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Tema: SEPARADOS PARA DEUS – Buscando a
Santificação para vermos o Senhor e sermos usados por Ele| 1° Trimestre de
2023 – CPAD
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Classe: Jovens – Revista do professor
✍️Comentarista: Natalino das Neves
TEXTO
PRINCIPAL
“Porque,
se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho,
muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.” (Rm 5.10)
RESUMO DA LIÇÃO
A
justificação pela fé na obra de Cristo, aliada à santificação, garante bênçãos
e paz.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA
– Rm 51
A
paz com Deus mediante a justificação
TERÇA
– Rm 5.2
A
graça mediante a fé
QUARTA
– Rm 5.6
Cristo
morreu pelos ímpios
QUINTA
– Rm 58
A
prova do amor de Deus
SEXTA
– Rm 5 9
Justificados
pelo sangue de Jesus Cristo
SÁBADO
– Rm 5.11
Em
Cristo fomos reconciliados com Deus
OBJETIVOS
1.
MOSTRAR as bênçãos da paz com Deus;
2.
COMPREENDER a bênção da alegria da salvação, como
fruto do Espírito, durante as tributações;
3.
EXPLICAR a bênção da salvação e da santificação final.
INTERAÇÃO
Professor (a), chegamos a última aula do trimestre. Parabéns pelo
seu esforço e dedicação! Nesta última aula, seria interessante relembrar, de
forma resumida, juntos com os alunos os conteúdos aprendidos no trimestre.
Então, faça uma recapitulação de todas as lições. Se possível, peça aos alunos
que deem testemunho de algum estudo do trimestre que tenha tocado o coração e
feito alguma mudança.
Aproveite a oportunidade para sanar as dúvidas dos alunos, caso
tenham a respeito de algum conteúdo. Faça uma avaliação geral de todas as
aulas. Deixe que os alunos falem a respeito dos pontos positivos e negativos.
No final da aula comente a respeito do tema do próximo trimestre. Crie nos
alunos uma expectativa positiva para o trimestre que será iniciado.
TEXTO
BÍBLICO
Romanos
5.1-11
1
Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus
Cristo,
2
Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e
nos gloriamos na esperança da glória de Deus.
3
E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a
tributação produz a paciência.
4
E a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança.
5
E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em
nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.
6
Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos Ímpios.
7
Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém
ouse morrer.
8
Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós
ainda pecadores.
9
Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele
salvos da ira.
10
Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu
Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.
11
E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus
Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação.
INTRODUÇÃO
Após
a santificação inicial que se dá por meio da justificação e regeneração, o
crente ressurge para uma nova vida. Esta mudança proporciona alguns benefícios
que são concedidos por Deus, como por exemplo: a paz com o Senhor, o acesso à
graça e a esperança da glorificação final; a alegria da salvação que fortalece
o cristão nos momentos de tribulações e sofrimentos e a salvação presente que
garante a santificação final.
I -
AS BÊNÇÃOS DA PAZ COM DEUS
1.
A graça da paz com Deus (Rm 5.1).
O
ímpio não tem paz porque vive na prática do pecado. Já a pessoa justificada por
Jesus Cristo, cujos pecados não lhe são mais imputados, desfruta de paz mesmo
em tempos difíceis. Esta reconciliação traz paz com Deus, pois o castigo ao
qual estávamos condenados foi imputado sobre Jesus (Is 53.5).
O
sacrifício de Jesus derrubou a parede que separava o ser humano de Deus (Ef
2.14). Fomos “relegados” ao Criador. A paz com Deus é somente para aqueles que
conservam sua vida em constante comunhão com o Todo-Poderoso (Fp 4.7). O salvo
vive no Espírito e, assim como o Espírito é eterno, eterna será a sua quietude
com Deus. Você está em paz com Deus?
2.
A bênção do acesso constante à graça de Deus (Rm 5.2).
Somente
Jesus pode redimir o pecador de sua condição e o santificar (Rm 3.24). O pecado
conduz à morte, à opressão debaixo da culpa e à solidão espiritual, mas a
justificação se aplica à justiça para a vida eterna por meio de Cristo (Rm
5.21).
Semelhantemente,
à vitória de Cristo sobre a morte por meio de sua ressurreição, os que foram
justificados e santificados pela graça também ressuscitaram para a vida eterna
(Ef 2.6). A graça de Deus é alcançada somente pela fé. Ela fortalece o crente
para que o pecado não tenha mais domínio sobre ele (Rm 6.14,15). Somos o que
somos pela graça de Deus, por isso devemos ser gratos a Ele por tudo.
3.
A bênção da esperança da glória de Deus (Rm 5.2b).
As
pessoas justificadas e santificadas são bem-aventuradas, pois nelas repousa a
grande esperança da manifestação da glória de Deus (Tt 2.13). Diferente
daquelas que vivem distantes do Senhor e são “alimentadas” por alegrias e
motivações efêmeras. Os santos são transformados de glória em glória,
santificação contínua e progressiva (2 Co 3.18).
Eles
se tornam participantes da glória de Deus como herdeiros juntamente com Cristo,
para serem glorificados, na santificação final (Rm 8.17). Esta é a grande
diferença entre ser criatura e ser filho(a) de Deus. A Bíblia assegura que
ainda não sabemos como haveremos de ser, mas que seremos semelhantes ao Cristo
glorificado e adverte-nos a manter esta condição, possível somente por meio da
manutenção da obediência (1 Jo 3.1-3).
SUBSÍDIO
1
Professor (a), inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “Como
podemos ter paz com Deus”. Ouça as respostas e explique que segundo “Romanos
5.1 – com a palavra ‘pois’, Paulo indica uma conclusão baseada em seu argumento
anterior. No capítulo 4, Paulo mostrou como os pecadores, tanto judeus como
gentios, são justificados pela fé. Aqui ele começa a descrever como o fato de
sermos justificados pela fé afeta a nossa relação com Deus. Primeiro, temos paz
com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo.
Ter paz com Deus significa que não há mais hostilidade entre nós e
Deus e que o pecado não bloqueia o nosso relacionamento com Ele. Mais do que
isso, um novo relacionamento foi estabelecido e assim não mais tememos o
resultado do julgamento, mas vivemos sob a proteção estabelecida por Deus.”
(Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD,
p. 40.)
II -
A BÊNÇÃO DA ALEGRIA DA SALVAÇÃO
1.
As tribulações conduzem à maturidade (Rm 5.3,4).
Na
caminhada do crente para o céu, as tribulações são inevitáveis. Jesus não nos
prometeu uma vida sem conflitos, mas afirmou categoricamente que passaríamos
por aflições (Jo 16.33). Ele não engana seus seguidores. Na história do povo de
Israel podemos ver que algumas tribulações serviram para o ensino e a correção,
a fim de que os hebreus aprendessem a confiar no Senhor (Dt 8.15,16). Na nossa
caminhada com Jesus não é diferente.
Paulo
assevera que as tribulações nos levam à perseverança, à experiência (caráter
aprovado), e à esperança que não confunde. Portanto, quando você pede a Deus
mais experiência e esperança, mesmo que inconscientemente, você está pedindo
por mais tribulações, que o levarão à experiência, que por sua vez lhe trará
esperança. Tiago afirma que é motivo de alegria o passar por várias provações,
pois por meio delas se obtém experiência, com vistas a alcançar a coroa da
vida, prometida aos que amam a Deus (Tg 1.2 – 4,12).
2.
O crente, mesmo enfrentando tributações, tem a certeza do amor de Deus (Rm
5.5).
No
texto de Romanos 8.35-39, o apóstolo Paulo relaciona uma série de intempéries,
mas conclui que mesmo estas dificuldades não são suficientes para separar uma
pessoa salva do amor de Deus. Quantos exemplos existem na Bíblia de pessoas que
renunciaram a tudo de valor, inclusive a própria vida, constrangidas pelo amor
de Deus. Basta ler Hebreus 11, a galeria dos heróis da fé, para constatarmos
isto.
Quem
mantém sua fidelidade a Deus, independente das circunstâncias, pode perceber o
amor de Deus, a exemplo do grande Mestre Jesus. Ele no Getsêmani, sentindo a
dor do cálice a ser tomado, questiona este “abandono”, mas se submete à vontade
de Deus por saber que tudo era por amor, inclusive sua morte.
2.
O amor de Deus é provado pela morte vicária de Cristo (Rm 5.5-8).
O
Espírito Santo nos faz perceber o amor de Deus para conosco (v.5). Amor que
pode ser evidenciado pela doação divina, mesmo sabendo que não tínhamos
possibilidade de retribuir esse amor por sermos fracos (v. 6). O apóstolo
afirma que morrer por alguém justo não seria considerado algo tão incomum (v.
7), pois ao longo da história há vários registros de pessoas que deram sua vida
por uma pessoa amada, um líder carismático ou uma causa maior. Mas um justo
morrer pelos injustos pecadores, isso nunca será visto.
Por
isso, a grande demonstração de amor de Deus pela humanidade é o fato de Cristo
ter morrido por nós, ‘sendo nós ainda pecadores” (v.8). Devemos ter em mente
este amor, principalmente nos momentos de tribulações, sabendo que muito maior
sofrimento Jesus passou para que fôssemos justificados e participantes da
glória presente e da glória e santificação final que haveremos de ter.
SUBSÍDIO
2
“Rm 5.2 – Jesus Cristo não apenas nos justificou diante de Deus, mas
também nos deu acesso pessoal a Deus, levando-nos a este lugar de mais elevado
privilégio onde estamos agora. Fomos trazidos a uma posição favorável diante de
Deus. Em vez de sermos seus inimigos, somos seus amigos — de fato, seus
próprios filhos.
A humanidade foi criada para a glória, mas por causa do pecado,
‘todos…destituídos estão da glória de Deus’ (Rm 3.23). É o propósito de Deus
recriar a sua imagem e a sua glória de forma completa em nós, de modo que
possamos estar firmes; e nos gloriarmos na esperança da glória de Deus.
Antever o nosso futuro com O Senhor deve trazer grande alegria. Nós
permanecemos na graça de Deus, e o resultado da nossa vida está seguro em suas
mãos. Não somos mais perseguidos pelos pensamentos sobre o julgamento; podemos
agora refletir sobre sua graça e responder positivamente a ela.” (Comentário do
Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, p. 40.)
III
- A BÊNÇÃO DA SALVAÇÃO E DA SANTIFICAÇÃO FINAL
1.
A salvação.
Como
é grande a satisfação de saber que tivemos o privilégio de experimentar a
justificação mediante a fé em Jesus Cristo. O que seria de nós se não
tivéssemos tomado a decisão de entregar a Jesus Cristo nossa vida? Onde nós
estaríamos hoje? Quem nós seríamos? Certamente não seríamos melhores do que
somos e, acima de tudo, continuaríamos na condição de pecadores, condenados ao
julgamento da ira de Deus, na condição de inimigos dEle (Rm 5.9).
Paulo
afirma que fomos reconciliados com Deus quando ainda éramos seus inimigos,
devido aos nossos pecados, mas fomos reconciliados gratuitamente, sem nenhuma
condição prévia, a não ser a fé em Jesus. Algumas pessoas se esquecem da maior
bênção que já recebemos. Seja grato a Deus por sua salvação e não se esqueça de
nenhum de seus benefícios.
2.
A salvação mantida pela santificação.
Paulo
demonstrou sua gratidão pela mudança que o encontro com Cristo provocou em sua
vida, A mudança de vida deu a ele uma convicção que o ajudou a superar as
dificuldades. Antes de conhecer a Cristo, ele tinha uma posição privilegiada,
junto à elite do judaísmo, que era almejada por muitas pessoas. Quando escreveu
a Carta aos Romanos, já não tinha mais aquele status.
Entretanto,
a experiência da justificação e da santificação o libertou do domínio do pecado
e deu-lhe a segurança que nunca havia conquistado com sua vida religiosa. A
garantia da salvação presente e da comunhão com Deus proporcionam ao apóstolo a
convicção, pouco antes de sua morte, de ter combatido um bom combate e guardado
a fé (1 Tm 4.6,7). Segurança garantida somente às pessoas que, por meio de uma
vida devotada e de santidade, mantêm seu ideal de obediência e gratidão a
Cristo.
3.
A salvação futura e glorificação, que será obtida com a santificação final.
Paulo
desejava que todas as pessoas tivessem a mesma paz e certeza que ele tinha da
sua salvação. Ele não se arrependeu do que havia feito e de tudo que havia
deixado para trás a fim de seguir a Cristo. O apóstolo tinha por certo que a
obra de Deus na sua vida não havia acabado e que continuaria sendo aperfeiçoada
até a vinda de Cristo (Fp 1.6).
Esta
é a gloriosa esperança. Paulo, além de ter certeza de ter combatido o bom
combate, também tinha a certeza de que receberia a coroa da justiça no futuro
(2 Tm 4,8). Uma vida eterna com Deus. A pessoa que ama ao Senhor sente alegria
e prazer em fazer a sua vontade (Jo 14.15), tem a garantia da vida eterna e a
obtenção da santificação final e definitiva. Mas para chegar lá é preciso andar
no caminho da santificação no presente, sem a qual ninguém verá o Senhor.
SUBSÍDIO 3
“Nossa esperança de que Deus manterá suas promessas nunca nos trará
confusão. Quando nossa confiança está em Deus, temos certeza de que Ele
cumprirá tudo o que prometeu — nós seremos ressuscitados para a vida eterna e
estaremos com Ele na glória. Por quê? Porque o amor de Deus está derramado em
nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado. O Espírito Santo continua a
nos encorajar, Lembrando-nos de quão carinhosamente Deus nos ama. Ele nos ama e
fará como prometeu. Podemos esperar em Deus por causa da natureza do seu amor.”
(Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD,
p. 40.)
CONCLUSÃO
Nesta
lição aprendemos que a justificação e a santificação inicial são acompanhadas
de bênçãos maravilhosas como a paz com Deus, a alegria da salvação e a
esperança na promessa de glorificação e vida eterna com Deus. Lembrando que
para garantir essas bênçãos é preciso que mantenhamos uma vida de santidade
contínua e progressiva para atingir a santificação final com a glorificação.
HORA DA REVISÃO
1.
Segundo a lição, por que o ímpio não tem paz?
O
ímpio não tem paz porque vive na prática do pecado.
2.
Qual o resultado da justificação na vida do crente?
A
paz com Deus.
3.
A paz de Deus é para quem?
A
paz com Deus é somente para aqueles que conservam sua vida em constante
comunhão com o Todo-Poderoso (Fp 47).
4.
Somente quem pode redimir o pecador? Somente Jesus pode
redimir o pecador de sua condição e o santificar (Rm 3.24).
5.
Como alcançamos a graça?
A
graça de Deus é alcançada somente pela fé.
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Este
E-book é uma verdadeira fonte informativa para os novos e os veteranos
professores de Escola Bíblica.