Subsídios Bíblicos para
a Lição dos Adultos (CPAD). 1° Trimestre de 2022
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Subsídios Bíblicos Completos Aqui
Aqui veremos mais uma parte da estrutura do Antigo Testamento, na aula 9
vimos sobre os livros poéticos, agora veremos acerca dos livros proféticos que
são organizados em profetas Maiores e Profetas Menores.
1. OS LIVROS PROFÉTICOS DA BÍBLIA
1.1. Os profetas da Bíblia.
A língua hebraica emprega alguns termos equivalentes a “profeta”. “Vidente”
(ro’eh) era o título antigo do profeta (1Sm 9.9).
Os videntes, a exemplo de Samuel, eram capazes de ver objetos perdidos e
fatos do futuro. A expressão “homem de Deus” designava um pregador
itinerante por meio de quem Deus realizava atos poderosos (por exemplo, Elias e
Eliseu). Os “profetas” (nevi’ im) eram porta-vozes de Deus, como Arão
era porta-voz de Moisés (Êx 7.1).
Os profetas de Deus experimentaram o chamado de serem seus porta-vozes
(Is 6; Jr 1.4-10; Am 7.15).
Os profetas de Deus eram pessoas de moral elevada que desafiavam o povo
de Deus a buscar padrões éticos mais elevados.
1.2. Ambientes dos Profetas.
Os profetas vinham de ambientes diversos. Isaías nasceu e cresceu na
cidade e profetizou em Jerusalém. Ele anunciou a palavra de Deus a reis, como
Acaz (Is 7) e Ezequias (Is 36—39).
Miquéias vinha de uma cidadezinha de Moresete-Gate no território
filisteu. Ele criticou a corrupção política, moral e social de cidades grandes
como Jerusalém e Samaria (Mq 1.5-7; 2.1-11; 3-1-12). Sua única esperança estava
na transformação de Sião (4.1-5).
De maneira ideal, os profetas da corte atuavam como conselheiros divinos
dos reis e/ou como seus críticos. Alguns (Natã, 2Sm 12; Isaías, Is 7; Micaías,
1Rs 22) desafiaram seus reis a não se afastarem da aliança e a desempenharem
sua função divinamente ordenada como pastores do povo de Deus.
Os profetas da corte davam conselhos religiosos e políticos,
admoestavam, anunciavam o julgamento divino e registravam os atos do rei.
Outros profetas da corte não passavam de fantoches, repetindo as
mensagens que os reis desejavam ouvir, quaisquer que fossem elas (por exemplo,
os profetas mentirosos de 1 Rs 22).
1.3. Os Profetas e o Isolamento e antipatia.
Alguns profetas (Natã, Jonas, Hulda) experimentaram uma reação positiva às suas mensagens. Mas a maioria, como Elias e Eliseu (lRs 19.1-5; 2Rs 7.1-2), sofreu isolamento e antipatia. Mesmo assim, os profetas serviam ao Senhor com fidelidade e coragem. A queda de Israel e Judá deveu-se à insensibilidade e desconsideração total diante da palavra profética. Muitas vezes o povo de Israel e de Judá resistia aos profetas, lançando-os na prisão ou condenando-os à morte (Jr 26.20-23; 37.15, 18; 38.6-9; Mt 23.37).
Os profetas
de Israel eram porta-vozes do Deus de Israel, os quais interpretavam para o
povo de Deus as promessas e exigências de suas alianças.
2. OS PROFETAS MAIORES E MENORES
Os Profetas formam a segunda parte ou divisão da Bíblia Hebraica, ao
lado da Lei, que é a primeira, a dos Escritos, que são a última.
No cânon hebraico, os Profetas são subdivididos em dois grupos de
livros: os “profetas anteriores” e os “profetas posteriores”.
Os livros de Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis formam os
“profetas anteriores”. Correspondem ao que chamamos de “livros históricos”.
Os livros de Rute e 1 e 2 Crônicas, que para nós também fazem parte
deste grupo de livros, aparecem entre os Escritos, a terceira parte do cânon
hebraico.
Os “profetas posteriores” são os que comumente chamamos de “profetas”.
Aqui, entram os três “profetas maiores”, Isaías, Jeremias e Ezequiel, e “O
Livro dos “Doze”, de Oséias a Malaquias. O Livro dos Doze também é conhecido
como “profetas menores”.
“Maiores” e “menores” tem a ver com o tamanho do livro, não com a importância do profeta ou do livro.
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