🔥 Classe Dominical: Lições Bíblicas Adultos
✔️Trimestre: 3° de 2022
📚 Editora: CPAD
✍️Comentarista: José Gonçalves
📝 Assunto da Revista: OS ATAQUES CONTRA A IGREJA DE CRISTO: As Sutilezas de Satanás nestes Dias que Antecedem a Volta de Jesus Cristo
📚 TEXTO ÁUREO
“Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para
ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.” (2 Tm 3.16)
💡 VERDADE PRÁTICA
A Bíblia é a inspirada, a inerrante e a
infalível Palavra de Deus. Por isso, não podemos relativizá-la.
⏰ LEITURA DIÁRIA
Segunda - Rm 12.2
É preciso não se conformar e se
transformar pela renovação do entendimento
Terça - Is 5.20
Não se pode relativizar as Sagradas
Escrituras
Quarta
- Hb 13.8
A Bíblia não muda porque Jesus Cristo é
o mesmo
Quinta - Sl 11.3
Se os fundamentos forem destruídos, o
que o justo fará?
Sexta - 2 Tm 3.15
O fundamento da vida cristã deve
iniciar na tenra idade
Sábado - 2 Tm 3.16
As Escrituras como única regra de fé e de conduta
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Timóteo 3.14-17
14 - Tu, porém, permanece naquilo que
aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido.
15 - E que, desde a tua meninice, sabes
as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em
Cristo Jesus.
16 - Toda Escritura divinamente
inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para
instruir em justiça,
17 - para que o homem de Deus seja
perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.
HINOS SUGERIDOS: 259, 306, 556 da Harpa Cristã
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Caro professor, prezada
professora, nesta lição estudaremos o processo de relativização da Bíblia. Por
isso, ela se desdobra em quatro tópicos: Primeiro - A Bíblia e o Espírito desta
Era; Segundo - A Bíblia e o Politicamente Correto; Terceiro - A Bíblia e o
outro Evangelho; Quarto - A Bíblia, sempre atual Palavra de Deus. Basicamente,
esse conteúdo mostra o processo de desconstrução e de relativização que certos
mestres estão fazendo com a Bíblia; a construção de uma narrativa e a
criminalização da opinião que enaltecem os valores da Bíblia; a promoção de
novas metodologias de interpretação, bem como novas teologias, a partir da
Bíblia e, finalmente, a afirmação cristã da Bíblia como a inerrante Palavra de
Deus.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I)
Destacar os aspectos desconstrucionistas e
relativistas a respeito da Bíblia;
II)
Explicar o processo de construção de narrativas
para criminalizar a opinião doutrinariamente conservadora da Bíblia;
III)
Pontuar as novas metodologias e teologias a
partir da relativização da Bíblia;
IV)
Afirmar que a Bíblia é um livro revelado e
inspirado por Deus.
B) Motivação: Vivemos sob
uma ideologia que domina os ambientes intelectuais e culturais de nossa
sociedade: universidades, jornalismo, cinema etc. Essa influência não deixaria
de atingir a fé cristã. Há um movimento intelectual de dentro do meio
evangélico que busca desconstruir a visão conservadora da Bíblia, relativizando
assim os grandes ensinamentos milenares que herdamos de nossos antigos pais. É
preciso estar consciente a respeito desse movimento.
C) Sugestão de Método:
Certamente seus alunos já tomaram conhecimento pela internet a respeito de
líderes que se denominam cristãos, mas defendem a liberação do aborto, a
normalização da homossexualidade etc. Por isso, dê a oportunidade para um ou
dois alunos no máximo contar a respeito dessa experiência. Não passe de cinco
minutos com essa atividade introdutória para o desenvolvimento da lição. Em
seguida, diga que as ideias defendidas por esses líderes têm a ver com a
proposta de desconstrução e relativização da interpretação e dos valores da
Bíblia como Palavra de Deus.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Conclua a
lição incentivando os alunos a lerem bons livros que valorizam os antigos
postulados da Bíblia como Palavra de Deus. Obras como a Origem da Bíblia,
editada pela CPAD, dentre outras, são um grande auxílio para este trabalho
apologético a respeito da Bíblia.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador
Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos,
entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 91, p.39,
você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao
final do tópico, você encontrará auxílios que lhe darão suporte na preparação
de sua aula: 1) O texto "Apego à Bíblia como Antídoto" é uma reflexão
que expande o primeiro tópico a respeito de como a igreja pode se proteger do
processo de desconstrução e relativização da Bíblia; 2) O texto "A
Inspiração das Escrituras" traz uma proposta de aplicação para afirmar a
autoridade das Escrituras.
INTRODUÇÃO
Não é novidade para ninguém que a
Bíblia sempre sofreu ataques ao longo dos séculos. Não foram poucas as
tentativas de desacreditá-la e, até mesmo, aboli-la da sociedade. As táticas
foram muitas. Às vezes seus exemplares foram queimados; outras vezes a Bíblia
foi considerada perigosa, obsoleta e desnecessária. Enfim, em diferentes
momentos e épocas sempre houve algum levante contra a autoridade das
Escrituras.
Hoje não é diferente. Infelizmente, há
quem afirme que a Bíblia precisa ser “atualizada”. Geralmente esse
posicionamento é tomado quando se trata de questões de natureza social e
comportamental. Assim, há quem defenda que a Bíblia precisa ser
“ressignificada”. Em outras palavras, para ele, a Palavra de Deus está
desatualizada nessas questões sociais e comportamentais ou, no mínimo, mal
traduzida, mal interpretada e, portanto, mal aplicada.
PALAVRA-CHAVE
Relativização
I – A
BÍBLIA E O ESPÍRITO DESTA ERA
1. A desconstrução.
Não é incomum encontrarmos na
literatura, ou nas mídias sociais, expressões como: “a era do vazio”;
“pós-verdade’, “o fim das certezas”, “cultura líquida” ou ainda
“desconstrução”. São formas diferentes para nomear o mesmo fenômeno cultural
que impera na sociedade contemporânea, também denominado de pós-moderno.
Em palavras mais simples, esse novo
modelo ou paradigma cultural se contrapõe ao cristianismo procurando
desconstruir, não apenas sua herança cultural, mas, sobretudo, seu conjunto de
valores ético-morais e espirituais (cf. Rm 12.2). Enfim, é uma nova forma de
pensar e agir diferente daquela que estávamos habituados a enxergar. A
consequência disso tudo é a relativização das Escrituras (Is 5.20).
2. O relativismo.
Dentro dessa nova configuração
cultural, o relativismo é inevitável. Não há valores perenes ou absolutos. Tudo
é relativo. Na verdade, há muito que o relativismo ético-moral vem se
insurgindo na sociedade e de forma sorrateira na igreja. Não há mais parâmetro
por meio do qual se possa dizer o que é certo ou errado. Tudo é relativo. Isso
significa dizer que qualquer julgamento depende do ponto de vista de quem julga
ou analisa. Por essa perspectiva, a Bíblia representa apenas mais um ponto de
vista dentre vários outros (cf. Hb 13.8).
SINOPSE I
O Espírito desta era contribui para a
desconstrução e relativização da Bíblia.
AUXÍLIO
TEOLÓGICO
APEGO À BÍBLIA COMO
ANTÍDOTO
“Em 2003, o projeto
genoma humano identificou, pela primeira vez, aproximadamente 20 a 25 mil genes
no DNA humano. Do ponto de vista biológico, os genes determinam as
características particulares de cada organismo. Deus é um grande engenheiro
pelo fato de nos ter criado de tal modo! Nossos genes determinam como vamos
evoluir ou, em alguns casos, decair conforme o andamento da nossa vida.
A cor dos nossos olhos,
nossa altura e até mesmo a propensão para certas doenças são exemplos de como
somos tecidos nos detalhes celulares, no que diz respeito ao aspecto físico.
Por analogia, as igrejas também têm uma ‘constituição genética’ – crenças,
princípios e compromissos que costumam direcionar e determinar sua existência
espiritual, sua dinâmica como comunidade e, finalmente, seus impactos sobre o
mundo. A questão de que a igreja tem a Escritura na medula óssea pode parecer
irracional, mas nem sempre é o caso.
Na América do Norte temos
vivido uma ‘doença genética’ na igreja, manifestada por uma preocupante
expansão rápida de um analfabetismo bíblico” (GUTHRIE, George. Lendo a Bíblia
Para a Vida: Seu Guia para Entender e Viver a Palavra de Deus. 1.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2014, p.267).
II – A
BÍBLIA E O POLITICAMENTE CORRETO
1. A criação de uma narrativa.
“Destruídos os fundamentos, que poderá
fazer o justo?” (Sl 11.3 - NAA). Essa pergunta do salmista ecoa em nossos dias.
Os fundamentos estão sendo derrubados, destruídos. É preciso observar que isso
não é um fenômeno aleatório, impensado. Não.
Trata-se de uma narrativa ardilosamente
construída com o fim de desconstruir os valores cristãos e substituí-los por
outros. É aí que se cria uma narrativa ou história para se chegar a esse fim.
Surge o discurso do “politicamente correto”.
Dentro desse modelo criou-se uma nova
moralidade, uma nova ética, e, portanto, uma nova forma de dizer o que é certo
e errado. Por esse novo modelo está correto se fazer aborto e proibir a leitura
da Bíblia em espaços públicos (cf. 2 Tm 3.12-14). Dentro dessa narrativa do
politicamente correto não há espaço para a Bíblia.
2. A criminalização da opinião.
Pensar diferente dessa nova narrativa
que foi criada é estar sujeito à censura. Na verdade, toda forma de pensar
diferente dessa narrativa é criminalizada. Há, portanto, uma ditadura da opinião.
Quem pensa diferente deve ser execrado e, até mesmo, punido. É a ditadura do
politicamente correto. Não há espaço para cristãos conservadores.
O cristianismo, que no ocidente é a
cultura majoritária, está sendo banido para a periferia, transformando-se numa
contracultura (cf. Mt 10.22). No mundo todo vemos sites cristãos conservadores
sendo censurados e banidos
SINOPSE II
Há uma formação de narrativa a respeito
da Bíblia para criminalizar a opinião ancorada nos antigos postulados da fé
cristã.
III – A
BÍBLIA E O OUTRO EVANGELHO
1. Uma nova metodologia.
Dentro da cultura pós-moderna, do
politicamente correto, surge a necessidade de ressignificar a Bíblia. A Palavra
de Deus precisa ser atualizada para que fale a mesma língua dentro dessa nova
configuração cultural. Surge a necessidade de se criar uma nova metodologia no
processo interpretativo do texto bíblico.
Nesse caso, o leitor, e não o autor
bíblico, passa a ser mais importante; dizendo de outra forma: não importa o que
o autor do texto bíblico disse, mas o que o leitor contemporâneo acha que está
certo. É o que os exegetas denominam de hermenêutica centrada no leitor. O
autor bíblico deixa de ter importância. Então, vale tudo. A Bíblia precisa se
ajustar a essa nova metodologia. Assim surge, portanto, outro evangelho (cf. Gl
1.9).
2. Novas teologias.
Esse “outro evangelho” também possui
sua própria teologia. Todo o texto bíblico passa por uma nova ressignificação.
A Bíblia, portanto, deveria ser toda atualizada. Surge o “evangelho social”
(cf. Jo 6.26). Dentro do contexto evangélico o velho marxismo ganha uma nova
roupagem.
Assim, os relacionamentos homoafetivos
são vistos a partir da perspectiva da denominada “teologia inclusiva”. É dentro
dessa nova perspectiva que se faz apologia do evangelho social, ecumênico e
homoafetivo. Essa é a nova configuração teológica. Qualquer pensamento que
destoe desse é considerado fascista, homofóbico e discurso de ódio. Isso explica a censura pública que muitos
cristãos estão sofrendo.
SINOPSE III
O outro Evangelho promove novas
metodologias de leitura da Bíblia e, consequentemente, novas teologias e
modismos.
IV – A
BÍBLIA, SEMPRE ATUAL PALAVRA DE DEUS
1. Revelada por Deus.
Para o cristão, a Bíblia é um texto
antigo com uma mensagem atual. Ela foi, é e sempre será relevante. A razão
disso é que a Bíblia é a revelação de Deus à humanidade (2 Pe 1.16-21). Deus se
revelou através das páginas da Bíblia (2 Tm 3.16,17).
Qualquer tentativa de “ressignificar”
ou “atualizar” a Bíblia, fazendo com que ela se ajuste a essa cultura
contemporânea, deve ser rejeitada e vista como uma heresia. A Bíblia não pode
nunca ser ajustada a mentalidade de uma cultura caída e, portanto, afastada de
Deus (Is 59.1-4).
Os pregadores que levantaram essa
bandeira apóstata, na verdade, devem ser vistos como falsos profetas. Às vezes
parecem anjos de luz, mas, na verdade, pregam ensinos de demônios (1 Tm 4.1). O
fim é afastar a humanidade da cruz de Cristo.
2. Inspirada por Deus.
A Bíblia é a revelação de Deus. Isso
significa que ela tem origem em Deus e por Ele foi inspirada. Paulo, o
apóstolo, disse que toda Escritura é inspirada por Deus (2 Tm 3.16). Nenhum
livro, por mais espetacular que seja, pode se colocar em pé de igualdade com a
Bíblia. A razão é que a Bíblia possui inspiração divina, as outras literaturas
não. Alguém pode receber de Deus alguma iluminação para dizer ou escrever algo,
mas ninguém pode dizer que foi “inspirado” por Deus da mesma forma que os
escritores bíblicos foram. Isso é o que faz a Bíblia ser diferente como obra
literária. É um livro com uma mensagem especial e atual porque espelha a mente
de Deus.
SINOPSE IV
A Bíblia é a Palavra de Deus porque foi
revelada e inspirada por Ele.
AUXÍLIO APOLOGÉTICO
A
INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS
Jesus também ensinou que
a Escritura é a inspirada Palavra de Deus até em seus mínimos detalhes (Mt
5.18). Afirmou, também, que tudo quanto Ele disse foi recebido da parte do Pai
e é verdadeiro (Jo 5.19,30,31; 7.16; 8.26). Ele falou da revelação divina ainda
futura (i.e., a verdade revelada do NT), da parte do Espírito Santo através dos
apóstolos (Jo 16.13; cf. 14.16,17; 15.26,27).
Negar a inspiração
plenária das Sagradas Escrituras, portanto, é desprezar o testemunho
fundamental de Jesus Cristo (Mt 5.18; 15.3-6; Lc 16.17; 24.25-27,44,45; Jo
10.35), do Espírito Santo (Jo 15.26; 16.13; 1 Co 2.12,13; 1 Tm 4.1) e dos apóstolos (3.16; 2 Pe
1.20,21). Além disso, limitar ou descartar a sua inerrância é depreciar sua
autoridade divina.
Na sua ação de inspirar
os escritores pelo seu Espírito, Deus, sem violar a personalidade deles, agiu
neles de tal maneira que escreveram sem erro (3.16; 2 Pe 1.20,21; ver 1 Co
2.12,13)” (Bíblica de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1882).
CONCLUSÃO
Vimos, portanto, nesta lição, que há
toda uma narrativa com o propósito de desacreditar a Bíblia. Para os defensores
desse novo modelo cultural, a Bíblia não passaria de um livro obsoleto, produto
de uma época, e que, portanto, precisa ser atualizada. Em outras palavras, a
Bíblia não seria mais relevante para essa geração.
Aqueles que já aderiram a essa suposta
necessidade de atualização do texto bíblico, alegando que ele precisa ser relevante
para essa geração, desenvolveram metodologias e teologias próprias. Dentro
dessa nova forma de entender o texto, a Bíblia é que precisa de ajustes, e não
o homem se ajustar a ela.
Todo cristão que segue a ortodoxia bíblica deve rejeitar tal ensino. Não podemos aceitar nada que mutile a Bíblia por conta do politicamente correto. Não podemos rejeitar o que ensina a ortodoxia cristã ou trocá-la pelas novas teologias. A Bíblia é a Palavra de Deus e, por isso, sempre será atual e relevante para a humanidade.
=
REVISANDO
O CONTEÚDO
1. Quais expressões referem-se ao
fenômeno cultural pós-moderno?
“A era do vazio”; “pós-verdade’, “o fim
das certezas”, “cultura líquida” ou ainda “desconstrução”.
2. O que caracteriza o relativismo?
Não há valores perenes ou absolutos.
Tudo é relativo.
3. O que não há espaço na narrativa do
politicamente correto?
Dentro dessa narrativa do politicamente
correto não há espaço para a Bíblia.
4. O que a Bíblia é para o cristão?
Para o cristão, a Bíblia é um texto
antigo com uma mensagem atual.
5. O que distingue a Bíblia de outras
obras literárias?
A inspiração divina. Enquanto as outras
obras são de inspiração humana, a Bíblia é de inspiração divina.
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