Lições Bíblicas de Jovens – 4° trimestre de 2021, CPAD |
TEXTO
DO DIA
"E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu. e não se achou Lugar para eles." (Ap 20.11)
SÍNTESE
No final da História, Deus pedirá a prestação de contas da humanidade não regenerada e. após a condenação, estabelecerá definitivamente novos Céus e a Terra nos quais habitará a justiça.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA-Jo 3.18
O fundamento da
condenação dos ímpios
TERÇA - Ap 20.12
O fundamento da
pena aos ímpios no Juízo Final
QUARTA - Jo 529
Os ímpios terão a
ressurreição da condenação
QUINTA - Is 65.17
Novos Céus e
Terra: uma promessa
SEXTA - Sl 102.25,26
Novos Céus e
Terra: uma mudança completa
SÁBADO - 2 Pe 3.13
Novos Céus e
Terra: uma esperança
OBJETIVOS
•MOSTRAR que segundo as Escrituras Sagradas
haverá um julgamento final;
•EXPLICAR que haverá novos
Céus e a nova Terra;
•MOSTRAR que a alma é imortal e que a vida não cessa.
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INTERAÇÃO
Prezado(a) professor (a), você
crê que haverá um julgamento final? Então, você não terá dificuldades para
preparar a Lição deste domingo. Estudaremos a respeito do juízo final, o Grande
Trono Branco e os novos Céus e a nova Terra. Os crentes que foram arrebatados
não terão que passar por nenhum tipo de julgamento e vão desfrutar de uma vida
de paz e alegria ao lado do Senhor na Nova Jerusalém No Juízo Final será
julgada a humanidade não regenerada, pois rejeitaram a Deus não se arrependeram
de seus pecados.
TEXTO BÍBLICO
Apocalipse 20.11-15; 21.1-3
INTRODUÇÃO
As Escrituras revelam que Deus separou um
dia para julgar a Satanás e a todos os ímpios que rejeitaram a mensagem da
salvação. O Julgamento Final será presidido por Jesus Cristo, a quem o Pai
outorgou todo o poder para julgar e estabelecer a justiça (At 17.31)- Após o
fim do Milênio, Satanás será solto de sua prisão para enganar muitas pessoas e
as conduzirá a marchar para destruir Jerusalém. Contudo, o Senhor fará descer
fogo do céu, destruindo os exércitos inimigos, derrotando a Satanás e
estabelecendo o Juízo. Em seguida, todos os mortos, grandes e pequenos, deverão
comparecer perante o grande trono branco, onde 0 Senhor estará assentado para
julgá-los conforme as suas obras encontradas nos registros divinos. E todo aquele
que não for achado escrito no Livro da vida será lançado no lago de fogo. Será
um dia terrível! Findados os juízos de Deus, os redimidos do Senhor 0 servirão
com alegria por toda a eternidade.
I - O JULGAMENTO FINAL
1. O presidente do tribunal.
O Pai outorgou ao Filho todo o juízo a fim
de que Ele tivesse todas as credenciais necessárias para presidir o Tribunal de
Cristo (2 Co 5.10), o Juízo das Nações (Mt 25.31-46) e o Julgamento Final (At
17.31): “O Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo, para que todos
honrem o Filho, como honram o Pai" (Jo 5 22,23).
As qualificações de Jesus Cristo dão-se
por sua obediência e humilhação voluntária. Ele esvaziou-se de todo o
privilégio da divindade, assumindo a forma humana, fazendo-se semelhante aos
homens (Fp 2.7). Em decorrência de sua submissão ao Pai, Jesus foi exaltado
soberanamente e restituído à sua posição apropriada. Deus o exaltou soberanamente
e toda a Língua confessará e todo joelho se dobrará diante dEle (Fp 2.5-11).
Esta, certamente, será uma cena do Juízo Final.
2. Os livros do julgamento.
A Bíblia faz referência a
"Livros" no Juízo Final, os quais conterão, certamente, os registros
das obras dos homens, e menciona, especificamente, o Livro da Vida (Ap 3.5;
13.8: 17.8; 20.12,15; 21.27; 22.19). O Espírito Santo, nos Salmos (56.8; 69.28;
139.16) revela também a existência de um Livro de Deus, onde estariam escritas
as condutas dos homens. Da mesma forma o profeta Daniel (Dn 7. 9,10), como João
(Ap 20.11.12) viu, no Juízo Final, Livros sendo abertos. Jesus, por sua vez,
mencionou a importância de se ter o nome escrito nos céus (Lc 10.20).
Evidentemente Deus não precisaria de
Livros para tomar nota de todos os fatos. Entretanto, a abertura dos livros
evidencia a onisciência de Deus em relação a todos os atos praticados pelos
homens, assim como o conhecimento do que há de mais profundo no pensamento e
sentimento humanos. Aos Romanos, Paulo afirma que chegaria "um dia em que
Deus julgaria os segredos dos homens, por Jesus Cristo" (Rm 2.16),
Semelhantemente, a abertura do Livro da
Vida será a prova cabal para os que reclamarem da condenação no Juízo Final,
pois "muitos dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, [...]. E, então, lhes
direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a
iniquidade" (Mt 7.22,23). O juízo divino não respeitará a "aparência
de piedade". Por isso, devemos atentar para a manutenção de uma fé sincera
e comprometida com a verdade. Em Apocalipse 21.7 o Senhor afirma: “Quem vencer
herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho".
3. O destino dos condenados.
A condenação eterna não é apenas uma
sentença decretada pelo Senhor no Juízo Final, mas acontece em decorrência de
uma vida longe de Deus. O Senhor Jesus afirmou:"[...] quem não crê já está
condenado, porquanto não crê no nome do unigénito Filho de Deus" (Jo
3.18). No Juízo Final, como acontece no "Tribunal do Júri", o juiz —
que preside a audiência — apenas aplica a pena. Assim, todos os réus daquele julgamento
comparecerão condenados irremediavelmente. Naquele Dia, apenas conhecerão qual
"recompensa" receberão por suas obras infrutíferas. O destino final,
inevitavelmente, será a eternidade no Lago de Fogo (Ap 19.20: 20.10,14,15;
21.8).
Vale ressaltar que esse Lugar de tormento
não foi feito para os homens, e sim "preparado para o Diabo e seus
anjos" (Mt 25.41). Portanto, os ímpios não serão condenados a este Lugar
por vontade divina, mas, por conta de suas escolhas pessoais. Afinal de contas,
o Criador não tem prazer na morte do ímpio, mas que todos se convertam e vivam
(Ez 33.11).
II - NOVOS CÉUS E NOVA TERRA
1. O fim do mundo.
O cataclisma final da existência é tratado
no contexto bíblico tanto pelos profetas do Antigo Testamento quanto por Jesus
e os apóstolos em o Novo Testamento. (Is 344; 51.6; Mt 13.39; 24.3.14; Mc
137.31:1 Co 15.24; 2 Pe 3.7,11.12; Ap 20.11). Embora o texto bíblico não
mencione cronologicamente os eventos acerca do fim, é possível identificar nas
profecias os acontecimentos que precederão o Juízo de Deus: “Depois, virá o
fim, quando tiver entregado o Reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado
todo império e toda potestade e força" (1Co 15.24). Esse momento parece
coincidir com a visão joanina do Senhor assentado no grande Trono Branco “de
cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou Lugar para eles” (Ap
20.11). De acordo com a Declaração de Fé das Assembleias de Deus, “quando for
instalado o juízo do Grande Trono Branco, o Céu e a Terra deixarão de existir.
A Terra, contaminada pelo pecado, não resistirá ao esplendor da presença de
Deus; o universo físico não se susterá diante da pureza, santidade e glória
daquele que está assentado sobre o trono”.
2. A Nova Jerusalém.
A Nova Jerusalém é o lar eterno e destino
final dos salvos. Ela já existia no céu (Gl 4.26; Fl 3.20); é a cidade que
Abraão anelou, cujo arquiteto e edificador é Deus (Hb 11.10,13,16). Deus
prometeu que habitaria com os homens e eles seriam o povo de Deus, e o Pai
Celeste estaria com eles para sempre (Ap 21.3).
Nesta cidade, não haverá templo, pois seu
templo é o próprio Senhor. Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro (Ap 21.22). O seu
material é constituído de pedras preciosas; nas doze portas da cidade estão os
nomes das doze tribos de Israel; e em seus fundamentos os nomes dos doze
apóstolos. A adoração será perpetuamente e os salvos desfrutarão de paz e
alegria eternas.
Nas cartas endereçadas às sete igrejas da Ásia,
o Senhor Jesus faz menção a várias recompensas que existirão na Nova Jerusalém:
comer da árvore da vida no Paraíso de Deus, alimentar-se do maná escondido,
receber uma pedra branca com o novo nome escrito, vestimentas brancas, sentar-se
com Jesus em seu trono etc. No entanto, esses privilégios só serão concedidos
aos que vencerem (Ap 2 7.17; 3.21).
III - A ALMA É IMORTAL E A VIDA NÃO CESSA
1. Sofrendo para sempre.
Há duas doutrinas bastante prejudiciais à
fé cristã, as quais são veementemente refutadas nas Escrituras: o Universalismo
e o Aniquilacionismo. A primeira acredita que todas as pessoas serão salvas,
inclusive Satanás. A segunda, em Linhas gerais, ensina que a alma é mortal e,
por essa ótica, a vida cessará para os que forem lançados no Lago o de Fogo. As
Escrituras nos levam por um caminho bastante diferente. Em Mateus 25.41 Jesus
menciona "fogo eterno” e, mais adiante arremata: "E irão estes para o
tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna" (Mt 25.46).
Em Apocalipse 20.10 diz: "E o diabo,
que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o
falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre".
Ora, o Diabo foi lançado — pelo menos mil anos após o Anticristo e o Falso Profeta,
no Lago de Fogo e, mesmo depois de tanto tempo, os que inauguraram o Lago de
Fogo não foram consumidos! Certamente não o serão nunca! Assim sendo, o
aniquilacionismo não possui respaldo bíblico. O restante do versículo fulmina a
possibilidade de o universalismo ser uma doutrina verdadeira — a Trindade
Satânica será atormentada para todo o sempre.
2. Uma relação mais profunda.
Uma promessa maravilhosa das Escrituras
está em 1 João 3.2:"[...] sabemos que, quando ele se manifestar, seremos
semelhantes a ele; porque assim como é o veremos." Agora, na ilha de
Patmos, João recebe a confirmação: “E verão o seu rosto, e nas suas testas
estará o seu nome" (Ap 22.4). A primeira expressão diz respeito à possibilidade
de uma adoração ilimitada, cheia de alegria, pois, ao vermos a face do Senhor
Jesus, desfrutaremos do impacto total de sua glória, anelo não atendido a
Moisés em vida, o qual somente teve um lampejo dessa glória no Monte da
Transfiguração.
A segunda parte do versículo vai mais além
e revela a quem pertenceremos para sempre, o que acarretará que teremos em nós
o resplendor da sua glória, a expressa imagem da sua pessoa (Ef 413: Hb 1.3).
Semelhante ao Senhor, seremos perfeitos em justiça e santidade. Com essa
promessa, vê-se claramente cumprido o desígnio eterno de Deus manifesto em 2
Coríntios 3.18! A vida nunca cessará, seja no Céu, ou no Lago de Fogo —
"onde o bicho não morre e o fogo não apaga" (Mc 9.44.46,48)!
SUBSÍDIO 1
“O
Julgamento das Nações Gentílicas
Com a segunda vinda de
Cristo, todas as nações do mundo comparecerão perante Ele para serem julgadas
(Mt 25.32) — cena descrita na Bíblia como uma separação entre bodes e ovelhas.
Este julgamento fundamenta-se no tratamento dispensado àqueles que Cristo
identifica como ‘um destes meus pequeninos irmãos' (Mt 25.40,45). Estes podem
ser (1) Israel. (2) a Igreja ou (3) os oprimidos.
O julgamento do Grande Trono
Branco
Com o fim do reino milenial
de Cristo, os mortos não salvos comparecerão perante o trono de Deus para serem
julgados (Ap 20.12). Este julgamento não dá a entender que as pessoas poderão
ir para o céu ou para o inferno por causa de suas obras. Todos os que são julgados
perante o Grande Trono Branco estão destinados ao inferno, pois rejeitaram a
Deus. O julgamento do Grande Trono
Branco determinará o grau de punição a ser enfrentado pelas pessoas que
rejeitaram a Deus, com base na natureza de suas obras más. Quando o livro das
obras dos homens for aberto (Ap 20.12), será determinada a severidade do
castigo a que cada um foi sentenciado. Todos os sentenciados serão enviados ao
'lago de fogo' (Ap 20.14), onde sofrerão conforme o castigo que lhes foi
determinado" (LAHAYE, Tim (Ed.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica.
Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 318).
SUBSÍDIO 2
“Depois do julgamento do
Grande Trono Branco, todos os anjos caídos e a humanidade incrédula passarão a
eternidade no lago de fogo. Os crentes, porém, entrarão no céu e viverão
eternamente na presença de Deus. Aqueles que forem lançados no Lago de fogo
passarão pela ‘segunda morte’ (Ap 2.11; 21.8), que não é igual à primeira,
física e temporal. A primeira morte é apenas a interrupção da existência na
terra, mas a segunda não traz nenhuma interrupção. Em vez disso, inclui a
consciência do castigo eterno. Aqueles que rejeitam o chamado de Deus, cujo
nomes não estão escritos no Livro da Vida, enfrentarão um terrível julgamento e
um futuro ainda mais funesto. ‘Se o céu é, em muitos graus, mais maravilhoso do
que sua descrição em Apocalipse 21.1—22.5, também a condenação eterna é, em
muitos graus, mais terrível do que seu retrato aqui (Ap 20.13-15).
A figura de um lago de fogo
pode, em parte, derivar do fogo e enxofre que descem do céu sobre Sodoma e
Gomorra. Há também uma relação com o termo gehna, que é uma outra
palavra para o castigo eterno utilizada por doze vezes no Novo Testamento.
Originalmente, este era o nome do lugar onde Acaz e Manassés sacrificavam seus
filhos ao deus pagão Moloque, na época do Antigo Testamento. O Lugar foi
amaldiçoado e tornou-se um símbolo do futuro castigo eterno (Is 66.24: Jr
730-33: 19-6)” (LAHAYE, Tim (Ed.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica.
Rio de Janeiro: CPAD, 2008, pp. 301, 302).
CONCLUSÃO
O Juízo Final encerrará a trajetória da
humanidade sobre a Terra. Entretanto, justos e injustos continuarão existindo.
Os bons desfrutarão das delícias na presença de Deus em um novo mundo e os maus
serão atormentados eternamente. A definição do destino final de cada pessoa
está condicionada ã escolha individual o livre-arbítrio humano e a soberania de
Deus não são colidentes, mas complementares.
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