprio povo tinha, com relação à nova religião. Durante algum tempo, eles haviam combinado seus serviços cristãos com a adoração de seus pais, mas ficou cada vez mais evidente que os judeus, como um povo, não aceitariam Cristo. Os seus irmãos na carne persistem em sua oposição e eram cada vez mais intolerantes com os seguidores de Jesus” (BERKHOF, Louis. Introdução ao Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, pp.237,238).


II- O DEUS QUE SE REVELOU EM CRISTO

O autor inicia anunciando uma verdade fundamental da fé cristã: o conhecimento de Deus não se dá pela investigação humana, mas pela iniciativa do próprio Deus em se auto revelar à humanidade. E essa auto revelação ocorre progressivamente na História.



1. Deus falou pelos profetas (Hb 1.1):

O Deus que falou no passado pelos profetas, “falou muitas vezes e de muitas maneiras". Essa variedade de formas utilizadas por Ele para comunicar sua Lei e sua vontade pode ser vista claramente na Bíblia. O Senhor falou ao seu povo por meio de visões (Is 6.1), sonhos (Gn 28.10-13), pessoalmente (Êx 31.18), revelações angelicais (Gn 18.1,2), além de palavras e eventos proféticos (Jr 13.1-10; Jr 1.1-5) contidos no Antigo Testamento.


Através dos profetas, essa revelação foi entregue em palavras humanas, faladas e escritas, em variadas formas, tais como histórias, poesias, provérbios e profecias. Esses porta-vozes de Deus tinham a responsabilidade de orientar, despertar e convocar o povo a voltar-se para Deus. Entretanto, como a antiga aliança não era definitiva, sua comunicação era parcial e incompleta, pois apontava para algo maior e permanente no futuro: a revelação do Filho de Deus.



2. Deus falou pelo seu Filho (Hb 1.2):

O Deus que falou no passado, continuou se revelando. Porém, agora de forma plena e definitiva, por meio de Jesus Cristo, seu Filho. Jesus é a “revelação visível do Deus invisível" (Cl 1.15), em quem “está presente toda a natureza de Deus” (Cl 2.9), através de quem o próprio Deus é visto (Jo 12.45; 14.8-11). Cristo completou e cumpriu a mensagem que foi dada pelos profetas. Pois Deus o escolheu para possuir todas as coisas e foi por meio dele que Deus criou o Universo" (Hb 1.2). Logo, não há mais nenhuma revelação pendente, pois Ele é superior aos profetas; Ele é a última e completa revelação de Deus; Ele é o Filho que "brilha com o brilho da glória de Deus e é a perfeita semelhança do próprio Deus” (Hb 1.3). Assim, o Antigo Testamento se cumpriu no Novo. Jesus é o centro de toda mensagem bíblica.


II - AUXÍLIO TEOLÓGICO

1) A expressão no passado (palai, lit., "outrora”, não simplesmente “antigamente"; Hb 1.1a) é contrastada com a expressão nestes últimos dias’ (1.2a) (ARA). A revelação que Deus concedeu sobre si mesmo tem profundas raízes nos dias de outrora, no tempo de ‘nossos antepassados’, que é sinônimo da era do Antigo Testamento. A expressão nestes últimos dias’ se refere ao tempo do Messias, quando o Senhor trouxe a ‘grande salvação’ para o seu povo (cf. Hb 2.3). O Novo Testamento revela que os últimos dias foram inaugurados com a encarnação de Cristo e serão consumados em sua segunda vinda. Deste modo, a frase 'estes últimos [eschaton, de onde vem o termo escatológico] dias' significa que com Jesus a era messiânica começou e Deus está falando de forma culminante e definitiva através de seu Filho. ‘Qualquer discurso adicional sobre o que resta para acontecer no futuro, nada mais é do que a elaboração daquilo que já começou’.


2) ‘Pelos profetas' (Hb 1.1) é contrastado com 'pelo Filho’ (1.2) (ARA). Há em Jesus tanto a continuidade como a descontinuidade em relação à antiga revelação de Deus no Antigo Testamento” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.7380.


III - A SUPERIORIDADE DE JESUS CRISTO

A primeira grande mensagem desta Carta é a superioridade de Jesus Cristo em relação aos personagens e instituições do Antigo Testamento. Lembre-se de que o grupo de irmãos que estava recebendo essa carta era composto por pessoas que estavam sendo tentadas a abandonar a fé em Cristo para retornar à prática dos costumes da Lei de Moisés. Então, o autor da carta se esforçou para mostrar que não há nada, nem ninguém igual ou superior a Jesus Cristo e que, por isso, os que creem no Senhor podem descansar e confiar no Salvador.


1. Jesus é superior aos anjos (Hb 1.4):

O autor apresenta um contraste entre os seres angelicais e Jesus Cristo, a fim de comprovar a superioridade do Filho de Deus: eles são mensageiros, Jesus é o Filho (Hb 1.4,5); eles são adoradores, Jesus é o adorado (Hb 1.6); eles são criaturas, Jesus é o Criador (Hb 1.7-12; Cl 1.16,17); eles são servos, Jesus é o Rei e Senhor (Hb 1.13,14). Como fica evidente, os anjos são criaturas que servem a Deus e aos que hão de herdar a salvação.


2. Jesus é superior a Moisés (Hb 3.3):

Moisés foi um grande líder do povo de Israel. Deus o usou para tirar o seu povo da escravidão do Egito e para guiá-lo pelo deserto. Através do ministério de Moisés o povo de Israel recebeu a Lei do Senhor. Apesar da importante contribuição dele, o autor convida seus leitores a olharem para Jesus, a quem "Deus enviou para ser o Grande Sacerdote da fé que professamos” (Hb 3.1).


A superioridade de Jesus Cristo em relação a Moisés se justifica pelas seguintes razões: 

(a) Porque o construtor é maior que a casa (Hb 3.2-4) - a "casa" é uma referência ao povo de Deus. Logo, Moisés foi fiel a Deus, servindo seu povo no deserto. Entretanto, Jesus Cristo é maior, pois é o fundador e dono da Igreja (Mt 16.18); 


(b) Porque o Filho é maior que o servo (Hb 3.5,6). Moisés não criou a Lei, apenas a transmitiu ao povo. Ele não era o dono da "casa” (o povo de Deus), era apenas um servo. Porém, Jesus é o dono e ocupa posição de Filho sobre a casa que Ele mesmo estabeleceu; e 


(c) Porque a sombra é inferior ao que ela representa - Moisés “falou das coisas que Deus ia dizer no futuro” (Hb 3.5), mas Jesus tornou essas coisas realidade; Jesus é o cumprimento do que Moisés havia anunciado.


3. Jesus é superior aos sacerdotes (Hb 4.14):

Logo após a saída do povo hebreu do Egito, Deus escolheu os homens da tribo de Levi para atuarem exclusivamente no cuidado do Tabernáculo. De forma que os levitas deviam dedicar toda sua vida ao cuidado dos itens sagrados, à observância aos mandamentos de Deus e ao exercício da adoração. Dentre os levitas, Deus escolheu os descendentes de Arão (irmão de Moisés) para serem sacerdotes (Êx 28.1,41). Eles eram autoridades e ficavam responsáveis pelos sacrifícios (Lv 16.3). Assim, ainda no deserto, foi estabelecido o sacerdócio segundo a ordem de Arão, conforme a orientação de Deus (Êx 40.12-15). Os sacerdotes atuavam como intercessores do povo diante de Deus (Lv 16.11,15-17).


A Carta aos Hebreus declarou corajosamente que a superioridade de Jesus Cristo em comparação a Arão é percebida tanto em relação à sua pessoa quanto à sua obra. O escritor diz que Jesus é “um Grande Sacerdote poderoso”, o qual “entrou na própria presença de Deus” (Hb 4.14). O adjetivo “Grande" indica que Jesus está acima de todos os sacerdotes humanos.


O autor de Hebreus usou todos esses argumentos para ensinar os irmãos que Cristo é suficiente. Jesus é completo, perfeito, forte, vitorioso. Ele é o salvador. Somente Ele é digno de ser adorado. Não devemos colocar nossa confiança em pessoas, mesmo que elas sejam grandes servas de Deus. Devemos crer apenas em Jesus Cristo.


III - AUXÍLIO TEOLÓGICO

“Somente o sumo sacerdote podia interceder junto a Deus pelos pecados da nação" (Lc 16). Mas Jesus é um grande sumo sacerdote, melhor que todos de Israel. Aqui estão as razões:

• Os sumos sacerdotes eram homens que podiam oferecer sacrifícios, mas que não podiam fazer nada para tirar o pecado. Jesus deu a sua vida e morreu como sacrifício supremo e final pelo pecado.


• O sumo sacerdote podia entrar no Santo dos Santos somente uma vez por ano para fazer a expiação pelos pecados da nação. Jesus penetrou nos céus e tem acesso irrestrito a Deus Pai.


• [...] Jesus tem mais autoridade do que os sumo sacerdotesjudeus, porque é tanto Deus como homem.


• As pessoas não podiam se aproximar de Deus, exceto através de um sumo sacerdote. Quando Jesus morreu, o véu que separava o Santo dos Santos no Templo foi rasgado em dois, indicando que a morte de Jesus Cristo tinha aberto o caminho para que as pessoas pecadoras pudessem se achegar à presença do Deus Santo.”

(Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 599-600).


CONCLUSÃO

E, quando enfrentarmos momentos de dificuldades, precisamos lembrar do tamanho e do poder do nosso Salvador. Cristo é superior também ao mal, ao Maligno, às aflições e às tentações. Jesus é tão poderoso que Ele venceu até a morte!


Pense Nisso

Cristo é o seu melhor modelo, o seu grande sacerdote e aquilo que de mais precioso você poderia ter nesta vida e na eternidade. Não o abandone por nada, nem por ninguém. Ame-o com toda sua força, confie em seu poder e descanse em seus cuidados...



Este E-book é uma verdadeira fonte informativa para os novos e os veteranos professores de Escola Bíblica.


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