Escola Dominical, Classe: Adolescentes – 3°
trimestre de 2023 – CPAD
Título: Grandes Cartas para Nós
Revista: do Professor
Comentarista: Rafael Luz
LEITURA BÍBLICA
Judas 1-5, 20,21
MENSAGEM
[…] Então senti que
era necessário escrever agora para animá-los a combater a favor da fé que, uma
vez por todas, Deus deu ao seu povo. Judas 3
Devocional
Segunda » Mt
7.15-20
Terça » At 20.28-32
Quarta » 2 Pe
1.10-13
Quinta » Jo 8.30-32
Sexta » 2 Tm
3.14-17
Sábado » 1 Pe 3.15
Objetivos
APRESENTAR uma visão panorâmica da Carta de Judas;
VALORIZAR a graça de Deus;
MOTIVAR os adolescentes a manterem-se fiéis a Jesus
Cristo
Ei Professor!
Com o
advento da internet e a utilização intensa das redes sociais, popularizou-se
afigura do influenciador digital, Muitos deles, respeitando as devidas
proporções, à semelhança dos falsos professores denunciados por Judas, “entram
no meio de nossa gente sem serem notados’ e influenciam nossos jovens e
adolescentes com suas ideologias mentirosas.
A
aula de hoje é uma ótima oportunidade para você alertar seus alunos sobre
valores e princípios antibíblicos ensinados por esses falsos ensinadores das
redes, mostrando-os os perigos de segui-los. Assim como, para apresentar o
convite de Judas a “combater a favor da fé que, de uma vez por todas, Deus deu
ao seu povo” (v.3)
Ponto de Partida
Querido
(a) Professor (a), antes de começar a estudar essa LIÇÃO, aconselho que leia
previamente toda a carta de Judas de uma única vez, a fim de que tenha uma
visão panorâmica de todo seu conteúdo. Após a leitura, com base no segundo
tópico de nossa lição – os falsos professores e suas mentiras – converse com
seus alunos sobre algumas mentiras que estão sendo propagadas nas redes
sociais. A título de exemplo citamos duas frases: “A Bíblia precisa ser
atualizada” e “Todos os caminhos levam a Deus”. Então, mostre, à luz das
Escrituras, a falácia de tais argumentações. Para subsidiá-lo, leia e reflita
sobre os seguintes textos bíblicos: Dt 4.2; Sl 119.105-112; Is 5.20-22; Pv
14.12; Jo 14.6 e 2 Tm 3.16. Boa aula!
Vamos
Descobrir
Os
atletas de forma geral costumam desenvolver uma alimentação saudável, a prática
de um treino forte e sono de qualidade, a fim de terem um bom desempenho. Caso
um desses elementos seja desconsiderado, o resultado pode ser impactado
negativamente. De forma semelhante, os cristãos também devem praticar suas
disciplinas espirituais (jejum, oração, leitura da Palavra, comunhão e
vigilância) com equilíbrio e persistência, caso contrário serão presas fáceis
dos falsos pregadores. Na aula de hoje, vamos fazer uma imersão na Carta de
Judas e extrair dela algumas importantes lições para nossa caminhada da fé.
Hora de
Aprender
I -
UMA VISÃO PANORÂMICA DA CARTA DE JUDAS
A Carta de Judas
foi escrita provavelmente entre 65 e 80 d.C. Trata-se de um texto relativamente
curto, porém com uma mensagem atual e necessária: “lute pela fé”. Mergulharemos
em suas palavras a fim de compreendermos o que ela tem a nos ensinar.
1. Você sabe quem
escreveu essa Carta?
O autor se
identifica como “Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago” (Jd 1).
Trata-se do filho de José e Maria (Mt 13.55; Mc 6.3), irmão de Tiago (líder da
igreja de Jerusalém) e meio-irmão de Jesus. Inicialmente, ele não cria em Jesus
(Jo 7.5), mas, se tornou um dedicado e fiel servo do Senhor (At 1.14). Ele
tinha plena convicção de que o seu parentesco físico com Jesus não lhe conferia
privilégios (Mt 12.46-50), pelo contrário, tinha prazer em se identificar como
“servo de Jesus Cristo” (Jd 1).
2. Para quem a
Carta foi escrita?
Diferente dos
destinatários de Paulo, que são indivíduos (Timóteo, Tito e Filemon) ou igrejas
geograficamente definidas (igrejas que estavam em Roma, Filipos, Tessalônica
etc), essa Carta é endereçada a um público bem abrangente: “aos que foram
chamados, isto é, aqueles a quem Deus, o Pai, ama e a quem Jesus Cristo protege”
(Jd 2). Uma leitura atenta da Carta mostra-nos que esses irmãos conheciam bem o
Antigo Testamento, pois o autor os lembra da saída do Egito (v.5), dos anjos
caídos (v.6), da imoralidade dos moradores de Sodoma e Gomorra (v.7), bem como
dos maus exemplos de Caim, Balaão e Corá (v .ll). Provavelmente, eram judeus
convertidos a Jesus Cristo que moravam em diversos territórios do império
romano.
3. Afinal de
contas, por que a Carta foi escrita?
Judas tinha em
mente escrever “a respeito da salvação” (Jd 3), entretanto, ao perceber o
perigo que esses irmãos estavam expostos, por causa dos falsos mestres que não
temiam a Deus, ele preferiu dar um tom de urgência à Carta convocando os
leitores a: “combater a favor da fé que, uma vez por todas, Deus deu a seu povo”
(v.3). Por essa razão, podemos dizer que a Carta foi escrita e direcionada aos
irmãos com o propósito de adverti-los contra o perigo de se desviarem da fé,
mediante a influência dos falsos mestres, bem como para exortá-los a perseverar
na fidelidade a Jesus.
I - AUXÍLIO
TEOLÓGICO
“Na
epístola de Judas, temos o grito de guerra cristão, que ecoa por todas as eras:
batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. Esta Carta, a última do Novo
Testamento, ensina com grande ênfase, que essa apostasia do credo verdadeiro,
com suas verdades essenciais da expiação de Cristo, e a validade permanente da
lei, como a regra de vida, é a perdição garantida; ela revela claramente para
todas as gerações, a conexão inseparável entre a crença correta é um modo de
vida apropriado.” (BERKHOF, Louis. Introdução ao Novo Testamento. Rio de
Janeiro: CPAD, 2018, p. 292).
II
- OS FALSOS PROFESSORES E SUAS MENTIRAS
A Igreja de Jesus,
historicamente, teve de aprender a lidar tanto com a perseguição dos de fora
quanto com as heresias dos de dentro, ou seja, daqueles que falsamente alegavam
ser cristãos. E é exatamente sobre esse segundo grupo, os falsos professores, que
Judas está advertindo seus destinatários. Vejamos quem são, o que ensinam e
qual será seu destino.
1. Quem são os
falsos mestres?
Os falsos
professores sempre estiveram presentes ao longo do tempo, colocando em risco a
vida e a pureza da igreja, tentando distorcer, seduzir e enganar os fiéis com
seus falsos ensinamentos. Eles se fazem de ovelhas, mas são verdadeiros lobos
(Mt 7.15). Judas os descreve com as seguintes características: não temem a
Deus, são dissimulados, praticam e ensinam imoralidade, são incrédulos acerca
de Jesus Cristo, estão destinados à condenação (Jd 4); desprezam a autoridade
divina (v.8); são blasfemos (v.10), egoístas, hipócritas (w.12,13), e vivem
resmungando e acusando os outros (v.16). Não foi sem motivos que Paulo,
escrevendo a Timóteo, após descrever o perfil dos falsos ensinadores, recomenda
ao jovem obreiro que “fique longe dessa gente” (2 Tm 3.5).
2. O que eles
ensinavam?
Os falsos
professores, a quem Judas se refere em sua Carta, ensinavam uma distorção da
doutrina da graça – onde perdão e poder são oferecidos para justificar o erro e
não triunfar sobre o pecado. Para eles, a graça era uma boa desculpa para
continuarem praticando seus pecados de estimação: “eles torcem a mensagem a
respeito da graça do nosso Deus a fim de arranjar uma desculpa para a sua vida
imoral” (Jd 4). Eles creditavam que o juízo divino não viria porque Deus os
amava. Eles também, em nome de uma pretensa espiritualidade, não se submetiam a
ninguém (v.8).
3. Qual será o
destino deles?
A partir de três
exemplos extraídos da Antiga Aliança – os incrédulos e rebeldes de Israel (Jd
5; Nm 14.27-30), os anjos caídos (Jd 6) e os homens imorais de Sodoma e Gomorra
(Jd 7; Gn 19.24,25) – onde Deus aplicou seu justo juízo sobre os que resistiram
sua autoridade e se afastaram da verdade, Judas garante aos seus leitores que
Deus julgará os falsos mestres. Assim como os incrédulos foram enterrados no
deserto, os anjos rebeldes estão presos na escuridão e Sodoma e Gomorra foram
queimadas, da mesma forma, os falsos mestres receberão sua condenação. Judas
afirma que o juízo de Deus será inevitável, universal e justo (Jd 14,15).
II - AUXÍLIO DEVOCIONAL
“Na
Igreja Primitiva, quando a Ceia do Senhor era celebrada, os crentes faziam uma
refeição completa antes de repartir o pão e o vinho da comunhão. A refeição era
chamada festa de caridade (ou refeição de comunhão); esta devia ser uma ocasião
sagrada de comunhão para preparar o coração das pessoas para a Ceia do Senhor.
No entanto, os falsos professores participavam destas refeições e arruinavam as
reuniões dos cristãos apenas por sua presença. Os falsos professores eram como
rochas submersas ao longo da costa, prontos para provocar o naufrágio dos
crentes. Judas não poupou palavras ao descrever o perigo que representava o envolvimento
destes falsos professores com os crentes. Com o pior tipo de hipocrisia, estes
intrusos que tinham se infiltrado no meio dos crentes (v.4) participavam da
festa de caridade, enquanto, ao mesmo tempo, viviam e falavam em oposição a
Cristo”. Eles não tinham temor no seu egoísmo. Eles não se preocupavam com os
crentes, com a sua celebração, ou com o Deus que os crentes adoravam. Em lugar
de cuidar das necessidades dos outros, a única preocupação dos falsos
professores era satisfazer as suas próprias necessidades.” (Comentário do Novo
Testamento. Aplicação pessoal, vol.2. Rio de Janeiro; CPAD, 2010, p.815).
III
- O DESAFIO DO CRISTÃO É PERMANECER FIEL
De acordo com
Judas, os cristãos são desafiados a nunca se esquecerem da Palavra de Deus (Jd
17-19), pois ela é o antídoto contra as heresias. Eles devem progredir na fé,
edificando uns aos outros e a si mesmos por meio da oração (v.20) e do amor
(v.21). E, por fim, os cristãos também devem tratar de modo afetuoso e com
encorajamento aqueles que estão começando a duvidar da fé (v.22), a fim de
fortalecê-los e recuperá-los. Quanto aos outros que estão se perdendo, devem
buscá-los com toda a prudência necessária (v.23).
A sua vida deve
fazer a diferença onde quer que estiver, afinal, você é um adolescente cristão.
Avalie, primeiramente, o seu coração e veja se você não está sendo atraído por
ensinamentos estranhos à Palavra de Deus. Fortaleça sua fé através do
conhecimento da Palavra e da prática da oração e do jejum. Conte com o Espírito
Santo neste processo. Numa época plural como a nossa, onde cada pessoa quer
viver da maneira que deseja, somos convidados a um comprometimento com Jesus
Cristo, pois só Ele é poderoso para nos guardar e nos conduzir à glória eterna
(Jd 24,25). Já que na caminhada em direção à Eternidade há muitas tentações e
perigos. Então, seja fiel a Jesus e jamais se dobre às propostas mundanas tão
presentes nesta geração. Ser fiel a Deus é fundamental e inegociável para a
salvação.
II - AUXÍLIO
APOLOGÉTICO
“[…]
A tolerância legal é o direito que cada um tem de acreditar em qualquer crença
(ou em nenhuma) que se queira acreditar. Tal tolerância é muito importante em
nossa sociedade, e nós, como cristãos, devemos manter nossa convicção de que
ninguém jamais deve ser coagido a crer no que cremos.
A
liberdade religiosa não só pode ser mantida nas democracias ocidentais, mas
também promovida em outros países. Segundo, existe a tolerância social, o
compromisso de respeitar todas as pessoas mesmo que discordemos frontalmente de
sua religião e ideias […]. Temos de viver em paz com todos os indivíduos, mesmo
com os de convicções divergentes, ou com os que não tem nenhuma crença […].
Mas a
tolerância da qual falo – se preferir, nosso ícone nacional – é algo bastante
diferente. Trata-se de uma tolerância desprovida de crítica que evita o debate
enérgico na busca da verdade. Esta nova tolerância insiste que não temos
direito de discordar de uma agenda social liberal; não devemos defender nossas
perspectivas de moralidade, religião e respeito pela vida humana. Esta
tolerância respeita ideias absurdas, mas castiga qualquer um que acredite em
absolutos ou que reivindique ter descoberto alguma verdade […]. Este tipo de
tolerância é usada como desculpa para o ceticismo perpétuo, para manter a
distância de qualquer compromisso com a religião.” (LUTZER, Erwin. Cristo entre
outros deuses: uma defesa da fé cristã numa era de tolerância. Rio de Janeiro:
CPAD, 2000, p. 31-32).
CONCLUSÃO
Batalhar pela fé é
um dever de todo cristão. Fazer isso com educação, respeito e amor ao próximo é
o nosso maior desafio. Dedique-se, a cada dia, a ler e a obedecer a Palavra de
Deus. Aumente seu tempo de oração com Deus e busque a santificação. Esse é o
caminho da fidelidade a Deus. Prossiga nele, em todo o tempo!
VAMOS PRATICAR
1. Assinale (C)
para as afirmativas que estão Corretas e (E) para as que estão Erradas, segundo
a lição:
(C) O escritor da
Carta estudada é o irmão de Tiago e o meio irmão de Jesus.
(E) A Carta de
Judas foi escrita para defender os falsos mestres.
(E) Os falsos
mestres ensinavam corretamente a doutrina da graça.
(C) De acordo com Judas, os cristãos são desafiados a nunca se esquecerem da Palavra de Deus.
2. Em qual época a
Carta de Judas foi escrita? Provavelmente entre 65 e 80 d.C.
3. Deus julgará os
falsos mestres? Sim.
4. Como os cristãos
devem progredir na fé?
Os cristãos devem
progredir na fé, edificando uns aos outros e a si mesmos por meio da oração e
do amor.
Pense Nisso
Você
é chamado para fazer parte do exército de Deus e combater a favor da fé que Ele
deu ao seu povo. Sua idade não é um empecilho. As armas por você utilizadas não
serão as mesmas do seu adversário. Ele faz uso da mentira, da sedução e da
violência. Mas você se valerá do amor, da verdade, da misericórdia, da Palavra
Escrita e do Cristo Vivo. A vitória é certa!
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